Fanfic: O estranho - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy/Hot/Romance
Acordei, mas continuei de olhos fechados deitada na minha cama, sentindo a luz do sol de Denver em minhas pálpebras. Estiquei o braço para o lado e deslizei a mão pelo lençol. Eu estava sozinha. Ucker tinha ido embora.
Virei de lado, coloquei as duas mãos sob o rosto e dobrei os joelhos antes de abrir os olhos. Havia gente na minha casa, na cozinha. Dava para saber porque meu quarto ficava em cima da cozinha e eu estava ouvindo um burburinho que vinha de lá. Parecia Meredith e os homens de Ucker. Ela provavelmente estava fazendo donuts caseiros que eles não iriam comer e regalando-os com histórias sobre meus ex-namorados, nenhum dos quais ela gostara, exceto Ucker, mas nunca me dizia nada até eles ou eu rompermos o namoro.
Papai devia estar trabalhando. Sua casa tinha sido alvo de uma bomba incendiária, ele tentou conter as chamas, depois viu os bombeiros apagarem o incêndio e comunicou à polícia. Em seguida, um dos homens de Ucker apareceu num SUV, Ucker nos fez, Meredith, papai, a sra. Virginia e eu, entrarmos no carro, e seu subordinado (um cara chamado Jack, que parecia um pugilista ou um gigante) levou a sra. Virginia para a casa de uma amiga chamada Erma, e papai, Meredith e a mim para minha casa. Papai tomou um banho enquanto Meredith e eu abríamos o sofá do meu escritório e o forrávamos com um lençol. Papai e Meredith caíram na cama, eu caí na cama, e algum tempo depois, pouco antes do amanhecer, senti Ucker se deitar ao meu lado. Ele se enroscou em mim, encaixando novamente o corpo por trás do meu, mas voltei a dormir profundamente antes de saber se aquilo era um sonho ou não.
Mesmo com tudo isso, eu suspeitava que papai tivesse ido trabalhar. A costa leste inteira podia despencar no mar e ainda assim papai iria para o trabalho, pegaria o telefone, ligaria para seus funcionários e perguntaria por que eles ainda estavam em casa lamentando a perda de seus entes queridos e dos monumentos nacionais, enquanto o país inteiro enfrentava uma crise sem proporções. E então diria aos funcionários para se apresentarem imediatamente, porque havia muito trabalho a fazer. É claro que ele tinha apenas a calça do pijama e um casaco para vestir, mas isso não iria detê-lo. Fechei os olhos e suspirei.
O detetive Paul tinha aparecido na noite anterior. Ele falou com Ucker primeiro, depois com papai e Ucker, depois com Meredith e comigo. Quando ele falou conosco, queria apenas saber se estávamos bem e não fez um interrogatório propriamente dito. Depois apertou meu braço como uma forma de me dizer para ficar tranquila, encarou-me com seu olhar intenso (mas comovido) e em seguida foi embora.
Will desaparecera de cena antes de os policiais e Paul chegarem. E tinha sido por isso que Ucker não veio conosco para minha casa. Ucker tinha ido procurar Will. Eu não sabia por quê, mas não fiz perguntas. Estava num extremamente raro estado de espírito do tipo "faço-o-que-memandarem-fazer". Então quando Ucker começou a me dar ordens, não debochei dele e fiz exatamente o que me mandou fazer. Entrei no SUV, levei minha família para o aconchego e a segurança da minha casa, e fui para a cama.
Eu estava pensando nisso quando olhei para a porta e vi Ucker entrar no quarto. Fiquei surpresa. Pensei que ele estivesse fazendo coisas típicas de Ucker, como reunir informações para suas missões secretas, interrogar suspeitos em salas de concreto sem janela, surrar infiéis até a rendição, coisas desse tipo. Também me surpreendeu porque ele usava calça cargo verde-oliva limpa e uma camiseta vermelho-escura, de mangas compridas, limpa e superjusta. Acho que os homens dele lhe trouxeram algumas roupas. Fiquei me perguntando se eles faziam compras também e se tinham crédito na Nordstrom. Se tivessem, isso certamente entraria na coluna dos prós da minha lista "Devo ou não explorar as possibilidades com Christopher Uckermann?"
Ucker não tirou os olhos de mim enquanto caminhava na minha direção, se sentou meio de lado, inclinou o tronco sobre o meu, apoiando o braço na cama e aproximando o rosto do meu.
-Você está bem, minha flor? -perguntou, calmamente.
-Você pode me fazer um favor? -perguntei a ele calmamente também.
-Depende. -respondeu. Era de se esperar.
-Da próxima vez que for combater um incêndio, será que você poderia, por favor, parar para pôr uma camisa e sapatos antes de pular no meio do inferno? -vi que ele estava sorrindo e que suas covinhas estavam aparecendo. Ele ergueu as sobrancelhas.
-Pular?
-Tá, você não pulou, apenas correu como um louco na direção do inferno. Você entendeu o que eu quis dizer. -alguma coisa mudou no rosto dele, mas não consegui identificar o que era porque ele ficou olhando para o meu cabelo. Ele trocou o braço de apoio na cama e ergueu a mão livre. Correu a ponta dos dedos pelo meu cabelo, desde a testa até minha orelha, e tirou os fios do meu pescoço. Depois olhou nos meus olhos. Prendi a respiração porque seus olhos estavam ardentes e emocionados, como durante o jantar na noite passada.
-É, sei o que você quer dizer. -sussurrou ele. Queria tirar meus olhos dos dele, eu realmente queria, mas não conseguia. -Você ficou preocupada comigo.
-Você estava tentando apagar um incêndio vestindo só uma calça cargo. -disse, tentando parecer descontraída, e sem conseguir. Seus olhos castanhos e ardentes prenderam os meus por um longo tempo. Tanto que meu peito começou a apertar.
-Tá certo. Da próxima que eu estiver numa casa pegando fogo, vou colocar uma camisa e botas antes de enfrentar o inferno.
-Obrigada. -sussurrei. Ele olhou para mim novamente e perguntou:
-Agora que encerramos esse assunto, você pode responder a minha pergunta?
-Que pergunta?
-Está tudo bem com você?
-Está. -seus olhos prenderam os meus novamente por longos segundos antes de ele sussurrar:
-Mentirosa.
-Está tudo bem, sim. -decretei.
-Dul, você está toda encolhida nessa postura fetal de novo.
Mer/da. Eu estava mesmo. Saí da posição, me esticando e pegando os travesseiros para recostar a cabeça no espaldar da cama. Ucker trocou de posição também, levantando o tronco, de modo que o quadril dele ficou ao lado do meu e o peso de seu corpo, apoiado no braço do lado oposto.
-Meredith está lá embaixo? -perguntei.
-Está. -respondeu ele.
-Ela está fazendo donuts caseiros? -perguntei.
-Você está perguntando mesmo ou apenas torcendo pra isso? -perguntou ele de volta. Eu tinha de admitir que estava torcendo muito, mas só admitiria para mim mesma. Por isso, não disse nada. Ele sorriu outra vez e respondeu: -Não, ela está fazendo ovos com bacon. -Meredith fazia uns ovos com bacon muito bons, mas os donuts eram melhores.
-Eu tinha ovos e bacon em casa?
-Parece que sim, levando-se em conta que ela está na cozinha de camisola, com um robe por cima, e que não tem carro, nem você, então duvido muito que tenha saído para fazer compras. -talvez eu tivesse mesmo ovos e bacon em casa. Ovos, pelo menos, afinal eles eram um ingrediente fundamental para fazer todos os tipos de massa de cookies.
-E papai? -perguntei.
-Um cara chamado Eddy apareceu aqui uma hora atrás com uma muda de roupa e levou seu pai para o trabalho. -eu sabia!
-Meu pai é doido. -murmurei. Ele levantou a mão e enrolou um cacho do meu cabelo no dedo e depois o largou. Achei um gesto meigo. Ucker sabia ser meigo. Era carinhoso. Salvou minha vida ou, pelo menos, me resgatou sã e salva de uma casa em chamas. Três itens para a coluna de prós da minha lista "Devo ou não explorar as possibilidades com Christopher Uckermann?" Mer/da. Eu pensava nessas coisas quando ele fez uma pergunta que poderia explicar por que estava sendo tão meigo comigo.
-Você quer primeiro as boas ou as más notícias? -ah, que ótimo. Havia más notícias.
-Que tal você me contar as boas agora e as más só no próximo milênio?
-Tá bom. -concordou ele, e achei que a resposta não era sinal de boa coisa.
-As más notícias. -resmunguei. O rosto dele ficou sério.
-Angel fugiu. -minha confusão, tenho certeza, estava estampada no meu rosto.
-O quê?
-Ela fugiu.
-Do quê? Do incêndio?
-Também, e dos caras que jogaram bombas incendiárias na casa dos seus pais para pegá-la. -ah, mer/da.
-Mas por que eles não provocaram um incêndio na minha casa para matá-la?
-Baby, meu carro está parado na sua porta.
-E?
-Você acha que eles estão pensando que vou deixar alguém morrer nesta casa? -cruzei os braços e fiquei olhando para ele.
-Eu sei que você está a um passo de ser um super-herói de verdade Ucker, mas está falando sério? -ele sorriu.
-Você acha mesmo que estou a um passo de ser um super-herói? -ah, mer/da. Hora de disfarçar.
-Eu estava brincando. -informei a ele. O sorriso dele ficou ainda maior.
-Não estava, não. Você acha sim que estou a um passo de ser um super-herói de verdade.
-Você não tinha também uma boa notícia para me dar? -instiguei, para mudar de assunto.
-Provavelmente foi naquela noite em que te dei um orgasmo triplo. -disse ele, insistindo no mesmo assunto, e fiquei boquiaberta. Mas fechei a boca rapidamente e perguntei:
-O quê?!
-Naquela noite, quando eu chupei você e enfiei os dedos e você…
-Eu não tive um orgasmo triplo, Ucker. -rebati, mas a verdade era que eu tive sim.
-Teve, sim, baby. Eu contei.
-Não tive. Aquilo foi só um orgasmo muito longo. -menti.
-Dul, você acha que eu realmente não sei quando você termina de go/zar e começa de novo?
-Acho que você não sabe, não. -retruquei.
-Acontece muito. -observou ele, e estava certo. Esse item foi para a coluna de contras da minha lista "Devo ou não explorar as possibilidades com Christopher Uckermann?". Ele era arrogante.
-Alôôô?!! -chamei-o. -E a boa notícia? Ou pelo menos me diga por que Angel ter fugido é uma má notícia. -ele sorriu para mim e finalmente mudou de assunto.
-Sua irmã ter fugido é uma má notícia porque eu estava com ela na mão e podia ter entregado Angel para Paul. Mas a deixei escapar. E ainda tive que enfrentar o incêndio na casa do seu pai. -senti que estava levantando as sobrancelhas.
-Entregar Angel para o Paul?
-O único lugar seguro para ela é na cadeia. Se ela fizer um acordo, pode reduzir a pena. Se contar metade de toda a mer/da que sabe, eles vão entregá-la para os federais e lhe darão uma identidade nova. Angelique Boyer Saviñón vai testemunhar e depois desaparecer, mas vai continuar respirando.
-Os federais? -sussurrei. Pela minha voz e também pela cara apavorada que devo ter feito, Ucker amaciou.
-Baby, você sabe que ela está numa mer/da danada, não sabe?
-Sei. -confirmei. -Mas os federais?
-É muito grave. -repetiu ele, variando a forma. Olhei para baixo e sussurrei:
-Que droga! -Ucker levantou minha cabeça, puxando meu queixo para cima com o polegar e o indicador, até que meus olhos encontraram os dele.
-Ela estava nas minhas mãos. Eles não queriam lhe dar um susto. Queriam acabar com ela, e tinham que me manter ocupado para isso.
-Mas ela só ficou lá alguns minutos. Será que eles tiveram tempo para bolar e executar esse plano medonho?
-Eles são engenhosos. -essa não era uma boa notícia.
-Mas ela conseguiu fugir. -terminei.
-Conseguiu. -confirmou Ucker.
-E o Will? -perguntei.
-Eu o encontrei. Ele é alérgico a policiais, então se mandou. Ele chegou depois que o fogo tinha começado, para dar uma passada e ficar de olho em você para o Ian. Ele não viu nada, nem mesmo Angel, ou ela estaria lá no Chaos agora mesmo.
-Ficar de olho em mim para o Ian? -uma certa tristeza passou pelo rosto dele.
-Eu lhe disse, baby, você não quis fazer o Ian se interessar por você, mas fez.
-Tá, fiz ele se interessar por mim, mas não entendi direito. Por que Will daria uma passada na casa dos meus pais?
-Ordens do Ian, para garantir a sua segurança. -encarei-o. Depois disse, soltando o ar dos meus pulmões:
-Para garantir a minha segurança? -ele me encarou também. Depois perguntou:
-Ah, baby, fala sério?!
-Eu vi o Ian apenas uma vez. -lembrei a ele.
-Duas. -me lembrou ele.
-Ok, duas. -corrigi.
-É. -concordou Ucker.
-Então, não estou entendendo. Eu mal conheço o cara. Por que ele mandaria Will ficar de olho em mim? -Ucker me encarou de novo, e então repetiu:
-Ah, baby, fala sério! -levantei as mãos demonstrando impaciência e me endireitei na cama, sentando em cima das minhas pernas.
-Estou falando sério, Ucker. O que está acontecendo? -ele franziu os olhos e me perguntou:
-Você se lembra da nossa conversa ontem à noite? -epa.
-Qual delas? -perguntei hesitante.
-Aquela em que lhe contei que tinha reparado em você antes mesmo de entrar no restaurante, onde você estava dando um show para todos os homens no salão.
-Eu não estava dando um show para todos os homens no salão. -gritei.
-Estava sim, baby.
-Não estava.
-Estava. -inclinei-me para frente, aproximando o rosto do dele.
-Não estava.
-Minha flor, você estava jogando o cabelo de um lado para outro, se esfregando no banco em que estava sentada, brincando com o canudo do coquetel na boca… Mas, vou lhe dizer, a sua risada já é suficiente para fazer um homem ficar de p/au duro. -outro contra. Mais ou menos. Quero dizer, eu estava fazendo aquilo tudo para ele e fiquei contente de saber, depois de todo esse tempo, que ele tinha notado, mas não ia contar isso para ele. E era bom saber que ele gostava da minha risada. Continuando.
-E o que isso tem a ver com o Ian? -provoquei.
-Você não percebe um padrão aqui?
-Hã?… Não.
-Você estava ou não estava no gramado da sua casa, quando estávamos eu, Paul e Ian juntos? -epa.
-Estava. -rebati.
-E não estava na sua sala de estar quando aquele seu amigo, Pablo, apareceu? -hum. Agora eu estava entendendo.
-Essa vez não conta. Conheço Pablo… -Ucker me cortou.
-Conta para ele. -provavelmente ele estava certo.
-Conta para mim. -cruzei os braços novamente. -Vamos direto ao ponto.
-O ponto é que você é o tipo de mulher que deixa os homens loucos. Você liga quando alguma coisa quebra na sua casa e o cara vem a qualquer hora correndo para consertar, mesmo que esteja no meio de um jogo na TV. -ah, mer/da. Isso tinha acontecido mesmo. Liguei para Pablo bem no meio de um jogo do Denver Broncos. Nossa, eu odeio que Ucker saiba tanto assim sobre mim. Outro ponto contra. -Você também é o tipo de mulher que, quando um homem a vê indefesa, toda encolhidinha nessa posição fetal aí em que você fica, ele quer fazer tudo o que puder para não vê-la nunca mais assim. -apertei os olhos.
-É por isso que você está aqui? -ele balançou a cabeça.
-Estou aqui porque quando você go/za, você go/za forte, você não se reprime, mas também consegue se segurar para o tesão aumentar ainda mais. Estou aqui porque quando você me chama de baby na cama, sinto isso no meu p/au. E estou aqui porque você não tem medo de tomar uma atitude, quando todas as outras mulheres que conheço não têm coragem nem de fazer "buuu" para mim. Ver que você está assustada e querer fazer alguma coisa para acabar com isso é só uma razão a mais para eu estar aqui. -fiquei sem resposta e não falei nada. Depois de um tempo, perguntei:
-E o Ian?
-Sua atitude, baby. Você deu um ataque lá na Ride e não conheço muitas mulheres que, rodeadas pelos membros do Chaos MC, ficariam falando da irmã, das bonecas Barbie e da mer/da de um programa de TV. -apertei os olhos ainda mais.
-Como é que você sabe disso tudo?
-Tenho informantes lá na Ride, minha flor, assisti ao show inteiro e vi que você fez isso por causa do Ian. Não fiquei nem um pouco contente. -fiquei surpresa.
-Você tem informantes na Ride?
-Tenho.
-Por que você tem informantes na Ride?
-Você não precisa saber. -era verdade. Eu não apenas não precisava saber como eu não queria saber.
-Ok, você venceu. -disse a ele. -Pode me dizer agora qual é a boa notícia.
-Claro. -respondeu ele. -A boa notícia é que o incêndio na casa dos seus pais ficou restrito apenas à sala de estar. Meu irmão trabalha no corpo de bombeiros e ele foi ao local essa manhã e me disse que seu computador está intacto.
Ele tem um irmão? Ele tem uma mãe que é maluca, e que lhe deu um nome incomum, mas definitivamente muito legal, e um irmão que é bombeiro? Eu estava com dificuldade de processar tantas informações ao mesmo tempo. Depois de um ano e meio de nada além de visitas noturnas e orgasmos múltiplos, agora era aquela enxurrada.
-Você tem um irmão?
-Tenho. -respondeu ele.
-Você tem outros irmãos? -perguntei.
-Tenho. -respondeu ele.
-Quantos? Mais um? Dois? Doze? Irmãs? -pressionei.
-Mais um outro irmão. -respondeu ele.
Meu Deus. Havia três exemplares masculinos da família Uckermann meio mexicana, meio sueca, meio alemã perambulando pela terra. Como é que eu não sabia disso? Como mulher, eu devia ter pressentido a presença deles por instinto.
-E você é o quê? -continuei meu interrogatório.
-Como assim? -perguntou ele.
-É o mais velho, o do meio, ou o caçula?
-O mais velho. -mer/da, não era de admirar que ele fosse tão mandão. O primeiro de três filhos homens. -Baby, você ouviu o que eu falei sobre o seu laptop? -Ucker tentou me despertar. Pisquei e olhei para ele. Depois perguntei:
-E como eles se chamam? Luiz e João? -ele sorriu, as covinhas apareceram e ele confessou.
-Meu nome é Luiz.
-Como assim? O seu nome é Ucker.
-Não, baby. Meu nome do meio é Luiz. -pisquei de novo.
-Seu nome do meio é Luiz?
-Eu lhe disse que minha mãe era maluca.
-E como se chamam os seus irmãos?
-Christovão e Charlie. -meu Deus! A mãe dele era maluca mesmo.
-O seu pai não deu nenhuma opinião nos nomes dos filhos? -as covinhas dele ficaram ainda mais evidentes.
-Minha mãe sempre quis uma menina, minha flor, e meu pai deu três filhos homens a ela. E três filhos homens que puxaram a ele. Portanto, ela sabia que tinha de se preparar para uma vida de brigas, sangue, bebedeiras, vômitos e medo de gravidez. E foi isso que ela teve. Depois de despejar essa merda toda na vida dela, ele não ia brigar por causa de um nome. -ele precisava parar. Eu estava ficando apavorada. Aquilo era TMI. TMI demais.
-TMI. -murmurei, encarando-o.
-Como é? -perguntou ele.
-Muita informação, Ucker.
-Baby, todos nós já passamos dos trinta. Christovão é casado. Nós crescemos, aprendemos a nos controlar e a ser inteligentes. A bebedeira, o vômito e o medo de gravidez fazem parte do passado agora. -ele deixou de fora as brigas e o sangue. Então algo me veio à cabeça.
-Você não usa camisinha comigo!
-Usei nas primeiras vezes. -era verdade, ele usou.
-Mas…
-Mexi nas suas coisas e vi que você tomava pílula. E eu vigiava você, lembra? E sabia que você só dava esse corpinho para mim, então achei que não seria necessário. -apertei os olhos novamente.
-Você mexeu nas minhas coisas?
-Dul, baby, veja bem. Fiz de você minha mulher. E quando uma mulher é minha, eu faço o dever de casa. -olhei fixamente para ele, sem saber ao certo o que aquilo significava. Decidi então, pelo bem da minha sanidade mental, que não iria perguntar.
-Estou precisando de um donut caseiro. -resmunguei, porque eu estava precisando mesmo. Na verdade, eu estava precisando de três. Então eu tinha que tirar a minha bun/da daquela cama e ir até o shopping. Senti que outro vestidinho preto estava me esperando. Interrompi o meu plano de ataque ao shopping quando Ucker me pegou, me virou de costas e pressionou meu corpo no colchão com o peso dele.
-Viu só? Você está ficando estressada. -murmurou ele, percorrendo meu rosto com os olhos e meu corpo com as mãos.Hhummm.
-A casa da minha infância foi incendiada ontem à noite e não sei o que fazer em relação a você. É claro que estou ficando estressada. -ele enfiou o rosto no meu pescoço e murmurou no meu ouvido:
-Posso lhe ensinar um jeito melhor de lidar com o estresse do que cair de boca nos donuts. -eu sabia que isso era verdade porque ele já tinha se esforçado bastante nessas aulas. Depois de uma noite com Ucker, meu corpo ficava completamente relaxado como se eu tivesse recebido uma hora e meia de massagem das mãos de um profissional dentro de uma sauna. A não ser, é claro, quando depois de tudo, eu ficava estressada pensando em por que eu permitia que ele ficasse me visitando. Coloquei as mãos nos ombros dele e o empurrei, dizendo:
-Minha madrasta e seus homens estão lá na cozinha. -ele levantou a cabeça e me olhou, com aqueles olhos acolhedores, e senti um aperto no peito.
-Seremos rápidos e silenciosos. -sussurrou ele. Ele podia ser rápido? Ele nunca foi rápido antes. Ucker era um homem que precisava de tempo, e fazia isso muuuito bem.
-Não posso fazer sexo na mesma casa em que Meredith está. E não posso fazer sexo com você porque ainda não decidi o que vou fazer com você. -eu estava meio distraída quando suas mãos levantaram a barra da minha camisola e começaram a acariciar meu corpo, o calor do seu toque fazendo minha pele se arrepiar.
-Que tal se eu ajudá-la a decidir? -ofereceu ele, mergulhando a cabeça no meu pescoço e roçando os lábios pelo meu maxilar, o que era muito bom. Suas mãos continuavam me acariciando e senti outro arrepio. Me segurei firme.
-Não, tenho que tomar essa decisão sozinha. Estou fazendo uma lista chamada "Devo ou não explorar as possibilidades com Christopher Uckermann?" com duas colunas: uma para os prós e outra para os contras. -ele levantou a cabeça do meu pescoço. Tinha um ligeiro sorriso no rosto, mas as covinhas estavam bem à mostra. Uma das mãos parou de acariciar meu corpo, a outra saiu de debaixo da camisola e percorreu a minha testa com a ponta dos dedos.
-E o que é que tem nessa lista?
-Você é mandão, arrogante, invasivo, irritante e acabou com Pablo como se ele fosse um inseto, sem parar para pensar nem sentir nenhum remorso. Esses são os pontos contra. -revelei honestamente. Ele abriu um sorriso. Viu só! Nenhum arrependimento. -Ah, e você não me escuta. -acrescentei. Mais um sorriso e depois:
-E tem alguma coisa a meu favor nessa lista?
-Em raríssimas ocasiões, você sabe ser meigo, é aconchegante e me tirou de uma casa em chamas. Esses são os prós.
-Sou aconchegante?
-Você dorme de conchinha. -ele ergueu as sobrancelhas.
-Isso é tão importante assim para aparecer numa lista?
-Ah… é, sim. -ele olhou para mim quase rindo e então observou:
-Por/ra, como são ridículas as coisas que as mulheres acham importantes. -apertei os olhos e rebati:
-Um contra! -então o sorriso dele virou uma risada quando ele sussurrou:
-Você esqueceu de um pró, baby.
-Não. -eu corrigi. -Por enquanto, a lista é exaustiva. -ele enfiou a mão por baixo da minha camisola novamente e senti o seu calor nos meus peitos. Respirei fundo e fiquei imóvel. Depois me entreguei e deixei o ar sair num gemido baixinho, quando a pele de sua mão roçou o meu mamilo.
-Definitivamente um pró, não é? -murmurou ele, olhando para mim, abaixando a cabeça e me beijando. Aquilo era um perigo triplo, porque, com a língua na minha boca, a mão no meu seio (o polegar já em ação fazendo delícias) e o seu corpo rígido e pesado prendendo o meu na cama, ele era irresistível. Ele estava certo, aquilo era definitivamente um pró. Ele afastou seus lábios dos meus, parou de fazer aquela tortura divina com o polegar, mas seus dedos se fecharam no meu peito. Minha mão segurou a sua nuca e com a outra pressionei suas costas para prendê-lo junto a mim. Em seguida, enganchei minha panturrilha na parte de trás da sua coxa. Eu estava olhando fixamente para ele, querendo entender aquilo de uma vez por todas, quando ele sorriu e apertou meu seio com a mão. -Está vendo só o que eu quero dizer, baby? -sussurrou ele. -Definitivamente um pró. -pisquei e depois retesei o corpo. E afirmei:
-Está vendo só o que eu quero dizer, baby? Definitivamente arrogante. -ele deu aquele risinho másculo, grave e divertido. Abaixou a cabeça e beijou a base do meu pescoço, tirou a mão do meu peito e saiu de cima de mim, se levantando e me levantando junto com ele. Antes que eu pudesse piscar, estávamos de pé ao lado da cama, ele com os braços em volta do meu corpo.
-Você precisa trabalhar. Terminar logo a mer/da desse trabalho. -declarou ele. -Hoje à noite quero você concentrada.
-Em quê? -perguntei. Ele aproximou o rosto do meu e seus braços me apertaram ainda mais.
-Em mim. -ai, meu Deus!
-Meus pais vão ficar aqui em casa. -lembrei.
-Tenho um lugar para a gente ir. -ele me lembrou. A toca do Ucker. Hummm. Senti mais um arrepio e ele percebeu. Eu soube disso porque ele deu outro sorriso. Seus braços me apertaram ainda mais. -Trabalhe direitinho, pois hoje à noite vou acrescentar outros prós na sua lista.
Abri a boca para dizer-lhe que eu devia tomar uma decisão sem que meu raciocínio estivesse obscurecido pelos seus poderes sexuais sobre-humanos, mas não consegui dizer uma palavra. Ele abaixou a cabeça, me beijou e então, puf!, foi embora. Oscilei por uns segundos sem os seus braços fortes em volta de mim e o seu corpo sólido em que me apoiar. Depois virei-me para olhar a porta do quarto e murmurei baixinho:
-Odeio quando ele faz isso.
Mas não odiava, não. Para ser franca, eu achava incrível.
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Oi, oi gente!! Amooo esse Ucker mandão ♥
Muitas, muitas, muitas desculpas pelo meu sumiço, mas como eu tava falando a algum tempo o meu not tava uma mer/da, ele tava horrivel, ñ conseguia fazer nd com ele, e como as coisas sobre cada fanfic ta numa pasta nele eu ñ consiguia posta em nehuma fanfic. Levei ele no conserto e espero q ñ de mais problemas. Ainda estão aí? Espero q sim.
Respondendo comentarios do face:
Geovana Aparecida: A-m-e-i essa música <3 Super suspeito os "caras" queriam ela, mas ela fugiu, Angel ainda trará muita dor de cabeça. Fofo né, e ele percebeu, ahhhh q lindos *-* Continuando, bj
Yasmim Oliveira: Continuandoooooo, bj
Tatiane Trintenaglia: Continuando, descula a demora, bj
Ana Clara: Continuando, sorry pela demora. Teremos mais capitulos agora, bj
Respondendo comentarios:
Dulcemaria_candy_: Pois é ela chegou acabando com tudo!! Dulce ainda vai passa muito sufoco por causa da irmã. Ucker é mega protetor sempre cuidando do seu baby *-* Siiiiim vai dar muita treta com Will, Ian, Paul e Ucker, ñ gostou mesmo. Continuando, bj
Millavondy36: Pois é Angel chegou se achando a fo/dona, mas com um cunhado como o Ucker ela vai erra o pulo. Lindooooo eles dorminando de conchinha, e isso pra Dul é muiiiiiito importante já q o ex-marido dela ñ gostava de carinho. Parece q ele já sabe quem botou fogo na casa, mas tavam atras da Angel então uma hora ou outra ele pega eles. Ian ta querendo tudo com a Dul e ele ñ vai desisitir tão fácil. C-o-n-t-i-n-u-a-n-d-o bj
Jucinairaespozani: Postandooo, desculpa a demora! Segura esse odio pela Angel pq ela ainda vai apronta muitooooo, bj
Ester_Cardoso: Vdd ela vai atrair muita coisa ruim. Mds respira mulher, ñ pare de respirar por favor, capitulo agitado o anterior. Vamos ter mais climas fofinhos, prometo! Segura tbm a raiva da Angel pq tem muita coisa ainda. Continuando, bj
Eternamente_vondy: Morri de ri aqui "a Angel é tão pira/nha" kkkkkkkkkkkk, mas aqui ela vai ser pira/nha mesmo, MAS pessoas mudam, ta vingativa hein, Angel tera oq merece (eu acho pq ainda ñ li todo o livro kk). Ucker vai ser muito mais protetor ainda oq eu acho muito fofo *-* Continuando, bj
Min_vidal2003: Oii, ta bom tô aqui. Que nome lindo esse do filho do Poncho, Daniel me lembra Miguel <3 Vi sim as noticias de q o Ucker estaria com a Ana Serradilla, vou te confessar q eu ñ gostei muito dela, tipo é melhor q a Natalia mas ñ é uma Dulce da vida, o cabelo dela é meio estranho mesmo, e ela é bem velha né, ñ q o amor tenha idade mas vamos combinar q Ucker ñ tem cara de padrasto né. Ñ acredito muito em signo mas as vezes me assunto com isso, vc tem o sigino da Dul e eu tenho o do Ucker <3 Isso sobre a Angel ser a irmã malvada da Dul foi um erro, vc me conhece e sabe q eu ñ leio todo o livro antes de começar a postar a fanfic, quando eu comecei a ler eu achei q a irmã da Dul era uma rebelde sem causa q aprontou uma coisa pequenininha, mas depois q eu li mais vi q ela era uma pi/ranha, só q eu já tava postando dai ñ tive como troca de personagem, MAS eu estava lendo e parece q a Angel se arrepende, ñ sei se é vdd pq ainda ñ li tudo mas nd é impossivel né. Tbm amo a Angel <3 Bj
Vondyvida: Continuandoooo, bj
Tchau suas gostosas bjão
Autor(a): AnazinhaCandyS2
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Oi pessoal, bom algumas de vcs já tinham me cobrado isso a algum tempo, resolvi fazer um conograma com os dias certinhos q tera capitulo em cada fanfic. Esse cronograma começa valendo amanhã 28/11. SEGUNDA: * Pertencida ao chefe da máfia. &nb ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 416
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anne_mx Postado em 21/08/2020 - 23:25:56
Eu só sei assumir o quão apaixonada fiquei por essa fanfic, muito amor mesmo, uma pena Angel não ter conseguido ficar livre no final com a família, mas foi tudo pra mim a felicidade do casal vondy <3
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dulcemaria_candy_ Postado em 03/02/2017 - 15:50:39
Final lindo ' Que bom que conseguiram uma menina kk
AnazinhaCandyS2 Postado em 03/02/2017 - 23:43:58
Bonitinho o final né *-* Uma menina tudo oq queriam <3 Bjuuu
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millavondy36 Postado em 01/02/2017 - 23:35:58
Ahh que pena que chegou ao fim!!Foi uma fanfic maravilhosa!!
AnazinhaCandyS2 Postado em 02/02/2017 - 22:07:48
Uma pena mesmo tô com MUITA sdd já. Bjuuuuuuuu
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AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:31:25
Respondendo comentário do face: Geovana Aparecida - Me deu uma sdd hj ñ tinha onde postar :'( MUITO bom ouvir/ler vc dizendo isso pq é a mesma coisa pra mim <3 E logo mais teremos mais adaptações, ontem terminei de ler o primeiro livro e hj começo a ler o segundo, dai só espera a capa e dai voltarei kkk. Bjuuuuu
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jucinairaespozani Postado em 01/02/2017 - 13:16:25
Eu amei, uma das melhores fics que já li
AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:26:26
Muitooo bom saber disso <33 Bjuuuuu
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Girl Postado em 31/01/2017 - 18:45:09
Anaa não precisava disso !!! digo e repito vc é inagualáe hahaha eu to bem triste pq a web chegou ao fim e quero logo que vc comece outra (ouça meu pedido beijo)
AnazinhaCandyS2 Postado em 31/01/2017 - 19:39:01
Ahh q é isso eu só ajudei uma amiga a divulga o ótima trabalho que vc esta fazendo em 'Perdida por Você'. Eu tbm tô triste com o fim da fanfic sempre fico assim quando finalizo uma web :'( Já tenho dois livros pra adaptar, mas primeiro eu vou ler eles, eu sempre começava as fanfics sem termina de ler o livro dai sempre dava confusão com o personagens, MAS logo logo eu volto com mais adaptações!! Bj
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:21:05
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:53
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:40
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:23
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