Fanfic: O estranho - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy/Hot/Romance
Eram quase sete e meia e papai estava em casa, no meu escritório, vendo TV enquanto Meredith perambulava pela casa, provavelmente arrumando minhas gavetas e os armários da cozinha.
Eu estava no banheiro nervosa por conta do meu encontro com Ucker. Em parte, esse nervosismo todo era porque eu estava me preparando para encontrar-me com Ucker em vez de manter-me firme na minha posição de não sair com ele, e também pelo fato de, outra vez, estar tomando decisões estúpidas a tudo que dissesse respeito a ele. Era também em parte porque eu realmente queria que ele gostasse do meu vestido.
Os homens de Ucker já tinham acabado de instalar o meu sistema de segurança e Smoke havia nos presenteado, a mim e a Meredith, com uma lição interminável de como usá-lo. Parecia complicado. Eu nunca tive um sistema de alarme residencial, mas achava que bastava cutucar alguns números e pronto! Segurança. Mas o meu incluía botões de pânico em meu escritório, meu quarto, cozinha, sala e, que exagero, banheiro. Também incluía códigos diferentes para diferentes tipos de alarmes, isto é, aqueles somente para janelas e portas e outros para ativar sensores na casa. Havia também um código diferente que enviaria uma mensagem para a "base" sinalizando uma situação desconhecida, e os vigilantes deveriam intervir de forma "branda", sabe-se lá que diabo isso significa. Nem Meredith nem eu éramos boas em lembrar números, e quando Meredith correu para pegar um pedaço de papel para anotar tudo, Smoke olhou para o chão e um músculo se contraiu em sua mandíbula. Ele então levou-nos até a cozinha. Lá, ele nos sentou à minha enorme mesa de fazenda e ficou nos perguntando sobre os três diferentes códigos até nós os memorizarmos. Ele não foi muito paciente, especialmente quando Meredith inclinou-se para mim e cochichou:
-Eu não entendo por que tanto alarde, querida, quer dizer, não quero deixá-la embaraçada, mas seu pai e eu, nós sabemos que você e Ucker são… -ela abaixou a voz. -Íntimos. -eu evitei olhar para Smoke e Meredith continuou: -Quer dizer, não é como se ele não estivesse aqui cuidando de você. -mordi meu lábio e dei de ombros.
Eu não sabia mais o que fazer. Ela achava que eu e Ucker éramos um casal porque Ucker estava fazendo com que ela pensasse que nós éramos um casal, e eu não estava ajudando em nada ao fazer o jogo dele. Sem dúvida, ela achava que eu estaria mais segura com ele, e eu não queria mexer nessa crença. Especialmente no dia em que a sua casa tinha sido incendiada porque a outra filha dela tinha feito mer/da.
Também não queria falar com a minha madrasta sobre a minha intimidade com ninguém. Meredith era gente boa, sempre foi, mas também era a única mãe que eu conheci, e era definitivamente mãe e o foi desde o começo. Não se discute sexo com caras gostosos com a mãe, ainda mais sexo com "superorgasmos múltiplos".
Papai, a propósito, aprendeu os códigos em cerca de dois segundos. Ele sempre foi bom com números. Era o jeito dele. A campainha tocou e depois deu um tranco enquanto eu estava de cara para o espelho passando delineador nos lábios, e de repente senti um frio na barriga. Do tipo que senti quando conheci Ucker e do tipo que negava sentir toda vez que ele me visitava.
-Eu atendo! -Meredith gritou lá embaixo. Respirei fundo e preenchi os lábios com batom.
Era a primeira vez que Ucker tocava a minha campainha. Provavelmente eu não ficaria com frio na barriga se ele de repente se materializasse no banheiro. Ficaria irritada. Corri para o meu quarto, peguei minha bolsa e um agasalho e fui me olhar no espelho de corpo inteiro que tinha atrás da porta. Vestido curto preto, confere. Na verdade, era o meu vestido preto curto número um. O melhor de todos. Sem mangas, com um grande decote em V e outro maior ainda nas costas, ele tinha um drapeado no meio e caía como uma segunda pele no meu quadril e no alto das minhas coxas, onde acabava. Sim, era tipo curto. Tão curto que quase parecia a minissaia jeans estilo Lana-Angel, só que sem o componente pira/nha. E era feito de um material fantástico que até nas partes larguinhas ele grudava no corpo revelando coisas que fingia esconder. Era fabuloso. Salto alto, confere. Na verdade, eram sandálias de tiras, pretas, salto alto com spikes, muito sexy. Faziam minhas pernas parecerem brilhantes. Matadoras. Cabelo solto, maquiagem esfumaçada. Em suma, o kit completo tudo-que-você-pode-ser para sair com o seu homem. Assim eu esperava. Saí apressada do meu quarto gritando:
-Até logo, papai!
-Divirta-se, querida! -papai gritou de volta. -Diga ao Ucker para não se preocupar com a campainha, vou consertá-la esse fim de semana! -o bônus de papai: ter se abrigado na minha casa por danos causados pelo fogo e fumaça. Um faztudo residente.
-Pode deixar! -gritei, mesmo que duvidasse que Ucker estaria perdendo o sono por causa de uma campainha com defeito.
Desci as escadas correndo e vi que a sala estava às escuras, mas havia uma luz e vozes vindo da cozinha. Meredith devia estar oferecendo uma cerveja a Ucker. Quando Meredith estava em minha casa, eu desistia de ser a anfitriã principal. Aprendi que era melhor assim. Ela podia até ir para a Casa Branca para um jantar de Estado e a primeira-dama teria que deixar Meredith ser a anfitriã.
Voei para a cozinha e congelei na porta quando vi Meredith conversando com o detetive Paul Wesley. Eu estava apavorada na noite passada, com o fogo e papai e Ucker lutando contra as chamas junto com os bombeiros, e não tinha tido tempo de apreciar novamente como ele era gostoso. Agora que ele estava na minha cozinha e eu estava de vestido preto curto e cabelo solto, quando os olhos dele se viraram para mim e ele congelou, tive a oportunidade de constatar mais uma vez como ele era sexy. Então a aproveitei. Ele se recuperou primeiro.
-Dulce Maria. -Deus, como eu gostava daquilo de ele sempre falar o meu nome completo.
-Oi, detetive Wesley. -ele deu um sorrisinho.
-Pode me chamar de Paul.
-Hã… tudo bem. -seus olhos me esquadrinharam e depois ele olhou para Meredith.
-Desculpe-me, sra. Saviñón, mas poderia nos dar um minuto?
-Oh! -Meredith disse, dando um pulo da cadeira. Ela também estava processando como ele era sexy. -Claro. Eu só vou… -ela se apressou para a geladeira e pegou duas cervejas. -Pegar uma bebida para Fernando e eu. -ela fechou a geladeira e foi para a porta da cozinha, dizendo: -Bom vê-lo novamente, detetive Wesley.
-Paul. -ele corrigiu.
-Paul. -repetiu Meredith, saindo rapidamente.
Ai, ai. Sozinha na cozinha com Paul . Sem oito policiais na sala. Sem Ucker… por enquanto. Ele estava atrasado. Dei uns passos à frente.
-Hã… está tudo bem? -ele inclinou um pouco a cabeça.
-Sim, por quê?
-Hã… você está aqui e hã… você é um homem da lei e tem o pequeno fato de minha irmã estar com um problema sério, então… -minha voz sumiu.
-Eu estou aqui por causa da sua irmã, mas não tem nada de errado.
-Ah, ok.
-Ou pelo menos nada a mais de errado. -ele corrigiu.
-Ah, ok. -repeti.
-Eu só queria pedir um favor a você. -eu respirei fundo e repeti:
-Ah, ok. -por falar nisso, eu me sentia uma debiloide repetindo essas duas palavras, mas o que mais poderia dizer? Eu estava naquele vestido preto matador esperando por Ucker. Paul era muito gato, eu sabia que ele estava ligado na minha e estava ali para me pedir um favor. Eu não sabia o que fazer. A situação toda parecia indefinida, não de um jeito bom ou ruim, só de um jeito imprevisível. Ele me estudou por um segundo e depois, com a voz baixa, ordenou:
-Dulce Maria, venha cá. -meus pés se moveram na direção dele sem demora, porque eu era uma mulher e quando um cara gostoso falava numa voz baixa, profunda e atraente para ir até ele, eu simplesmente ia. Forcei meus pés a pararem quando estava a meio metro de distância dele. Quando parei, ele disse suavemente: -Você está bonita. -ele disse que eu estava bonita. Legal.
-Obrigada. -sussurrei.
-Vai sair com o Ucker? -apertei os lábios e balancei a cabeça afirmativamente. Ele sorriu. Depois ele aprumou-se e aproximou-se de mim, fazendo com que o meio metro que nos separava se transformasse em 15 centímetros. Ou menos. Ele ergueu a mão e pousou-a na minha cintura, e antes que eu pudesse dizer alguma coisa ou me mover, ele começou a falar: -Eu não quero ofendê-la quando disser isso, mas depois da noite de ontem, eu preciso dizer.
Epa. Ergui a cabeça para olhar nos olhos dele, que pareciam mais expressivos do que nunca.
-O que é? -perguntei, antes de me perder nos seus olhos. Ele hesitou e depois começou.
-Sua irmã, Angel, ela não é muito inteligente. -ah. Não era bem o que eu estava esperando. Eu não sei o que esperava, mas com aquela mão na minha cintura e invadindo meu espaço, não era Angel.
-Eu acho que sei disso. -respondi.
-Você deve saber também, e se não sabia algumas noites atrás, agora sabe, porque sua irmã não pensa em quem ela está arrastando para essa confusão.
-Sim, eu aprendi isso nas últimas noites. -ele concordou. Depois disse:
-Então, o favor que eu ia pedir, se você a vir de novo, quero que me ligue. -meu corpo se contraiu, mas foi automático, mesmo assim ele sentiu e se aproximou, sua mão apertando minha cintura, a outra se levantando para fazer o mesmo do outro lado. -Eu não posso dizer o que vai acontecer com ela. Se ela vai agir de forma inteligente, se poderemos fazer um acordo, se conseguiremos protegê-la. Não há promessas aqui, Dulce Maria. O que posso dizer é que, aconteça o que acontecer, ela estará mais segura conosco do que nas ruas, e você estará mais segura se ela estiver conosco e não nas ruas. -estava vendo que sim. Ele continuou: -E, por você, nós a colocaremos sob custódia, eu farei o que for possível por ela. -oh. Uau.
-Obrigada. -sussurrei. Seus dedos cravaram mais, me apertando enquanto sua boca sorria para mim.
-Só para ser mais claro, não quero que você tente detê-la. Mas se você a vir, se ela aparecer, se ela entrar em contato com você, você não a estará ajudando, mesmo que ela diga que está ao escondê-la de nós. Me ligue, me conte o que ela disse, onde você a viu e se sabe para onde ela pretende ir.
-Você quer que eu te informe sobre minha irmã. -resumi.
-Sim. -ele respondeu, sem hesitar, sem me enrolar.
-Está bem. -concordei, sem hesitar também. Ele sorriu de novo. Depois os seus dedos me apertaram novamente e ele perguntou:
-Como você está levando tudo isso? -Deus, ele era uma gracinha.
-Bem, há lições de vida que prefiro aprender, tipo aprender a fazer um suflê perfeito, e não administrar uma crise que envolve destruição por fogo, mas estou indo bem. -ele ergueu as sobrancelhas.
-Você quer aprender a fazer um suflê perfeito?
-Hum… -eu não sabia onde colocar as mãos. Não havia muito espaço, pois eu segurava minha bolsa e casaco. Mas quando os dedos dele me seguraram novamente e me colocaram três centímetros mais perto, não tive escolha a não ser descansar minhas mãos no seu peito. Hum. Assim estava melhor.
-Não é bem assim. -continuei. -Eu preferia aprender a fazer massa de cookies de chocolate em 30 segundos ou menos. Ele sorriu novamente. -Mas eu não me importaria nada de aprender a fazer um suflê perfeito. -continuei. -Se ele fosse de chocolate. -seu sorriso alargou-se. Opa! Depois o sorriso sumiu e sua expressão e voz suavizaram.
-Muita me/rda acontecendo, Dulce Maria, fatos assustadores. Tem certeza de que você está bem? -supergracinha.
-Sim. -sussurrei, mas depois, não me pergunte por quê, continuei: -Mas estou um pouco preocupada com Meredith. Ela está usando o incêndio como uma desculpa para comprar um sofá novo e ter alguns dias de descanso para relaxar, mas sei que está aflita. Ela só não está falando sobre isso. E não quero tocar no assunto se ela não quer falar sobre isso, sobre Angel, ela é filha de Meredith e eu acho…
-Ela ama você. -ele me cortou.
-O quê?
-Pude ver isso na noite passada e na anterior, ela se importa com você. Angel é filha dela e a filha dela está te causando problemas, a seu pai também. Ela se sente responsável por isso e não sabe o que fazer. -ele devia estar certo. Paul continuou: -Você precisa conversar com ela. Precisa assegurá-la de que você não a culpa. Tirar esse peso de cima dela porque aí ela se concentrará em outras coisas também, como a encrenca em que a Angel se meteu. Ela não precisa se preocupar com o que você sente em relação aos problemas que a Angel está te trazendo.
-Você tem razão. -eu disse baixinho. Ele colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha enquanto seus profundos olhos esverdeados acompanhavam o movimento, depois descansou sua mão na minha nuca, sua palma quente tocando o meu pescoço. Isso era bom também. Muito bom. Seus olhos voltaram aos meus.
-Sim, tenho.
-Nós não somos assim, Meredith, papai e eu. -eu assegurei a ele rapidamente, sem saber por que estava fazendo isso, apenas sentindo a necessidade de fazê-lo. -Angel é… -balancei a cabeça. -Ela é diferente de nós. Eu não sei por quê, ela sempre foi. Ela…
-Eu sei. -ele disse gentilmente, de um jeito que me deu certeza de que sabia. Concordei, me sentindo aliviada, e os seus dedos apertaram minha nuca. Nesse exato momento a porta dos fundos abriu. Paul e eu nos viramos e Ucker estava lá.
_____________________________________________________________________________________
Oi, oi gente!! Ahhhhh e agora oq sera q o Ucker vai fazer??
Respondendo comentario do face:
Geovana Aparecida: Continuando, ta desculpada sim os ultimos dias estão mesmo dificeis para todos! Bj
Respondendo comentarios:
Dulcemaria_candy_: Siiiim vai dar treta pq como vc disse ele é possessivo pra caramba.Continuando, bj
Tchau gatitas Comentem!!!
Autor(a): AnazinhaCandyS2
Este autor(a) escreve mais 23 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Ucker usava quase a mesma roupa que usou da primeira vez que pus meus olhos nele. A camisa feita sob medida era azul-escura dessa vez, mas não menos fantástica. Jeans. Botas. Um cinto lindo. Jaqueta de couro preta de um estilo maravilhoso e que caía maravilhosamente bem nos seus ombros largos. E trazia uma sacola da Nordstrom na m&at ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 416
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
anne_mx Postado em 21/08/2020 - 23:25:56
Eu só sei assumir o quão apaixonada fiquei por essa fanfic, muito amor mesmo, uma pena Angel não ter conseguido ficar livre no final com a família, mas foi tudo pra mim a felicidade do casal vondy <3
-
dulcemaria_candy_ Postado em 03/02/2017 - 15:50:39
Final lindo ' Que bom que conseguiram uma menina kk
AnazinhaCandyS2 Postado em 03/02/2017 - 23:43:58
Bonitinho o final né *-* Uma menina tudo oq queriam <3 Bjuuu
-
millavondy36 Postado em 01/02/2017 - 23:35:58
Ahh que pena que chegou ao fim!!Foi uma fanfic maravilhosa!!
AnazinhaCandyS2 Postado em 02/02/2017 - 22:07:48
Uma pena mesmo tô com MUITA sdd já. Bjuuuuuuuu
-
AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:31:25
Respondendo comentário do face: Geovana Aparecida - Me deu uma sdd hj ñ tinha onde postar :'( MUITO bom ouvir/ler vc dizendo isso pq é a mesma coisa pra mim <3 E logo mais teremos mais adaptações, ontem terminei de ler o primeiro livro e hj começo a ler o segundo, dai só espera a capa e dai voltarei kkk. Bjuuuuu
-
jucinairaespozani Postado em 01/02/2017 - 13:16:25
Eu amei, uma das melhores fics que já li
AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:26:26
Muitooo bom saber disso <33 Bjuuuuu
-
Girl Postado em 31/01/2017 - 18:45:09
Anaa não precisava disso !!! digo e repito vc é inagualáe hahaha eu to bem triste pq a web chegou ao fim e quero logo que vc comece outra (ouça meu pedido beijo)
AnazinhaCandyS2 Postado em 31/01/2017 - 19:39:01
Ahh q é isso eu só ajudei uma amiga a divulga o ótima trabalho que vc esta fazendo em 'Perdida por Você'. Eu tbm tô triste com o fim da fanfic sempre fico assim quando finalizo uma web :'( Já tenho dois livros pra adaptar, mas primeiro eu vou ler eles, eu sempre começava as fanfics sem termina de ler o livro dai sempre dava confusão com o personagens, MAS logo logo eu volto com mais adaptações!! Bj
-
millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:21:05
P
-
millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:53
o
-
millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:40
s
-
millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:23
t