Fanfic: O estranho - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy/Hot/Romance
Meus olhos voaram para Ucker e vi que ele estava se aproximando de mim enquanto eu oscilava. Felizmente, ele me ajudou, colocando o braço em torno do meu peito e posicionando seu corpo atrás de mim para me apoiar antes que eu desabasse no chão.
-Você não tem que protegê-la de mim. -minha mãe sibilou para Ucker, os olhos franzidos.
-Eu vou levar os meninos lá para fora. -disse Christovão, descendo da banqueta em que estava sentado para pegar os filhos. Só que eu não vi essa cena, só senti que ele passou, porque eu não conseguia tirar os olhos da minha mãe. Minha mãe.
-Bem, isso responde tudo. -minha mãe ainda estava sibilando e depois virou-se para Meredith. -Acho que você não mostrou a ela as cartas e fotos que enviei. -ela acusou. O braço de Ucker me apertou mais e meus olhos fuzilaram Meredith.
-Eu… -Meredith começou a dizer.
-Não, fui eu que não mostrei. -interrompeu papai, postando-se atrás de Meredith e colocando um braço ao redor da cintura dela. Cartas? Fotos?
-Eu deveria ter adivinhado quando não recebi nenhuma resposta . -respondeu minha mãe, os olhos focados em Meredith. -Minha filha não me deixaria esperando. Minha filha teria me respondido!
-Foi minha a decisão de mantê-la fora da vida de Dulce. Não de Meredith, por isso olhe para mim quando fizer acusações, Blanca. -ordenou meu pai.
-Ai, meu Deus. -sussurrei. Os olhos de minha mãe não se desviaram para papai, eles viraram para mim.
-Você pode dizer isso de novo! -ela gritou.
-Você acha que poderia, por um segundo, se acalmar e ver que Dulce e Ucker têm companhia e que talvez devamos discutir isso em particular? -papai sugeriu.
-Não! Não, eu não! -minha mãe gritou.
-Está bem, então. Em outras palavras, as coisas não mudaram nada. -rebateu papai.
-Vá se fo/der! -minha mãe devolveu e meu corpo estremeceu. Ucker entrou na briga.
-Fernando pediu que se acalmasse. Agora, ouça bem. Você está na minha casa e sou eu que digo para você tratar de ficar calma. -mamãe virou-se para Ucker.
-Vê se eu me importo? Ca/guei. -ai, meu Deus. Minha mãe perdida há muito tempo era desbocada e flertava perigosamente com a morte.
-Você está entendendo por que fiz o que pude para manter essa mulher longe da vida de minha filha? -papai perguntou a Ucker com raiva.
-Eu não estou entendendo. -sussurrei.
-É claro que você não está, filhinha. -disse mamãe.
-Dul, minha querida, guardei as cartas e vou entregá-las a você. -disse meu pai. -A primeira carta que ela enviou, com fotos, foi quando sua tia Mildred morreu e deixou-lhe dez mil dólares. Nela, ela diz que estava trabalhando na África, ajudando crianças que morriam de fome, e que precisava do dinheiro para comprar alimentos e remédios, quando na realidade ela estava em Boulder trabalhando de garçonete em um bar de motoqueiros e precisava de dinheiro para manter-se nas drogas.
Boulder? Boulder? Pensei que minha mãe morasse em Rapid City. Olhei para o meu pai. Que maravilha. Uma maravilha mesmo. Minha mãe era desbocada, flertava perigosamente com a morte, vivia a 48 quilômetros de mim e era igualzinha a Angel. Fantástico. Tudo isso passou pela minha cabeça.
-Por favor, me diga que isso não está acontecendo. -sussurrei em voz alta e o outro braço de Ucker abraçou minhas costelas.
-A segunda carta, querida, e foram apenas duas, foi quando você se formou no secundário e transferi o seu fundo escolar para você. Nessa época, a desculpa foram as vítimas das enchentes. -continuou dizendo papai, e meus olhos fitaram minha mãe enquanto meu pai continuava: -O que é agora, Blanca? Você ouviu falar da invasão e do tiroteio na casa dela e achou que poderia se beneficiar do pagamento do seguro ou ouviu falar que ela está namorando Ucker e achou que poderia conseguir alguma coisa dele?
-Sou eu. -afirmou Ucker. Virei o pescoço para vê-lo e o seu olhar triste estava fixo em minha mãe.
-Eu nem sei quem você é. -mamãe virou-se para Ucker.
-Mentira. -respondeu Ucker, e meu corpo sacudiu novamente.
-Eu nunca vi você na minha vida. -ela rebateu.
-Você era amante de Mika Rountree, até ele lhe dar um pé na bu/nda. E você ainda apareceu três vezes quando tive reuniões com ele lá. -disse Ucker. Mamãe abaixou o queixo e virou o corpo ligeiramente para o lado. O que Ucker disse era verdade. Ah, meu Deus. Minha mãe desaparecida era desbocada, flertava perigosamente com a morte e era uma interesseira!
-Isso explica por que você não quis sair da por/ra da sala do Eddy até que te levássemos para ver Dul, o tempo todo com o rosto vermelho e gritando. Porque você sabia que se a levássemos para ver Dul, nós a levaríamos até Ucker. -concluiu papai. Minha mãe olhou para o meu pai e, em seguida, mudou o foco e a culpa.
-Minha filha foi vítima de um ataque por causa da sua filha. -ela apontou um dedo com raiva para Meredith. -Aquilo é uma boa mer/da. -o rosto de Meredith empalideceu, papai ficou vermelho e eu perdi a cabeça.
-Não se atreva. -sussurrei, e minha mãe virou-se para mim. Nesse exato instante pude ver, minha nossa, pude ver a máscara do seu rosto transformar-se lentamente.
-Querida… -ela sussurrou.
-Não me chame de "querida", você morava em Boulder? -meu tom de voz subiu nas duas últimas palavras e os braços de Ucker me apertaram mais, assim mesmo inclinei-me para frente. -Você morava em Boulder e nunca veio me ver?
-O seu pai não deixava!. -ela respondeu gritando.
-E daí? -gritei de volta.
-Se você quisesse ver a sua filha, você moveria céus e terra para ver a sua filha! Se quisesse ficar em contato, não enviaria duas cartas! Você enviaria duas mil!
-Dulce… -ela começou.
-Eu não posso acreditar em você. -cortei. -Não posso acreditar que não a vejo há quase 30 anos e que quando vejo é porque você sabe de Ucker e sabe que ele pode pagar um Jimmy Choo! -um soco direto, ela balançou, mas em seguida se recuperou.
-Você quase foi morta ontem. -ela me disse.
-Ah, sim, eu sei, eu estava lá. -respondi sarcasticamente.
-Eu sou sua mãe! Estou preocupada!
-Você não ficou preocupada quando Brian Takata partiu meu coração quando eu estava no colégio e caí num desespero profundo. Meredith se preocupou de verdade! E foi então que Meredith me ensinou as propriedades curativas da massa de cookie e, deixe-me dizer-lhe, foi uma boa lição para se aprender, porque a massa de cookie é o que há de melhor para consertar um coração partido. E, por falar nisso. -o meu tom era ácido. -Meredith me ensinou um monte de boas lições que você não estava por perto para ensinar.
-Dul… -minha mãe tentou interromper, mas continuei:
-E você não ficou preocupada quando Juan Meirelles me deixou emocionalmente arrasada a ponto de eu não querer nunca mais me apaixonar novamente. Meredith se preocupou. E eu não tinha dinheiro suficiente para contratar um bom advogado quando Juan começou a me perseguir, mas Meredith conseguiu com que seu chefe me representasse na justiça, e Juan parou de me perseguir! Você estava em Boulder, ou sei lá onde, mas, fosse onde fosse, estava perto o suficiente para poder estar lá comigo, e você nunca estava. Meredith estava!
-Sim, estou por perto e conheço pessoas, ouço coisas, e sei que você está em apuros porque a maldita filha dessa pu/ta da Meredith só está lhe causando problemas. -minha mãe rebateu. Soltei-me dos braços de Ucker, dando dois passos rápidos para frente e tão rápidos que minha mãe recuou.
-É da minha irmã que você está falando. -joguei na cara dela. -E esses são problemas de família e você… não é… da família.
-Dul… -ela ainda tentou.
-Saia daqui! -gritei.
-Eu não acredito…
-Mas deveria. Iniciou este jogo sujo para arrancar dinheiro do meu homem. -gritei, batendo no meu peito com a palma da mão. - Você insultou a minha irmã. Você fez o meu pai ficar com o rosto vermelho. E você magoou… -eu me inclinei, mas apontei para Meredith. -A minha mãe! -ela recuou novamente e vi seu rosto ficar pálido, mas ela não arredou o pé. -Eu disse para você ir embora, ou vou soltar Ucker pra cima de você! -ameacei. Seus olhos deslizaram para Ucker e senti a força dele ao meu lado, mas mantive meus olhos grudados em minha mãe. Ela voltou a me olhar.
-Sabe de uma coisa? Eu não vejo nada de mim em você. -ela disse isso como um insulto.
-Graças a Deus. -repliquei.
Blanca apertou os lábios, jogou o cabelo para o lado, que, infelizmente, era igual ao meu cabelo, só que mal cuidado. Depois deu meia-volta e, sem olhar para ninguém, marchou para a porta. Marchei para a geladeira, pu/ta da vida e ainda no pique da energia.
-Sabe de uma coisa? Eu preferia ter levado outra bomba incendiária nas fuças. Não! -corrigi enquanto abria a geladeira e pegava a massa de cookie. -O tiroteio. Prefiro levar um tiro a ter de passar por isso novamente.
Bati a porta da geladeira e caminhei até um bloco de facas de açougueiro, arrancando uma aleatoriamente. Puxei uma tábua de corte das prateleiras depois fui para o balcão em U, onde Meredith estava de pé, e bati com a massa na tábua de corte.
-E você deve saber, Meredith, que eu não a culpo. Angel é Angel, somos todos uma família, devemos saber disso. -girei a faca no ar. -Não podemos dizer que não sabíamos que isso viria a acontecer um dia. -bati com a massa de cookie na tábua de corte outra vez e comecei a cortá-la quando dedos fortes envolveram meu pulso e senti um corpo firme encostado no meu. Olhei para Ucker.
-Chega com essa massa de cookie, baby. -ele sussurrou.
-De jeito nenhum, Ucker, é massa de cookie. -respondi, arrancando meu pulso de sua mão e novamente girando a faca no ar. Ele mordeu os lábios. Depois sugeriu:
-Tudo bem, mas em seu estado atual você não devia estar empunhando um cutelo.
-Eu não estou empunhando um… -calei a boca quando ergui a faca que eu segurava entre nós e vi tratar-se de um cutelo enorme. -Mer/da. -resmunguei.
Ucker agarrou o meu pulso novamente e apoderou-se do cutelo. Então, estendeu o braço e entregou-o a sua mãe. Foi nesse momento que lembrei que tivemos uma audiência, foi nesse momento que lembrei que a minha vida era um sa/co e foi assim que desandei a chorar. Ucker me apertou em seus braços, eu me agarrei em sua camisa térmica, os punhos fechados, e afundei o rosto em seu peito. Sua mão quente deslizou por minha nuca e me confortou. Houve um silêncio, que depois transformou-se em conversas murmuradas, meus pais se apresentando à família de Ucker. Ignorei-os, porque era praticamente obrigatório ignorar a presença de outros seres durante um colapso, mas quando eles são a família do cara gostoso com quem você está dormindo, quando você acabou de conhecê-los e eles presenciaram uma lastimável reunião de família que acabou com você vociferando e brandindo um cutelo, ignorar sua presença era um imperativo moral.
Quando minhas lágrimas cessaram, meus olhos procuraram automaticamente pela pessoa que iria fazer tudo melhorar. Virei a cabeça e focalizei Meredith.
-Eu sei que Ale está preparando o café da manhã, mas você poderia fazer donuts caseiros para mim? -sussurrei.
-Vou pegar a massa de cookie e óleo vegetal. -disse papai na mesma hora, e não o vi passar por mim, apenas senti, porque meus olhos estavam presos em Meredith. Ela estava com lágrimas nos olhos também, mas, ainda assim, sorriu para mim. Sim, tudo me pareceu melhor. Retribuí o sorriso e pressionei meu rosto no peito de Ucker. Ele me abraçou mais forte. Então gritei para o meu pai:
-Não esqueça da cobertura de chocolate!
-Já peguei. -papai gritou de volta. Senti a presença de alguém se aproximando de mim e virei o rosto no peito de Ucker. Ergui a cabeça e vi Victor logo ali. Seus olhos estavam em Ucker.
-É bom saber, mesmo depois de um drama familiar como esse, que Dul ainda se dedica arduamente a preservar esse bun/dão. -ele comentou.
-Victor! -Ale gritou.
Eu ri. Ucker também riu. Não ouvi seu riso, mas pude senti-lo contra mim. E era muito bom. O riso de Ucker desapareceu. Senti falta dele quando se foi, até o momento em que Ale comentou:
-Ela pode estar deslumbrada, mas não tem medo de usar o cutelo. Um ponto positivo.
E o riso de Ucker voltou novamente.
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Gente Blanca é maluca fora da casinha total kkkk.
Tchau lindonas
Autor(a): AnazinhaCandyS2
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 416
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anne_mx Postado em 21/08/2020 - 23:25:56
Eu só sei assumir o quão apaixonada fiquei por essa fanfic, muito amor mesmo, uma pena Angel não ter conseguido ficar livre no final com a família, mas foi tudo pra mim a felicidade do casal vondy <3
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dulcemaria_candy_ Postado em 03/02/2017 - 15:50:39
Final lindo ' Que bom que conseguiram uma menina kk
AnazinhaCandyS2 Postado em 03/02/2017 - 23:43:58
Bonitinho o final né *-* Uma menina tudo oq queriam <3 Bjuuu
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millavondy36 Postado em 01/02/2017 - 23:35:58
Ahh que pena que chegou ao fim!!Foi uma fanfic maravilhosa!!
AnazinhaCandyS2 Postado em 02/02/2017 - 22:07:48
Uma pena mesmo tô com MUITA sdd já. Bjuuuuuuuu
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AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:31:25
Respondendo comentário do face: Geovana Aparecida - Me deu uma sdd hj ñ tinha onde postar :'( MUITO bom ouvir/ler vc dizendo isso pq é a mesma coisa pra mim <3 E logo mais teremos mais adaptações, ontem terminei de ler o primeiro livro e hj começo a ler o segundo, dai só espera a capa e dai voltarei kkk. Bjuuuuu
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jucinairaespozani Postado em 01/02/2017 - 13:16:25
Eu amei, uma das melhores fics que já li
AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:26:26
Muitooo bom saber disso <33 Bjuuuuu
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Girl Postado em 31/01/2017 - 18:45:09
Anaa não precisava disso !!! digo e repito vc é inagualáe hahaha eu to bem triste pq a web chegou ao fim e quero logo que vc comece outra (ouça meu pedido beijo)
AnazinhaCandyS2 Postado em 31/01/2017 - 19:39:01
Ahh q é isso eu só ajudei uma amiga a divulga o ótima trabalho que vc esta fazendo em 'Perdida por Você'. Eu tbm tô triste com o fim da fanfic sempre fico assim quando finalizo uma web :'( Já tenho dois livros pra adaptar, mas primeiro eu vou ler eles, eu sempre começava as fanfics sem termina de ler o livro dai sempre dava confusão com o personagens, MAS logo logo eu volto com mais adaptações!! Bj
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:21:05
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:53
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:40
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:23
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