Fanfics Brasil - Capitulo 38 - Desocupado O estranho - Adaptada - Finalizada

Fanfic: O estranho - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy/Hot/Romance


Capítulo: Capitulo 38 - Desocupado

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   Sentei-me na velha poltrona de Ucker e fiquei olhando seu refúgio cavernoso. Eu acabara de fazer uma viagem de descoberta. Não fui tão longe a ponto de vasculhar sua mesa e as quatro gavetas, mas, depois que ele saiu, peguei uma caneca com café e procurei o único espaço que sabia ser realmente dele.


   Fui dar uma olhada na estante sob a plataforma da cama. Ele tinha muitos  CDs, gostava mesmo de música, nenhuma dúvida nisso. Suas preferências se espalhavam por todo canto. Rock ‘n’ roll, da velha guarda, a maioria dos anos 1970. Heavy metal, todos bons, nada de glam metal. Jazz, do tipo suave, das antigas, sem sax pesado como se faz agora. Blues, Billie Holiday e Robert Johnson, muito bom. R&B, um pouco de rap e, completando esta seleção, até mesmo alguns clássicos. Em outras palavras, não dava para se chegar a uma conclusão, havia muito de tudo.


   Fui até os livros e, embora houvesse muitos, eles não me disseram mais nada. Ele não tinha livros de suspense ou de mistério, para relaxar. Eu não conhecia os autores da maioria deles nem sabia do que tratavam, e eu era uma editora de livros. Havia manuais de estratégia de guerra, de combate corpo a corpo e livros de filosofia das artes marciais. Biografias de generais de guerra. Livros de história das batalhas. Nada mais. Nem mesmo um pequeno volume de poesia para me dar alguma pista.


   Então, me aconcheguei na poltrona dele e olhei para o seu espaço, minha mente filtrando o que eu sabia da plataforma da cama e do seu escritório. Isso também não me deu nenhuma pista. O que você tem de Ucker é só o que você vê. Sua vida era restrita, organizada e controlada. Não havia personalidade nela. Ele tinha uma família, irmãos, sobrinhos, uma família próxima e que se preocupava com ele, mas não havia fotos. Nem álbuns de fotos. Não havia quadros de medalhas de façanhas realizadas no Exército. Não havia DVDs que mostrassem de que tipo de filmes ele gostava. Nenhum quadro nas paredes que refletissem o seu gosto. Seus móveis e equipamentos eram modernos e caros, sem dúvida, mas também eram pesados, masculinos e duráveis. Mesmo que fossem atraentes, eles eram apenas práticos. Com exceção deste cantinho. Desta poltrona. Desta mesa. Desta luminária. Eles não combinavam com o resto do loft, mas também não me diziam nada, embora de alguma forma eu soubesse que diziam tudo.


   Tudo o que eu sabia era que, se o que ele disse antes de sair e até o que disse sobre quando me viu pela primeira vez fossem verdade, eu devia significar algo para ele antes mesmo de entrar na Ride. Relatórios diários. Você não exige relatórios diários sobre alguém com quem não se importa de alguma forma, mesmo que fosse uma forma distante, estranhamente rigorosa e emocionalmente controlada. Eu suspirei. E tomei uma decisão. Levantei-me e subi a escada para pegar meu telefone. Fui até a cozinha, peguei outra caneca de café e voltei para a poltrona de Ucker. Tomei um gole de café, coloquei a caneca em cima da mesa e me sentei. Abri meu telefone e rolei a tela. Então vi. Senti um frio na barriga e meu coração disparou bem antes de sorrir levemente para o meu telefone. Ucker havia programado quatro números no meu telefone. Um que dizia apenas "Ucker", que presumi ser o seu celular. Embaixo deste tinha um registrado como "Ucker Base", e embaixo outro chamado "Ucker Base Privado", que presumi ser uma linha direta privada com o seu escritório na base. Por último vinha "Ucker Casa".


   Aparentemente, Ucker queria que eu fosse capaz de contatá-lo se precisasse dele. Só para me divertir, rolei a tela até "Ucker Casa" e cliquei. Segundos depois, o telefone lá de cima, o que ficava em uma das mesas da área de estar, o telefone da cozinha e o da mesa de seu escritório tocaram todos ao mesmo tempo. Sorri novamente e pressionei o botão vermelho. Então rolei a tela até Ucker e cliquei. Ele tocou duas vezes antes de ser atendido por uma voz diligente, mas definitivamente atrevida.


   -Telefone de Ucker, eu sou Belinda. Fale comigo. -não falei de imediato porque fiquei surpresa de ela atender. -Não tenho o dia todo. -ela disse prontamente.


    -Hã… desculpe, eu estava ligando para o Ucker. -eu disse estupidamente. Houve um silêncio. Em seguida, um voz estridente respondeu:


    -Dul?


    -Hã… sim, hã… Ucker está…


    -Oi, garota! -ela me cortou. -Como você está? -ela perguntou em um tom de conversa informal, como se não apenas nos conhecêssemos, mas também tivéssemos feito a manicure uma da outra. Bem, como havia arrumado as minhas malas para mim, provavelmente ela pensou que me conhecia.


     -Hã… bem. -respondi.


     -É bom te ouvir. -respondeu ela. -A mer/da que aconteceu com você aconteceu comigo uma vez. Um horror. Ucker então reuniu os rapazes também para lançar uma operação total de resgate em um complexo de motoqueiros para salvar o meu ra/bo, ou não.


    -Sim, isso me faz sentir com um mínimo de segurança. -concordei.


    -Mínimo! -ela apupou como se aquilo fosse hilário. Bom, na verdade era. Ucker e seus homens ofereciam muito mais do que um mínimo de segurança.


    -Hã… Obrigada por ter arrumando minhas malas.


    -Eu é que agradeço a você, garota! Arrumar as suas coisas foi como uma viagem à Terra dos Doces feminina. Você tem treze vestidos pretos. -ela me informou.


    -Eu sei.


    -Cada um mais sexy e arrasador que o outro. Ver você em um monte de câmeras me fez pensar que era por causa da sua bu/nda, talvez do seu cabelo, mas agora sei que é por causa daqueles vestidinhos pretos.


     -Hum-hum. -murmurei.


    -Enfim, do que você precisa? -ela perguntou.


    -Ucker está?


     -Negativo. Ele está no meio de alguma coisa, não pode receber chamadas, mandou que eu atendesse. -hum. Isso não soava nada bem.


     -Você pode dar a ele um recado para me ligar?


    -Claro, mas você pode me dizer do que precisa, pois tenho autorização para cuidar disso. Os rapazes estão ocupados, mas sei que você está de quarentena na casa de Ucker, então se precisar de alguma coisa, é só me dizer que encontro alguém que possa ajudá-la.


     -Legal, mas eu só queria saber se tem algum problema se eu pedir para minhas amigas virem aqui.


     -Quando você quer que a gente esteja aí? -a gente?


    -Hã…


     -Saio daqui às cinco horas da tarde, poderia estar aí às cinco e vinte. -ela continuou.


    -Bem… o negócio é que, hã, eu… -parei no meio da frase porque, afinal, ela havia saído para comprar um sapato para mim e depois fora até a minha casa fazer as malas. Ela fez as malas direitinho, certificando-se de que eu teria tudo de que precisava. Foi legal ela ter feito isso, mesmo que estivesse sendo paga para fazê-lo. É evidente que ela queria fazer amizade, e eu não queria ferir seus sentimentos.


    -O negócio é que o quê? -ela perguntou. Ah, inferno. Não tive escapatória.


    -O negócio é que eu quero ver minhas amigas para falar de Ucker.


    -Eu conheço o Ucker. -ela se ofereceu.


    -Sim, mas ele é o seu chefe.


    -Isso mesmo, garota, então você precisa de mim aí.


    -Eu preciso?


    -Querida, Janine pode ser a encarregada de fazer o trabalho pesado para organizar a vida dele, mas quem você acha que faz a lista de compras de mantimentos e manda que ela vá comprar as calças cargo? Eu. Você quer informações sobre Ucker, pois lhe digo que não há ninguém mais bem preparada para essa operação do que eu.


     -Isso não seria meio impróprio? -perguntei, e ela apupou (de novo).


     -Sim, mas fo/da-se, quem se importa? -ela rebateu com outra pergunta e continuou:


     -Ouça-me, Dul. Trabalho para Ucker há sete anos. Quando pus o ra/bo neste lugar para uma entrevista de trabalho, pensei que tinha morrido e ido para o céu. Homens bonitos em toda parte. Umas bun/das que nem te conto! Eu trabalharia aqui de graça. No primeiro dia, depois de meia hora trabalhando, esses rapazes já eram um pé no sa/co. Botar as coisas deles em ordem é como pastorear gatos. Felizmente, isso aqui é um colírio para os olhos, então dá para ter satisfação no emprego. Não fosse assim, há muito tempo eu teria ido até o armário de suprimentos, pegado um cassetete e dado umas porradas nesses soldados. Até que alguns dias atrás, Ucker entra aqui e me diz para ir à Nordstrom. A Nordstrom! Eu não perguntei nada, só peguei o cartão da empresa e tirei minha bu/nda da cadeira. Estava de sa/co cheio daquela me/rda. Se você acha que eu não faria tudo ao meu alcance para que, entre as minhas obrigações, haja uma ida ocasional ao shopping, você… está… enganada. -ai, Deus.


    -Talvez você não seja capaz de ter muita objetividade durante a discussão. -sugeri.


    -Pode apostar o ra/bo que eu não vou ser objetiva. -ela concordou, em seguida, continuou. -Eu te vejo às cinco e vinte. O que você bebe?


    -Hã… Cosmopolitans.


    -Eu cuidarei disso. -declarou ela, em seguida ordenou: -Chame suas amigas e te vejo mais tarde.


  Belinda desligou e fiquei no ar. Hum. Eu não tinha certeza do que tinha sido aquilo. O que eu tinha certeza era de que Belinda estaria aqui às cinco e vinte. Liguei para Mai e Annie, para saber se as duas poderiam estar aqui às cinco e vinte para uma reunião cujo tema era Christopher Uckermann, Ucker. Eu dei-lhes instruções sobre como chegar no endereço e como deviam ter cautela com o acréscimo inesperado de Belinda à nossa reunião. Depois bebi mais café.


   Então, por ser uma mulherzinha idiota, peguei meu telefone e abri só para ver os números de Ucker na minha lista de contatos. Quando rolei a tela, vi a barra destacando o nome "Angel". Fiquei olhando para o nome da minha irmã. Então pensei no fato de que o melhor cenário seria a minha irmã entrar no programa de proteção a testemunhas, e evitei pensar no pior cenário, porque só de pensar nos riscos me dava urticária. Então criei coragem, pressionei o número dela e levei o telefone ao ouvido.


    -Que é? -ela atendeu. Pu/ta me/rda. Ela atendeu!


    -Angel? É Dulce.


    -Eu sei, sua vaca. -ok, talvez eu me lixasse se minha irmã sumisse no programa de proteção a testemunhas. O problema era que eu me preocupava com os prováveis piores cenários.


     -Você está bem? -perguntei.


     -Desde quando você se importa? 


     -Angel…


     -Olha, eu tenho coisas pra fazer. Não perca seu tempo ligando e fingindo que se importa, ok?


     -Mas eu me importo, mesmo. -respondi.


     -Ah, claro. -sarcasmo. Ora, ora, acho que os graves problemas de Angel não fizeram com que ela refletisse sobre o seu modo de vida e as relações familiares. Por que isso não me surpreende?


    -Sim, Angel, é claro. Ouça-me, sei que nunca seremos irmãs próximas, você não bebe Cosmopolitans e eu não faço viagens de ácido, mas ainda assim você é minha irmã. Estou tendo o gostinho dos seus problemas e me preocupo. Pode não acreditar em mim, mas essa é a verdade. Estou preocupada, papai está preocupado e Meredith está preocupada.


    -Nenhum de vocês estava preocupado na outra noite, quando eu precisava da me/rda de um banho. -ela contra-argumentou.


    -Isso foi antes das bombas incendiárias e da invasão da minha casa com aquele tiroteio todo. -silêncio. -Talvez eu possa fazer alguma coisa por você. -ofereci gentilmente ao silêncio.


    -Ah, sim, claro, agora você é voluntária para fazer alguma coisa por mim. Todos esses anos você me tratou como se eu fosse uma mer/da qualquer. Agora sua sala de estar explode e você acorda. É isso?


    -Todos esses anos não tratei você como se fosse uma me/rda qualquer. -eu neguei, e fiz isso porque era uma pu/ta verdade.


    -Hum, hum. -mais sarcasmo. Agora eu estava ficando pu/ta.


    -Hum, hum. -repeti. -Não sei o que há com você, mas se tiver tempo para processar isso, nós o faremos. Veja, não fui eu que cortei o cabelo de suas Barbies. Não fui eu que roubei as suas coisas para comprar drogas. Não fui eu que enfiei a mão dentro da calça dos seus namorados. E não fui eu que tre/pei com o seu marido.


    -Eu sabia que você ia acabar jogando isso na minha cara. -ela rebateu. Ela estava falando sério?


    -Você tre/pou com o meu marido! -gritei.


    -Sim Dul, e depois você deu um pé na bu/nda dele. Para começo de conversa, você nunca deveria ter se casado com aquele cara de c/u. Agora está tendo um caso com a por/ra daquele Ucker, de todas as malditas pessoas deste mundo, você devia estar beijando os meus malditos pés. -o argumento teve mérito.


    -Eu sabia que você fez isso por mim. -eu disse calmamente.


    -Alguém tinha que acordar você. -ai, meu Deus. Era amor fraternal o que eu estava sentindo por Angel? Eu não saberia dizer, pois não sentia isso pelo que parecia séculos.


    -Angel, querida, por favor, me escuta…


   -Não. Eu não sei o que aquele Paul disse, mas você não tem ideia do que está acontecendo comigo. O que eu sei é que a perfeita e meiga Dulce Maria não tem as ferramentas necessárias para me ajudar a sair dessa me/rda. Ninguém tem. Nem mesmo o Paul. Estou nessa sozinha e estou caga/ndo. Sempre estive nessa sozinha.


    -Talvez se você aceitar um pouco de ajuda…


    -Vá se fo/der, Dul. Você não quer me ajudar. Você quer é que os caras parem de te atacar.


    -Sim, eu quero. Claro que sim. -concordei. -Mas também não quero que minha irmã fique sozinha enfrentando esses bandidos todos, quando talvez eu possa ajudar.


    -Não há ajuda pra isso. 


    -Angel…


    -Não me telefone de novo, Dul. Nunca. Entendeu? -ela sussurrou. Fim da ligação. Fechei o aparelho e sibilei, Me/rda! Assim que desliguei, ele tocou. Peguei-o de volta, abri, pensando que fosse Angel, e atendi.


    -Angel?


    -Não. -ouvi. -Pablo. -ai, que me/rda.


    -Pablo. -eu disse, calmamente.


    -Sim, lembra de mim? -epa.


    -Pablo, eu…


    -Sua casa foi metralhada. Liguei quatro vezes, ninguém atendeu. Ouvi pela Annie que você estava bem. Você telefona quando a torneira não fecha direito, mas não liga quando estou louco de preocupação porque sua sala de estar foi metralhada?


    -As coisas ficaram um pouco fora de controle.


    -Dul, a sua casa sofreu um atentado. Sei que as coisas ficam fora de controle numa circunstância dessas, mas tanto assim para não ligar para a por/ra do seu amigo e deixá-lo saber que você está bem?


    -Minha mãe apareceu ontem. -informei a ele. -Eu estava um pouco fora de mim.


    -Eu posso entender que Meredith esteja assustada com tudo isso…


    -Não, Pablo, não foi Meredith, foi a minha mãe. -silêncio. Respirei fundo. -Ucker ofendeu você e sinto muito por isso. Ele é… hã… meio… sei lá. Esse é o jeito dele. Não sabia o que dizer a você então…


    -Você não sabia o que me dizer porque escondeu um relacionamento de mim por um ano e meio. E, como um imbecil, eu fiquei trabalhando na sua cozinha e na sua casa por todo esse tempo, enquanto você ficava com Rambo.


    -Não foi bem assim. -eu disse, e não foi. Eu só não tinha intenção de dizer-lhe como foi.


    -Mentira. Foi bem assim. Então acho que mereço uma explicação de por que você me fez de imbecil, Dul. -tudo bem, eu estava ficando pu/ta novamente.


    -Na verdade, Pablo, o como é que foi não é da sua conta. Não o fiz de imbecil. Você é meu amigo. Quando precisamos de alguma coisa, chamamos os amigos.


    -Sim, você não tem nenhum problema em fazer isso.


    -E você também não. -respondi.


    -Você me chamou quando teve aquela gripe horrorosa, e o levei ao médico e depois para casa. Fiz com que você tomasse o seu remédio direitinho e tivesse lenços de papel suficientes, e ainda limpei seu balde de vômito. E uma última notícia, Pablo, eu não gosto nada de vômito. Evito vômitos como evito batons de tom laranja, em outras palavras, a todo custo. Mas fiz isso por um amigo.


    -Dul…


    -E quando você queria impressionar uma garota na sua casa, não era a mim que você chamava para preparar uma refeição de três pratos para depois poder dizer a ela que foi você que preparou?


    -Eu… -eu o cortei na hora e puxei as armas maiores.


    -E não fui eu que larguei tudo e viajei até Tucson com você para que pudesse ajudar sua mãe a organizar as coisas para trazer o corpo do seu pai de volta a Denver para o funeral?


    -Querida…


   -Não era uma rua de mão única e você sabe disso. -eu o interrompi novamente. -Dei na mesma medida em que recebi, e me chateia que você venha agora dizer uma coisa diferente. A minha sala agora está um desastre, não posso voltar para casa, meus pais não podem voltar para casa, minha irmã está toda encrencada e minha mãe caiu de paraquedas de repente, porque ouviu dizer que estou namorando um homem que pode me pagar Jimmy Choo, então ela quis voltar e pegar a parte dela do… do que fosse. Eu não a vejo há décadas e lá estava ela. Descobri que ela sempre esteve por perto, mas nunca se importou em se aproximar até o dia em que descobriu que poderia tirar alguma vantagem. Lamento por Ucker ter ferido seus sentimentos e, acima de tudo, saiba que tive medo de perder você por causa disso. Mas não preciso dessa mer/da agora, Pablo. Preciso dos meus amigos em volta de mim e, se você não puder ser um amigo, não sei o que dizer, exceto que seria muito triste descobrir isso agora, depois de tudo que fomos um para o outro.


    -Estou apaixonado por você, Du. -ele sussurrou, sem hesitar, direto como um soco na cara. Respirei fundo e não respondi, só fiquei olhando para o meu colo experimentando aquela dor no meu coração. -Querida? -ele me chamou quando emudeci.


    -Queria que você tivesse me contado antes. -eu disse. -Não posso dizer o que teria acontecido se você tivesse me contado, mas agora… agora, não posso lidar com isso, Pablo. Eu adoro você, acho você muito legal, mas tenho um homem na minha vida. Não sei onde isso vai dar, tudo o que sei é que o que ele me faz sentir me assusta pra burro e preciso me concentrar nisso.


    -Eu sei por que ele te assusta, querida. -Pablo respondeu gentilmente.


    -Por quê?


    -Porque ele tem Juan Meirelles escrito por todo o corpo. -respirei fundo sonoramente.


    -Pablo…


    -Com você, é assim. Sempre foi assim. Os caras bonitões que pensam que a me/rda deles não fede e acabam passando por cima de você. -ah, Deus. Pablo continuou: -Doeu bastante quando Juan usava sapatos. Como é que vai sentir quando o cara usa botas de combate?


    -Eu não tenho certeza de que ele é assim.


   -Eu o encontrei uma vez só, não o conhecia, e ele não hesitou em me dizer o que disse na sua frente, na frente de Annie e de todos aqueles caras que nunca vi. Ele ca/gou e andou pra mim. Você acha mesmo que se ele tiver algo a dizer que você não vai gostar ou se planejar fazer algo que possa magoá-la, ele vai se importar com você?


   -Acho que o conheço melhor do que você, Pablo. Ele não é como as outras pessoas. Ele realmente pensava que estava lhe fazendo um favor.


    -Pois pensou errado, Dul. Você e eu sempre fomos próximos e agora estamos tendo essa conversa. Isso foi o que ele fez. Ele pode ter dito a você que estava me fazendo um favor, mas esse sujeito é daquele tipo que mija nos cantos. Você é território dele, ele me viu ultrapassando a fronteira e tratou de me expulsar. Não acho que tenha sido outra coisa.


    -Não quero magoá-lo ainda mais, querido, mas não creio que ele veja você como um concorrente. -eu disse gentilmente. Um momento de silêncio, depois uma voz baixa.


    -Entendi.


    -Pablo, não faça isso com a gente.


     -Eu não fiz nada, Dul. Rambo fez. -abri minha boca para falar, mas ele já tinha desligado. Fechei o aparelho, fiquei olhando para ele e sibilei de novo: Mer/da! E mais uma vez o telefone tocou na minha mão. Eu o abri imediatamente e atendi.


     -Não é nada educado desligar…


    -Baby… -Ucker me cortou.


    -Ucker? -fiquei surpresa. Pensei que ele estivesse incomunicável.


     -Dê-me uma boa razão para você ter ligado para Angel. -fiquei paralisada e depois percebi que ele sabia tudo sobre mim, o que devia incluir o monitoramento dos meus telefonemas.


    -Ucker


    -Você não a conhece.


    -Ucker…


    -Se você não conhece uma pessoa, é óbvio que não deve falar com ela.


    -Ucker…


    -Se você fala com ela e estiverem monitorando a comunicação de vocês, eles vão ouvir você, vão encontrá-la ou podem fazer suposições. -ok, algo novo para acrescentar à minha lista de como Ucker poderia ser irritante, o que incluía as vezes em que ele tinha razão, como essa.


    -Vi o nome dela na minha lista de contatos e liguei por impulso. -admiti.


    -Não, você viu o nome de sua irmã na sua lista de contatos, lembrou-se de que está preocupada com ela e por isso ligou. -Ucker corrigiu.


    -Bem, é a mesma coisa. -ele deu um suspiro.


    -Baby. -mudei de assunto.


    -Pensei que você estivesse ocupado.


    -Estava, mas a base recebeu o ping do seu telefone, Fang chamou Poncho, Poncho veio atrás de mim e ele não está ocupado como eu. Ele me passou a mensagem de que você estava contatando a por/ra da sua irmã e eu tive de me fazer desocupado.


    -Ah.


    -Dul, baby, faça-me um favor. Confie em mim o suficiente para saber que vou fazer o que posso por sua irmã. E confie em mim o suficiente para saber que eu posso lidar com as consequências emocionais se nós descobrirmos que não há nada que eu possa fazer por sua irmã. Está bem? -olhei para o meu colo, para seus livros, seus CDs e para seu refúgio. -Dul, você está aí? -Ucker chamou. Ele ficou desocupado. Para mim. Ele queria que eu confiasse nele para consequências emocionais. Olhei para a sua casa. Ele ainda não me dizia nada. Mesmo assim, eu sabia que Pablo estava errado.


    -Eu estou aqui. -eu disse calmamente. -E vou lhe fazer esse favor.


    -Obrigado, minha flor. -ele também disse calmamente.


    -Minhas amigas estão vindo me ver aqui mais tarde, tudo bem pra você? -perguntei.


    -Sim, baby.


    -Belinda decidiu que ela é minha amiga. -contei a ele.


    -Nenhuma surpresa nisso. -respondeu ele.


    -Você precisa ficar ocupado novamente? -perguntei. Embora ele não tivesse me passado nenhuma vibração de impaciência ou preocupação, supus que, se ele não estava atendendo suas chamadas, é porque devia estar numa missão importante que exigia sua total atenção. Atenção que ele desviou para mim. Mer/da.


    -Sim. -ele respondeu.


    -Ok, eu vou deixar você ir.


    -Até mais tarde, baby.


    -Até mais tarde, Ucker.


  Fim da ligação. Fechei o telefone e fiquei olhando demoradamente para a casa dele sem me fixar em nada. Então abri o telefone novamente e liguei para informações para saber o número do meu agente de seguros, porque eu precisava comunicar o ataque à minha casa.


____________________________________________________________________________________


  Oi, oi gente!! Belinda sera bem maluquinha {#emotions_dlg.tongue_out}


     Genteeee o baby da diva da Anahi nasceu!! O pequeno Manuel nasceu!!!


                               70 FAVORITOS, VCS SÃO FO/DAS {#emotions_dlg.laughing}


Respondendo comentario do face:


Geovana Aparecida: Sim foi culpa da Angel, os caras q tão atras dela pensam q se atacarem a Dul a Angel vai aparece. Isso Dulce é muito insegura mas o Ucker ta mostrando q ela pode confiar nele. Pelo menos pra tira o Juan da vida da Dul a Angel prestou né kkk. Bj


Respondendo comentarios:


Dulcemaria_candy_: Logo a Dul vai confiar no Ucker, ele vai faze oq for possivel pra isso acontecer. Vondy é vondy né pai kkkkkk. Angel se mete em tudo mesmo, mas no caso do Juan foi bom ela te se metido pq hj  a Dul ta com o Ucker kkk. Continuando, bj


Jucinairaespozani: Humm esse "than" seria uma hot? Safada kkk. Pode crer q esse futuro acontecera, mas primeiro eles vão ter alguns contratempos no caminho. Postado, bj


Di_rebelde: Fofos ao extremo né, algumas coisinhas vão acontecer mas é claro q no fim tudo se acerta ♥ Postado, bj


Millavondy36: Juan era um safado q nem atenção dava pra Dul, Angel no fim das contas deu ate uma ajudinha pra Dul tirando o Juan da vida dela mesmo sendo de um jeito torto kk. Ucker é muito fofo né *-* C-o-n-t-i-n-u-a-n-d-o bj


          Tchau amores {#emotions_dlg.kiss}


 



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Autor(a): AnazinhaCandyS2

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 416



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  • anne_mx Postado em 21/08/2020 - 23:25:56

    Eu só sei assumir o quão apaixonada fiquei por essa fanfic, muito amor mesmo, uma pena Angel não ter conseguido ficar livre no final com a família, mas foi tudo pra mim a felicidade do casal vondy <3

  • dulcemaria_candy_ Postado em 03/02/2017 - 15:50:39

    Final lindo ' Que bom que conseguiram uma menina kk

    • AnazinhaCandyS2 Postado em 03/02/2017 - 23:43:58

      Bonitinho o final né *-* Uma menina tudo oq queriam <3 Bjuuu

  • millavondy36 Postado em 01/02/2017 - 23:35:58

    Ahh que pena que chegou ao fim!!Foi uma fanfic maravilhosa!!

    • AnazinhaCandyS2 Postado em 02/02/2017 - 22:07:48

      Uma pena mesmo tô com MUITA sdd já. Bjuuuuuuuu

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:31:25

    Respondendo comentário do face: Geovana Aparecida - Me deu uma sdd hj ñ tinha onde postar :'( MUITO bom ouvir/ler vc dizendo isso pq é a mesma coisa pra mim <3 E logo mais teremos mais adaptações, ontem terminei de ler o primeiro livro e hj começo a ler o segundo, dai só espera a capa e dai voltarei kkk. Bjuuuuu

  • jucinairaespozani Postado em 01/02/2017 - 13:16:25

    Eu amei, uma das melhores fics que já li

    • AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:26:26

      Muitooo bom saber disso <33 Bjuuuuu

  • Girl Postado em 31/01/2017 - 18:45:09

    Anaa não precisava disso !!! digo e repito vc é inagualáe hahaha eu to bem triste pq a web chegou ao fim e quero logo que vc comece outra (ouça meu pedido beijo)

    • AnazinhaCandyS2 Postado em 31/01/2017 - 19:39:01

      Ahh q é isso eu só ajudei uma amiga a divulga o ótima trabalho que vc esta fazendo em 'Perdida por Você'. Eu tbm tô triste com o fim da fanfic sempre fico assim quando finalizo uma web :'( Já tenho dois livros pra adaptar, mas primeiro eu vou ler eles, eu sempre começava as fanfics sem termina de ler o livro dai sempre dava confusão com o personagens, MAS logo logo eu volto com mais adaptações!! Bj

  • millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:21:05

    P

  • millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:53

    o

  • millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:40

    s

  • millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:23

    t


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