Fanfic: O estranho - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy/Hot/Romance
Senti um peso atingir a cama, meus olhos se abriram e me ergui apoiada nos cotovelos. Ian estava sentado lá, vestindo uma camiseta colante e jeans desbotado. Seu cabelo estava molhado depois de um banho. Ele me olhava com seus olhos azuis.
Eu estava deitada em sua cama, não no Complexo do Chaos MC, mas em uma agradável casa na montanha perto de Denver. Uma casa construída no alto da montanha. Tinha um andar só, extenso, e um deque de madeira por toda a frente da casa. A visão da paisagem devia ser fantástica à luz do dia, mas não aproveitei muito quando chegamos lá, principalmente porque eu estava entorpecida, esgotada e lutando desesperadamente para conter lágrimas histéricas, explosões de raiva e a vontade de matar alguém.
Ian me levou para o seu quarto, jogou minha bolsa na mesa de cabeceira e ordenou, "Durma, querida". Em seguida, ele saiu. Tirei minhas botas, meias, calça jeans e, uma vez convenientemente vestida com minha camisola, subi em sua cama desarrumada e fiz exatamente o que ele me disse. Agora eu estava em minha habitual posição fetal, com as mãos em forma de oração sobre a face.
-Bom-dia, princesa, você quer um café da manhã? -perguntou.
-Você mesmo prepara, ou tem uma namorada motoqueira que fará o café da manhã que eu pedir? -respondi, e lá ia eu. Automaticamente. A metida a esperta. Quando eu iria aprender? Ian sorriu.
-Eu mesmo preparo. Se você tirar esse seu ra/bo da cama, vai provar as melhores panquecas que já viu na sua vida. -ele respondeu.
E pela primeira vez na minha vida, eu não estava com fome. Não, não era verdade. Depois que encontrei o meu marido na cama com a minha irmã e dei um pé na bun/da dele, não comi por três dias. Eu nem me tocara na época, mas Pablo sim, e ele me fez comer. Aquela tinha sido a última vez que perdi o apetite.
-Parece bom. -menti, mas continuei imóvel.
Ian viu minha reação e estendeu a mão para mim. Pegou no meu braço e gentilmente tirou a mão de meu rosto. Depois ele ergueu meu braço e seus olhos desviaram para o meu pulso. Sua mão deslizou com cuidado, seus dedos envolveram a minha e vi quando levantou o meu braço mais para cima… até… até ele inclinar o pescoço e seus lábios tocarem a pele machucada e rasgada do meu pulso. Minha respiração acelerou. Ucker é que deveria ter feito isso. Mas Ucker ficou tão ocupado remoendo o que acontecera com Rick, ou, o que era mais provável, tentando descobrir como faria para terminar comigo uma vez que havia ganhado o desafio e estava pronto para outra, que ontem à noite ele se esqueceu completamente de que eu havia sido sequestrada, amarrada, amordaçada e usada como isca. Ian ergueu a cabeça, seu corpo se inclinou e ele apertou a minha mão em seu peito.
-Minha menina teve um dia ruim ontem. -ele disse baixinho. Ucker deveria ter dito isso também.
-Existe ruim e ruim, estou descobrindo as muitas nuances entre eles, mas, sim… ontem fui apresentada a um novo nível de ruim.
-Então você precisa de panquecas. -enfim um homem que entendia as propriedades curativas da comida.
-Panqueca seria ótimo. -respondi. Sua mão apertou a minha.
-Levante já dessa cama, querida, vou para a cozinha.
Em seguida, ele ergueu minha mão, beijou o nó dos meus dedos, largou-os, levantou da cama e saiu do quarto. Dei um tempo, saí da cama, vasculhei minha bolsa, encontrei a escova de dente e a espuma de limpeza facial, entrei no banheiro do quarto e fiz as minhas coisas.
Não me incomodei em colocar uma roupa, minha camisola me cobria mais do que a maioria dos vestidos que eu tinha. Saí do quarto e, como a casa foi construída na montanha e todos os aposentos davam para um lado só com um corredor cheio de janelas, pude agora ver a paisagem. A boa notícia era que logo depois do deque havia um declive acentuado e íngreme, o que tornava bem difícil uma invasão de domicílio bem-sucedida. A outra boa notícia era que a vista era deslumbrante. E, pela primeira vez em mais de uma semana, não havia más notícias.
Segui pelo corredor olhando para os aposentos à minha esquerda. Um banheiro e mais dois quartos: um que tinha uma cama e uma cômoda, e outro que servia de escritório, bastante desarrumado. Depois vinha uma área aberta. Ali havia uma cozinha com um bar do lado oposto de portas envidraçadas de correr que davam para o deque. A cozinha era incorporada a uma gigantesca sala de estar que se projetava um pouco na parte da frente da casa.
Ian estava na cozinha pilotando o fogão. Fui até lá para ficar ao lado dele, não muito perto, preferi ficar encostada no balcão. Olhei para baixo e havia seis panquecas redondinhas perfeitas em uma frigideira. Sua cabeça virou-se para mim.
-Parece que você é craque nisso. -comentei. Ele não respondeu ao meu comentário. Em vez disso, perguntou:
-Você quer café?
-Eu sou Dulce Maria, estou respirando e é de manhã. -respondi. Me/rda! Lá estava eu de novo. Bancando a esperta. Ian sorriu. Depois fez um gesto com a cabeça, apontando para o balcão atrás de mim.
-Sinta-se em casa, princesa. -ele disse. Ai, meu Deus.
-Quer tomar alguma coisa? -perguntei.
-Eu estou bem, querida. -ele respondeu. Fui procurar as canecas enquanto falava.
-Você pode me dizer o que foi aquilo ontem à noite?
-Parece que estamos pensando a mesma coisa. -a minha mão segurava uma caneca e virei-me para olhar para ele enquanto fechava a porta do armário.
-O quê?
-Você saiu correndo da casa de Ucker como se a por/ra daquele lugar fosse mal-assombrado e pulou na moto do Will.
-Hum… -respondi. Abaixei minha cabeça, peguei a alça da cafeteira e comecei a me servir. -Por que você não respondeu a minha pergunta primeiro? -ele não hesitou.
-Eu estava lá porque queria uma explicação de por que você foi sequestrada e quase uma hora depois colocada à venda, pode-se dizer. Ucker e eu fizemos um acordo, e o acordo foi que ele deveria cuidar de você para que essa mer/da não acontecesse e aconteceu. Ele fracassou, não fez o trabalho direito. -olhei para Ian.
-Um dos homens dele foi baleado três vezes, me protegendo. -eu disse baixinho. Os olhos de Ian me encararam.
-Foi como eu disse, ele fracassou no trabalho. -hum. Isso era injusto, mas ao mesmo tempo dolorosamente verdadeiro. Fui até a geladeira e peguei o leite.
-Você tem açúcar?
Ian estava virando panquecas. Quando terminou, foi até um armário e tirou um saco de açúcar pela metade, colocando-o próximo à minha caneca. Procurei colheres, coloquei leite no café, adocei, guardei o leite e mexi o café na caneca. Pus a colher de lado e tomei um gole do café. Ian fazia um bom café também. Hum.
-Princesa. -Ian me chamou, olhei e vi que ele estava me observando.
-Sim?
-Respondi a sua pergunta, agora é a sua vez de responder a minha. -tomei outro gole e estudei-o por cima da borda da minha caneca. Seus olhos estavam fixos nos meus, então suspirei e resolvi contar.
-Ucker tinha acabado de romper comigo, então realmente eu precisava muuuito de uma carona.
-Ucker rompeu com você? -ele sussurrou, e mesmo que eu estivesse estudando sua reação, ainda assim perdi a mudança que ele deixou transparecer, mas quando a peguei, os músculos do meu corpo ficaram tensionados. Mer/da!
-Hum…
-Ele rompeu com você justamente na noite em que foi sequestrada, seus pulsos dilacerados e seu corpo amarrado, amordaçado e colocado à venda para quem pagasse mais. -isso não soava bem, mas, novamente, por/ra, era verdade.
-Hum, hum… -murmurei. Ian virou-se para suas panquecas.
-Pelo menos ele rompeu com você. Limpou a área. -Ian retirou as panquecas da frigideira e as reservou em um prato, quando perguntei:
-Limpou a área? -sua cabeça virou-se para mim.
-Limpou a área. Para você. Ele está fora do caminho, eu não tenho mais que lidar com as me/rdas dele. -epa.
-Ian… -comecei, sem saber como dizer o que tinha a dizer, e que era que eu estava muuuito cansada dos homens. Seriamente cansada deles. Cansada para sempre. Eu não ia encarar outro de novo. O problema era que, segundo Ucker, dizer uma coisa dessas a Ian era como um desafio, e realmente eu não precisava disso. Ian colocou a espátula de panquecas no balcão, virou-se e diminuiu a distância entre nós, antes que eu pudesse piscar. Então ele começou a falar:
-Dul, as pessoas comentam e, na última semana, o que se ouviu falar na rua não foi sobre sua irmã, foi sobre você e Ucker. Eu sei que você está ligada na dele por algum tempo. Sei que você é diferente das outras. E eu vi o estado em que você estava ontem à noite, querida, então sei que o que está sentindo é uma dor profunda e, acredite em mim, não tenho nenhum prazer em lhe dizer isso, porque eu também sei que quando ele termina com alguém, ele termina mesmo, e se ele disse que terminou com você, ele… terminou. -senti a dor no meu nariz anunciando lágrimas. Ian continuou falando. -Também sei o que vi quando você me viu pela primeira vez, sei o que senti quando vi você e sei exatamente o que sentiu quando toquei em você. Dito isto, eu não sou burro nem um idiota. Você não está pronta. Isso não significa que eu não queira o suficiente para esperar. Sendo assim… -ele chegou mais perto de mim, ergueu a mão e segurou a minha nuca enquanto inclinava a cabeça, colocando seu rosto junto ao meu e falando com voz macia: -Leve o tempo que quiser, querida, lamba suas feridas, estarei esperando por você bem pertinho enquanto elas curam. Se precisar de formas mais radicais de arrancá-lo da sua mente, eu estou aqui. E quando você sair do outro lado, estarei lá, esperando.
-Ian… -comecei a dizer baixinho, olhando nos olhos dele, e pude sentir as lágrimas começando a brotar.
Lágrimas pelo fim do meu devaneio vívido com Ucker e lágrimas porque ali, de pé na minha frente, aparentemente estava um bom homem. Um homem perigoso, mas bom e, ainda assim, não havia a menor possibilidade de eu pensar em ficar com ele. Ele inclinou a cabeça ainda mais um pouco, sua boca tocou a minha e, como os meus lábios estivessem entreabertos, ele aproveitou a oportunidade para colocar a língua na minha boca. Por puro reflexo, a ponta da minha língua procurou a dele e foi como um choque elétrico inesperado. Uma sensação totalmente diferente disparou dentro de mim, fazendo com que eu tivesse vontade de fugir correndo dali. Mesmo não perdendo a oportunidade, ele não se aproveitou, em vez disso ergueu a cabeça e abri os olhos para ver o seu olhar no meu. Sua mão pressionou levemente a minha nuca e ele ordenou com carinho:
-Agora, coma as suas panquecas, querida.
Fiz o que ele disse. Peguei as panquecas e ele me passou a manteiga e o xarope de bordo. Sentei em uma banqueta do bar, coloquei a manteiga e o xarope e comecei a comer, enquanto Ian preparava algumas para ele. Ian estava certo e eu, surpresa. Foram as melhores panquecas que já comi.
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Ian ta sendo um fofo com a Dul né *-*
Autor(a): AnazinhaCandyS2
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 416
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anne_mx Postado em 21/08/2020 - 23:25:56
Eu só sei assumir o quão apaixonada fiquei por essa fanfic, muito amor mesmo, uma pena Angel não ter conseguido ficar livre no final com a família, mas foi tudo pra mim a felicidade do casal vondy <3
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dulcemaria_candy_ Postado em 03/02/2017 - 15:50:39
Final lindo ' Que bom que conseguiram uma menina kk
AnazinhaCandyS2 Postado em 03/02/2017 - 23:43:58
Bonitinho o final né *-* Uma menina tudo oq queriam <3 Bjuuu
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millavondy36 Postado em 01/02/2017 - 23:35:58
Ahh que pena que chegou ao fim!!Foi uma fanfic maravilhosa!!
AnazinhaCandyS2 Postado em 02/02/2017 - 22:07:48
Uma pena mesmo tô com MUITA sdd já. Bjuuuuuuuu
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AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:31:25
Respondendo comentário do face: Geovana Aparecida - Me deu uma sdd hj ñ tinha onde postar :'( MUITO bom ouvir/ler vc dizendo isso pq é a mesma coisa pra mim <3 E logo mais teremos mais adaptações, ontem terminei de ler o primeiro livro e hj começo a ler o segundo, dai só espera a capa e dai voltarei kkk. Bjuuuuu
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jucinairaespozani Postado em 01/02/2017 - 13:16:25
Eu amei, uma das melhores fics que já li
AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:26:26
Muitooo bom saber disso <33 Bjuuuuu
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Girl Postado em 31/01/2017 - 18:45:09
Anaa não precisava disso !!! digo e repito vc é inagualáe hahaha eu to bem triste pq a web chegou ao fim e quero logo que vc comece outra (ouça meu pedido beijo)
AnazinhaCandyS2 Postado em 31/01/2017 - 19:39:01
Ahh q é isso eu só ajudei uma amiga a divulga o ótima trabalho que vc esta fazendo em 'Perdida por Você'. Eu tbm tô triste com o fim da fanfic sempre fico assim quando finalizo uma web :'( Já tenho dois livros pra adaptar, mas primeiro eu vou ler eles, eu sempre começava as fanfics sem termina de ler o livro dai sempre dava confusão com o personagens, MAS logo logo eu volto com mais adaptações!! Bj
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:21:05
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:53
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:40
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:23
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