Fanfics Brasil - Capitulo 46 - Não valho o risco - Maratona 3/10 O estranho - Adaptada - Finalizada

Fanfic: O estranho - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy/Hot/Romance


Capítulo: Capitulo 46 - Não valho o risco - Maratona 3/10

1666 visualizações Denunciar


 


  Já passava do meio-dia e eu estava cansada.


   Ian havia descido a montanha para pegar as minhas coisas. Ele havia decretado que eu ficaria hospedada na casa dele. Pensando nisso, percebi que as pessoas estavam me sequestrando.


    Papai e Meredith estavam desabrigados e sua vulnerabilidade ficara comprovada por uma bomba incendiária.


   Chris era policial, mas tinha de trabalhar para ganhar dinheiro, o que significava que não poderia passar seus dias me protegendo. Eu ainda era avessa à ideia de comprar uma arma e, de qualquer maneira, tinha certeza de que era preciso um período de espera para se obter uma licença de uso e porte de arma de fogo, então eu não podia contar com isso.


   Ian tinha um bando de motociclistas durões sob seu comando e um refúgio na montanha. Então fiquei com Ian.


   Enquanto ele estava fora, liguei e deixei uma mensagem para o meu pai dizendo-lhe onde eu estava e que não se preocupasse, disse também que eu explicaria tudo outra hora. Disse ainda que o jantar que Belinda e eu tínhamos marcado com Ucker, Victor e Ale estava cancelado, e que eu também explicaria isso outra hora. Não liguei para Meredith, porque eu não estava pronta para conversar.


   Liguei para Mai e Annie. Mai ficou se vangloriando sobre Ucker, dizendo o tempo todo "eu sabia", insistindo que ela já sabia que Ucker era um grandessíssimo babaca filho da pu/ta. Annie reagiu exatamente como eu me sentia, com o coração em mil pedacinhos.


   Eu não liguei para Pablo. Ele não ficaria feliz com a desgraça alheia, eu sabia que não. Ele seria gentil. E também me ofereceria um lugar para ficar. Pablo era um cara muito legal, mas não tinha um bando de motoqueiros fod/ões sob seu comando, nem um refúgio na montanha. Tinha um apartamento e quase todos os seus amigos do sexo masculino trabalhavam em bancos de investimentos.


   Eu estava sentada no gigantesco, macio e confortável sofá marrom de Ian, minha mente abarrotada de pensamentos  ao mesmo tempo em que considerava a possibilidade de tirar um cochilo que durasse no mínimo uns 50 anos, quando vi Ian chegando em sua moto barulhenta. Ele estava sozinho e a Harley não trazia as minhas malas. Me/rda. Levantei-me e fui me encontrar com ele na porta da frente. Ele parecia preocupado.


    -Você está bem? -perguntei.


    -Não. -respondeu ele, indo até uma porta que havia do lado de fora, abrindo e tirando de lá uma jaqueta de motoqueiro de couro. Virou-se, jogou-a para mim e peguei. -Ponha isso, princesa. Odeio ter de lhe dar esta notícia, mas Ucker está sendo muito babaca. Disse que não vai entregar as suas coisas, a menos que ele possa vê-la. Meus rapazes estão em um impasse com os rapazes dele lá no loft, querem pegar as suas coisas sem brigas desnecessárias, o que poderia significar qualquer coisa, desde ferimentos leves a derramamento de sangue e hospitalização. Preciso que você dê as caras lá. -meu corpo estava travado, mas a minha boca se moveu para formar as palavras.


    -O quê? -Ian aproximou-se de mim e colocou a mão na minha cintura. Com a outra mão segurou a minha nuca levemente.


    -Querida, ele está exigindo ver você. -então, suas mãos me apertaram. -Temos que deixá-lo vê-la. Ele vai te ver, estarei atrás de você, meus rapazes vão entrar e pegar suas coisas.


    -Ele está segurando os meus pertences e só posso resgatá-los se for lá vê-lo? -sussurrei.


    -Sim. -respondeu.


    -Por quê? -eu disse ainda sussurrando.


     -Sei lá, cara/lho. -Ian replicou.Fiquei ali, com as mãos dele em mim e olhando em seus olhos. Então perdi a cabeça. Dei um passo para trás e puxei sua jaqueta.


    -Esse imbecil filho de uma pu/ta! -gritei. -Deus do céu! Onde eu estava com a cabeça? Só podia estar louca ao me envolver com um sujeito desses. Temporariamente louca!


  Então tirei o meu cabelo preso no colarinho da jaqueta, segui reto e decidida em direção à sua moto, o meu pé quase pronto para sair do deque e pisar na parte de cascalho, quando um braço me puxou para cima, erguendo-me pela barriga. Ian levantou-me, limpou meus pés, se virou e me colocou no chão de novo. Eu me afastei, virei-me para ele, que disse:


    -Querida, as botas.


  Olhei para os meus pés e vi as meias. Então inclinei minha cabeça para trás para olhar para Ian e vi sua boca se contorcendo. Daí entrei na casa para pegar minhas botas.


  Ian estava certo. Quando chegamos ao loft de Ucker, havia um impasse e tanto. Uma grande caminhonete preta estava cercada por cerca de uma dúzia de motos e uma dúzia de motoqueiros encaravam um número igual de soldados. Ucker havia convocado o que parecia ser a totalidade de sua força de trabalho. E estava entre eles. Ian avançou com sua Harley entre as linhas de batalha, parou na frente de Ucker e colocou um pé no chão.


     -Você a viu, agora deixe meus rapazes entrar… -Ian rosnou.


  Ucker olhou para mim. Felizmente eu havia passado todo o percurso de descida da montanha alimentando a minha raiva, estocando-a, então eu estava bem brava para vê-lo sem me desmanchar em lágrimas ou qualquer outra coisa igualmente humilhante.


    -Para dentro. -Ucker disse para mim.


    -Nem pelo cara/lho. -Ian respondeu de volta. Ucker não tirava os olhos de mim.


    -Para dentro. -repetiu ele. Ian baixou o descanso da moto, e eu sabia que ele estava perdendo a paciência, então desci.


    -Dul… -Ian começou. Sacudi minha cabeça tão rápido que meu cabelo voou por cima do ombro.


    -Está tudo bem. Estou bem, eu volto em um minuto. -garanti a ele.


    -Princesa…


    -Estou bem, Ian, sinceramente, saio daqui a um minuto.


  Não esperei por sua resposta, contornei Ucker, atravessei sua linha de soldados, ou, mais precisamente, por entre Poncho e Fang, e coloquei os pés no loft.


  Quando cheguei na área que ficava logo depois do espaço sob a plataforma da cama, vi que o boato e Ian não mentiram. Quando Ucker diz que terminou, terminou. Fiquei sabendo disso porque minhas duas malas estavam ali, além da minha mesa, do meu computador desligado e da minha caixa de material de escritório. Por que ele queria me ver, eu não sabia. Talvez porque fosse um babaca. Mas até aí, a maioria dos homens era. Peguei as minhas malas, arrastei-as, virei-me e dei de cara com Ucker. Inclinei a cabeça para trás.


    -Saia do meu caminho. -eu disse. Ele se curvou, pegou as malas das minhas mãos e numa fração de segundo suas mãos estavam em cima de mim. Mal tive a chance de lutar, porque ele já estava me imprensando na parede sob a plataforma com a mão no meu peito.


    -Agora, baby, você vai me deixar explicar.


    -Tire a mão de cima de mim.


    -O nome dela era Simone. -ele afirmou como um louco.


    -Quem, o seu novo brinquedo? -rebati.


    -Não, a minha esposa morta. -meu estômago apertou, meu coração ficou em suspenso e encarei-o.


    -O quê? -perguntei baixinho.


    -O nome da minha filha era Sophie. -minha filha? Uma filha. Ele disse que tinha a por/ra de uma filha! Era. Ele disse que era. Ele continuou falando: -Simone tinha um irmão e ele era exatamente igual a Angel. Mas havia uma razão para ele ser um lixo de gente. Seus pais eram um pesadelo assustador. Fariam a sua mãe se candidatar ao título de Mãe do Ano. Simone era inteligente, largou essa mer/da de família assim que pôde. Mas, por boas razões, razões que fizeram com que ela tomasse as decisões erradas, ela era ligada no irmão. Muito próxima. E eles continuaram unidos. Eu disse a ela que enquanto estivesse comigo, ela não iria visitá-lo. Mas a mulher dele estava grávida, eu estava fora em uma missão e ele a chamou porque sua mulher estava em trabalho de parto. Simone adorava crianças, adorava o irmão, adorava a cunhada, estava muito feliz porque ia ser tia. Então ela foi até a casa deles e levou Sophie junto. Ele saiu de dentro da casa, a mulher dele saiu também e Simone estava andando com Sophie até a casa para encontrá-los. Ele estava com alguns dos rapazes dele. Estavam todos no gramado. Alvos fáceis. Simone não sabia que ele estava no meio de uma guerra, e morreu não sabendo. Não importa, o bairro inteiro era uma zona de guerra e ela sabia disso porque foi criada ali. O inimigo aproveitou para atacar, e não hesitou em acrescentar danos colaterais ao seu jogo. Simone foi baleada, Sophie foi baleada, Julian, irmão de Simone, foi baleado e sua mulher também. Ela morreu antes de dar à luz, mas eles salvaram o bebê. Essa criança foi a única sobrevivente do massacre.


  Eu estava ouvindo e ao mesmo tempo tremendo e me perguntando se meus ouvidos estariam sangrando, porque eu sabia que meu coração estava, ou pelo menos parecia.


    -Ucker. -sussurrei.


    -Não posso encarar isso novamente. Não posso passar por isso novamente. Confie em mim, baby, prometi que ia cuidar de você direito e, quando digo que estou fazendo isso, não estou mentindo. Isso acaba agora antes que fique intenso demais. -olhei para ele e a ficha caiu.


   Ele era tão cheio de mer/da. Não satisfeita, eu ainda comuniquei o fato.


    -Você é tão cheio de me/rda.


  O rosto dele ficou duro, sua mão afastou-se do meu peito e foi para o bolso da calça cargo. Ele puxou a carteira, o polegar filtrando até encontrar um pedaço de papel dobrado. Ele o abriu e segurou-o na frente dos meus olhos.


  Naquele pedaço de papel vi um Ucker mais jovem vestindo uniforme, sorrindo para a câmera abraçado com duas garotas. Uma delas, sob a curva de seu braço, era uma mulher de cabelos pretos muito bonita, que também sorria para a câmera, descansando a cabeça no ombro de Ucker, seu braço nas costas dele, a outra mão em seu peito. A outra garota, no colo dele, tinha uns dois ou três anos de idade e era uma menininha muito linda. Seu rosto de perfil era uma mistura perfeita de tudo o que havia de lindo na sua mãe e no seu pai. Estava vestindo uma roupinha fofa. Cor-de-rosa. Sua mãozinha descansava no pescoço de Ucker. Ela não estava sorrindo para a câmera. Parecia estar rindo com os olhos voltados para o pai.


  Sim, meu coração estava definitivamente sangrando. Ele ainda era cheio de me/rda. Ele tirou a foto do meu rosto, dobrou, guardou na carteira e colocou a carteira de volta na calça dizendo:


    -Esse foi o dia em que eu estava embarcando para uma missão. Foi a última vez que as vi.


    -Eu peguei meu marido trep/ando com a minha irmã. -lembrei a ele. Seus olhos se encontraram com os meus.


    -Eu sei, baby, é muito chato, mas você precisa acordar e superar o que aconteceu. -ele enlouqueceu?


    -Não estou acreditando no que ouço. -afirmei.


    -Minha mulher e minha filha foram assassinadas em um ataque, Dul, quando eu estava a milhares de quilômetros de distância. O que aconteceu com você é triste, mas não me venha agora jogar essa mer/da na minha cara quando ela de modo nenhum se compara à me/rda pela qual passei.


    -Você está certo, não se compara. Claro que não. Não é a mesma coisa. Isso não significa que o que você disse para mim não seja verdade.


    -E o que eu disse a você?


    -Você me disse que se eu não quisesse correr o risco de me entregar a você, isso significava dizer que você não valia a pena o risco. O mesmo vale para mim. O que aconteceu foi triste, Ucker, muito além de triste. Estou pu/ta com você e meu coração ainda sofre por perdê-lo. Mas mesmo assim, você fica aí dizendo que eu não valho o risco.


   Soube que meu argumento o atingiu em cheio quando observei como seu rosto congelou como uma máscara branca, e aproveitei a oportunidade para afastar-me dele e ir até minhas malas. Peguei-as e me encaminhei para a porta da rua. Na porta, me virei e vi seus olhos em mim, com o rosto ainda paralisado como uma máscara.


    -Os rapazes de Ian estão aqui para pegar o resto das minhas coisas e você não vai impedi-los. Se você quer dar um ponto final, então libere tudo o que é meu. -seu rosto destravou e foi de um jeito suave. Ver aquele rosto lindo amansar-se foi como um soco no estômago. Idiota!


    -Dul-ele começou a dizer. Balancei minha cabeça.


    -Não, você disse o que tinha a dizer. E você ouviu o meu lado da história. Não tenho a menor ideia do que vou fazer da minha vida. Não sou especial para você, não importa o que o meu instinto e o frio na barriga me disseram quando vi você antes mesmo de nos tornarmos nós, mas principalmente depois. E você não é especial também, exatamente porque me fez sentir como uma mer/da, outra vez, mas resolvi escutar o meu coração, seguir o meu instinto e acabei permitindo que isso acontecesse. As decisões que tomo são piradas. Perdi. Lição aprendida. Não posso confiar no meu instinto, então vou viver na minha cabeça. Sorte sua, nós terminamos e você não vai precisar me ver fazendo isso.


   Então me virei, coloquei uma mala no chão, peguei a maçaneta, abri dois centímetros de porta, peguei minha mala, chutei a porta e ela abriu ainda mais, então lutei para levar minhas malas para fora e deixei Ucker para trás.


___________________________________________________________________________________


  Tenso essa história do Ucker né :'(


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): AnazinhaCandyS2

Este autor(a) escreve mais 23 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

      -Uma coisa eu posso te dizer, Ian, estou começando a ficar apavorada. -eu disse por trás da venda em meus olhos.     -Só mais um pouquinho, princesa. -Ian respondeu.   Eu estava em um SUV. Ian não tinha só uma Harley, ele tinha um enorme Ford Expedition. Cerca de cinco minutos atrá ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 416



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • anne_mx Postado em 21/08/2020 - 23:25:56

    Eu só sei assumir o quão apaixonada fiquei por essa fanfic, muito amor mesmo, uma pena Angel não ter conseguido ficar livre no final com a família, mas foi tudo pra mim a felicidade do casal vondy <3

  • dulcemaria_candy_ Postado em 03/02/2017 - 15:50:39

    Final lindo ' Que bom que conseguiram uma menina kk

    • AnazinhaCandyS2 Postado em 03/02/2017 - 23:43:58

      Bonitinho o final né *-* Uma menina tudo oq queriam <3 Bjuuu

  • millavondy36 Postado em 01/02/2017 - 23:35:58

    Ahh que pena que chegou ao fim!!Foi uma fanfic maravilhosa!!

    • AnazinhaCandyS2 Postado em 02/02/2017 - 22:07:48

      Uma pena mesmo tô com MUITA sdd já. Bjuuuuuuuu

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:31:25

    Respondendo comentário do face: Geovana Aparecida - Me deu uma sdd hj ñ tinha onde postar :'( MUITO bom ouvir/ler vc dizendo isso pq é a mesma coisa pra mim <3 E logo mais teremos mais adaptações, ontem terminei de ler o primeiro livro e hj começo a ler o segundo, dai só espera a capa e dai voltarei kkk. Bjuuuuu

  • jucinairaespozani Postado em 01/02/2017 - 13:16:25

    Eu amei, uma das melhores fics que já li

    • AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:26:26

      Muitooo bom saber disso <33 Bjuuuuu

  • Girl Postado em 31/01/2017 - 18:45:09

    Anaa não precisava disso !!! digo e repito vc é inagualáe hahaha eu to bem triste pq a web chegou ao fim e quero logo que vc comece outra (ouça meu pedido beijo)

    • AnazinhaCandyS2 Postado em 31/01/2017 - 19:39:01

      Ahh q é isso eu só ajudei uma amiga a divulga o ótima trabalho que vc esta fazendo em 'Perdida por Você'. Eu tbm tô triste com o fim da fanfic sempre fico assim quando finalizo uma web :'( Já tenho dois livros pra adaptar, mas primeiro eu vou ler eles, eu sempre começava as fanfics sem termina de ler o livro dai sempre dava confusão com o personagens, MAS logo logo eu volto com mais adaptações!! Bj

  • millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:21:05

    P

  • millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:53

    o

  • millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:40

    s

  • millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:23

    t


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais