Fanfic: O estranho - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy/Hot/Romance
Acordei antes do amanhecer, eu podia ver um pouco de luz no céu e podia sentir o calor de Ucker nas minhas costas. Droga. Fiz um movimento rápido e cuidadoso para desembaraçar-me dele e consegui sair da cama.
Peguei minha calcinha e corri para o banheiro. Vesti-a, usei a privada e, em seguida, saí, indo até o meu termostato. O termostato tinha um timer e a temperatura havia caído durante a noite. Não subiria por algum tempo. Ajustei-o para aumentar a temperatura e fui para o meu escritório. Coloquei as almofadas no braço do sofá, deitei-me e me cobri com uma colcha de chenille. Levou algum tempo para a casa aquecer. O chenille era confortavelmente macio e agradável para se ver TV, mas não era exatamente ultraquente. Fiquei ali deitada e minha mente estava abarrotada de possíveis estratégias para eu me livrar do meu problema atual.
Eu poderia procurar Ian, mas isso podia sinalizar mensagens dúbias e, de qualquer forma, eu é que tinha de me livrar do problema. Eu poderia queixar-me de Ucker com Paul, mas seria difícil eu explicar por que, depois que Ucker entrou na minha casa, eu o deixei me comer. Hum. Nada bom.
Ucker me disse que viria atrás de mim, mesmo se eu ficasse na casa de Chris e Mai. Meredith e papai já tinham voltado para a casa deles, mas Ucker já havia provado que podia se infiltrar lá e o faria de novo, sem dúvida. Pablo morava no sétimo andar de um prédio num condomínio seguro, mas eu já sabia que Ucker poderia furar qualquer sistema de segurança ou escalar paredes. Hum. Nada bom de novo.
Então, totalmente contra a minha vontade, minha mente voou para Simone Uckermann morrendo porque adorava o irmão e estava animada para estar presente quando sua sobrinha ou sobrinho viesse ao mundo. Eu podia até ver isso. Também podia ver a dor de Ucker transformando-se em raiva porque ela deixou o amor substituir a cautela e arrastou a filha deles para um lugar perigoso, algo que uma mãe jamais deveria fazer. Eu também podia ver que isso fez com que ele se sentisse extremamente culpado, por amá-la demais e ver a tristeza de sua perda misturada com a raiva. Foi uma decisão inocente, mas ele sabia do perigo e a advertiu. Ela não deu ouvidos e a família linda e feliz da foto que ele me mostrou sumiu. Puf!
Ucker tinha a lembrança de sua despedida e afastou-se temporariamente para cumprir a sua missão sem saber que era a última lembrança das duas que teria na vida. E ele estava a milhares de quilômetros de distância. Simone e Sophie mortas há dias e ele estava a milhares de quilômetros de distância. Ucker, que controlava todas as nuances de sua vida, estava completamente erradicado, impotente e a milhares de quilômetros de distância.
Tentei não pensar nisso. Tentei forçar a minha mente a voltar a pensar em formas de mantê-lo fora da minha vida, de impedir que me magoasse de novo, mas tudo o que eu podia ver na minha cabeça era essa imagem. "Você não estava se mexendo, Dul", ele tinha dito. Bombas incendiárias. Invasão. Tiroteio. Sequestros. Ele tinha passado por tudo isso comigo. E vira Brock Lucas retirando o meu corpo imóvel de dentro da casa, e decidira que não queria passar por tudo isso de novo e, que inferno também, quem poderia culpá-lo?
-Mer/da. -eu disse baixinho para ninguém, colocando minhas mãos sobre o rosto e ficando em posição fetal. Aos poucos senti o calor se infiltrando na casa. Então dormi novamente.
Meus joelhos foram empurrados suavemente para baixo e isso me acordou. Meus olhos abriram quando senti os quadris de Ucker se encaixarem na curva dos meus e depois olharam para ele quando sentou na beira do meu sofá. Sua mão quente afastou o cabelo do meu ombro e depois curvou-se para tocar o meu pescoço.
-Não gosto muito de ser o motivo de você estar aí enroladinha em posição fetal outra vez, baby. -ele murmurou como um bom-dia.
Ele estava completamente vestido, com o rosto triste. Eu não tinha nenhuma resposta. Ainda estava com sono e tendo dificuldade para conseguir levantar minha guarda. Ele segurou o meu olhar enquanto eu me debatia intimamente. Então, de repente, me vi arrancada do sofá, plantada em seu colo e com seus braços em volta de mim.
-Ucker. -sussurrei.
-Você pode ter qualquer coisa, baby, qualquer coisa no mundo, o que seria? -ele perguntou. Eu pisquei.
-Como assim?
-Qualquer coisa que você quiser é seu. O que seria?
-Hum… eu não… -seus braços me apertaram.
-Qualquer coisa, Dul.
-Angel sem problemas e segura. -respondi. Seus olhos estudaram o meu rosto por um tempo depois que respondi. Então ele disse:
-Próxima.
-Próxima? -repeti confusa. Um braço dele me largou para que ele pudesse colocar o meu cabelo de lado.
-A próxima, Dul, a próxima coisa mais importante que você gostaria de ter se pudesse ter qualquer coisa.
-Ucker, eu não entendo.
-Qualquer coisa, não importa o que seja.
-Ucker…
-Responda-me, minha flor.
-Ucker, eu não…
-Dul, responda-me.
-Simone e Sophie vivas e você com elas, feliz outra vez como se estivesse naquela foto. -eu disse e seu rosto congelou em uma máscara impassível. Olhando para ele, sonolenta e confusa, de repente entendi aquela máscara. Ela aparecia sempre que ele estava escondendo algo importante de mim. -O que significa, é claro. -continuei dizendo. -Que você jamais apareceria no escurinho do meu quarto. -a máscara caiu instantaneamente e ele sorriu e, droga, ele me matou com isso, mas eu tinha de admitir que realmente tinha sentido saudade daquele sorriso. Então, ele se virou e fiquei de costas no sofá, seu tronco em cima de mim, meus quadris nos dele, minhas pernas balançando no ar. Seus dedos trilharam o meu cabelo e o colocaram atrás da orelha.
-Qual é a próxima? -ele voltou a perguntar. Senti meus olhos perdendo o foco.
-Por que você está me perguntando isso?
-Qual é a próxima, Dul?
-Eu ainda estou com sono. -esquivei-me. Seu rosto se aproximou e seu polegar acariciou meu queixo quando sussurrou seu pedido.
-Baby, qual seria a próxima coisa? -meu Deus! Ok, ele queria brincar disso, que seja. Eu brincaria também.
-Meredith ser a minha verdadeira mãe e não a minha madrasta. -ele assentiu com um gesto de cabeça e seu polegar deslizou pelo meu lábio inferior.
-Qual é a próxima?
-Você quer me dar uma pista, Ucker? -pedi a ele.
-Qual é a próxima? -pelo visto, ele não quis.
-Não há próxima nenhuma. -declarei.
-Mentira, minha flor, uma mulher que quer um par de sapatos de setecentos dólares, tem que ter uma próxima.
-Uma pulseira de diamantes da Tiffany. -respondi, em seguida. -Não! Espere. Chris dar à Mai um anel de noivado e, depois, uma pulseira de diamantes da Tiffany. -ele abaixou a cabeça e sua boca tocou a minha antes de ele recuar e dizer:
-Tudo bem, baby, vou fazer isso por enquanto.
Vai fazer o quê? Por enquanto? Não. Não. Eu não queria saber. Hora de mudar de assunto.
-Já que você está aqui e parece não ter a intenção de sair tão cedo, eu poderia te perguntar uma coisa. -eu disse e ganhei outro sorriso.
-Ian disse que as coisas esfriaram para o lado de Angel. O seu serviço de inteligência pode confirmar se estou em segurança?
-Angel está na clandestinidade. -Ucker repetiu as mesmas palavras de Ian. -Lana, Skeet foram acusados de sequestro e felizmente todos eles assinaram uma confissão, não vão respirar a liberdade por um bom tempo. Isso é bom em si mesmo, mas também é bom porque a prisão deles é um empecilho adicional para quem estivesse pensando em prejudicar você. Lee entrou na parada, o que é ainda um incentivo a mais para evitar que alguém tente prejudicá-la. Mas, não, você ainda não está segura. -droga!
-Então, isso significa que não posso ir ao supermercado.
-Você pode ir ao supermercado, mas vai fazê-lo com um dos meus homens na sua cola. -meu corpo ficou imóvel sob o dele e o meu coração veio à boca.
-Não. -gritei minha revolta.
-Rick está se recuperando, baby. -ele sussurrou. -Vai levar tempo, mas vai ser uma recuperação completa.
-Nada de homens seus na minha cola. Não quero mais isso.
-Dul.
-Não, Ucker. -eu insisti na minha negativa. Em seguida tomei uma decisão e comuniquei a ele: -Eu vou comprar uma arma. -ele soltou uma gargalhada ao ouvir minhas palavras, não hesitou por um segundo, como se fosse a piada mais engraçada do mundo. Olhei de cara feia para ele. -Eu não estou brincando. -ele controlou o riso e disse:
-Baby, se você quer uma arma, vou te dar uma arma, mas você não vai ficar andando por aí armada no meio da população inocente de Denver. Só depois de eu treiná-la e você se sentir à vontade com ela. Por enquanto nada de arma.
-Eu não preciso de sua autorização para comprar uma arma, Ucker.
-Você precisa sim, Dul, já que está vivendo no meu mundo mauzão agora.
-Pois então eu vou tirar umas férias do seu mundo mauzão e visitar uma loja de armas. -retruquei. Ele sorriu para mim. Depois mudou de assunto.
-Nós vamos sair hoje à noite. -ah, não. Não vamos mesmo.
-Não, nós não vamos sair hoje à noite. É a noite marcada para tomarmos Cosmopolitans na casa da Mai.
-Então eu levo você lá e depois trago para casa. Foi quando tomei outra decisão.
-Não, vou passar a noite lá para ficar tão bêbada quanto quero.
-Baby, eu já te avisei sobre essa me/rda.
Havia outra coisa que me deixava pu/ta. Provavelmente a lembrança de como éramos e do que passamos a ser. Algo que para ele parecia totalmente resolvido e que para mim não estava mesmo nada resolvido. Em outras palavras, isso foi quando a minha boca começou a disparar.
-É, avisou sim, mas isso foi antes de me destruir. Veja bem, Juan passou por cima dos meus sentimentos, mas você, você me destruiu. Foi só uma semana, eu sei disso, então é algo para assustar qualquer um. Você não entendeu nada, em apenas uma semana eu já estava amarrada em você. Profundamente envolvida. Foi só uma semana, mas aconteceu, você não viu e foi com tudo para matar. Então, pelo que vejo, você já teve a oportunidade de repensar as coisas. Mas, para mim, você não percebeu o quão precioso era o que eu te dei, e, até por uma questão de autopreservação, esse nosso caminho já tem uma bandeira vermelha, Ucker. E essa bandeira vermelha me diz que isso poderia acontecer de novo, e já sofri o suficiente na minha vida, não preciso de mais nada dessa me/rda.
-Eu não sou o filho da pu/ta do seu ex-marido, baby, eu não preciso dessa merda de ficar comendo tudo que é mulher para poder provar que sou um homem. -ele rebateu, e notei que parecia quase tão pu/to quanto eu.
-Eu sei disso, Ucker, mas isso não muda o fato de que você passou por cima de mim.
-Eu não fiz isso, Dul, expliquei essa mer/da para você naquele dia e expliquei novamente ontem à noite. E você não sabe de uma coisa, minha flor, com exceção da minha família, você é a única em Denver que sabe dessa história. -nossa. Interessante. Resolvi ceder um pouco, mas não entreguei os pontos.
-Tudo bem, entendo o que você passou, mas você pode pelo menos ter um segundo para entender um pouquinho o que eu passei? -e parecia, pela reação que consegui arrancar de mim, que eu estava tão mergulhada em meus próprios esforços de autopreservação, que não prestei atenção suficiente e acabei subestimando o quão pu/to Ucker na verdade estava.
-Eu sei e entendo o que você passou, mas o que vejo é que você ainda não baixou a guarda, Dul, nunca o fez completamente. Eu vim limpo e você está usando essa me/rda muito séria do passado contra mim para me afastar. Ele ensinou você a se fechar e manter o mundo do lado de fora. Você jogou na minha cara que eu achava não valer a pena correr o risco por você. Agora você está cega para o fato de que está fazendo a mesma mer/da que eu fiz, mas estou batalhando para superar isso e seguir em frente. Mas você, baby, você não. Você está determinada a se manter fechada. Minha mulher e minha filha foram assassinadas, Dul, e, oito anos depois, eu me vejo na mesma situação dramática com uma mulher que tem uma irmã que a coloca em perigo extremo. Eu assumi esse risco e, em uma semana, eu estava tão ligado a você, de uma forma tão profunda, que encarei essa me/rda de novo, ser confrontado com a possibilidade de outra perda com a qual eu não teria condições de lidar.
Ele se levantou de repente, me levando com ele, e me colocou de pé na frente dele. Sim, ele estava muito pu/to mesmo, e se eu pudesse ir além das feridas justificadas infligidas por suas palavras, eu iria perceber que ele tinha o direito de estar. Infelizmente, ele continuou falando.
-Então, sim, eu entendo o que você passou. Meu Deus, eu entendo sua necessidade de se proteger da dor. Mas aqui na minha frente está uma mulher que não consegue ver nada além de si mesma e dos seus próprios malditos problemas, que não consegue reconhecer que o homem a quem ela estava se prendendo precisa de um pouco de compreensão ou, se isso for demais para você, de alguma por/ra de compaixão. -percebi que não estava respirando quando olhei para ele, e porque ele estava certo. Droga, ele estava certo. Eu não era apenas uma pu/ta, eu também era uma filha da pu/ta. -Então, obrigado por me iludir, baby. Tudo o que você fez nessa semana em que estivemos juntos, cada reação sua a toda a mer/da que acontecia a sua volta, tudo o que você falava, a forma como você era com as pessoas que te amavam, tudo isso me indicou que eu havia encontrado um tesouro. É bom saber que eu estava enganado.
Depois que fincou a última faca na minha carne, ou, mais precisamente, depois que eu posicionei a faca, segurei a mão dele e enterrei, Ucker desapareceu.
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Dul ta pegando pesado com o Ucker né o-O
Autor(a): AnazinhaCandyS2
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Era início da tarde, quando respirei fundo, abri meu celular, fui para a lista de contatos, rolei a tela, achei o nome de Ucker e liguei. -Diga. A voz de Ucker soou e comecei a falar. De repente ouvi um bipe e percebi que estava falando com a mensagem gravada no correio de voz de Ucker. Ele não estava ali. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 416
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anne_mx Postado em 21/08/2020 - 23:25:56
Eu só sei assumir o quão apaixonada fiquei por essa fanfic, muito amor mesmo, uma pena Angel não ter conseguido ficar livre no final com a família, mas foi tudo pra mim a felicidade do casal vondy <3
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dulcemaria_candy_ Postado em 03/02/2017 - 15:50:39
Final lindo ' Que bom que conseguiram uma menina kk
AnazinhaCandyS2 Postado em 03/02/2017 - 23:43:58
Bonitinho o final né *-* Uma menina tudo oq queriam <3 Bjuuu
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millavondy36 Postado em 01/02/2017 - 23:35:58
Ahh que pena que chegou ao fim!!Foi uma fanfic maravilhosa!!
AnazinhaCandyS2 Postado em 02/02/2017 - 22:07:48
Uma pena mesmo tô com MUITA sdd já. Bjuuuuuuuu
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AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:31:25
Respondendo comentário do face: Geovana Aparecida - Me deu uma sdd hj ñ tinha onde postar :'( MUITO bom ouvir/ler vc dizendo isso pq é a mesma coisa pra mim <3 E logo mais teremos mais adaptações, ontem terminei de ler o primeiro livro e hj começo a ler o segundo, dai só espera a capa e dai voltarei kkk. Bjuuuuu
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jucinairaespozani Postado em 01/02/2017 - 13:16:25
Eu amei, uma das melhores fics que já li
AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:26:26
Muitooo bom saber disso <33 Bjuuuuu
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Girl Postado em 31/01/2017 - 18:45:09
Anaa não precisava disso !!! digo e repito vc é inagualáe hahaha eu to bem triste pq a web chegou ao fim e quero logo que vc comece outra (ouça meu pedido beijo)
AnazinhaCandyS2 Postado em 31/01/2017 - 19:39:01
Ahh q é isso eu só ajudei uma amiga a divulga o ótima trabalho que vc esta fazendo em 'Perdida por Você'. Eu tbm tô triste com o fim da fanfic sempre fico assim quando finalizo uma web :'( Já tenho dois livros pra adaptar, mas primeiro eu vou ler eles, eu sempre começava as fanfics sem termina de ler o livro dai sempre dava confusão com o personagens, MAS logo logo eu volto com mais adaptações!! Bj
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:21:05
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:53
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:40
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millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:23
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