Fanfics Brasil - Capitulo 28 Paixão a mil por hora - Adaptada - Finalizada

Fanfic: Paixão a mil por hora - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy/Hot/Romance


Capítulo: Capitulo 28

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   E agora, o que eu faço?


   Preciso falar com Ucker sobre isso. Ando apressadamente até ele e o puxo para um canto.


    -Qual o problema, coração?


    -Ucker...a mãe da Mai acabou me entregando. Ela ligou lá em casa para me avisar do acidente. Esse é o problema, minha mãe sabe que eu menti quando disse que ia dormir na Mai, provavelmente ela já presumiu que as outras vezes foram uma mentira também. -ele me olha mas não diz nada, sua expressão permanece calma. Levanto as sobrancelhas em uma pergunta silenciosa. -Então? O que nós vamos fazer?


    -Bom, acho que você tem que voltar pra casa agora. -ele diz calmamente.


    -O que? Você está louco? Assim que eu colocar os pés naquela casa, minha mãe me mata.


    -Coração, sua mãe deve estar preocupada agora que ela não sabe onde você está.


    -Mas, assim que eu chegar em casa ela vai querer saber sobre o porque eu menti. -digo.


    -Então diga a verdade. Conte sobre nós.


    -Mas, Ucker... -tento argumentar mas não sei o que dizer.


    -Já está na hora, Dul. Não dá mais para esconder dos seus pais que estamos juntos. -ele diz seriamente. Será que ele está louco? Eu não estou pronta ainda para a reação deles.


    -A gente não tinha combinado de fazer isso depois do meu aniversário, juntos? -pergunto irritada.


    -Mas a situação mudou, não é? Olha, não precisa ficar com medo. Eles são seus pais, eles vão acabar te apoiando. -ele acaricia minha bochecha. Rio sem nenhum humor.


    -Você não conhece minha mãe.


    -E o seu pai?


    -Ele vai fazer o que ela falar para ele fazer. -suspiro e o abraço forte.


    -Se você quiser eu posso ir com você, apesar que eu não acho uma boa ideia aparecer de madrugada na sua casa, e eu também quero ficar aqui para apoiar Chris. Ele está muito transtornado. -ele diz.


    -Você tem razão, tenho que ir. Mas eu não quero sai daqui, e se a Mai piorar. -não quero nem pensar nisso, o médico falou que ela está bem, é nisso que eu tenho que me focar.


    -Eu te ligo se acontecer alguma coisa. -concordo com a cabeça.


    -Eu te levo, depois volto pra cá.


    -Então vamos.


  Dirigimos até minha casa em silêncio. Quando chegamos ele desliga o motor e me olha nos olhos.


    -É isso ai. Está na hora, não se preocupe. E lembre-se, eu te amo mais que tudo.


    -Eu também te amo. -sorrio e o beijo, quando finalmente me afasto estamos respirando com dificuldade.


    -Boa sorte, coração.


    -Obrigada, eu vou precisar. -hesito antes de abrir a porta. Assim que a fecho ouço passos.


    -Dulce Maria. -minha mãe esta usando seu roupão de seda e parece assustadoramente fria.


    -Mãe, eu...


    -Silêncio. -ela chega mais perto e eu me encolho. -Você tem ideia do quanto seu pai e eu estamos preocupados? Manuela liga pra cá de madrugada, pedindo pra te avisar que Mai está no hospital e eu pensando o tempo todo "Mas ela não disse que iria dormir na Mai?"...Te liguei inúmeras vezes no celular e você não atendeu, eu não sabia onde você estava, com quem você estava...aliás, venha. Você tem muito o que explicar.


   Seu tom de voz é calmo porém gélido. Acho que eu preferiria que ela estivesse gritando, essa frieza dela sempre me assustou. Vamos até a sala e vejo papai andando de um lado para o outro. Quando ele me vê corre em minha direção e me abraça.


    -Dul, meu Deus! Que susto!


    -Desculpa, papai. Eu não queria preocupar você.


    -Onde você estava, Dul? Porque mentiu para nós? O que está acontecendo minha filha? -papai parece tão preocupado e me sinto tão culpada por ter o deixando assim. Me sento no sofá e olho os dois nos olhos.


    -É melhor vocês dois se sentarem, é uma longa história.


  Passo os próximos minutos em uma conversa que está, na verdade, mais para um monólogo. Conto tudo, desde do dia em que vi Ucker pela primeira vez até o dia de hoje. Não falei com todas as palavras que ele tirou minha virgindade, mas eles devem imaginar que a gente tinha intimidade, afinal eu admiti que todas as vezes que supostamente eu estava dormindo na casa da Mai, na verdade estava dormindo na casa dele. Termino minha narrativa e eles ainda estão com uma expressão indecifrável no rosto. Será que eles vão gritar? Me expulsar de casa? Ou Ucker estava certo, eles são capazes de me apoiar? Fico em silêncio, ansiosa para ver qual das alternativas será a escolhida por eles. Meu pai se levanta e passa a mal pelo rosto, mamãe continua sentada e com a postura inabalada como sempre.


    -Você estava mentindo para nós durante todo esse tempo, com medo que nós não aprovássemos o seu namorado? -papai pergunta. Balanço a cabeça, estou com medo de falar. -Porque ele participa de corridas ilegais?


    -Ele participava, ele não faz mais isso. E tem mais coisa. -digo baixinho. Eu só contei que Ucker participava dos encontros, não falei sobre as mulheres ou bebidas e nem drogas. Mas se eu quiser que eles entendam e possivelmente me apõem eu tenho que ser sincera.


    -O que? -olho para mamãe que ainda não disse uma palavra. Isso é bom ou ruim?


    -Ele é órfão, seus pais morreram em um acidente de carro. Ele vive com o pouco dinheiro deixado de herança. Seu irmão mais novo está...preso por trafico de drogas. E ele usava drogas também e bebia. -a reação de espanto deles seria cômica se a situação não fosse séria. -Mas ele não faz mais nada disso agora, ele está limpo faz meses. -apresso em acrescentar. Minha mãe levanta em um pulo, me assustando.


    -É  claro que ele está. Porque todos nós sabemos que um viciado consegue parar de usar, sem nenhuma ajuda. Por vontade própria.


    -Ele não é assim, ele parou mesmo. Ele se assustou quando teve uma overdose, ele teria morrido se eu não tivesse o achado e...


    -Ah.Meu.Deus! Ele teve uma overdose? E você que teve que ajuda-lo? Minha filha teve que socorrer um drogado vagab/undo. É o fim. -mamãe levanta a voz mas continua passado a sensação de frieza de sempre. -Como você pode ter sido tão burra, Dulce? -mamãe pergunta me olhando com desprezo nos olhos.


    -Eu sou burra porque me apaixonei? -me levanto para alinhar meu olhar com o dela.


    -Não, você é burra por que se apaixonou por um cara que só quer o seu dinheiro.


    -Como você pode afirmar isso? Você nem o conhece. -digo.


    -E nem preciso. Pelo quadro que você pintou dele já posso imaginar o tipo de pessoa que ele é.


    -Tudo bem, eu admito que ele tinha problemas. Mas ele mudou, ele disse que quer ser uma pessoa melhor por minha causa. -digo com lágrimas ameaçando cair dos meus olhos. Mamãe começa a gargalhar sem humor nenhum.


    -Você é mais burra do que eu pensava. Está na cara que ele só quer o seu dinheiro, para sustentar o seu vicio. Ele é um desocupado, um vagab/undo viciado.


    -Chega. Eu não vou permitir que você fale de Ucker assim. -eu grito.


    -Olha como você fala comigo mocinha, eu sou sua mãe e... -ela vem em minha direção com a mão levantada.


    -Querida! -papai a chama e ela o encara, depois de trocarem olhares significativos por alguns segundos, ela recua.


    -Eu não me importo que ele não tenha dinheiro ou um nome importante. Nós nos amamos e vamos ficar juntos, quer você queira ou não. -tento soar o mais firme possível.


    -Rá, isso é o que nós vamos ver. Você está proibida de chegar perto desse delinquente. Eu te proíbo, ouviu Dulce?


    -Você não pode me proibir de ver Ucker. -digo decidida mas com medo de que ela realmente possa fazer isso.


    -Quer apostar? Você está terminantemente proibida de sair dessa casa, com exceção da escola. E quando você precisar sair, um segurança irá te acompanhar em todos os lugares. -ela chega perto de mim, nossos narizes quase se tocando. -Você nunca mais vai ver esse moleque.


  As lágrimas que eu havia com tanto esforço tentado segurar, agora rolam livremente sob meu rosto. Me viro na direção do meu pai e o olho suplicantemente.


    -Pai? Por favor, me ajuda. -ele me olha, então olha para minha mãe.


    -Dul, eu... -ele suspira e me lança um olhar torturado. -Eu acho que você não deveria mais ver esse menino, ele não parece ser uma boa pessoa pra você.


   Olho-o traída, ele era a minha única esperança, só ele podia me ajudar mas ele está do lado dela. Enfio meu rosto em minhas mãos e saio correndo em direção ao meu quarto. Entro, tranco a porta e me jogo na cama. Eu sabia que eles não iam entender, eu sabia que não podia contar com eles. Mas se eles pensam que podem me separar de Ucker, estão muito enganados.


    Acontece que, infelizmente, eles não estavam tão enganados assim. Faz uma semana desde daquele dia em que eu contei toda a verdade para meus pais. Naquela noite, triste e sozinha, enviei uma mensagem para Ucker. Ele logo me ligou e eu contei tudo sobre a conversa desastrosa com meus pais. Ele tentou me acalmar mas não conseguiu.


   Eu estava desesperada porque sabia que minha mãe pretendia cumprir com a sua palavra e me afastar dele para sempre. Ele me garantiu que não desistiria de mim e que nós daríamos um jeito. Naquele dia dormi um pouco mais tranquila, com suas palavras ardendo em minha mente como se gravadas a ferro. Para minha surpresa, no outro dia minha mãe confisca meu celular e meu computador. Durante essa semana, todos os dias em que fui para a aula, um armário ambulante me seguiu e não deixou ninguém se aproximar. Tentei várias vezes despistar ele, mas ele parecia uma águia e estava sempre atento. Agora estou deitada no meu quarto, olhando para o teto e imaginando o que Ucker está fazendo. Certamente ele sabe que eu não entrei em contato porque aconteceu alguma coisa. Estou pensando em nossos momentos juntos quando escuto uma gritaria vindo de lá de fora. Escuto uma voz meu chamando.


     -DULCE. -reconheço essa voz, não acredito que ele está aqui. Desço correndo as escadas e vou o mais rápido possível. Vejo Ucker agarrado ao portão fechado, gritando. Minha mãe está gritando para ele ir embora imediatamente. Passo igual a um furacão por ela e me choco com o portão, segurando as mãos de Ucker pela abertura das barras de ferro.


    -Ucker, meu amor. Senti tanta a sua falta. -digo.


    -Coração, também senti sua falta.


  Nós damos um selinho desajeitado por entre as barras. Sinto mãos fortes me puxando, olho pra cima e vejo o segurança que a minha mãe contratou para me vigiar. Eu tento resistir, mas ele é muito forte. Me agarro com toda força nas mãos de Ucker, determinada a não me soltar dele.


    -Leve ela para dentro imediatamente. -escuto a voz fria da minha mãe falando.


    -Sim, senhora. Vamos srta. -ele me puxa e eu me seguro nas barras e nas mãos de Ucker.


    -Dul, meu amor. Eu te amo, nós vamos dar um jeito de ficarmos juntos. -ele diz começando a chorar.


    -Eu sei, eu também te amo. Muito. -digo também chorando.


  Finalmente, com um pouco de violência, eu sou arrancada da grade. Minhas mãos deslizam pelas de Ucker, sem conseguirmos nos segurar um no outro. O segurança me arrasta para dentro de casa enquanto eu me debato, tentando me soltar de seu aperto de aço. Choro, me debato e grito.      


     -UCKER!


     -DUL! -ele grita de volta. -DUL, EU TE AMO. EU TE AMO!


     -EU TE AMO, UCKER. -grito o mais alto que posso.


     -NÓS VAMOS CONSEGUIR. NÓS VAMOS FICAR... -sua voz é abafada pela porta se fechando. Já dentro de casa, o segurança me solta e eu tento correr para fora de novo, mas ele me impede. Segurando fortemente meu braço, ele me guia até meu quarto e me joga para dentro, batendo a porta logo em seguida. Abro a porta e dou de cara com seu peito musculoso.


    -Estarei guardando sua porta até próximas instruções. Por favor srta Dulce, volte para dentro. -sua voz é calma e profissional.


  Bato a porta em sua cara e me jogo na cama. Chorando como nunca chorei em toda minha vida. Não acredito nisso. Minha mãe não pode conseguir me separar de Ucker. Ela não pode.       


******


   Mais uma semana se passou. Não vi, falei ou tive qualquer noticia de Ucker. É final de tarde e estou andando de um lado para o outro em meu quarto.


  Toc, Toc, Toc.


   -Entre. -digo desanimada.


   -Dul, a mãe da Mai está no telefone. Ela quer falar com você. -mamãe me entrega o telefone sem fio e eu o levo até minha orelha.


     -Alô, Manuela?-


     -Alô, oi Dul. Como você está?


     -Bem. Como está a Mai, ainda se recuperando?


     -Sim, ela está se recuperando muito bem. Olha, é por isso que eu te liguei. Eu queria saber se você pode vir até aqui em casa.


    -Ir na sua casa? Mas eu achei que...


    -A Kim está precisando muito de você. Sei que vocês ainda não estão se falando, mas...será que você poderia vir e oferecer algum apoio? -olho para minha mãe interrogativamente, ela parece ponderar sobre o assunto mas depois assente. Sorrio.


     -Ok, Manuela. Estou a caminho.


******


  Entro na casa dos Perroni e o armário ambulante vem junto.


    -Oi, Dul. Que bom que você veio. -Manuela me cumprimenta. Quando ela percebe o homem gigante atrás de mim, fica sem jeito.


    -É meu segurança. É só ignorar. -explico.


    -Ah sim, entendo.


    -Mai está no seu quarto? -pergunto.


    -Sim. Por favor, Dul, tente fazer ela falar. Ela precisa conversar com alguém sobre tudo isso.


   -Vou tentar, Manuela. Espero que não tenha mais tanta raiva de mim.


   Chego na porta e bato três vezes, abro uma fresta e olho para dentro do quarto.


    -Posso entrar? -Mai está deitada em sua cama, ela me olha surpresa e não diz nada. Então apenas entro. -Oi, vim ver como você está.


    -Estou bem, obrigada. -ela responde num sussurro. Olho seu rosto abatido e sua postura derrotada.


    -Tem certeza?


  Mai me olha com olhos suplicantes, eu os vejo se enchendo de água até que ela começa a chorar. Corro até ela e sento ao seu lado, envolvendo meus braços ao seu redor. Achei que ela iria me impedir ou gritar comigo, mas ela apenas aceitou meu consolo. Ela chorou em meus abraços por longos minutos, ela chorava tanto que seu corpo chacoalhava junto ao meu.


    -Me perdoa, Dul. Por favor. -ela diz entre soluços.


    -Shhh, não tenho nada para perdoar. Eu que deveria estar te pedindo perdão. -digo.


    -Não, você só estava querendo me proteger, me ajudar. Você sempre foi assim. Eu não te odeio, Dul. Você sabe que eu disse aquilo mas eu não falei sério.


     -Eu sei.


     -Eu estava magoada.


     -Eu sei, Mai.


     -Eu me envolvi com Josh mesmo depois do que ele fez com você, isso não tem perdão.


     -Tem sim. Se você me perdoar eu te perdoo. -digo sorrindo.


     -Eu te perdoo, Dul. -ela diz fungando.


     -Ótimo.


     -Amigas de novo? -ela pergunta.


     -Sempre. -eu sussurro e a abraço mais forte.


  Passamos as próximas duas horas conversando sobre tudo o que ela passou. Ela confessou que ficou apavorada quando descobriu que estava grávida. Um dia ela foi ao encontro e Josh começou a conversar. Ela estava tão sensível, machucada e sozinha que acabou aceitando a amizade dele. Mas acabou que ele se aproveitou na sua fragilidade e eles se tornaram mais que amigos.


    -Então, o seu filho era mesmo do Chris? -pergunto com medo que ela se ofenda com a minha pergunta.


    -Sim. Eu comecei a dormir com Josh depois que eu já sabia do bebê.


    -E você contou pra ele?


    -Sim, e ele disse que cuidaria de mim e da criança. Não acredito que ele está morto.


    -Também não. Mas Mai...ele não...ele nunca te machucou, não é?


    -Não. Ele as vezes ficava meio nervoso, mas nunca me machucou. -respiro aliviada. De Josh eu esperava qualquer coisa, até mesmo bater em uma mulher grávida. -Dul, eu preciso te contar uma coisa que o Josh falou.


    -O que? -pergunto curiosa.


   -Uma vez, quando estávamos na cama...ele sem querer me contou o porque ele e Ucker se odeiam tanto. -arregalo os olhos. Ucker nunca me contou essa história, nunca insisti porque não queria forçar a barra, mas agora minha curiosidade está falando mais alto.


    -Porque?


    -Bom, resumindo...Parece que antes eles eram amigos, até que um dia Josh conheceu o irmão mais novo de Ucker e lhe ofereceu um emprego. Parece que o moleque estava precisando de dinheiro e ele já era o tipo garoto problema. Então ele começou a trabalhar para Josh, vendendo drogas. Ucker não sabia de nada e ficou furioso quando o seu irmão foi preso, ele descobriu onde ficava o lugar onde Josh fabricava metanfetamina e destruiu tudo. Junto com uma encomenda que Josh estava preparando para algum mafioso perigoso. Josh quase foi morto quando não conseguiu entregar a encomenda a tempo. Depois disso, os dois se tornaram inimigos mortais. -fico em silêncio digerindo tudo isso.


   -Então é por isso que Ucker odeia...odiava Josh. Porque por culpa dele, seu irmãozinho está preso.


    -Talvez a história não seja bem essa, não dá pra confiar no que Josh dizia. Você vai ter que perguntar para Ucker. -fico triste. Eu nunca mais vou poder ver ele. -O que foi? Falei alguma coisa errada?


    -Não, é que...minha mãe me proibiu de ver Ucker.


    -Como ela descobriu?


  Rapidamente conto tudo sobre a noite do seu acidente. E como eu passei de muito feliz para imensamente infeliz.


    -Então parece que eu tenho mais por que me desculpar.


    -Porque? -olho-a confusa.


    -Porque se não fosse por meu acidente, sua mãe não teria descoberto nada.


    -Ah, Mai. A culpa não é sua. Ela teria reagido da mesma forma quando eu e Ucker contássemos, o seu acidente só adiantou as coisas um pouco. -ela suspira e encosta a cabaça nos travesseiros. -Então, me conte como as coisas vão ser daqui pra frente. Quando você vai voltar para a escola? -tento mudar de assunto para distrai-la, mas parece não funcionar. Ela continua com a expressão triste.


    -Eu não vou.


    -Como assim não vai? Falta só mais um semestre.


    -Minha mãe decidiu que vai ser melhor pra mim se eu...se eu ir morar com a minha tia, só por um tempo.


    -Como assim ir morar com a sua tia? Que tia, onde? E os seus estudos? -começo a me desesperar.


    -Calma, calma.


    -Como vou ficar calma, você diz que justo agora que somos amigas de novo, você vai se mudar. -reclamo.


    -É só por um tempo, não mais que um ano.


    -Um ano? -grito. -Mas Mai, e os seus estudos?


    -Eu vou terminar esse ano lá, depois passar alguns meses descansando por lá e depois eu vejo o que fazer. Minha mãe quer muito que eu faça faculdade, mas ela mesmo teve a ideia. Ela disse que eu posso tirar um tempo de folga, e quem sabe fazer uma faculdade lá pelo Texas mesmo.


    -O que? Você está indo para o Texas? Mai, é muito longe -resmungo igual a uma criança mimada.


    -A gente se fala todo dia, eu prometo.


    -Mas e...mas e...e o Chris?  -Mai faz cara feia.


    -O que tem ele?


    -Vocês se amam. Achei que vocês iam consertar tudo e ficar juntos.


    -Tem coisas que não tem concerto, Dul. -ela diz tristemente.


    -Você ia ter um filho dele. Ele te ama apesar de tudo, você acha mesmo que ele vai deixar você ir assim.


    -Vai. -ela diz convicta.


    -Como você sabe?


    -Porque a única pessoa que sabe disso, além da minha família, é você. Ele só vai descobrir quando eu já estiver no Texas, aí já vai ser tarde demais.


    -Ele não vai desistir de você. Ele está arrasado por perder esse filho que ele nem sabia que existia. Se ele perder você também, eu não sei...


    -Ele vai aceitar minha partida quando descobrir que o meu filho não era dele, e sim de Josh.


    -O que? -ela enlouqueceu? -Mas você acabou de me dizer que...


    -Eu sei o que eu disse. Acontece que não tem como ele saber que a criança era mesmo dele. E quando você disser pra ele que eu te contei que o pai era Josh...


    -Oh, vai com calma garota. Eu vou dizer o que? -me levanto e a olho com choque. Ah, Mai, o que você esta planejando nessa sua cabecinha maluca?


    -Você vai mentir pro Chris que meu filho era do Josh. Ele vai ficar com raiva e possivelmente magoado, mas depois ele vai ver que é melhor assim.


    -Melhor pra quem? -pergunto indignada.


    -Melhor pra todo mundo.


    -Mai, me desculpa, mas eu não vou mentir sobre isso.


    -Por favor, Dul.


    -Não. Isso é loucura. Ainda acho que você tinha que contar a verdade pra ele e fazer as pazes. -cruzo os braços.


    -Dul, eu estou indo morar no Texas daqui duas semana. Vai ser bom ficarmos afastados, e se ele não tiver o peso de um filho morto para carregar, ele vai conseguir recomeçar mais facilmente.


    -Porque vocês não recomeçam juntos?


    -Não dá, Dul. Acabou, pra valer. -ela diz decidida.


    -Você não o ama mais, é isso?


    -Claro que eu amo, e eu vou sempre amar. Mas é complicado, é melhor ficarmos esse tempo separados. Ele aqui e eu lá com a minha tia. Vai ser bom para ambos refletirmos e nos curarmos das nossa feridas.


    -Mas... -tento argumentar.


    -Mas nada, Dul. É assim que vai ser. E se você não vai mentir por mim, pode pelo menos não contar pra ele sobre o bebê?


    -Mai, eu não acho que...


    -Dul. Por favor. Isso é coisa minha, respeite minha decisão. -olho em seus lindos e cansados olhos. Suspiro e balanço a cabeça.


    -Tudo bem. Se você quer assim.


    -Eu quero. Mas me prometa que essa conversa fica só entre nós. Você não vai contar nem pra Ucker nem pra ninguém. Nunca.


    -Prometo. -vou e sento ao seu lado de novo. -Nem se eu quisesse eu poderia contar pra ele. Se esqueceu que estou proibida de vê-lo?


    -Bom, quanto a isso...acho que eu posso ajudar.


    -Como? -olho-a surpresa e curiosa.


  Mai me dá um sorriso lento e malicioso. Eu conheço esse sorriso. Dentro dessa cabecinha morena dela, ela está arquitetando algum plano para que eu e Ucker possamos nos ver de novo. Imito seu sorriso largo, a animação e esperança me dominando antes mesmo de eu saber sua ideia.  Cara, como eu amo essa garota.


____________________________________________________________________________________


   Oi, oi gente!! Blanca pegou pesado né. Já sabem oq a Mai ta planejando?


Respondendo comentario do face:


Geovana Aparecida: Vdd Mai ñ merecia tudo oq passou, mais ruim ainda ela te perdido o bb mas ela já ta melhor, já o casal Chaverroni esse ñ tem mais volta, mas vai embora {#emotions_dlg.cry} Blanca ficou louca em saber sobre vondy e olha q ela ainda vai apronta muito pra cima deles, Fernando q vai salva vondy de uma forma aí... Bj


Respondendo comentario:


Lorecandy: Ah foi uma bomba isso da Mai ta com o Josh né, mas como ela disse tava fragil e o Josh tava ali acabou ficando com ele, pelo menos o bb era do Chris pena q ela perdeu {#emotions_dlg.cry} Dul contou tudo pros pais, Blanca ñ gostou nadinha, mas com a ajuda da Mai eles vão conseguir se ver {#emotions_dlg.laughing} Continuando, bj


      Gente os capitulo agora serão quase seguidos, dia sim dia não, por isso comentem!!


                     Tchauzinho  {#emotions_dlg.kiss}


 


 



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Autor(a): AnazinhaCandyS2

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     Olho para Mai sem acreditar no que ela acabou de me falar. Eu sempre soube que ela era um pouco maluquinha mas...      -Fugir? Você está louca, Mai?     -Estou falando muito sério, Dul. -pela sua expressão ela está mesmo.     -Mas...Mas eu não... -o que eu dev ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 69



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • anne_mx Postado em 08/11/2020 - 21:46:38

    A fanfic foi linda até chegar o final que foi cagado kkkkkkkkkkkkk desculpa, não me entenda mal, mas eu achei que a Dul ia sacar a estratégia do Ucker na prisão e ia entender e ser inteligente e não que eles iam passar mais 6 meses separados e do nada o pai dela ia entregar tudo kkkkkkkkkkk e Chaverroni ter ficado meio q uma interrogação foi confuso pra mim, porém não deixou de ser uma história bonita, só podia ter tido um final que fizesse jus a grandiosidade da história que até aquele momento tinha sido incrível <3

  • ellafry Postado em 15/03/2017 - 12:19:54

    que amorzinho *-*

  • 🌹Queen🌹 Postado em 30/01/2017 - 22:18:53

    ANA MEU AMOR ESTOU DE VOLTAAAAAAAAAAAAA E VOU ATUALIZAR A FIC E DPS POSTO UM COMENT DECENTE, OKWY?OKAY BJOO

  • lorecandy🎶 Postado em 25/01/2017 - 20:15:06

    #CONTINUA

  • lorecandy🎶 Postado em 25/01/2017 - 20:13:13

    Nem sei como o Ucker conseguiu mentir tanto

  • lorecandy🎶 Postado em 25/01/2017 - 20:11:51

    E agora por causa dessa vaca provalmente a Dul casa com o Harry a Blanca nada em dinheiro e o Ucker fica sozinho : - (

  • lorecandy🎶 Postado em 25/01/2017 - 20:05:35

    Blaca é uma indecente sem amor próprio que só pensa em dinheiro

  • anonimavondy Postado em 25/01/2017 - 06:52:45

    Oh meu deus, mais q vaca aquele songamonga da Blanca? Adivinha quem queer matar ela baby? Eu mesma kkklkkkkk Então amr eu estou de volta e tipoooo mal posso esperar pra eles fugirem e espero q tudo de certo e a Mai amr? O Chris? Agr minha vida me diga q essa Fanfic n ta perto de terminar pfv... Olha eu nem te conta muie eu faltei ficar louca nos dias em que eu tava sem net eu só pensava numa coisa &quot;a tua Fanfic&quot; eu ficava me perguntando será q ela ja postou algum capitulo? Ai meu deus ta em que parte? A Dul? O Ucker? Era mais pior kkkkkkkkk Mais agr me fala amore como vc estar? Ta tudo bem? Me conta tudo rsrs Muitos bjoes :*

  • lorecandy🎶 Postado em 23/01/2017 - 23:38:32

    #CONTINUA

  • lorecandy🎶 Postado em 23/01/2017 - 23:37:18

    Tomara que vondy consigam fugir S2


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