Fanfics Brasil - Capitulo 5 - parte 7 Libertina - Adaptada. Vondy [+18]

Fanfic: Libertina - Adaptada. Vondy [+18] | Tema: Hot - suspense - drama


Capítulo: Capitulo 5 - parte 7

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Com pavor, fiquei imóvel no meio da sala, meus olhos fixos na porta que ele abria, esperando Christopher surgir a qualquer momento e provocar uma tragédia. Mas ao invés disso, apareceram dois homens que nunca vi na vida. Um era baixo, magro, grisalho e com bigode. O outro era alto e gordo, suado.


 


- Detetive Casemiro. – Apresentou-se o que usava bigode, mostrando um distintivo. Indicou o colega com a cabeça: - Detetive Pontes.


Polícia? Pálida e sem entender o que eles faziam ali, eu olhei os dois homens entrarem. Juliano os seguiu, indagando:


 


O que aconteceu?


 


- Senhorita Saviñón?


 


- Sim?


 


- Um de seus clientes foi encontrado morto esta manhã, esfaqueado num quarto de hotel. – Detetive Pontesme avaliava com um olhar duro e senti a cor sumir totalmente do meu rosto. – Descobrimos que a senhorita foi a última pessoa a estar com ele. A Cafetina Gigi nos deu o seu endereço.


 


- Cafetina?! – Juliano soltou, chocado.


Eu me apoiei no sofá, tremendo. Tudo aquilo não podia estar acontecendo.


 


- O que ... – Minha voz vacilou e tentei de novo: - O que aconteceu?


 


- O seu cliente era um farmacêutico paulista de 50 anos chamado Bruno de Alcântara Alencastro e a senhorita foi ao quarto dele no Hotel Ohio em Ipanema na quarta, de onde ele nunca mais saiu. Levou vários golpes de faca. A recepção do hotel informou que foi a última pessoa a vê-lo. – Informou friamente o detetive Casemiro.


 


- Sua pu\ta! – Exclamou Juliano, parecendo assustado, muito pálido. – Você é uma prostituta!


Deus do Céu!


Eu enfiei o rosto entre as mãos, desesperada, sem coragem de encará-lo. Ao mesmo tempo, lembrei do farmacêutico, que tinha sido meu último cliente. Como podia estar morto? Estava ótimo quando eu o deixara!


 


- Quem é o senhor? – Indagou o detetive Casemiro, olhando para Juliano, mas ele estava nervoso demais para escutar, exclamando com nojo:


 


- Não é um amante! São vários! Você é pior do que imaginei! É uma prostituta!


Fiquei quieta, merecendo seu ódio e desprezo.


 


- O que está acontecendo aqui? Quem é você? – Insistiu o detetive.


Juliano olhou-o, tentando se controlar.


 


- Sou Juliano Torres. Até hoje, eu era noivo dessa pira\nha. – Respirou fundo. – Dessa assassina!


 


- Não sou assassina. – Me defendi no que podia. – Eu não o matei!


 


- Vamos esclarecer um fato: Não a estamos acusando, mas investigando. – Disse Pontes.


 


- Essa mulher é capaz de tudo! – Juliano estava descontrolado.


 


- Não, eu juro que não queria te magoar, Juliano ... – Lágrimas rolaram do meu rosto e o olhei, envergonhada. Murmurei: - Tudo está acontecendo ao mesmo tempo ...


 


- Eu vou embora daqui! Não aguento tanta mentira!


 


- Lamento, mas não vai ser possível. Como o detetive Pontes disse, qualquer um pode ser suspeito.


 


- Está querendo dizer que também sou suspeito? – Juliano os olhou, surpreso.


 


- Um noivo traído é capaz de qualquer coisa. – Retrucou o detetive alto e gordo, observando-o.


 


– Onde estava na quarta-feira?


 


- Eu não posso acreditar! Fui traído por ela e só agora descobri que é uma prostituta! Nem moro aqui! Cheguei ao Rio hoje!


 


- É verdade. – Falei. – Ele não sabia de nada e só chegou ainda há pouco.


Não emendei que a mãe dele dissera que Juliano saíra de Minas na quarta, nem que ele disse ter ficado com amigos. Eu não queria prejudicá-lo e sabia que Juliano não tinha nada a ver com aquela morte.


 


- Não preciso da sua defesa! – Exclamou agressivo, com tanto ódio que me encolhi. – Ela sim, estava no Rio!


 


- Vamos chegar até ela. – Casemiro também o fitava. – Onde o senhor estava na quarta-feira à noite?


 


Juliano sentiu a atenção dos dois policiais sobre si e passou a mão pelo cabelo, nervoso, resmungando:


- Não acredito ... Maldita hora em que te conheci, Dul! Eu estava em Minas, na minha casa. Só saí de lá hoje pela manhã.


 


Não entendi por que mentiu. Não estivera na casa de amigos? Mas nem o olhei.


- Compreendo. – Casemiro continuou: - suponho que voltará a Minas Gerais.


 


- O mais rápido possível.


 


- Precisa deixar seu nome completo, endereço e telefone, caso precisemos entrar em contato.


 


- Tudo bem, detetive. Mas saiba que não sou um assassino. E se fosse, eu mataria a ela, não o seu cliente.


Ele foi ao quarto pegar suas coisas. Os detetives trocaram um olhar significativo e, sem convite, sentaram-se no sofá. Eu sentei em frente a eles, nervosa, arrasada. Comecei a falar:


 


- Como sabem, sou uma garota de programa e na quarta fui me encontrar com Bruno, o farmacêutico. Da outra vez que veio ao Rio, saí com ele. Aí, quando retornou agora, me procurou de novo. Me identifiquei no hotel antes de subir e fiquei com ele durante duas horas. Quando saí, estava bem, falando que no dia seguinte ia conhecer a Cidade do samba.


 


- Quer dizer que o deixou bem disposto? – Indagou Pontes.


 


- Sim.


 


- O que ele falou, exatamente?


 


- Que vivia para o trabalho e procurava prostitutas por que era muito sozinho. Nunca imaginei que alguém pudesse matá-lo de maneira tão violenta. Parecia um homem bom, sem inimigos, e não conhecia ninguém aqui. Ele foi roubado?


 


- Não. – Casemiro balançou a cabeça. – Isso é realmente estranho, pois ele realmente não tinha conhecidos por aqui. A única pessoa com quem passou mais tempo e interagiu mais foi você.


 


- Então, sou a principal suspeita.


 


- Por enquanto, sim. Mas a perícia está fazendo o trabalho dela. Responda-me, a senhorita e ele discutiram?


 


- Não. Nem havia motivo para isso. A recepção e câmeras de segurança devem saber o momento exato que entrei e saí. Como disse, foi tudo tranqüilo.


 


- Sim, até então o horário condizente com a morte é logo após sua saída, em um período de uma hora. Não há registros da senhorita voltando, mas o hotel é muito movimentado e com segurança falha. Não há nem câmeras na escada de incêndio. – Pontes me fitou atentamente, frio. – Tudo leva a crer que foi esfaqueado primeiro pelas costas, perto da porta de entrada. Parece que abriu a porta para alguém e, ao se virar para entrar, recebeu a primeira facada. Ele não daria as costas a estranhos.


Talvez fosse um conhecido. E quem ele conhecia aqui?


 


- Mas se eu o quisesse morto, por que sairia e depois voltaria?


 


- Para ter um álibi, da recepção tê-la visto sair. – Emendou Casemiro. – Sem contar que o crime parece sexual.


Eu os fitei, sem entender.


 


- Além das várias facadas, deceparam e levaram o pênis dele.


 


Levei a mão à boca, chocada, horrorizada.


- Deus do Céu ... – Pálida, não podia acreditar naquilo. Quem faria uma loucura, uma barbaridade daquelas?


 


- Alguém a viu após sair do hotel, que possa confirmar que na hora do crime não estava lá?


 


- Eu ... Peguei um táxi em frente e vim para casa. Talvez meus porteiro lembrem a hora que cheguei.


 


- Vamos investigar tudo.


 


Naquele momento Juliano retornou à sala com sua bolsa, sem me olhar. Eu estava apática, arrasada, cansada. Sabia que minha vida inteira desmoronava. E me sentia impotente para impedir.


Entregou um papel com seus dados aos detetives e indagou:


 


- Posso ir embora?


 


- Sim. Se for necessário, entraremos em contato.


 


- Tudo bem. – Ele cumprimentou os outros num gesto de cabeça. Quando ia sair, eu me levantei e supliquei rapidamente:


 


- Juliano, si que o que fiz não tem perdão, mas ... Nunca quis magoar você. Mereço seu ódio e desprezo, mas ... Por favor, não conte aos meus pais e irmãos.


Ele voltou-se, furioso.


 


- Como tem coragem de me pedir alguma coisa, vaga\bunda? Vou espalhar para todo mundo a Pu\ta que você é! Principalmente para sua família! – E saiu, batendo a porta atrás de si.


Fiquei olhando para a porta, tudo embaçado pelas lágrimas. Queria me enfiar em um canto e chorar até não poder mais, mas respirei fundo e enxuguei os olhos, lembrando dos detetives. Um deles indagou:


 


- Tem certeza que seu noivo não sabia que era prostituta? Pode ter seguido a senhorita até seu encontro com o farmacêutico e, após sua saída, matá-lo com ódio.


 


- É impossível. Ele ficou chocado ao descobrir ainda há pouco. – Me virei para eles. – E Juliano nunca faria uma coisa dessas. Lamento. Sei que também não fui eu. Só posso esperar que descubram quem é o assassino, para que tudo se esclareça.


 


- Estamos investigando e aguardando os resultados periciais. – Eles se levantaram e Casemiro continuou: - A senhorita será chamada para depor na delegacia. E não poderá sair do Rio de Janeiro por enquanto.


 


- Compreendo. – Claro, eu era a principal suspeita. – Estou à disposição da polícia.


 


- Entraremos em contato. Tenha uma boa noite.


 


- Obrigada.


 


Eu os acompanhei até a porta. Quando saíram e a fechei, escorreguei para o chão soluçando, em prantos. Tudo rodava na minha mente. O pobre e solitário farmacêutico sendo assassinado tão violentamente, as suspeitas sobre mim, a descoberta de Juliano de que eu era prostituta e seu ódio, a certeza de que meus pais nunca me perdoariam. Culpa minha. Estava pagando meus pecados, até mesmo sendo considerada assassina.


Pensei em Christopher e senti um desejo absurdo de estar com ele, entre seus braços.


Mas lembrei que também me desprezava.


E percebi que não tinha ninguém.


 


 


.



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Autor(a): bia_vondy

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  Na manhã de sexta-feira, quando o telefone tocou, eu sabia quem era. Tinha passado a noite em claro chorando, desejando ardentemente que Juliano se acalmasse e não contasse tudo aos meus pais, em uma vã esperança de poupá-los daquilo. Mas sabia que era só isso, uma vã esperança. Sentada no sofá, atendi mi ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 85



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  • BruGomes Postado em 19/04/2018 - 21:59:13

    Poxa tão boa essa fic , que pena que esta abandonada :/

  • beatris Postado em 06/11/2017 - 01:00:10

    continua por favor gostei mto dessa fic e li td de uma vez agora estou aciando por mais

  • janaynafarias Postado em 01/09/2017 - 03:37:18

    Ahhhhhh please!!! Continua flor!!!!! Comecei ler a fic ontem e já estou n vício rsrsrs meninaaaaa para td! Essa fic promete me deixa louka cm esses altos e baixos. Tem momentos q me deu uma dó d Dul. E tbém compaixão e raiva d ogro d ucker! :/ as vezes ele é demais cm ela... cmo a questão é esculacha a pobi. Essa cafetina e essa amiga entre "" Adriane são duas cobras disfarçadas. Sei q vai ser difícil ele reconhece q ama a Dul. :'( e q ela vai sofrer um bocado pra ele acreditar nela. E se ela resolver se mudar?e se for morar em outro luga,será q ele ia atrás dela? E o pior q agora temo.... se o assassino pegar ela! Ñ,qro pensar nisso agora. Se td caso vier acontecer. Q o ucker cuide dela se algo ruim acontecer! E esse ex-noivo dela,pra me ele tbém é flor q se cheire ñ. Acho ele extranho. Acho q foi sisma minha qm sabe. Bom,sou leitora nv. Mto boa a fic ;) e vamos por mas! ♡_♡ conttttttttttt bibis xerin sua linda! ;*

  • BruGomes Postado em 14/07/2017 - 00:13:36

    Aiiii Continuaaaa !! Ñ vejo a hora dele perceber que Ama ela ,e tratar ela com mais carinho .

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 13/07/2017 - 16:19:06

    Christopher é muito grosso! Espero que ele ñ expulse a Dul por ter dito q ele poderia estar ligado ao assassinato. Continua!!

  • lili.alves Postado em 13/07/2017 - 12:17:57

    Olá, leitora nova, comecei a ler agora e já tô adorando.

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 11/07/2017 - 19:26:45

    Dulce abraçou o Christopher e ele ñ ficou brabo?? Que milagre! Uau que hot, hot, hot, hot amei!! Continua!!

  • BruGomes Postado em 11/07/2017 - 01:24:24

    Uau que capítulo *O*, bem safadinhos !!! Kkk Adorooo esses dois !! Continuaa !!*-*

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 05/07/2017 - 18:13:33

    Não vejo a hora do Christopher tratar a Dul com mais carinho! Continua!!

    • bibis Postado em 10/07/2017 - 23:42:54

      hahah Ja ta chegando essa hora

  • BruGomes Postado em 04/07/2017 - 23:22:11

    Christopher está realmente apaixonado pela Dulce !!!! Continuaaaaa !!!

    • bibis Postado em 10/07/2017 - 23:42:30

      Esta sim, só falta ele se render a isso :) Continuando!!


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