Fanfics Brasil - Capitulo 6: Amor e Dúvidas Libertina - Adaptada. Vondy [+18]

Fanfic: Libertina - Adaptada. Vondy [+18] | Tema: Hot - suspense - drama


Capítulo: Capitulo 6: Amor e Dúvidas

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Na manhã de sexta-feira, quando o telefone tocou, eu sabia quem era. Tinha passado a noite em claro chorando, desejando ardentemente que Juliano se acalmasse e não contasse tudo aos meus pais, em uma vã esperança de poupá-los daquilo. Mas sabia que era só isso, uma vã esperança. Sentada no sofá, atendi minha mãe e chorei baixinho enquanto ela gritava comigo, em prantos. Deixei que falasse tudo, nervosa, se lamentando onde tinha errado, querendo entender.


Depois tentei contornar a situação, explicar algo que não tinha explicação e implorar por perdão. Mas ela chorava muito, aniquilada, sem poder me entender ou aceitar. Disse que meu pai daria um jeito de devolver todo dinheiro que mandei para eles naqueles anos, dizendo que era “dinheiro sujo”. Acusou-me de nomes feios, falando que era a vergonha da família, que nunca mais encararia os vizinhos de cabeça erguida, que eu tinha destruído a vida deles.


 


Não comentou o caso da desconfiança de assassinato e pensei que daquilo talvez Juliano os tivesse poupado. Por fim, desligou com a frase: “Não te criei assim, para ser imunda desse jeito! Você não é mais minha filha!”.


Passei o dia deitada, chorando até explodir de dor de cabeça e apagar no sofá. O caso do farmacêutico assassinado apareceu nos jornais, mas não falou em suspeitos. Mas eu sabia que era questão de tempo até meu nome ser tocado e estampado em todos os jornais. Todavia, nem pude me dar ao luxo de lamentar, pois à tarde fui convocada a comparecer à delegacia e tive que prestar depoimento, contando detalhadamente tudo que aconteceu, sendo questionada até a exaustão. Sabia que tinha direito a um advogado, mas o recusei. Respondi a tudo da maneira mais sincera possível.


 


 


Já escurecia naquela sexta-feira quando entrei no escritório de Gigi, após ligar para ela e avisar que passaria lá.


 


- Dul! – A ruiva elegante atrás da mesa ergueu-se e veio até mim, preocupada. – A polícia esteve aqui ontem, atrás de você. Não tive escolha, a não ser dar seu endereço. Fiquei ligando para te avisar, mas não atendeu. Eles a procuraram?


 


- Sim, no final da tarde.


 


- Sinto muito. Está abatida. Vem, vamos nos sentar aqui. – Indicou-me um sofazinho de canto e nos acomodamos.


 


- É, mas foram muito educados. De qualquer forma, fui a última pessoa a estar com o cliente e vou depor na polícia. Vim conversar com você. – Sentia-me nocauteada, exausta. Mas tentava me manter firme.


Sabia que a qualquer hora receberia notícias dos meus pais, desesperados e chocados ao saberem por Juliano quem eu era. No fundo, ainda acalentava uma pequena esperança de que ele tivesse se acalmado um pouco e não contasse nada. Mas era como se o cerco se fechasse à minha volta. Cada vez mais.


 


- É claro! Como posso te ajudar?


 


- Vou me afastar daqui.


 


- Sei. Quer dar um tempo até o caso se esclarecer.


 


- Não é um tempo. Vou me afastar definitivamente.


 


- Vai trabalhar por conta própria?


 


- Não. Estou largando para sempre o mundo da prostituição, Gigi.


 


- Mas, Dul, onde mais você vai conseguir ganhar o que ganha aqui? É linda e tem vários clientes que a adoram. Tudo por causa desse assassinato?


 


 


- Não. É uma decisão que preciso tomar. Quero recomeçar minha vida. Vou terminar minha faculdade e exercer minha profissão. Isso se eu não for presa. – Sorri sem vontade.


 


- Não diga besteira, tudo vai se esclarecer. Mas pode continuar aqui.


 


- Não, não posso mais. Quero agradecer a oportunidade e o bom tratamento, mas estou fora. E é para sempre.


Gigi me observava muito atentamente e balançou a cabeça. Depois indagou baixo:


 


- Isso tem a ver com Christopher Uckermann?


Sem que eu pudesse evitar, enrubesci.


 


- Acho que acertei. – Ela recostou-se no sofá, sem tirar os olhos de mim. – Acha que vale a pena, Dul? Christopher é um homem difícil. Vi isso acontecer no passado e não deu certo. Eles nunca esquecem o que fomos.


 


- Não, Gigi, é uma decisão minha. Eu quero sair.


 


- Tem certeza?


 


- Absoluta. – Peguei minha bolsa e me levantei. Estendi minha mão a ela. – Obrigada por tudo.


 


- Nos veremos ainda?


 


- É claro.


 


- Boa sorte, Dul. – Ela me acompanhou até a porta. E acrescentou: - E lembranças a Christopher


Eu a encarei. A ruiva sorriu.


 


- Eu sei que ele é a causa disso tudo.


 


Eu não disse nada. Me virei e saí. No fundo, ela estava certa.


Fui me despedir das meninas que trabalhavam e moravam ali, principalmente de Kim, que sempre considerei uma amiga. Algumas me elogiaram por sair, outras acharam que era loucura. Já


passava das nove da noite quando desci com elas e encontrei outras no salão, que acabavam de chegar.


Eu explicava resumidamente a elas o que tinha acontecido com o farmacêutico e elas ouviam, horrorizadas. Por fim, Adriane falou:


 


- Tudo vai se resolver, querida, não se preocupe. E que pena que vai sair daqui, mas te desejo boa sorte.


 


- Obrigada, Adriane. De qualquer forma, acho que ...


Parei de falar ao ver Adriane corada, com os olhos castanhos brilhantes e fixos num ponto atrás de mim. As outras também olhavam para lá. Virei a cabeça e olhei para a porta. Meu coração disparou loucamente. Era Christopher.


Ele acabara de chegar e olhava em nossa direção, elegante e lindo de morrer em um terno escuro. Fiquei sem ar, congelada, quando seus olhos encontraram os meus. Tive o impulso violento de correr até ele, me jogar em seus braços e chorar até não poder mais, mesmo sabendo que possivelmente seria a última pessoa a me confortar. Ele não se importava comigo. Mas o desejo foi tão forte, tão profundo, que tive que lutar para me controlar, permanecer imóvel.


Christopher entrou no salão. Cumprimentou-nos num gesto seco de cabeça. Desviou o olhar de mim, indo em direção ao corredor com passos largos. Eu o acompanhei com os olhos, respirando irregularmente, abalada.


 


- Ele veio ver a Gigi. – Afirmou Kim, fitando-me com certo ar de pena, que me fez reagir, disfarçar como me sentia. – São amigos.


 


Não falei nada. Tentei retomar o assunto, sorrir, mas minha mente não parecia funcionar. Foi Marcela quem me salvou, perguntando o que eu faria dali para frente. Relatei meus planos, mas consciente de que minha atenção estava no corredor, por onde Christopher tinha sumido.


A conversa fluiu, mas eu me sentia dopada. Precisava desesperadamente dele. A saudade, a dor e o sofrimento me consumiam. Rezei para que ele voltasse, para que por algum motivo falasse comigo, me chamasse para sair dali. Quando depois de dez minutos mais ou menos, ouvimos a risada de Gigi vinda do corredor, olhei imediatamente para lá.


 


Ela surgiu radiante, de um jeito que nunca vi. Seus olhos brilhavam e seu sorriso era verdadeiro. Estava de braços dados com Chris, que parecia bem à vontade. Eles se aproximaram de nós e não consegui tirar os olhos dele, que parecia me ignorar. Gigi falou:


- Meninas, meu cliente favorito chegou. E quer passar uma agradável noite de sexta-feira na companhia da mais quente garota da Casa de Gigi. – Os olhos dela voltaram-se para mim, enquanto continuava: - A escolha é sua, querido.


 


Foi quando os olhos cinzentos de Christopher se fixaram nos meus. Uma corrente elétrica percorreu meu corpo da cabeça aos pés e prendi o ar. Gigi notou e explicou:


 


- Devo informar que Dul não trabalha mais aqui. Acabou de pedir demissão. Não é, Dul? – Deu-me um sorriso nada verdadeiro. Eu não respondi.


 


- Eu não ia escolher Dulce Maria. – Foi tudo o que ele disse, seus olhos nos meus. Por fim, varreu-os pelas outras moças e fixou-os em Adriane. – Você.


 


Ela se levantou de imediato. Eu a conhecia o suficiente para notar o júbilo em seu olhar. Senti como uma faca me cortando no peito. Tudo que tinha acontecido desmoronou de novo, aumentado


pelo ciúme e pela necessidade que eu tinha daquele homem. Mas senti também raiva. Me levantei também.


 


- Bem, preciso ir. – Tentei ser o mais natural possível, embora tremesse. – Bom trabalho pra vocês, meninas. Outra hora eu apareço.


 


Elas se despediram de mim. Acenei com a cabeça para todos, tentando ignorar Christopher. Mas vi Adriane indo para o lado dele, apoiando-se nele como uma gata faminta. Seus olhos encontraram os meus e ela deu de leve com os ombros, como se dissesse: “O que posso fazer?”. Acho que Chris notou, pois de maneira cínica falou:


 


- Se estiver com muita vontade, pode vir com a gente, Dulce Maria.


Eu o encarei bem de frente. Uma onda de raiva pura correu meu corpo. Falei friamente:


 


- Acho que não ouviu bem. Não sou mais prostituta.


Sem mais palavras, saí sem olhar para trás.



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Autor(a): bia_vondy

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No sábado, fiquei deitada na cama, sem me alimentar direito, remoendo meus problemas. Não tinha ânimo para nada. Nem quis me olhar no espelho, pálida e abatida, com olheiras escuras. Só sabia chorar. E o pior era reconhecer que apenas colhia frutos do que eu mesma plantei. Estava debruços na cama, abraçada ao meu travesseiro, q ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 85



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  • BruGomes Postado em 19/04/2018 - 21:59:13

    Poxa tão boa essa fic , que pena que esta abandonada :/

  • beatris Postado em 06/11/2017 - 01:00:10

    continua por favor gostei mto dessa fic e li td de uma vez agora estou aciando por mais

  • janaynafarias Postado em 01/09/2017 - 03:37:18

    Ahhhhhh please!!! Continua flor!!!!! Comecei ler a fic ontem e já estou n vício rsrsrs meninaaaaa para td! Essa fic promete me deixa louka cm esses altos e baixos. Tem momentos q me deu uma dó d Dul. E tbém compaixão e raiva d ogro d ucker! :/ as vezes ele é demais cm ela... cmo a questão é esculacha a pobi. Essa cafetina e essa amiga entre "" Adriane são duas cobras disfarçadas. Sei q vai ser difícil ele reconhece q ama a Dul. :'( e q ela vai sofrer um bocado pra ele acreditar nela. E se ela resolver se mudar?e se for morar em outro luga,será q ele ia atrás dela? E o pior q agora temo.... se o assassino pegar ela! Ñ,qro pensar nisso agora. Se td caso vier acontecer. Q o ucker cuide dela se algo ruim acontecer! E esse ex-noivo dela,pra me ele tbém é flor q se cheire ñ. Acho ele extranho. Acho q foi sisma minha qm sabe. Bom,sou leitora nv. Mto boa a fic ;) e vamos por mas! ♡_♡ conttttttttttt bibis xerin sua linda! ;*

  • BruGomes Postado em 14/07/2017 - 00:13:36

    Aiiii Continuaaaa !! Ñ vejo a hora dele perceber que Ama ela ,e tratar ela com mais carinho .

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 13/07/2017 - 16:19:06

    Christopher é muito grosso! Espero que ele ñ expulse a Dul por ter dito q ele poderia estar ligado ao assassinato. Continua!!

  • lili.alves Postado em 13/07/2017 - 12:17:57

    Olá, leitora nova, comecei a ler agora e já tô adorando.

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 11/07/2017 - 19:26:45

    Dulce abraçou o Christopher e ele ñ ficou brabo?? Que milagre! Uau que hot, hot, hot, hot amei!! Continua!!

  • BruGomes Postado em 11/07/2017 - 01:24:24

    Uau que capítulo *O*, bem safadinhos !!! Kkk Adorooo esses dois !! Continuaa !!*-*

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 05/07/2017 - 18:13:33

    Não vejo a hora do Christopher tratar a Dul com mais carinho! Continua!!

    • bibis Postado em 10/07/2017 - 23:42:54

      hahah Ja ta chegando essa hora

  • BruGomes Postado em 04/07/2017 - 23:22:11

    Christopher está realmente apaixonado pela Dulce !!!! Continuaaaaa !!!

    • bibis Postado em 10/07/2017 - 23:42:30

      Esta sim, só falta ele se render a isso :) Continuando!!


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