Fanfics Brasil - Et l’amour est la vie C'est La Vie

Fanfic: C'est La Vie | Tema: Digimon


Capítulo: Et l’amour est la vie

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C’est La Vie


Et l’amour est la vie


By Misako Ishida


 


- Oniisan… Eu te imploro… Por favor! – exclamou a garota ajoelhada. Sua voz estava embargada pelo choro e pela dor, os olhos antes castanhos estavam vermelhos e inundados pelas lágrimas. Os soluços escapavam de sua boca descompassando ainda mais sua respiração já agitada.


O moreno apenas lhe deu as costas. – Você fez a sua escolha, Hikari. E eu fiz a minha. – lentamente caminhou até a entrada da casa e abriu a porta. Pegou a mala que estava próxima e a colocou do lado de fora. – Vá. Pegue suas coisas e desapareça de minha vida.


- Oniisan... – murmurou a menina.


- Eu não sou mais seu irmão. – respondeu secamente. Aproximou-se dela, levantou-a do chão pelo braço e a levou até a porta. – Nunca mais apareça na minha frente. – dito isso bateu a porta com força.


- Oniisan... Oniisan... Por favor... – gritava Hikari enquanto batia desesperada na porta. – Não faça isso comigo... Oniisan... – deslizou pela porta até cair sentada no chão chorando desesperadamente. – Me perdoe, oniisan... Me perdoe... – sussurrava em meio às lágrimas.


Hikari apenas ficou sentada ali. Estava desesperada. Não tinha a quem recorrer. Não tinha um lugar para ir. Estava desamparada. Colocou a mão sobre a barriga e suas lágrimas caíram diante da dor.


Sabia que estava sendo teimosa diante o olhar do irmão. Mas, não poderia fazer o que ele queria. Não poderia jamais. Queria que Taichi fosse mais compreensivo e entendesse o que ela sentia naquele momento. Era sua única esperança. Já havia perdido muitas pessoas em sua vida. Não poderia perder mais uma. Muito menos dessa forma.


Encolheu-se. O inverno estava começando e o frio cada vez mais se aproximava. Precisava se acalmar e pensar no que fazer. Havia feito a maior decisão de sua vida e não iria voltar atrás. Agora deveria tomar responsabilidade por seus atos. Mas quando estava sendo ‘certa’ não pensou que sofreria tantos danos. Tinha apenas 18 anos. O que poderia saber sobre enfrentar o mundo? Nunca nem havia sequer enfrentado uma única pessoa na vida.


E agora, estava sozinha. Não completamente sozinha. Mas, teria que se virar por conta própria. O choro havia cessado. Precisava ser forte. Levantou-se juntamente com o orgulho que havia descoberto possuir e pegou a mala. Quando deu os primeiros passos em direção à rua, a porta da casa se abriu.


Sentiu o coração saltar e um resquício de esperança surgiu em seu coração. “Taichi”.


Virou-se e a viu. Ela tinha uma expressão forte e decidida, como sempre. Seu caminhar carregado de segurança e certeza fazia com que sua figura se tornasse ainda mais respeitável. A esposa de seu irmão aproximou-se da menina e tomou a mala de suas mãos gélidas. Encaminhou-se para seu carro. Colocou a mala dentro do carro e indicou com a cabeça que Hikari entrasse no veiculo.


- Arigatou, Sora-neesan... – murmurou Hikari emocionada.


XxXxX


Passou por sua esposa que estava parada de braços cruzados e jogou-se no sofá. Pegou o controle remoto, ligou a televisão e colocou no canal de esportes.


- Taichi... – chamou a ruiva com uma voz contida. Conhecia Sora desde a infância e sabia perfeitamente que ela desaprovava suas ações.


- Eu sei cada palavra que irá sair da sua boca, portanto... – virou a cabeça lentamente para ela e cravou seu olhar no dela. – Não se dê ao trabalho de pronunciá-las. – voltou-se novamente para a televisão e segurou a cabeça com uma mão, enquanto a outra utilizava o controle remoto para passar os canais.


- Ela é sua irmã. Entendo que você esteja zangado, mas não há necessidade de jogá-la na rua. Nós somos os únicos que ela tem! – disse num tom calmo, mas notava-se seu desespero e angustia.


- Ela não é nada minha. – sentenciou o moreno com desprezo e desinteresse, sem sequer olhá-la.


- Taichi Yagami! – gritou Sora entrando na frente da televisão para que ele a encarasse.


Os olhos cor de chocolate estavam carregados de fúria e ódio. Levantou-se e parou diante de sua esposa. Em todos esses anos, ela jamais o vira assim.


- Aquela menina não é mais nada minha. – disse pausadamente. – Ela fez a escolha dela. – sussurrou e começou a subir as escadas.


Sora apenas virou-se, pegou sua bolsa sobre a estante e encaminhou-se para a porta. Taichi a seguiu.


- Aonde você irá? Ela não voltará para esta casa! – disse para ruiva.


Com a mão na maçaneta, Sora respondeu sem olhá-lo. – Eu também fiz minha escolha. Não deixarei Hikari-chan na rua.


Sora saiu sem esperar que Taichi falasse ou fizesse algo. Precisava alcançá-la. Ao sair pela porta, percebeu que a menina ainda estava ali. Sentiu-se aliviada. Pegou a mala de sua mão e pediu que ela entrasse no carro.


Havia visto aquela menina crescer e sempre esteve ao seu lado. Não seria agora que lhe daria as costas. Nesse momento, ela precisava de todo apoio que pudesse receber. Sabia que seu marido estava magoado. Respeitava que se sentisse assim, mas não concordava com suas atitudes. O que havia acontecido já havia acontecido e nada mudaria. Mais cedo ou mais tarde Taichi teria que aceitar e superar isso.


XxXxX


Destrancou a porta e adentrou no apartamento. Acendeu a luz e colocou a mala para dentro. Deu uma olhada pelo recinto. Havia vivido muitos anos ali. Aquele havia sido seu lar antes de se casar com Taichi. Fora ali que seus pais viveram até partirem para o outro mundo. Tinha tantas recordações ali dentro que preenchiam sua vida e lhe davam sentido quando se sentia nostálgica. Ali era capaz de recuperar todas as suas forças e, por esse motivo não quis vender o apartamento após a morte dos pais. O marido havia dito que não precisava mantê-lo, que seria melhor vendê-lo, mas ela havia se recusado terminantemente. Poderia ser que naquela época não sabia o que estava para acontecer, mas agradecia aos céus pela decisão que tinha tomado. Agora aquele lugar seria o lar de alguém mais.


- Está um pouco empoeirado. Irei te ajudar a limpar. Como já está tarde, vamos arrumar um dos quartos e a cozinha. Depois pediremos algo para comer, ok? – disse virando-se para Hikari.


Viu a menina com lágrimas nos olhos correr em sua direção e abraçá-la apertado. Um nó surgiu em sua garganta. Sufocou o choro, pois naquele instante precisava ser forte para poder apoiar aquela criança que tanto precisava dela.


- Obrigado, Sora-neesan. Muito obrigada. – repetia inúmeras vezes a menina.


Sora acariciou seus cabelos castanhos de forma protetora e a acolheu num abraço protetor. Não deixaria Hikari passar por tudo aquilo sozinha. – Se acalme. Já passou. Todo esse estresse não fará bem para você. Amanhã iremos ver o Joe, está bem? – Hikari concordou com a cabeça.


Limparam os dois cômodos e Sora foi até o mercado. Voltou com várias sacolas. Guardou as compras e começou a cozinhar. – Você precisa se alimentar bem. – disse servindo a mesa.


- Obrigado.


Hikari, depois do jantar, deitou na cama e adormeceu quase que imediatamente. Sora ficou ao seu lado, vigiando seu sono. Estava deitada junto à menina e recordações vieram à sua mente. O caos havia se implantado em casa pela tarde, após Taichi chegar em casa.


FLASHBACK


Desde que Taichi trouxera Hikari de Paris, contra a vontade da mesma, ela estava estranha. Passava a maior parte do tempo em seu quarto. Raras vezes saía para acompanhá-los nas refeições. Seu rosto havia perdido a alegria e seus olhos estavam fundos pelas olheiras e carregados de tristeza.


Sempre que se juntava a eles, Taichi lhe dava uma bronca. Dizia coisas sobre ela ‘ter que crescer’ e ter que ‘aceitar’ as coisas como elas são. Sora passou várias noites no quarto de menina, consolando-a depois de ter acordado no meio de um pesadelo. Seu coração parecia se partir cada dia mais.


A ruiva começou a notar que havia algo diferente em Hikari, algo com o qual deveria se preocupar. Nos últimos dias ela vinha tendo febres altíssimas e se recusava em ir ao hospital. Joe, amigo deles e médico, foi até sua casa examiná-la. Sora notava como ela ficou apreensiva com a presença do mesmo, mas não se atentou ao por que. Estava mais preocupada com seu estado de saúde.  Joe passou alguns remédios para diminuir a febre e solicitou repouso.


Naquela manhã em especial, Sora começou a desconfiar do estado de Hikari. Havia esquecido alguns desenhos em casa e voltara para buscá-los. Quando entrou em seu quarto, escutou a menina correr para o banheiro. Ela estava vomitando. Foi quando um raio caiu na residência Yagami.


A ruiva aproximou-se da porta do banheiro e esperou que a pequena saísse. Hikari levou um susto e arregalou os olhos. – Precisamos conversar. – foi tudo o que Sora disse enquanto colocava a mão no ombro dela e a encaminhava para o quarto.


Hikari sabia que podia confiar em sua cunhada. Ela fora sua mãe substituta desde quando era pequena. Contou tudo. Confirmou as suas suspeitas. E lhe implorou por ajuda. Sora respirou fundo e fechou os olhos. O que aconteceria quando seu marido soubesse a verdade? Tentou sorrir para acalmar a garota, mas era difícil.


- Vamos dar um jeito. Tudo bem?


Hikari sentia o mesmo medo que Sora. E ele se intensificava a cada minuto. Sora a convenceu a contar a verdade para Taichi. Quando o mesmo chegou, seu coração parou e não conseguia fazer as palavras saírem de sua boca. Por fim, após muita insistência do mesmo, conseguiu dizer o que queria.


A reação de seu irmão foi ainda pior do que ela imaginara. Ele levantou-se da mesa e deu-lhe um tapa tão forte que a derrubou no chão. Sora fora acudi-la.


- Você vai fazer um aborto. Vamos ao hospital imediatamente.


Hikari chorava. – Não posso. – murmurou.


Taichi olhou para ela com fúria. – O que você disse? Você só pode estar brincando. Vou te mostrar agora mesmo que você pode e vai fazer o que estou mandando. – disse puxando-a pelo braço.


- PARA! – Sora gritou – Ela não pode. Ela já está de seis meses.


Os olhos de Taichi se arregalaram em surpresa, espanto e raiva. – Você escondeu isso de nós durante todo esse tempo... – disse friamente.


- Desculpa, oniisan. Não queria fazer isso, mas estava apavorada. Por favor, oniisan. Eu te imploro, me deixe ter esse bebê. É tudo o que me restou dele...


- CALA A BOCA! CALA ESSA SUA MALDITA BOCA... NÃO ADMITO QUE VOCÊ FALE DELE NA MINHA FRENTE! – gritou exasperado. – Já tive o suficiente. Chega dessa história. Ou você vai dar essa criança para adoção e esquecer tudo isso... Ou você some daqui.


- Taichi... – sussurrou Sora espantada. Hikari sentiu como se o mundo estivesse girando depressa demais.


- Oniisan... Não me peça isso... Eu quero esse bebê... Esse bebê é...


Taichi não permitiu que a menina continuasse. Subiu as escadas apressadamente. Sora levantou Hikari e pediu que ela permanecesse na cozinha. Subiu rapidamente e foi ao encontro de seu marido. Ele estava no quarto da irmã. Tinha pegado uma mala grande e começava a jogar as roupas da menina ali dentro com fúria. Sora jamais havia visto ele tão agressivo.


- Taichi, o que você está fazendo? –questionou angustiada.


Ele não respondeu. Apenas deu um jeito de fechar a mala e passou por ela. Ao chegar ao andar de baixo colocou a mala perto da porta e foi até a cozinha. Puxou a menina de cabelos castanhos pelo braço e a levou a força.


- Saia imediatamente da minha casa. Tenha seu bebê fora daqui e jamais volte. Não te aceitarei mais aqui.


XxXxX


No dia seguinte, logo pela manhã, Sora levou Hikari para o hospital. Joe a encaminhou para o setor de obstetrícia e a garota pediu que ele lhe acompanhasse. Foram realizados todos os exames de rotina e Hikari ouviu pela primeira vez o coração de seu bebê. Lágrimas escorreram silenciosamente por sua face e Sora (também emocionada) segurou fortemente a mão da pequena.


Enquanto Joe conversava com a obstetra, elas esperavam na recepção. A menina estava cabisbaixa.


- Ei, o que foi? – perguntou Sora com delicadeza.


- Nada... É só que... Eu queria que ele estivesse aqui comigo... Ele ficaria feliz de ver nosso bebê... – falou com tristeza e prestes a chorar.


- Ele está com você. E com certeza também está muito feliz. Agora você precisa se concentrar em cuidar de você e dela também. – disse Sora acariciando a pequena barriga que Hikari havia escondido durante esses meses. No ultrassom haviam descoberto que ela esperava uma menina.


- Sora, posso falar com você? – disse Joe saindo do consultório. Sora assentiu e entrou na sala. Imaginava que não receberia boas noticias. Joe e a outra médica estavam com expressões sérias e apreensivas.


- Está tudo bem, Joe? – questionou preocupada.


- Sora, tenho boas e más notícias. Primeiramente, o bebê está bem. Apesar de ainda estar muito pequeno para o tempo de gestação, não há nada de errado com ele. Está tudo normal. – aquilo tranquilizou um pouco o coração de Sora. Mas ainda havia as notícias ruins. – Mas, por outro lado, Hikari-chan não está nada bem. A condição dela é muito instável e requer cuidados. Ela está com anemia profunda e no estado dela isso torna a situação ainda mais complicada.


Desde criança, Hikari havia sido uma criança frágil e vivia doente. Sora prestava atenção em cada uma das orientações dos médicos.


- Lembre-se Sora. Essa é uma gravidez de risco. Ela precisa ficar de repouso absoluto. Situações estressantes devem passar longe dela. Entendeu?


- Sim. Obrigado, Joe. Obrigado, sensei.


Estava saindo do consultório quando Joe sussurrou para Sora. – E o Taichi? Onde está?


Sora respirou profundamente e num sussurro respondeu. – Ele... Expulsou Hikari de casa quando soube.


Joe ficou pasmo. Não tinha palavras no mundo que pudessem expressar a indignação que estava sentindo. Resumidamente, Sora explicou tudo a Joe. – Sora, se precisar de alguma coisa me avise.


- Arigatou, senpai.


XxXxX


Sora não entrou em muitos detalhes sobre seu estado com Hikari. Apenas explicou sobre as orientações que haviam dado. Hikari sentia que algo não estava certo, mas Sora lhe garantiu que estava tudo bem com o bebê e com ela. Durante o passar dos dias, Hikari se preparava para a vinda de sua pequena Natsuko. Havia escolhido esse nome em homenagem à mãe dele.


Sora passava todos os dias no apartamento para visitá-la e ver se estava tudo bem. Em casa, a conversa entre ela e Taichi havia sido reduzida drasticamente. Falavam o essencial, sendo sucintos em suas respostas e buscando monossílabos que bastassem para isso.


Era domingo e Sora estava ajudando Hikari a arrumar o enxoval do bebê. A menina estava estranhamente calada. Estava dobrando algumas roupas sentada no sofá do quarto decorado com tons rosa e pastel quando dirigiu-se para sua cunhada.


- Oneesan...


- Sim?


- Se... Por acaso... Alguma coisa acontecer... Você cuidará da minha filha?


- Do que você está falando? – perguntou docemente. – Nada irá acontecer.


- Mas...


- Vai ficar tudo bem, Hikari. Confie em mim. Logo você terá seu bebê nos braços.


- Oneesan... Mas... Você promete que irá cuidar dela?


- Prometo... Prometo que irei cuidar de vocês duas. Tudo bem?


Hikari sorriu e assentiu. – Obrigado.


XxXxX


Hikari entrava em seu oitavo mês de gestação. Estava sozinha no apartamento. Infinidades de pensamentos aleatórios permeavam sua cabeça. Foi até o quarto do bebê e sutilmente memorizou cada detalhe. Já sabia de cor tudo o que tinha ali dentro e onde ficava cada coisinha.


Sentou na poltrona e acariciou sua barriga. Em menos de um minuto, lágrimas escorreram por seus olhos. Respirou fundo e buscou se acalmar. Como se pudesse entender, o bebê chutou sua barriga e ela sorriu feliz. Caminhou para a sala e se sentou à mesa. Pegou o notebook e começou a escrever um email. Sentia que era o corretor a ser feito.


Não sabia muito bem como escrever, mas começou com palavras simples.


Konninchiwa, oniisan.


Como você tem estado? Ainda continua em Paris?


Desculpe não ter entrado em contato antes, mas muitas coisas aconteceram. Oniisan, meu coração está carregado de dor e tristeza. Dói tanto que não sei se posso suportar. Ainda não posso acreditar que tudo isso tenha acontecido. Oniisan, por quê? Por que ele nos deixou? Não consigo entender.


Minha vida parece não ter mais sentido. Meus dias são todos nublados, sem esperança. Quero acreditar que possa existir algo no mundo que ainda possa me dar sustentar. Oniisan... Preciso lhe contar uma coisa.”


Continuou a escrever o email enquanto mais lágrimas saíam de seus olhos. Todas as emoções fluíam livremente através de seus olhos. Queria que todo o peso que estava sentindo pudesse desaparecer juntamente com elas. Enviou o texto para o destinatário certo e desligou o aparelho. Pegou o envelope que estava à sua frente e tirou os documentos que havia dentro.


Sabia que era a coisa certa a se fazer. Precisava deixar tudo pronto caso algo acontecesse. Não queria ser tão pessimista, mas sentia no fundo do seu coração que precisava fazer tudo aquilo. Preencheu todos os papeis e sorriu satisfeita quando terminou. Levou o envelope para o escritório e o colocou sobre a mesa. Deixou os documentos do lado de fora, para que fossem vistos. Na hora certa, Sora os acharia.


Foi para seu quarto descansar. Ultimamente, sentia-se cansada com mais frequência e a médica havia pedido repouso absoluto. Hikari havia pedido que Joe a acompanhasse durante todas as consultas e também pediu que ele estivesse presente na hora do parto. Sabia que essa não era sua especialidade, mas ele havia concordado. Hikari queria se sentir segura. Queria ter certeza de que seu bebê estaria em boas mãos.


XxXxX


Sora entrou no apartamento e tudo estava escuro. Provavelmente, Hikari deveria estar em seu quarto descansando. Mas, achou estranho. Acendeu as luzes e se dirigiu para o quarto da menina. Ao entrar, acendeu a luz rapidamente ao escutar os gemidos dela. Assustou-se quando viu que Hikari estava sangrando e gemendo de dor. Chamou uma ambulância e logo já estavam a caminho do hospital.


Joe e a obstetra já aguardavam do lado de fora do hospital junto a algumas pessoas da equipe técnica. Levaram Hikari imediatamente para a sala de procedimentos e Sora ficou na recepção. Estava apreensiva. Ligou para Mimi e Miyako. As duas logo chegaram ao local. Estavam as três sentadas apreensivas.


Joe saíra para informar que realizariam uma cessaria de emergência. Sora havia ligado para Taichi. Apesar de tudo, ela continuava a ser irmã mais nova dele. Contudo, Taichi apenas ouviu o que ela disse e cortou a chamada sem falar nada.


Duas horas depois, Joe saía da sala de cirurgia. Sua expressão não era boa. As três levantaram-se num pulo aguardando informações.


- O bebê está bem. Nasceu saudável e está no berçário. – todas suspiraram aliviadas, exceto Sora. Ela sentia que havia algo errado.


- Hikari-chan? Como está Hikari-chan?


- Hikari-chan teve complicações durante o parto. Ela teve uma hemorragia interna. Tentamos o nosso melhor... Mas... Infelizmente... Não conseguimos salvá-la.


Mimi estava paralisada. Miyako caiu ajoelhada no chão. Sora negava com a cabeça enquanto retrocedia alguns passos até estar encostada numa parede. Não podia ser verdade. Como? Não. Se negava a aceitar isso. Hikari tinha que estar viva. Hikari tinha que estar ali para cuidar de sua filha. Hikari tinha que viver para que Sora pudesse cuidar das duas.


Mas, a verdade era apenas uma. Um anjo havia chegado à Terra. Porque outro anjo havia se sacrificado para isto.  


CONTINUA...



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Autor(a): Misako Ishida

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