Fanfics Brasil - Akai no Tamashii Aoi Chi (Sangue Azul)

Fanfic: Aoi Chi (Sangue Azul) | Tema: Digimon


Capítulo: Akai no Tamashii

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Capítulo 2


Akai no Tamashii


(Alma Vermelha)


By Misako Ishida


 


Estava distraída. Seus pensamentos estavam consumidos e absorvidos por um único olhar de surpresa e satisfação. E seu coração ardia. Sua mente enlouquecia. Seu corpo pulsava. De ira. De ódio. De frustração. Como ela podia ser tão fraca? Como podia ter se tornado tão gananciosa? Em verdade havia feito isso por sua mãe ou por ela mesma? Estava deixando a situação se aproveitar dela ou estava aproveitando a situação? Decididamente, havia muito que pensar. E não gostava do rumo dessas questões tão profundas. Tinha medo de descobrir a resposta para cada uma delas e se surpreender com a verdade. Quem era ela? Quem estava se tornando?


Há muito tempo atrás, julgava e condenava as garotas que via fazendo esse tipo de coisa. E agora fazia o mesmo. Em tão pouco tempo havia virado do avesso. Sempre se justificava dizendo que era pela situação na qual se encontrava. Será que isso era tudo? Será que no fundo não desfrutava um pouco disso? Ganhara atenção. Ganhara presentes caros. Ganhara admiradores. Ganhara fama. Sacudiu a cabeça com força. O que estava pensando? Como poderia achar tudo isso bom? Claro que não era válido pensar daquela forma. Ela tinha princípios. Fora criada para ser uma menina respeitável e decente. Não para ser uma...


Mas era tarde. Ela já era uma dessas garotas que tanto odiava. E talvez até pior, pois ao contrário das muitas outras, ela não admitia para si mesmo sua condição. Queria constantemente se enganar. Queria acreditar que não estava naquela vida e que tudo não passava de um terrível pesadelo. Queria despertar rápido e perceber a ironia da situação. Mas, não acordava. E não aceitava que estava metida até o pescoço num mundo repugnante ao qual tanto dizia odiar. Aquela não havia sido a vida que desejara. A vida que tanto sonhara. Nunca havia tido sonhos cor-de-rosa de uma vida azul, mas queria algo bem diferente do que vivenciava.


E, de repente, notou o quanto estava cansada de tudo aquilo. Por que tinha que viver uma vida miserável? Por que tinha que ser tão patética? Por que tinha que ter um pai tão vil e uma família imprestável? Por que tinha que ter uma mãe esquizofrênica que ainda por cima sofria com a doença de Alzheimer?


Foi quando seu coração estremeceu. O que estava pensando afinal? Como poderia pensar desse jeito da mulher que lhe dera a vida? Arrependeu-se no mesmo instante e quis se atirar na frente de um trem por tais sentimentos. O que estava acontecendo com ela realmente? Por acaso havia se transformado numa pessoa tão deplorável?


Não conseguiu procurar a resposta dentro de si, pois foi interrompida. Levantou a sua vista e atrás do balcão do mercado Inoue estava a única pessoa que jamais pensaria encontrar ali. O loiro arrogante. Seus olhos se abriram de espanto e sua boca abriu-se em surpresa.


- Olá. – disse encostando ao balcão ao mesmo tempo em que colocava algumas sacolas sobre o mesmo.


Sora não teve reação. Ficou observando-o atentamente enquanto parecia que seu coração sairia pela boca.


- O que você está fazendo aqui? – conseguiu balbuciar desconcertada. – Aliás, como você sabia que eu estaria aqui? – sim, aquela pergunta era ainda mais primordial e importante. Como ele a havia localizado?


Yamato apenas sorriu e indicou as sacolas. – Queria lhe entregar isso... E uma das garotas que trabalha com você no Paradise me disse onde te encontrar. – respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo.


O sangue da ruiva estava fervendo. De raiva. De medo. De ira. De ódio. Como alguém poderia ter falado para ele onde encontrá-la? E se por acaso ele fosse algum criminoso? Mil coisas se passavam por sua cabeça enquanto o encarava com desprezo. E, então, notou as sacolas. Estavam estampadas com logomarcas de lojas famosas. E caríssimas.


- O que é isto? – questionou inquieta.


Yamato suspirou e lhe sorriu. Com uma mão empurrou as sacolas para mais perto da garota.


- São para você. – tirou um cartão do bolso do paletó e o entregou para a ruiva. – A primeira vez de uma mulher é especial. E deve ser sempre inesquecível. – piscou um olho e se retirou, deixando Sora atônita segurando o cartão.


Quando saiu de seu estupor, olhou-o e ficou chocada. No cartão estava escrito um endereço, com data e horário. Era um luxuoso e famoso hotel cinco estrelas de Tóquio. E a data estava marcada para o próximo sábado. Três dias. E foi assim que compreendeu tudo o que estava acontecendo.


Receosa, pegou as sacolas como se fossem animais peçonhentos à espera para atacar. Abriu a primeira, encontrando outro cartão, escrito com uma letra impecável.


Para você.


Use-os em nosso encontro.”


Subitamente, um mal estar percorreu todo seu corpo. Não quis ver o conteúdo daquelas bolsas. Colocou-as no chão atrás do balcão e lágrimas quentes começaram a brotar em seus olhos.


Não havia mais como voltar atrás em sua decisão. Não depois do que acabara de acontecer ali. Precisava reunir toda sua coragem e enfrentar o destino que havia traçado por sua própria conta.


 


XxXxX


Estava parada no hall do hotel. Era pontualmente 22h. Estava ansiosa. Estava nervosa. Estava com medo. Estava infeliz. Estava confusa. E, principalmente, estava desesperada. Definitivamente, estava ali. Não estava preparada para esse dia. Não queria vender para aquele homem arrogante a única coisa que possuía. Não queria que sua primeira vez fosse assim: por dinheiro. Por um momento sentiu vontade de vomitar.


Durante os últimos dias havia se sentido suja e imunda. Não conseguia se olhar no espelho sem sentir nojo de si mesma. Era impossível acreditar que sua vida estava tão descontrolada. Como pode deixar as coisas saírem de seu controle? Como não percebeu antes que tudo fugisse de seu alcance? O que mais havia sido preparado exclusivamente para ela? Outra tragédia? Pelo visto sim.


Quando olhou para o lado, seu ‘acompanhante’ daquela noite se aproximava. Ele era bonito. Ele era atraente. Ele era charmoso. Ele era perigoso. E ela estava ali, indefesa, fraca e frágil. Respirou fundo. Não teria outra escolha. Apenas esperar que tudo acabasse logo. Riu por dentro. Como era sarcástico. Queria terminar logo algo que ainda nem havia começado. Foi quando se deu conta de que preferiria que nem tivesse se iniciado.


O loiro estava parado à sua frente, com um sorriso amável no rosto. Ele tinha traços másculos e delicados ao mesmo tempo. Seu olhar parecia um oceano no qual poderia se afogar se não tomasse cuidado. Via que debaixo daquele terno escuro que ele vestia havia um corpo atlético e musculoso. Ele parecia a personificação daqueles deuses da mitologia grega pintavam.


Sem dizer uma só palavra ele a tomou pelo braço e a conduziu até o elevador. Viu que ele apertou o botão do último andar. A suíte presidencial. Estava tensa e mal conseguia respirar. Ficou imóvel quando sentiu o olhar do loiro em sua figura. Um sorriso de satisfação se estampava em seu rosto enquanto cruzava os braços.


- Você está linda! – disse amavelmente.


Sora estava usando tudo o que ele havia levado para ela. Um vestido longo de corte reto e decote em V de um rosa pálido e uma sandália de salto alto dourada com tiras finas e delicadas com alguns strass. Tinha deixado o cabelo solto e apenas ondulou as pontas. A maquiagem estava simples e leve. Tinha um ar angelical por fora, mas por dentro se sentia um demônio prestes a entrar no inferno para expiar seus pecados.


Quando as portas do elevador se abriram, o loiro novamente a conduziu pelo braço até estarem diante de uma porta. Yamato a abriu e deixou que Sora entrasse. A garota ficou admirada com a beleza da suíte. Havia uma sala com decoração clara, sofás brancos e uma grande janela de vidro que cobria toda a parede do cômodo. Podia ter uma bela vista de noite mágica de Tóquio. As luzes refletiam uma alegria que não alcançava seu coração, mas era bonito ver.


Reparou que havia uma porta dupla de madeira aberta e que dava acesso ao quarto. Pode ver uma cama grande, impecavelmente coberta com um edredom branco acetinado. Entrou no cômodo após o homem ter feito um sinal para que ela o seguisse. Perdeu o fôlego com a vista que o quarto possuía. Havia uma porta de vidro que dava acesso a uma sacada e podia ver ao longe a Torre de Tóquio em todo seu esplendor, com suas luzes acessas, iluminando os corações de quem a via. Permitiu que um sorriso acompanhasse o suspiro que soltou. Por um momento queria esquecer o que iria fazer ali.


Foi quando pensou que se tudo fosse diferente, poderia estar naquela suíte com um homem a quem amasse e que sua primeira vez seria mágica. Teria toda aquela expectativa que outras garotas têm e estaria nervosa, não por estar se vendendo, mas sim por ter uma noite inesquecível. De qualquer forma, aquela seria uma noite inesquecível, disso tinha certeza.


Estava consumida em seus pensamentos, quando uma mão pousou em seu ombro chamando sua atenção. Não tinha percebido que havia andado até a sacada. Virou-se e encontrou com o olhar azul fixo nela. E, então, seu corpo estremeceu.


- Fico feliz por você ter gostado daqui. Queria que você se sentisse o mais confortável possível. – afirmou num sussurro. – Sei que deve estar sendo difícil para você, mas...


- Não faça conclusões ao meu respeito. Você não me conhece. – retrucou de forma pausada e até mesmo dolorosa.


Yamato não insistiu e acenou com a cabeça. Conhecia aquela garota o suficiente para saber quão teimosa e agressiva podia ser. Preferiu não discutir. Ao invés disso, indicou a mesa no canto oposto do quarto.


Ela estava preparada com um candelabro com velas acessas e um vaso de cristal com rosas vermelhas. A mesa estava posta para duas pessoas e havia uma garrafa de vinho tinto. Yamato arrastou a cadeira para que Sora se sentasse. A ruiva estava estranhamente calada. E extremamente desconfortável.


- Pensei em jantarmos antes de... – o loiro interrompeu a frase e apenas retirou a tampa dos pratos.  – Você aceita uma taça de vinho?


Ia recusar quando percebeu que talvez o vinho pudesse ajudá-la a diminuir as sensações desagraveis que a permeavam. Yamato serviu uma taça para ela. Ele ficou sem saber se deveria fazer um brinde ou não, mas a ruiva lhe poupou o trabalho e começou a beber. Focou seu olhar na comida. Não estava com fome, seu apetite havia sumido naquele dia. Mas, estava engolindo pequenos pedaços da carne. Queria adiar o máximo que pudesse. Um tempo depois, percebeu com o canto dos olhos que o loiro lhe servia outra taça de vinho e que ele já havia terminado seu jantar. O mesmo se dedicou a beber observando cada movimento da ruiva. A taça nos mãos dele parecia intimidá-la e, por mais que a expressão dele não demonstrasse nada, parecia que queria que ela soubesse que não poderia evitar o que estava prestes a acontecer.


Colocou os talheres no prato, limpou a boca com o guardanapo e bebeu o conteúdo da taça. Respirou fundo e levantou-se. Caminhou até ficar parada ao lado de Yamato. Ele fitou-a enquanto bebia o restante do vinho. Pegou sua mão delicadamente e a puxou para que se sentasse em seu colo. Naquele momento, seu coração acelerou. Delicadamente colocou uma mecha de seu cabelo ruivo atrás da orelha da garota e sua mão desceu acariciando seu pescoço e depois suas costas, enquanto o olhar dele se ocupava em passear pelo corpo jovem e virgem. Olhou-a nos olhos e com uma expressão suave aproximou seu rosto do rosto dela. Antes que pudesse sentir os lábios dele contra os dela, num fio de voz, carregada de determinação e delicadeza ele disse:


- Não se preocupe. Prometo que serei gentil.


E tomou seus lábios. Não era o primeiro beijo da ruiva, mas aquilo era distinto de todos os outros. Era cálido, suave, macio, delicado, carinhoso. Um roçar de lábios que fez com que todo seu corpo vibrasse. Não sabia o que estava sentindo, mas disse a si mesma repetidas vezes que não deveria perder o controle sobre si mesma. Não deveria se entregar, deveria apenas cumprir com sua parte do acordo.


O loiro levantou-se com ela nos braços e a colocou sentada sobre a beirada da cama. Viu quando o mesmo tirou o paletó e a gravata. Yamato voltou e ajoelhou-se perante a ruiva. Com extremo cuidado, retirou cada uma das sandálias da garota. Olhou para o rosto da menina enquanto suas mãos passeavam dos pés até os joelhos dela. Ela o olhava com expectativa. Suavemente Yamato pegou sua mão (que estava gelada) e os dois se levantaram ao mesmo tempo. Ishida era bem mais alto que a moça, principalmente agora que ela estava descalça. Acariciou seu rosto e com a mão puxou-a pelas costas para mais perto dele. Seu corpo começava a responder àquela garota. Através do vestido, podia perceber que o corpo de uma mulher estava se preparando para recebê-lo. Precisava senti-la. Percebia que não era apenas um jogo ou um capricho, ele realmente desejava-a. Ela era bonita, atraente, delicada e desejável. Poderia ser apenas uma adolescente, mas possuía curvas bem definidas, seios volumosos e quadril perfeito.


Não soube exatamente como, mas já havia retirado o vestido da ruiva. Ela estava usando a lingerie branca que ele havia comprado. E não estivera enganado. O contraste da pele dourada da ruiva com o branco puro daquelas duas peças era uma visão magnífica. Aquilo despertou ainda mais o seu desejo. Cada curva e cada parte do corpo dela estavam ressaltadas. Os seios eram convidativos, a cintura fina o enlouquecia, o quadril era estonteante e as pernas bem torneadas o faziam perder a compostura. Desejava tomá-la para si. Queria que ela sentisse o mesmo prazer e a mesma emoção que o tomavam neste momento. Aproximou-se ainda mais e a beijou. Foi um beijo apaixonado, ousado, quente. Suas mãos começaram a explorar aquela pele, sentindo sua maciez e firmeza. A cada segundo se tornava mais consciente das sensações que surgiam em seu corpo. Sua excitação estava elevada.


Delicadamente foi empurrando a ruiva para trás e a deitou na cama. Ali, daquele jeito, deitada apenas com aquela lingerie, com os cabelos soltos e a expressão inocente sendo invadida pelo medo em seus olhos, a deixavam imensamente sensual. Acariciou seu rosto e tomou seus lábios novamente. Aos poucos, sua boca começou a percorrer o pescoço dela.


Estava petrificada. Não fazia ideia do que aconteceria com ela a partir daquele momento. Apesar de todo aquele carinho e da suposta delicadeza que havia recebido até o momento não se deixou levar. Estava tensa. Suas mãos estavam geladas e seu corpo estremecia levemente. Quando sentiu os lábios quentes e possessivos sobre os seus, por um instante, sentiu um choque percorrer por seu corpo. Seu pensamento estava lentificado e seu coração acelerado.


Notou que o loiro estava se desfazendo de suas próprias roupas e ficou ainda mais nervosa. Era inevitável. Jamais havia visto um homem nu. Ele estava sobre ela novamente e pode sentir todos os músculos tocando seu corpo. Foi quando algo lhe chamou atenção. Sentiu sobre sua pele. E, imediatamente, ficou vermelha e tensa. Sentiu o pênis duro e grande encostando sobre seu corpo.


O loiro parecia atento a cada uma das reações da ruiva e achava graça de seu comportamento. Realmente, ela nunca estivera com um homem antes. Via pela sua expressão assustada e surpresa. Sob ele estava uma menina assustada e não era bem isso o que queria. Aproximou-se dela e beijou-a. Sua língua percorreu o pescoço fino e alcançou a orelha. Enquanto retirava o sutiã dela, sussurrou calmamente em seu ouvido.


Aquelas palavras ecoavam dentro dela. Relaxe. Feche os olhos e apenas sinta. Esqueça tudo. Não era fácil. Mas sentiu um arrepio quando as pontas dos dedos dele passearam pela sua barriga. A língua desceu direto para seu seio. Não queria dar razão para ele. Mas seu corpo estava perdendo as forças. Sentiu que ele começava a tirar sua calcinha. E, então, estava completamente indefesa. Percebia as sensações que as caricias lhe proporcionavam, mas não as sentia plenamente. Notou que a língua passeava magistralmente e ia descendo, descendo, descendo. E...


Foi quando sentiu. Foi quando desistiu de resistir. Foi quando se entregou. A língua dele tocava seu sexo. E não conseguia evitar os gemidos que saíam sufocados do fundo de sua garganta. Suas mãos apertavam a cama numa tentativa falida de tentar se conter. Mas era impossível. O prazer que estava sentindo era maior do que tudo. A língua experiente não a abandonava e a cada segundo que passava parecia que uma explosão de calor se instalava abaixo de seu ventre. Era indescritível. Era maravilhoso. Era sensacional. Seu corpo vibrava enquanto Yamato deslizava uma mão pela barriga da garota até alcançar seu seio. O acariciava e o apertava ao mesmo tempo. Isso a enlouquecia ainda mais. Foi ai que percebeu que não importava mais nada. Apenas queria se entregar para ele. Apenas queria que ele continuasse lhe dando prazer. Descobriu que naquele momento ela não tinha problemas, nem preocupações e muito menos autocríticas. Naquele momento, ela tinha apenas prazer. Sentiu como um dedo era delicadamente introduzido dentro de si. Sentiu um pequeno ardor e outro dedo acompanhou o anterior. E em seguida começaram a se movimentar e aquilo a deleitou. Em movimentos lentos e depois rápidos sentia como os dedos acompanhavam o ritmo da língua que ainda passeava por sua intimidade. E com os pensamentos afugentados e a emoção a mil sentiu o primeiro orgasmo de sua vida.


Arqueava as costas e os tímidos gemidos se transformaram em audaciosos e sensuais gritos. Aquilo foi música para os ouvidos de Yamato. Estava satisfeito, pois finalmente estava começando a proporcionar a melhor experiência que ela teria na vida. Ela se lembraria de sua primeira vez. E se lembraria de que somente ele seria capaz de explorá-la, somente ele seria capaz de satisfazê-la. Ainda não queria parar, aproveitou toda aquela excitação e se posicionou sobre Sora. Ela estava ocupada se deleitando com seu primeiro orgasmo que nem percebeu que Yamato já a tinha feito dele.


Ao ser beijada com tamanha intensidade pelo loiro foi que percebeu que ele se encontrava dentro dela. E sentiu ser preenchida. Admirou-se por não ter sentido dor, mas na hora em que ele começou a se movimentar dentro dela, num vai e vem delicioso e angustiante, parou de raciocinar. Quase parou de respirar. Sentia cada um daqueles músculos sobre ela. Sentia cada penetração. E o prazer apenas aumentava. E o que dizer das mãos inquietas daquele homem que insistiam em continuar a percorrer seu corpo de forma provocante, lhe causando arrepios, lhe somando prazer. E da boca que mordicava seu pescoço, sua orelha, seus seios. Tudo aquilo lhe era intenso. Muito intenso. Intenso demais. Parecia não ter mais saída. Parecia que sucumbiria a qualquer instante.


Não soube ao certo quando suas próprias mãos começaram a explorar o corpo dele. Mas, de repente, descobriu que gostava de senti-lo, que gostava de apertá-lo. Explorou suas costas, seus braços, seu quadril, seu tórax. Aquele corpo parecia ter sido esculpido de tão forte e perfeito que era. Enroscou os dedos no cabelo loiro e o puxo ainda mais contra si. Suas pernas enlaçaram o corpo másculo e seu quadril começou a seguir o mesmo ritmo e movimento do homem. Gotas de suor brilhavam sobre seus corpos e o calor se apoderou deles.


Mas nenhum dos dois tinha a intenção de se afastar. Estavam concentrados no corpo um do outro. As unhas da ruiva percorriam o caminho das costas amplas de Yamato e quando o mesmo acelerou seus movimentos, a intensidade e a força das unhas foram proporcionais. Sora gemia e Yamato ficava ainda mais excitado. Estava chegando perto, mas ainda não queria que aquilo acabasse. Bruscamente interrompeu seus movimentos e saiu de dentro da ruiva.


Ainda sem entender o que se passava, ela ficou olhando para ele, com a respiração agitada e o rosto carregado pelo rubor. Yamato tomou seu tempo para respirar profundamente enquanto analisava a (agora) mulher à sua frente. O cabelo esvoaçado e o corpo brilhando pela transpiração o deixavam desesperado. Aproximou-se dos lábios dela. Puxou o lábio inferior e o mordeu enquanto a levantava, puxando-a para cima de seu colo.


Ao mesmo tempo em que ficou surpresa, sentiu um calor reacendendo ainda mais forte em seu interior. Sem pestanejar, correspondeu àquele beijo. Estava sentada sobre o colo dele e podia sentir sua ereção, imponente e exigente. Viu suas mãos serem conduzidas até que tocassem o órgão ereto. Ficou imóvel, envergonhada e sem saber o que fazer. Yamato apenas deixou as mãos dela ali, enquanto dedicava a beijar seu pescoço e apertar seus seios. Não soube de onde surgiu a ideia, mas suas mãos começaram a se movimentar. Uma delas segurou com firmeza (e ao mesmo tempo com insegurança, pois não queria machucá-lo) o órgão e a outra acariciava toda sua zona genital.


Yamato deixou escapar um suspiro e um gemido de prazer. A ruiva então continuou. Era indescritível a sensação de prazer que aumentava apenas por estar dando prazer para ele. Após uns instantes, o loiro lhe tomou o rosto e olhando em seus olhos a puxou para si. Quando percebeu estava sendo penetrada novamente e, naquela posição, ela detinha todo o poder de ação, deitou-o suavemente na cama e começou a se mexer sobre ele. Não fazia ideia do que deveria fazer, apenas deixou que seus instintos fizessem algo. O loiro a penetrava com força e a cada movimento sentia-se mais satisfeita.


Sentiu as mãos dele acariciando suas costas, seu quadril, seus seios. E o olhar gélido e intimidante recorria toda sua figura. Sentia-se envergonhada e ao mesmo tempo ficou tímida. Não queria que ele a fitasse daquela maneira. Abaixou a cabeça e tentou se concentrar em seus movimentos para que o desconforto passasse. Yamato rodou sobre Sora, colocando-a embaixo dele.


Colocou as pernas da ruiva sobre seus ombros e voltou a penetrá-la. Sora gritava de prazer. Daquele jeito, sentia profundamente toda a imponência daquela masculinidade. Estava à beira de um colapso, clamava por algo que lhe era (ainda) desconhecido. E então, sentiu a glória. O que havia sentido antes fora intenso, mas não chegava nem perto do que estava acontecendo em sua intimidade naquele instante. Parecia haver tocado o céu com as mãos e a volta para a terra era lenta e agradável. Antes que seu corpo relaxasse novamente em meio a todas àquelas maravilhosas contrações, sentiu que um líquido quente dentro de si. E então, se sentiu completa.


Yamato, por sua vez, não tinha o que dizer. Naquela noite havia tido o melhor sexo que já tivera na vida. Nunca sentira tanto prazer. Deitou-se na cama olhando para o teto. Enquanto tentava controlar a respiração, puxou a coberta e trouxe a garota para junto de si. Os cobriu e a abraçou possessivamente. Sentiu como o corpo dela ficou tenso com a proximidade e achou graça.


- Estou cansado. Irei dormir um pouco e depois te levarei embora. – disse simplesmente enquanto acariciava as costas nuas e afagava o cabelo ruivo. Aos poucos sentiu a tensão desaparecer daquele pequeno corpo e ela relaxar. Sabia que ela ainda estava nervosa com sua presença, mas teria que suportar um pouco mais. – Você está bem? Não te machuquei? – perguntou suavemente em seu ouvido.


Aquilo a desconcertou ainda mais. Sentia que havia ternura e preocupação em seu tom de voz. E percebeu que ele realmente se importava. Sentiu algo pesar em seu peito. Fechou os olhos e se encurralou discretamente sobre o peito cálido. – Sim. Estou bem. – foi o que conseguiu dizer.


Yamato beijou delicadamente seu cabelo e fechou os olhos. – Descanse um pouco também.


XxXxX


Abriu os olhos lentamente, e percebeu que o homem deitado ao seu lado parecia estar adormecido. Estava deitada sobre o peito másculo e cálido dele. Podia ouvir as batidas lentas e compassadas de seu coração. Os braços a envolviam com segurança e conforto. Sentia-se estranha. Sentia seu corpo formigando e não tinha noção do que estava acontecendo consigo mesma. Seus hormônios estavam guerreando com seus pensamentos, aliados com seus instintos. Era uma guerra frenética e insustentável. Aquela noite estava enlouquecendo-a, deixando-a em apuros. Sua mão, teimosa, queria tocar aquela pele branca. Queria sentir sua suavidade. Mas sua razão se negava. Numa batalha interna perdida, sua temerosa e trêmula mão se dirigia lentamente para o seu alvo.


Mas sua mente foi mais rápida. Seus instintos lhe gritavam com todas as forças que aquilo significava problemas. E já havia problemas demais em sua vida. Lentamente, virou-se para o lado oposto e ficou olhando para a janela. A vista da Torre de Tóquio era magnífica. Tinha que admitir que (talvez) aquela noite não tivesse sido tão ruim assim. Contudo, o que mais queria no momento era que amanhecesse e, assim, pudesse ir embora. Queria recolher suas roupas e a pouca dignidade que lhe restava e voltar para casa, para sua cama, e chorar. Estava confusa e aquele lugar começava a lhe sufocar.


 


CONTINUA...


 



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Autor(a): Misako Ishida

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