Fanfic: Só com o olhar (Terminada)

desculpem ter sumido, mas a falta de comentários me desanimou.

mas ja desisti de desisti dessa web, vou até o final em homenagem a quem ta lendo e comentando.

muito capitulos pra compensar o tempo sem postar.

gracias

Podia ser egoísta se quisesse, fazer o que cismasse para atingir o orgasmo ainda outra
vez. Poncho, porém não dera chance, oferecendo-lhe antes que fosse capaz de
pensar. Ele cravou os dedos firmes nos seus quadris e bombeou dentro dela.
Chamejou um fogo instantâ­neo bem no fundo, que se espalhou pelo corpo todo de Anahí
como labaredas sobre lenha seca.

Os quadris, a
barriga, os seios, agora tão sensíveis ao toque,
ameaçaram rebentar outra vez. Logo, logo Anahí sacudiu a cabeça, tentando lutar
contra os fogos de artifício, mas quando Poncho esquivou a mão por entre ambos,
e tocou-lhe no centro, destruiu a fortaleza.

Anahí gritou,
estremeceu. Poncho sentou-se, bus­cou-lhe a boca e puxou-a para baixo conforme
atin­gia o auge, enquanto Anahí sentia-o pulsando dentro de si. Tonta,
rendeu-se completamente, permitindo que ele rolasse por cima dela, ninando-a,
os corpos ainda unidos, o êxtase amainando devagar.

Então fazer sexo com um estranho é isso? Meneou a cabeça
e mordeu o lábio, sabendo que não devia mais considerar Poncho um desconhecido.
Algo nele a atraía, e essa conexão entre ambos ameaçava Anahí _Com
uma verdade a qual não queria encarar.

-Você é um amante incrível, Poncho - elogiou, beijando-o.

- Um é pouco, dois é melhor, Anahí. Você é a mulher
mais desinibida que conheci.

- E provavelmente conheceu milhares de mulheres -Rompeu a união física, mas aconchegou as costas no peito de Poncho.

- Não me lembro. - Arremedou a afirmação an­terior de Anahí sem um indício
de graça, enterrando o nariz nos cabelos dela e inspirando.

Anahí deixou a
onda de poder preenchê-la. Poncho ainda lhe queria. Mesmo agora que a
possuirá, degus­tava-lhe o cheiro, languindo-se na sensação da sua pele. Não
fez nada para esquivar-se, ajeitando as co­bertas de modo a envolvê-los, como
se pretendesse que Anahí permanecesse a noite toda.

Cerrou os olhos
e escutou os ruídos da noite. O zu­nido do ar-condicionado. Os
estalos da estrutura da casa antiga. O zunzum ininterrupto da respiração de Poncho,
mais devagar, contínuo. Estaria adormecido?

- Poncho?

- Hmm?

- Vou para casa agora.

- Por quê?

- É tarde. Está cansado.

- Não é tão tarde e vou descansar. - Apertou o
abraço, aninhou-a mais próximo. - Não me faça bri­gar com você, mulher. Vou
vencer, sabe disso.

Anahí
gargalhou, então permitiu que a própria exaustão afrouxasse os
músculos e fechou os olhos A calidez de Poncho envolvia-a. O perfume, ardente e
fa­miliar, encobriu-a de contentamento. Bocejou. Não era de admirar que Neal
raramente ficasse na cama com ela depois de fazerem amor. A intimidade não era
o seu forte, e por definição, nunca foi o dela também.

Por volta das
quatro horas, Anahí enfim esguei­rou-se até o térreo,
recuperou o vestido e disparou para casa. Fizeram amor outra vez após o
cochilo, e Anahí perdeu noção da hora, entorpecida por Poncho e pela virtude de
tê-lo saciado, em um gozo esplêndido.

Exausta e
recusando-se a permitir que a confusão assaltasse o
sono muito necessário, Anahí tropeçou escada acima, tremendo. O ar-condicionado
pegou no tranco. Esperou até controlar a temperatura do quarto para despir a
roupa molhada e enfiar a camise­ta do FBI. Estava debaixo das cobertas quando
repa­rou que não desligara o monitor que mostrava a sala de visitas de Christian,
e percebeu que Christian Chavez ainda estava acordado. Às quatro da manhã?

Christian, que
geralmente deitava-se depois dos úl­timos
programas, e que não acordava cedo?

Lembrou do
aviso de Patrick quanto a qualquer coisa que aborrecera Christian, algo que
ocorreu du­rante ou após a terapia, Embora as luzes estivessem apagadas
no quarto, marchava resoluto.

Anahí ampliou a
imagem e aumentou o volume para poder ouvi-lo resmungar, mas não conseguiu entender as palavras ou ler os lábios resmungões.

Especulou se
ele sabia estar sob vigilância. Não, calculou que, se houvesse descoberto,
teria saído da casa. Chávez perambulava sem qualquer dificuldade. Como um homem
são... que não acabara de receber um pecúlio multimilionário por danos à coluna e
ao pescoço.

Anahí puxou o
prontuário médico de Christian e as transcrições do
julgamento, certa de haver esquecido alguma coisa. Leu o testemunho do médico
de Chávez. Argumentava que a lesão ao tecido muscular poderia reverter
com terapia, mas tal prognóstico era impossí­vel de ser garantido. Mas o
médico, que Anahí desco­briu possuir ficha limpa na Associação Médica Ameri­cana,
mostrava-se convencido do seu dignóstico.

Reexaminou a
tecla de gravação no videocassete, mas sabia que a cena não era
evidência suficiente para provar nada a ninguém. Precisava mais.

Anahí sentiu os
olhos ardendo e bocejou. Deus, como estava cansada! E Chávez continuava
marchando. Observá-lo não chegava nem perto de ser tão excitan­te
quanto observar Poncho.