Fanfics Brasil - CAPITULO NOVE Só com o olhar (Terminada)

Fanfic: Só com o olhar (Terminada)


Capítulo: CAPITULO NOVE

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O som da batida
insistente despertou Poncho do sono repleto de sonhos. Ranzinza, agarrou um
travesseiro, torcendo para quem quer que fosse ir embora. A me­nos que fosse Anahí,
cujo desaparecimento no meio da noite foi a causa principal da sua falta de
repouso. Pensou em ir atrás dela, e teria ido, caso não retornas­se à sala
para recolher os vídeos esquecidos, e notado que Chávez estava acordado na casa
ao lado.


Ponderando que Anahí
não teria saído se não pre­cisasse de um pouco de
espaço, e que já havia desper­diçado uma oportunidade com Chávez, Poncho
calculou que devia ao menos tentar atinar o que ele fazia de pé às quatro da
manhã. Assim resolveu ser um tira por algumas horas.


Poncho não conseguia negar que aprendeu mais so­bre Anahí do que apenas
satisfazer-lhe o corpo. Ela possuía um meigo senso de humor, era uma
provocadora deliciosa. Era inteligente, desinibida - o tipo exato de mulher com
quem desejava ter um relacio­namento.


Depois da ligação desastrosa com Marisel durante a missão, convenceu-se de que,
enquanto permane­cesse no trabalho secreto, os relacionamentos sérios teriam de
esperar. A batida na porta não parou, então Poncho desistiu de tentar ignorar o barulho e
marchou escada abaixo.


Bocejou antes
de abrir a porta, surpreso e desapon­tado ao ver Christian na varanda, em vez
de Anahí.


- Chávez! Ei, camarada.


- Acordei você? Me desculpe. Normalmente acorda cedo. - Chávez enfiou
as mãos nos bolsos das calças caqui. Estava bem-arrumado, vestia um paletó de
grife.


Poncho recuou e
acenou para que Chávez entrasse. Sa­bia que o vizinho também não teve mais do que três horas de sono, já que nenhum dos dois foi
para a cama até o amanhecer. Não fez segredo com o vizi­nho quanto a ter a
astronomia por hobby, então se Chávez percebesse a atividade de Poncho
na madrugada, não teria razão para suspeitar. Poncho encomendou um modelo que
possuía dois espelhos por dentro, permi­tindo ao observador aparentar estar
olhando para cima, quando de fato olhava para os lados ou para trás.


- Ficou acordado até tarde? - perguntou Chávez.


- Um caso horrível de insônia, rapaz - explicou.


Poncho,
soltando um bocejo.


- Quer um pouco de café?


Chávez aceitou.
Andaram em silêncio até a cozinha.


- O que traz
você tão cedo? - indagou Poncho.


- Queria pedir
um favor. Tenho uma entrega que chega esta tarde. Marquei para esta manhã já que geralmente estou em casa até o almoço, mas surgiu algo. Poderia
tomar conta disso por mim?


- Claro, rapaz.


- É uma loja da região, e tudo que preciso fazer é ligar
de novo com o seu endereço. Chegarei tarde em casa hoje, por isso passarei aqui e pegarei
tudo de­pois. É equipamento médico, meio caro. Não queria deixar
largado na varanda.


- Médico? Você está bem?


- O mesmo de sempre - falou Chávez, tomando um gole
de café. - Contei-lhe sobre o meu acidente, não foi?


- Só que se feriu e não pôde mais trabalhar.


Ele aquiesceu e
Poncho percebeu a expressão nostál­gica nos olhos do homem.


- Está bem agora, apesar disso, não é? - Poncho fez a pergunta com tanto
interesse quanto calculou que Chávez carecia. O sujeito era notoriamente
arredio, sintoma natural por ser um ladrão mentiroso.


Chávez riu, uma
gargalhada forçada que apagou a possibilidade de que dividiria
qualquer segredo hoje.


- Não vou correr em um triatlo tão cedo.


- Fiz triatlos também.


Chávez
contemplou o café por um minuto, tomou um último gole e depois
colocou a xícara de lado.


- Bem, obrigado pela ajuda. Preciso ir. Devo-lhe um
engradado de cerveja.


- Não me deve nada - gritou Poncho, fechando a por­ta,
- mas nunca recuso uma caixa de cerveja!


Chávez era,
afinal, um especialista em convencer jui­zes, jurados e profissionais bem
treinados da área médica, que as lesões eram reais. Foi
bem-sucedido em manipular a compaixão do júri. Argumentou que as lesões impediam-no
de perseguir o sonho de ser um dos grandes negociantes de antiguidades, porque não podia caminhar longas distâncias para percorrer as vendas particulares
ou carregar as peças pesadas.


Por mais que
relesse as transcrições do julgamen­tos, Poncho nunca duvidou que a
queixa de Chávez quanto às pontadas crónicas na coluna e no pescoço fosse
cuidadosamente decorada e dramatizada. Mas agora que lidava com Chávez
pessoalmente conseguia enten­der como as pessoas podiam ser enganadas.


O sujeito tinha
os olhos de um cãozinho.


Mas Poncho
precisava provar que o cara era uma fraude. Tinha trabalho por hoje, trabalho
no qual es­tava certo que não conseguiria
concentrar-se até saber por que Anahí saiu.


Seguiu até o telefone e discou o número dela, que conseguira tão fácil ao ligar
para a operadora. A se­cretária eletrônica atendeu depois de quatro toques.


Desligou. Bom.
Ela não estava em casa. Muito bom. Ninguém para
distrai-lo. Precisava fazer algum progresso no caso. Poncho não sabia por
quanto tempo haveria de inspecionar o pacote misterioso, mas, quando o fizesse,
precisaria de mais conhecimentos para decidir se o equipamento era necessário
no atual curso do tratamento de Chávez.


Anahí saiu do
escritório do tio com os dedos com­primindo as têmporas. Dulce,
que aguardava próximo ao bebedouro, puxou-a pelo cotovelo e arrastou-a para o
toalete feminino.


- Deus, vocês Hennessys não sabem quando ca­lar a
boca! Preciso fazer xixi há vinte minutos. - Dulce desapareceu em um boxe, já
de calças abertas.


- Não precisava me esperar - lembrou Anahí, mas
alegrou-se secretamente por isso. A reunião não lhe deu nada além de uma dor de
cabeça. Agora sabia que os dois homens que mais amava, o tio e o irmão, conspiravam
para dilacerar os sonhos dela.


Precisava de
uma aspirina e de uma bebida. Vodca gelada, talvez?


Sentiu saudade
de Poncho. Um homem que mal co­nhecia. Um homem que obviamente metera-se em
algo que deveria destruir o romance, apesar de não haverem
feito promessas. Mas o toque dele ainda queimava Anahí por dentro, e ela
necessitaria de muito mais que suposições apocalípticas baseadas naquela
espreita da madrugada para entender tudo.


 


 


 



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Autor(a): annytha

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- Você está um trapo! - Dulce esgueirou-se do boxe e lavou as mãos, o olhar apiedado. - Obrigada. Já me disse isso de manhã, no café. - Não, de manhã eu disse que parecia cansada. Agora parece arrasada. O que seu irmão falou, afinal? Anahí espiou em volta. Embora não achasse que o tio pu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • nathmomsenx Postado em 06/07/2013 - 01:09:13

    Love it <33

  • jl Postado em 13/11/2010 - 00:29:42

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa
    Acabei de ler *----*
    Muito boa mesmo *---*
    parabens =0

  • jl Postado em 13/11/2010 - 00:29:36

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  • jl Postado em 13/11/2010 - 00:29:27

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    parabens =0

  • rss Postado em 25/03/2010 - 11:57:42

    o final foi lindo.
    besossssssssssssssss

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    o final foi lindo.
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  • rss Postado em 25/03/2010 - 11:57:41

    o final foi lindo.
    besossssssssssssssss

  • rss Postado em 25/03/2010 - 11:57:41

    o final foi lindo.
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  • kikaherrera Postado em 22/03/2010 - 23:17:46

    Ameiiiiiiiiii essa web, que bom que tem web AYA nova vou acompanhar com certeza

  • rss Postado em 18/03/2010 - 22:20:48

    se eu fosse a annie só respondia eu caso ponchito.
    a annie pensa muito ñsei como ela consegue como pondelicia do lado.
    bjssssssssssssssssssssssssssss


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