Fanfics Brasil - CAPITULO DEZ Só com o olhar (Terminada)

Fanfic: Só com o olhar (Terminada)


Capítulo: CAPITULO DEZ

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Anahí engoliu a
surpresa e andou direto até o teles­cópio, riscando a
calcinha com as unhas, e fazendo o tecido fino oscilar no eixo onde Poncho
enganchou-a Não fazia ideia se Poncho pendurou a calcinha no teles­cópio para
certificar-se de que a veria, ou para forçar a discussão quanto ao fato de
flagrá-lo vigiando Chávez.


- Então minhas suspeitas sobre você estavam
corretas - falou ela, virando-se e cruzando os braços.


- Tem suspeitas sobre mim? - perguntou Poncho - Que
coincidência... eu ia lhe dizer a mesma coisa.


Anahí aguçou o olhar, tentando interpretar-lhe o semblante. Tudo o que pôde ver
foi puro desejo viril


- Não tenho certeza aonde quer chegar. - Anahí
tomou a ofensiva, sabendo que por mais que preci­sasse ouvir a verdade sobre Poncho,
não desejava forçá-lo. Porém, após a reunião dessa manhã com o tio e o irmão,
teve mais do que a dose que lhe cabia quanto a homens manipulando-a para agir
conforme deseja­vam. Dessa vez, possuía vantagens sobre Poncho, ou pelo menos
mais vantagens do que ele teria sobre ela.


- Fui eu que vi você vigiando Christian com
o te­lescópio ontem à noite.


- Então estava me vigiando.


- Espiei para fora da janela a caminho da cama. Não
há nenhum crime nisso, há? Mas você não tem nenhuma desculpa para vigiá-lo... a menos que não seja quem diz que é.


Pronto.
Confronto total. Vejamos se ele consegue achar uma saída mágica para essa abordagem direta.


- Como sabe que
eu não observava as estrelas?


Bem, Anahí não poderia admitir que reconheceu o equipamento assim que o viu, não é?


- Já disse, meu último cliente foi uma agência de
detetives. Fiz pesquisas sobre esse modelo apenas uns meses atrás, quando a
responsável pelas compras necessitou de recomendações.


O sorriso
libidinoso de Poncho, quando alisou o ca­belo para o lado, revelou seu óbvio esquema para dis­traí-la. O sujeito não jogava limpo.


- Não posso discutir isso - disse ele.


- Então você não é um olheiro de beisebol.


- Não, não sou.


- Você é um investigador particular?


O semblante de Poncho
desfigurou-se de angústia.


- Não.


- A sua vigilância é legal?


- Sim.


O que deixava
apenas uma possibilidade - Poncho era um tira. Anahí sentiu o estômago
embrulhar, po­rém, ocultou qualquer reação. Fazia sentido que Poncho fosse um
tira. O Departamento de Polícia de Trampa foi o último prejudicado no caso de Christian.
Após o julgamento, o departamento enfrentou uma inexorável publicidade adversa.


- Não quero mentir - disse Poncho. - Além do mais,
concordamos quanto a não conversar sobre nos­sos empregos, lembra?


O que quer que Poncho
estivesse tramando, legal ou não, Anahí não podia
permitir que ele arruinasse o seu caso ou lhe passasse a perna, quiçá revelando
a fraude de Christian antes que tivesse a chance de contar tudo para a
companhia seguradora. Se Poncho possuía infor­mação útil sobre Christian, ela
precisava saber.


Porém não tão cedo a ponto de arriscar o que co­meçaram na cozinha e
terminaram na cama macia. Mas que jóia rara ela era, pensando em fazer amor com
Poncho quando toda a lógica e bom senso que pos­suía apontavam-lhe que não
deveria. Não até saber o que ele tramava. Ele invadiu uma parte dela a qual Anahí
julgava nem mesmo existir mais, uma parte que a tornava uma mulher viva.


- Ontem, você disse que não estava procurando algo
permanente - lembrou Poncho. - Mudou de idéia?


Poncho
afagou-lhe a face com uma ternura crua. Uma fissura de pura ânsia abriu-se, rasgando as defe­sas de Anahí. Não queria mentir para
ela de novo, as­sim, permaneceu em silêncio quanto aos tópicos que não podia
revelar. Mas a atração por Anahí era outro departamento.


- Só me conte uma coisa - perguntou Anahí, tentando
distrair o frémito de excitação fervilhante no ponto preciso onde os dedos dele
massageavam a sua nuca. - O que está fazendo, vai ferir alguém?


- Tudo o que estou fazendo é vigiar Chávez de vez
em quando. Não serei preso por ficar de olho no vizi­nho do lado, e ninguém vai
se ferir.


Anahí deixou as
palavras e os dedos de Poncho libe­rarem a tensão que lhe comprimia
o pescoço. Se ela era uma distração, então deixe estar. Não tinha nada a perder
além do juízo e do corpo, sob a assistência erótica de um homem que não lograva
ser mais ho­nesto do que ela podia ser com ele.


- Sem prisões, heim? Isso é tranquilizador - disse Anahí.
- E desapontador. Pensei que talvez as coisas fossem ficar interessantes por
aqui.


A risada de Poncho
transformou-se em rosnado quando comprimiu os lábios no
pescoço dela.


- Se é algum consolo, o que estou pensando ago­ra
mesmo não só poderia me mandar para prisão, mas me levaria a ser executado em
diversos países.


Anahí
abrandou-lhe o ataque com as palmas pres­sionadas no peito dele. Abrandou, mas
não deteve. Poncho sentia-se bem demais, para
afastar-se. O coração retumbava sob os dedos de Anahí. O peito enrijeceu assim
que respirou fundo e inalou o perfume dela.


- Seja lá o que for, vai me devolver a calcinha?


- Está usando alguma?


- O que acha?


Poncho não sabia o que pensar, exceto que em todos esses anos a serviço da
polícia, esse momento foi o mais próximo em que chegou quase a contar a uma
amante tudo sobre o trabalho, sobre si. Anahí veio ali aquela tarde após tê-lo
flagrado xeretando, e aparen­temente, enunciara hipóteses para justificar o seu
comportamento.


Contudo, não ficou zangada. Confiou que respon­deria às perguntas honestamente.
Não reagiu com dramalhões sentimentais como fazia Marisel.


Anahí era cheia
de surpresas. E acabara de elevar o fascínio de Poncho
por ela a um nível perigoso.


Talvez Anahí
pudesse ajudá-lo. Nos casos anterio­res, operações oficiais nas
quais gastara meses, se não anos, metendo-se em qualquer empreitada ilícita que
pretendesse exterminar, ele nunca foi Poncho Law-rence. Foi Joe Dawson,
arrombador. Mike Riley, la­drão de carros. Evan Lanzo Diez, traficante de dro­gas.
Não era Poncho Herrera há muito tempo. Quan­do o disfarce foi quase arruinado
ano passado, e o nome verdadeiro descoberto em um fiasco com Mari-sel Rocha, a
filha de um mafioso de Miami, seus su­periores requisitaram a alteração de
identidade por alguns fatos básicos, reduzindo seu nome real a quase um
codinome.


E justo agora,
tudo que desejava era ser o amante de Anahí Portilla. A vontade intensa em
tornar-se isso é o que o amedrontava como o diabo.


Um milhão de deduções e possibilidades brinca­vam na sua cabeça, enquanto
contava a Anahí a coisa mais próxima da verdade que podia: mais nada.


- Acho você incrível - disse Poncho.


- Por quê? - Anahí forçou uma risada, mas Poncho
sabia que não julgou a pergunta tão mais engraçada do que ele mesmo. A atração
pela moça ultrapassava o de­sejo. E era inexplicável também, uma vez que ele
sabia que ela escondia tanto dele quanto ele dela. Mesmo as­sim, importava-se
com Anahí. Queria protegê-la.


- Você é sensual e inteligente.


- Não é uma combinação tão rara. - A voz
enrouquecida excitou-o. - Conheço muitas mulheres assim.


- Eu não.


- Então não tem andado com as pessoas certas.


Ela não sabia da missa a metade.


Poncho entrelaçou os dedos nos dela e lhe levou as mãos aos lábios. Afagou os dedos
com beijos suaves.


- Mal posso
esperar para provar o seu molho.




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Autor(a): annytha

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gente tou super feliz com os comentários. dedicados as minhas leitoras.     Gentilmente, Anahí afastou a mão dele. - Não terá de esperar muito. - Tirou a calcinha do telescópio e enfiou-a no bolso do avental. Com uma espiada rápida no relógio, esquivou-se do abra­ço de Poncho e voltou-se p ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • nathmomsenx Postado em 06/07/2013 - 01:09:13

    Love it <33

  • jl Postado em 13/11/2010 - 00:29:42

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa
    Acabei de ler *----*
    Muito boa mesmo *---*
    parabens =0

  • jl Postado em 13/11/2010 - 00:29:36

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  • jl Postado em 13/11/2010 - 00:29:27

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  • rss Postado em 25/03/2010 - 11:57:42

    o final foi lindo.
    besossssssssssssssss

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    o final foi lindo.
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  • rss Postado em 25/03/2010 - 11:57:41

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    o final foi lindo.
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  • kikaherrera Postado em 22/03/2010 - 23:17:46

    Ameiiiiiiiiii essa web, que bom que tem web AYA nova vou acompanhar com certeza

  • rss Postado em 18/03/2010 - 22:20:48

    se eu fosse a annie só respondia eu caso ponchito.
    a annie pensa muito ñsei como ela consegue como pondelicia do lado.
    bjssssssssssssssssssssssssssss


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