Fanfics Brasil - CAPÍTULO TREZE Só com o olhar (Terminada)

Fanfic: Só com o olhar (Terminada)


Capítulo: CAPÍTULO TREZE

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Subindo os degraus
para surpreender Anahí, parou na cozinha para pegar uma garrafa de vodca, mais
ge­lada que um vento ártico, dois copos altos e um saco de papel da
Delicatessen Lavinia contendo sua igua­ria favorita - autêntico caviar russo.


Bem, caviar
costumava ser a iguaria favorita dele, antes de conhecer Anahí - antes de ela revelar todos os seus segredos. Quando adentrou o quarto,
Anahí estava aninhada nas cobertas. Poncho havia lhe negado trocar a gravata
pelas algemas, e não arrependeu-se nem um pouco por insistir que improvisassem.
En­quanto decerto Anahí vislumbrou alguns deleites tra­vessos com os grilhões
de primeira linha, ele não su­portou a ideia de tocar a sua pele delicada com
as al­gemas com as quais abatia criminosos infames.


Em todos esses
anos, nunca, nem uma vez Poncho arrependeu-se das escolhas profissionais.
Sempre nutriu um grande orgulho pela habilidade de ser outra pessoa. Até agora. Até Anahí. A primeira mulher a buscar pelo Poncho Herrera real,
a no mínimo vis­lumbrar o homem que suspeitava haver perdido há muito tempo. E Anahí
gostou do que viu.


Anahí despertou
quando Poncho pôs a garrafa e os copos no aparador. Bocejou,
cobrindo a boca gracio­samente com a mão ainda atada à gravata.


- Você não está brincando? Tem mesmo vontade de
beber vodca às quatro e meia da manhã?


- Tenho algumas vontades extravagantes nesse
preciso minuto, mas devo lhe dar uma folga. Tenho um pouco de suco de tomate e
molho de pimenta lá embaixo, se você não gostar de vodca pura.


- Nunca experimentei. Não posso responder.


- Bem, não responda até experimentar com isto.
Tirou a lata da ova escura de peixe favorita dele e


um pacote de
requeijão caseiro.


- Já provou caviar antes? - perguntou ele. Anahí
aceitou a vodca que Poncho ofereceu, mas es­piou o caviar desconfiada.


- Não é exatamente um típico prato irlandês, mas
estou bem certa que tio Mick serviu um pouco na fes­ta de Natal certo ano. Não
lembro se gostei.


- Só dê uma mordidinha. Não ficarei ofendido se
cuspir de volta.


- Tentarei me controlar.


- Agora acompanhe com a vodca - instruiu.


- Uau.


- Sim. Vale cada centavo, não é? Não tenho mui­tas
chances de apreciar com o meu salário de tira.


- Se comesse todo dia, não seria tão especial.


- Por que é detetive particular? - disse Poncho.


- Meu tio me levou para o escritório quando per­cebeu
o meu interesse genuíno por romances de mis­térios. E meu pai, crítico de
cinema, costumava recla­mar com Mick que eu sempre adivinhava o final dos
filmes em apenas quinze minutos.


- Por que não se tornou uma policial?


- Patrick é um tira.


- Era um tira. Está aposen­tado e paquerando
o meu emprego.


- Patrick?


- Meu irmão mais velho. Liderou um regimento de
elite no departamento de homicídios em Atlanta até uns seis meses atrás. E
mesmo apesar de haver ig­norado o Grupo Portilla até agora, Mick quer in­corporá-lo
e torná-lo detetive-chefe.


- O emprego que você queria.


- Não vamos falar de trabalho - disse Anahí.


- Desculpe. Todas as apostas nessa opção estão
canceladas. Temos de falar de trabalho, o seu e o meu, antes de resolver quanto
a nós dois.


- Quanto a nós?


- Ainda está disposta a simplesmente deixar
acontecer? Porque nunca fixamos um limite de tem­po real no nosso acordo. O bom
senso diz que termi­naremos assim que um de nós apanhar Christian.


- Você não é um típico tira disfarçado, é?


- Você não está trabalhando num regime das nove às
cinco - prosseguiu ela -, fingindo ser um escroque por algumas horas na semana.
Se estivesse, eu descobriria pois você estaria na lista de pagamento da
polícia. Você se infiltra, permanece por longos pe­ríodos e mantém poucos laços
com o mundo exterior.


- Você simplesmente acaba de descrever, com
precisão, a última década da minha vida.


- Está pronto para mudar isso? - indagou.


O instinto de
preservação e a pura teimosia egoísta colocaram palavras na
boca de Anahí as quais não lo­grou conter. Tinha outra torrada guarnecida na
mão, mas em vez de comer, abandonou-a sobre o saco de papel e terminou a vodca.


- Suponho que isso responda à pergunta, não? -
chispou ele. - Contudo, você só fez uma assertiva correta. Não estou disposto a
desistir do meu empre­go, nem um pouco mais que você. Aprecio a sua ho­nestidade,
pelo menos a partir daqui.


- Nunca menti para você. E nem você.


- É, bem, isso ficou no passado, certo? Então, até
onde vamos daqui?


Anahí não podia apaixonar-se por um homem que veria só alguns dias por mês e,
possivelmente, em se­gredo. Mas, no momento, podia viver a fantasia.


- Podemos voltar para a cama.


Poncho não se mostrava mais tão seguro, e Anahí não podia culpá-lo por isso, tampouco.


- Na cama, parecemos ser mais honestos do que penso
que cada um de nós está disposto a admitir. - 0 corpo de Poncho relaxou quando
puxou-a para perto.


- Vamos dormir um pouco - disse ele. - Reve­lamos
nossos disfarces um para o outro, então pela manhã tentaremos achar um modo de
resolver isso. Juntos. E um meio de solucionar esse caso.


- Essa é provavelmente uma boa ideia - repli­cou
ela, odiando-se por concordar quando não queria nada além de senti-lo dentro de
si, talvez pela última vez. Em vez disso, fechou os olhos, cingiu o braço em
torno do peito de Poncho, e inspirou seu odor, con­centrando-se na batida do
coração dele sob o ouvido.


Seu coração quase partiu quando Poncho afagou-lhe o topo da cabeça com um beijo
terno, e puxou-a ainda mais para perto num abraço forte.


- Não foi uma das minhas melhores ideias, mas vai
ter de servir.


Poncho acordou
só duas horas depois, tão grato quanto meio ofendido
por Anahí haver escolhido esta noite para permanecer na sua cama até bem depois
do amanhecer. Parte dele precisava de um pouco de tem­po e espaço para
determinar qual deveria ser o próxi­mo movimento, e a outra só queria
aproveitar ao má­ximo o tempo que ainda lhes restava.


Poncho estava
na varanda, quando Donna saiu da casa de Chávez.


- Lamento por não aparecermos ontem à noite - desculpou-se Poncho.


- Não, não lamente. Mas a banda era ótima. Fica­mos
até a última música. Da próxima vez, vamos to­dos. Combine com Chávez quando
ele voltar.


Donna começou a destrancar a porta do motorista do carro de Chávez, estacionado na
calçada. Que estra­nho. Chávez nunca deixava a Mercedes no sereno.


Será que Donna viera sozinha para casa? Poncho lembrou ter ouvido apenas os
passos de uma pessoa na noite passada, quando escutou o carro de Chávez che­gar.
E não ouviu a porta da garagem abrir. Se não es­tivesse tão alegremente
distraído com Anahí, poderia ter percebido algo estranho.


- Chávez saiu da cidade?


- Sim - o olhar de Donna foi de triste para per­plexo.
- Você não sabia? Chávez disse que contou a você, quando concordou em vigiar a
casa para ele se eu cuidasse do carro. Por isso não me deixou o con­trole do portão
da garagem, pois deixaria com você.


- Sim, claro. Só pensei que partiria amanhã, não na
noite passada.


- Eu também. Mas ele disse que algo aconteceu e que
precisava sair cedo. Bom, vou embora.


Donna dava a
partida e manobrava de ré quando Poncho superou o choque pelo repentino
desapareci­mento de Chávez, correndo pelo quintal para acenar a ela que
parasse. Donna era o único elo com Chávez e suas férias não programadas. Chávez
não lhe contara so­bre qualquer viagem para fora da cidade tanto quanto não lhe
pediu para vigiar a casa.


- Desculpe - escusou-se, assim que Donna abaixou a
janela. - Esqueci algo. Anahí queria con­vidá-la para almoçar uma hora dessas.
- Donna en­tregou-lhe um cartão de visitas. Bingo.


- Diga a ela para me ligar no trabalho. - Poncho
apanhou o cartão e forçou-se a esperar enquanto Donna partia. Então entrou e
ligou para Jake, que en­trou na linha antes que Anahí saísse do chuveiro, en­rolada
nas toalhas dele.


- Chávez deu no pé. Se mandou ontem à noite de­pois
de assistir ao show da banda com Donna - rela­tou a Jake, olhando fixo
para Anahí de modo que ela entendesse a gravidade da situação.


 


 


galera estou chegando quase no final dessa web.


e só volto a posta quando tiver bem mais comentários,


se não nada feito!!!


besos



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Autor(a): annytha

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- O que quer dizer, ele deu no pé? - Poncho ouviu Jake xingar um motorista, enquanto indubitavelmen­te desviava o carro para o acostamento. - Quero dizer que ele se foi. Não sei de nada e não tive a chance de checar as coisas. Só conversei com a namorada dele. Ela disse que Chávez me deixou o controle do portão da garagem ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • nathmomsenx Postado em 06/07/2013 - 01:09:13

    Love it <33

  • jl Postado em 13/11/2010 - 00:29:42

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa
    Acabei de ler *----*
    Muito boa mesmo *---*
    parabens =0

  • jl Postado em 13/11/2010 - 00:29:36

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaa
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  • jl Postado em 13/11/2010 - 00:29:27

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  • rss Postado em 25/03/2010 - 11:57:42

    o final foi lindo.
    besossssssssssssssss

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    o final foi lindo.
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  • rss Postado em 25/03/2010 - 11:57:41

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  • rss Postado em 25/03/2010 - 11:57:41

    o final foi lindo.
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  • kikaherrera Postado em 22/03/2010 - 23:17:46

    Ameiiiiiiiiii essa web, que bom que tem web AYA nova vou acompanhar com certeza

  • rss Postado em 18/03/2010 - 22:20:48

    se eu fosse a annie só respondia eu caso ponchito.
    a annie pensa muito ñsei como ela consegue como pondelicia do lado.
    bjssssssssssssssssssssssssssss


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