Fanfic: Só com o olhar (Terminada)

- Poncho?
- Deixei um presente misterioso onde até o pior detetive particular encontraria, e você ainda nem viu.
Ver? O vídeo.
- Como sabe que ainda não vi?
- Porque estou observando você.
Anahí foi até a janela, mas parou quando ele falou:
- Ah, não. Sem espiar. O que quero que veja é mais interessante.
- Estou sob investigação? - perguntou Anahí. Poncho ligou. Não esquecera dela. Ainda tinha chances.
- Querida, com você, a palavra investigação poderia incluir algumas possibilidades deliciosas.
- Isso é bom ou mau?
- Ainda tem de assistir.
Ajustou a sintonia a tempo de ver a si mesma nua na cama de Poncho, segurando um frasco de óleo.
- Você gravou?
- Tão culpado quanto acusado. Está louca?
Anahí avançou a fita, congelando a imagem quando viu Poncho entrando em cena. Viu-o perambular pelo quarto e encontrar a gravata que usou para vendá-la, observou-o passar o óleo de massagem nas costas dela. A pele pinicou, como se Poncho a tocasse de novo. A carne entre as coxas latejava. Vergou para trás sobre pernas trêmulas.
- Então? Está zangada? - indagou.
- Não, estou fascinada!
Ouviu um clique e dez segundos inteiros se passaram antes de perceber que Poncho desligara. Quando escutou a voz dele novamente, Poncho estava na porta, vestindo um jeans desbotado e uma camiseta cinza lisa, ostentando a barba por fazer.
Ele era deslumbrante.
- Poncho... - mas ele a deteve.
- Sem tocar, só olhar.
Poncho virou a cabeça para a televisão. Ela olhou de volta, a tempo de ver Poncho ajustar os travesseiros na cama, colocando um sob a barriga dela justo antes de enlouquecê-la com os dedos ágeis e a língua morna.
Não precisou assistir. Lembrava toda e cada sensação e imaginou se a visita dele, para provocá-la com o vídeo, significava que havia uma chance de reviver aqueles sentimentos de novo. E de novo. Para sempre.
A pele de Anahí enrubesceu. Não podia evitar o ardor que transbordava através de si.
Era o tipo de amor que leva uma mulher a fazer as coisas mais estúpidas pelas razões mais sábias.
- E se eu não olhar? - Poncho vasculhou os bolsos e tirou a mesma gravata que usara naquela noite.
- Tenho os meus meios de coerção. E ainda possuo as algemas que me suplicou para usar.
- Então por que não as usou comigo no México? Para me convencer de que agi como uma tola?
- Tinha de aprender por si. Tinha de fazer a escolha, Anahí, com o futuro sob controle. E precisava seguir o seu sonho.
- Percebeu isso antes de mim - lamentou ela.
- Talvez...
- Ainda trabalho para o Grupo Portilla - confessou Anahí, não querendo que ele pensasse que desistiu inteiramente - mas estou abrindo o meu próprio segmento.
- Ouvi falar.
- Por quem?
- A mesma pessoa que me deixou entrar na sua casa de manhã. Dulce!
- Passou o dia todo na casa e não notei?
- Bem, não me tornei um excelente tira infiltrado fazendo mal o meu trabalho.
Um coro de oohs e ahs proveniente do videocassete atestava que era bom em um bocado de coisas, infiltrado sob as cobertas. Anahí buscou o controle remoto infrutiferamente. Não conseguia concentrar-se com Poncho mostrando-se todo sensual de um lado da sala, e as imagens dos dois fazendo amor de outro. E precisava concentrar-se.

proximo post será o ultimo capitulo.

então comentem muito galera

besos.