Fanfics Brasil - CAPÍTULO NOVE Anjo Sedutor (Terminada)

Fanfic: Anjo Sedutor (Terminada)


Capítulo: CAPÍTULO NOVE

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- Mamãe?


- Sim, querido?


- Você tem mesmo que voltar para o trabalho?


Anahí e Michael estavam sentados no topo dos degraus da
varanda dos fundos. Já anoitecera, mas desta vez, apenas o menino soprava
bolhas de sabão. Anahí tinha as mãos ocupadas com Emily, que dormia
profundamente, aninhada em seu colo. As duas crianças usavam pijamas, porém ela
continuava com suas roupas de trabalho. Estava prestes a sair para os campos e
se revezar mais uma vez com Alfonso, liberando-o da ceifeira, mas não pudera
resistir a alguns minutos de serenidade com seus filhos antes de partir.


- Você sabe que sim - respondeu ao filho, sorrindo,
enquanto ele soprava uma nova cascata de bolhas. - Alfonso não pode fazer tudo
sozinho por lá. - "Embora esteja insistindo em tentar", acrescentou para si
mesma, lembrando-se de como fora difícil convencê-lo de que ambos trabalhassem
em turnos iguais.


- Mas eu me sinto sozinho só com Carson aqui.


Como sempre fazia na época da ceifa, o adolescente estava
passando a semana na fazenda. No momento assistia tevê na sala. Ao olhar de
relance para o seu relógio, Anahí soube que o seriado favorito dele estaria
terminando dentro de alguns minutos, quando viria buscar as crianças e levá-las
para dormir.


- Oh, meu anjo... - Ela puxou o filho para si com o braço
livre, tomando o cuidado de não acordar Emily, e beijou-o na fronte com
ternura. - Sei que é difícil para você, mas dentro de uma hora terá pegado no
sono e nem saberá que não estou aqui. Achei que gostasse de ter Carson dormindo
no sofá do seu quarto.


- E gosto, mas não é a mesma coisa como quando você está
aqui também.


Anahí sentiu uma onda de culpa, do tipo que todas as mães
que trabalhavam fora sentiam ocasionalmente.


- Tente não se aborrecer, promete? É só por esta semana.


- Eu sei, mamãe - O menino soltou um suspiro resignado e
tornou a se entreter com sua brincadeira.


Anahí também suspirou. Fazia cinco dias desde que fora a
Pendleton com Alfonso, e andava cansada ao extremo. Passara um pouco da
meia-noite de sexta-feira quando retornaram. No dia seguinte, haviam se
levantado ao amanhecer para cuidar das tarefas rotineiras e fazer outra casa da
bomba, a fim de instalá-la. No domingo, levara as crianças à igreja, depois
passara o resto da tarde com Alfonso preparando os equipamentos necessários
para a ceifa. Haviam dedicado especial atenção à afiação e lubrificação da
ceifeira, veículo motorizado que cortava e acondicionava a alfafa em fardos
numa única operação. Mal amanhecera a segunda-feira e a primeira coisa que
fizeram foi dar início a ceifa. Vinham trabalhando nisso quase sem parar desde
então. Com apenas os dois para fazer todo o serviço, era como uma corrida contra
o tempo, pois a alfafa tinha que ser ceifada antes que começasse a florescer ou
a secar demais sob o sol causticante de agosto, o que causaria perda
considerável de nutrientes e, portanto, de valor de mercado.


De qualquer maneira, não eram apenas o trabalho árduo, as
horas intermináveis, ou o estresse por ter que tomar todas as decisões sem Eli
para consultar que estavam esgotando Anahí. Sabia que havia algo mais.


- Mamãe?


- Sim?


- Alfonso vai partir depois que o feno tiver sido todo
cortado?


Era aquilo... Com a inegável habilidade de chegar ao centro
das coisas, seu filho acabara de desvendar o que vinha fazendo Anahí rolar,
inquieta, de um lado ao outro da cama à noite quando devia estar dormindo.


- Não sei, querido. Talvez sim. - A simples admissão em voz
alta já lhe causava uma forte opressão no peito.


- Mas eu não quero que ele vá embora.


- Nem eu, meu anjo.


- Então, por que você não lhe diz que tem que ficar?


Ela não pôde evitar uma ligeira risada.


- Gostaria que fosse assim tão simples. Mas é uma decisão
que Alfonso tem que tomar sozinho.


- Mas achei que ele gostasse da gente. Afinal, até me
trouxe de presente aquele aeromodelo igual ao de Carson, além da boneca para
Emily e o vaso de cristal para você...


Anahí esboçou um sorriso ao lembrar-se da noite de
domingo, quando, para a surpresa de todos, Alfonso lhes entregara os presentes
que comprara escondido ao cortar o cabelo em Pendleton.


- Ele gosta muito de você, querido - afirmou, com
convicção, porém sabendo que devia preparar o filho para o caso de Alfonso
decidir mesmo partir. - Mas lembra quando eu o trouxe para a fazenda e disse a
você que seriam só por algumas semanas? Bem, esse período já está quase
acabando. E se ele partir, não significa que não gosta de você. Significa
apenas que chegou o tempo de ir embora. Não se pode obrigar uma pessoa a ficar
onde não quer mais. - "Nem a corresponder ao seu amor...", pensou, com uma
antecipada sensação de perda.


Como que percebendo a melancolia que ela tanto se
empenhava em ocultar, Michael deu-lhe um afetuoso abraço.


- Não se preocupe, mamãe. Eu quero ficar aqui com você.


- Obrigada, querido. Também quero fitar com você. -
sussurrou Anahí, sensibilizada.


Enquanto olhava para o meigo sorriso que iluminou o
semblante do filho, para o rosto inocente e adormecido de Emily, e pensava no
loiro alto e forte que ceifava seu feno, ela soube que não trocaria seu lugar
por pessoa nenhuma do mundo.


A lua estava alta e cheia num céu que cintilava com os
últimos vestígios do crepúsculo, quando Anahí chegou ao campo onde Alfonso
trabalhava.


Enquanto ela descia da caminhonete, ele desligou o motor
da enorme ceifeira amarela e saltou, removendo sua camiseta de malha. Usou-a
para enxugar o suor do rosto e atirou-a, depois, ao chão, ao se aproximar.


- Tome. - Anahí entregou-lhe uma das latas de
refrigerante gelado da caixa térmica que trouxera.


- Obrigado. - Alfonso esvaziou-a num instante, em poucas
goladas, e aceitou a outra lata que lhe foi oferecida. Tendo saciado boa parte
da sede em meio ao calor abafadiço da noite sem brisa, começou a bebericar da
outra da lata. - O que a traz de volta aqui? - perguntou, estreitando os olhos
verdes para as roupas de trabalho de Anahí.


- Vim para o meu outro turno na ceifeira. Você esteve
trabalhando aqui por seis horas seguidas, e amanhã será um longo dia. Precisa
comer algo e descansar.


- Já jantei.


- Dirigir com uma mão enquanto devorava um sanduíche de
pasta de amendoim com a outra está longe de ser um jantar.


- E quanto a você? - argumentou Alfonso, irredutível. -
Já estava de pé antes de mim esta manhã. E parece bastante cansada.


- Já descansei o bastante. E me alimentei também.
Portanto, agora pretendo terminar de ceifar este campo.


- É muito gentil de sua parte se preocupar comigo - disse
ele, com impaciência. - Mas estou ótimo e posso muito bem terminar isto aqui.


E era provável que sim. Enquanto os vários dias de ceifa
sob o sol forte de verão haviam esgotado Anahí, nem o entusiasmo, nem a energia
de Alfonso pareciam ter diminuído. Ao contrário, exibia o sereno ar de
satisfação e a inesgotável vitalidade de um homem que encontrara sua vocação.
Era evidente o prazer da realização que ele sentia com a transformação simultânea
dos campos de alfafa em fileiras de fardos. Parecia até achar aquela corrida
contra o tempo um desafio ao invés de um penoso obstáculo.


A única coisa de que não gostava era da insistência de Anahí
em fazer a justa parte do serviço que cabia a ela.


- Ouça, querida - começou, abraçando-a pela cintura, após
ter colocado a segunda lata vazia de refrigerante na traseira da caminhonete. -
Faço questão de continuar ceifando


este campo.


- Ouça você - retrucou ela, com firmeza, sabendo o quanto
deliciosamente persuasivo Alfonso podia ser. - Você precisa guardar suas
energias. Amanhã será um dia duro. Como sabe, vamos começar a recolher os
fardos de alfafa. Tudo o que terei que fazer é dirigir o trator rebocando os
fardos pesados, enquanto você terá a árdua tarefa de os ir erguendo e
empilhando.


- Não sei quanto a amanhã, mas estou ótimo hoje. - As
mãos dele acariciaram-lhe os quadris arredondados com sensualidade. - E você
também está...




já sabem mais só com muitos comentários


 



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Autor(a): annytha

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- Acredite - insistiu Anahí, começando a ficar ofegante com as carícias. - Quando tivermos terminado todo o serviço, você vai sentir-se dolorido em partes do seu corpo que nem sequer havia notado antes. - Se quer saber, por sua causa já estou sofrendo bastante numa parte bem específica do corpo... - Alfonso estreitou-a m ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • jl Postado em 22/11/2010 - 10:59:06

    Own, acabei de ler
    Historia linda e reveladora
    Parabens
    Obrigado por postar *-*

  • jl Postado em 22/11/2010 - 10:58:58

    Own, acabei de ler
    Historia linda e reveladora
    Parabens
    Obrigado por postar *-*

  • jl Postado em 22/11/2010 - 10:58:54

    Own, acabei de ler
    Historia linda e reveladora
    Parabens
    Obrigado por postar *-*

  • jl Postado em 22/11/2010 - 10:58:49

    Own, acabei de ler
    Historia linda e reveladora
    Parabens
    Obrigado por postar *-*

  • kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:42:25

    Lindo o final o Poncho foi perfeito em tudo o que disse.
    Amei saber que vc vai postar uma nova web.

  • kikaherrera Postado em 26/03/2010 - 00:41:49

    Ainda bem que o Poncho caiu na real.
    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • rss Postado em 25/03/2010 - 16:43:08

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