Fanfic: Anjo Sedutor (Terminada)
Os inconfundíveis ruídos da velha caminhonete se
aproximando despertaram-no dos pensamentos. Anahí estava de saída; levava as
crianças para a festa de aniversário que Susan Dixon oferecia naquela tarde
para a sobrinha de quatro anos. Depois de ajudá-lo com os fardos, ela havia
entrado e tomado uma chuveirada há cerca de uma hora; vestira um jeans novo e
uma blusa azul sem mangas e deixara os longos cabelos soltos. Depois arrumara
os filhos com algumas de suas melhores roupas.
- Já terminou? - indagou, surpresa, parando a caminhonete
para observar os inúmeros fardos devidamente empilhados junto à estrada de
terra.
- Já. - Alfonso sentiu uma onda de desejo ao observá-la,
mas tratou logo de desviar o olhar. - Olá - disse a Michael, sentado na cabine
com o devido cinto de segurança. Em seguida, inclinou-se pela janela e tocou o
pequeno queixo de Emily, presa na cadeirinha apropriada para transporte de
bebes, ao lado da mãe. - Você está linda, mocinha.
- Festa na Suzy! Poncho vem?
- Não, querida. Acho que vou ficar e tomar um bom banho.
- Vou lhe trazer um pedaço de bolo - ofereceu Michael,
não querendo deixar todas as atenções para a irmãzinha.
- Obrigado - sorriu Alfonso e voltou a olhar para Anahí.
- E você como está?
- Não tenho nada que algumas horas numa banheira e uma
semana de sono não curem - respondeu ela, com um bocejo. - Bem, vou levar estes
dois e não demoro. Susan se ofereceu para ficar com Michael e Emily para o
jantar, após a festinha de Lisa, e trazê-los para casa mais tarde. - Havia um
inconfundível ar de promessa em seus olhos castanhos.
Alfonso piscou-lhe, um pouquinho de sua exaustão
dissipan-do-se ante a idéia de passar algumas horas sozinho com Anahí.
- Estarei esperando... Dirija com cuidado.
- Pode deixar. Devo estar de volta dentro de uma hora ou
duas.
Ele aguardou até que a caminhonete se afastasse, depois
rumou para a casa, bocejando a cada passo. Sua primeira providência foi um
banho demorado. Sob a água quente do chuveiro, deixou que todos os seus
músculos relaxassem. Passou-se um bom tempo para que reunisse forças para
sequer pegar o sabonete.
Ao entrar no quarto, mais tarde, com uma toalha enrolada
na cintura, teve que resistir a tentação de se estirar na cama. Sabia que se o
fizesse acabaria dormindo como uma pedra e não queria perder a chance de ficar
a sós com Anahí. Tinha planos que requeriam que estivesse bem acordado... Assim,
vestiu um jeans, uma camiseta verde-escura e foi para a cozinha a fim de
preparar um bule de café.
Uma batida na porta da frente surpreendeu-o,
principalmente porque não ouvira nenhum carro chegando à propriedade. Ao entrar
na sala, porém, avistou um Mercedes prateado pela janela.
- Deve ser alguém que se perdeu - murmurou, enquanto abria
a porta.
Um homem por volta dos quarenta anos aguardava na varanda
da frente. Trajava-se com elegância, as roupas caras e sob medida. Óculos
escuros importados ocultavam-lhe os olhos.
Alfonso sentiu uma ponta de inquietação ao perceber que o
homem lhe era vagamente familiar.
- Em que posso ajudá-lo?
- Quero ver Anahí, por favor. - Apesar da compostura que
tentava aparentar, o estranho parecia bastante tenso e hostil. E havia algo na
sua voz...
- Lamento. Ela não está em casa.
- Vou esperar, então - anunciou o homem, numa brusca voz
de superioridade de quem estava acostumado a dar ordens.
- Se me der licença, entrarei e...
- Não creio. Não sei quem você é...
O estranho esqueceu-se por completo da forçada
cordialidade.
- Nesse caso, permita que eu refresque a sua memória - interrompeu-o,
num súbito tom rancoroso. - Sou Martin Portilla.
Ele removeu os óculos escuros, revelando olhos cinzentos que
cintilavam de ódio, enquanto observava a perplexa reação de reconhecimento no
rosto de Alfonso.
- Isso mesmo. O irmão de Daniel. Com toda a franqueza,
não acreditei quando parei para pedir informações naquela cidadezinha medíocre
e um dos caipiras mencionou, por acaso, que você trabalhava aqui. Mas agora que
o vejo, Herrera, até que não fico assim tão surpreso. Exceto ao persuadir meu
irmão a se casar, Anahí nunca teve o menor bom gosto para nada. E pensando bem,
há uma certa justiça poética em ser exatamente você o mensageiro do recado que
vou deixar para ela.
ja sabem galera
muitos comentarios.
besos a todos
Autor(a): annytha
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- Não faça isso.- Fazer o que?- Surpreender-me assim. -- Seus olhos se depararam com os dele e sentiu o estômago cair por dentro. - Faz quanto tempo que está parado aí?- Tempo suficiente para saber de onde você tira seu apetite sexual. Há quanto tempo é viciada em chocolate Milky Ways?- Eu não sou viciada em ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 90
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jl Postado em 22/11/2010 - 10:59:06
Own, acabei de ler
Historia linda e reveladora
Parabens
Obrigado por postar *-* -
jl Postado em 22/11/2010 - 10:58:58
Own, acabei de ler
Historia linda e reveladora
Parabens
Obrigado por postar *-* -
jl Postado em 22/11/2010 - 10:58:54
Own, acabei de ler
Historia linda e reveladora
Parabens
Obrigado por postar *-* -
jl Postado em 22/11/2010 - 10:58:49
Own, acabei de ler
Historia linda e reveladora
Parabens
Obrigado por postar *-* -
kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:42:25
Lindo o final o Poncho foi perfeito em tudo o que disse.
Amei saber que vc vai postar uma nova web. -
kikaherrera Postado em 26/03/2010 - 00:41:49
Ainda bem que o Poncho caiu na real.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
rss Postado em 25/03/2010 - 16:43:08
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rss Postado em 25/03/2010 - 16:43:07
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