Fanfic: Anjo Sedutor (Terminada)

capitulo dedicado as minhas fieis leitoras que comentam.

se tiver mais comentários continuo hoje ainda prometo.

Isso... além de seu cabelo. Era bonito, sedoso e tinha um
comprimento que lhe chegava a encostar nos ombros. O que mais impressionava era
sua cor incomum. Na raiz possuía um tom um pouco mais escuro; quanto ao
restante do comprimento exibia várias gradações de loiro, feitas naturalmente
pelo sol. O resultado era harmonioso; o efeito, deslumbrante.

Sentindo uma ponta de culpa por estar observando alguém
que não se achava em condições de se defender no momento, ela virou-se para a
escrivaninha a fim de pegar sua bolsa. Somente então se deu conta de que Eli a
olhava em expectativa.

- Bem, tenho mesmo que ir andando. O velho delegado
sacudiu a cabeça e riu.

- Você é mesmo incrível, menina. Não está nem um pouco
curiosa para saber o que o sujeito fez?

- Já estive fazendo algumas compras pela cidade -
retrucou Anahí secamente. - Assim, sei que ele não fez nada de grave. Se
tivesse feito, na certa, a esta altura, eu já teria ouvido por aí.

- Ele destruiu o bar de Morgan, ontem à noite.

- Sozinho?

- Claro que não. Teve a ajuda de alguns rapazes daqui.

- Então, por que ele é o único que está preso?

- Porque mandei os demais para casa. Bob Morgan concordou
em retirar a queixa desde que cada um pagasse a sua parte dos prejuízos que lhe
deram. Os outros pagaram nesta manhã, assim que ficaram sóbrios. Mas esse aí
parece não ter um centavo; na certa um andarilho numa maré de azar que chegou
ontem à cidade de carona com algum caminhoneiro. Diz que já teve um emprego
antes, há uns dois anos e pouco atrás, mas que agora tudo o que possui são as
roupas do corpo e a mochila surrada que carrega. Se quer saber, é um tipo

bem estranho. Não comentou mais nada depois disso e se
recusou a deixar que o médico o examinasse, muito embora as costelas pareçam
lhe estar doendo. E quando lhe perguntei se queria usar o telefone,
respondeu-me que não havia ninguém para quem quisesse ligar e muito menos
alguém que desejasse

notícias suas.

Eli sacudiu a cabeça, enquanto prosseguia:

- E pensar que ele se meteu nessa confusão porque se
ofendeu quando um vaqueiro bêbado se engraçou para o lado

de Amber Lee.

Sem poder evitar, Anahí ergueu as sobrancelhas, surpresa.
Amber Lee, a garçonete do bar do Morgan, tinha cinquenta anos, havia se casado
quatro vezes e possuía a personalidade de um general alemão. Sem sombra de
dúvida, ali estava uma mulher que sabia se defender sozinha.

- Céus...

Certo de que lhe despertara o interesse, Eli lhe confiou:

- Eu bem que gostaria de ter visto. Morgan disse que o
forasteiro estava lutando aquela espécie de boxe tailandês... você sabe, como se
vê nos filmes de ação. E vinha se saindo muito bem na briga; parece que havia
derrubado uns oito rapazes quando Amber concluiu que já tinha visto o
suficiente e quebrou uma cadeira em cima dele.

O delegado suspirou.

- Martha não vai gostar nem um pouco quando lhe contar
que vamos que ter que adiar a viagem para que eu possa levá-lo até a prisão
municipal na segunda-feira... porque ele não pode pagar sua parte dos estragos no
bar do Morgan.

Mas Anahí não o escutava mais. No meio do relato de Eli,
percebera com o canto dos olhos um movimento no interior da cela. Virara-se e
descobrira que o único prisioneiro de Mis-sion a encarava como se tivesse visto
um fantasma.

Sabia exatamente como ele se sentia.

Mesmo que ela não o tivesse reconhecido... o que seria
compreensível devido aos machucados que lhe cobriam o rosto e o fato de que da
última vez que o vira tinha dez quilos a mais e seu

aqueles olhos em qualquer lugar. Eram de um verde
vibrante, incomum, como o de esmeraldas sob refletores. Anahí soube
instantaneamente a quem pertenciam.

Herrera! Era Alfonso Herrera quem ocupava aquela cela.

não esqueçam de comenta