Fanfic: Mi Mayor Error AyA | Tema: Los A - Ponny

Capítulo XII - Não Vou Pedir Desculpas

A noite para Anny foi turbulenta devido a
tantos pensamentos ao mesmo tempo levando-a
em direções tão opostas. O beijo com Poncho
foi esperado mas a fez ficar ainda mais
duvidosa quanto até que ponto deveria
chegar com isso tudo.

Poncho também passou a noite pensando e
repensando em muitas coisas. Nunca imaginou
que fosse ficar tão balançado nesse pouco
tempo em que conhece Anny. Esperava que
o futuro sorrise para ambos e finalmente
pudesse seguir em frente mas se preocupava
com os fantasmas do passado e isso o
desanimava. Dormiu achando melhor deixar
para a vida decidir o destino.

Anny levantou cedo indo buscar Cecy na
casa de Maite. A menina ficou morrendo
de saudades da mãe mas se comportou
bem e fez pouca bagunça ao lado dos
novos amiguinhos. May preferiu deixar
Cecy e seus 2 sobrinhos, Henrique e
Gabriel, bricarem mais um pouco
enquanto tinha uma conversa com Anny
antes que a mesma fugisse pela décima
vez do assunto.

MAITE: Me fala Anny, como foi ontem ? Você
parecia mais empolgada antes. -- comentou
se sentando com a amiga no sofá e colocando
a xícara de café em cima da mesinha em frente
delas.

ANNY: Foi um jantar simples e bem divertido,
pelo menos no começo até ele se declarar. Gosto
do Alfonso mas não sei amiga. Fiquei confusa. --
lamentou bebendo seu café sem encarar May
pois sabia que a amiga iria reprovar tal
atitude.

MAITE: Ele foi corajoso de conseguir se
declarar sem te enrolar mais tempo. Você
deveria repensar. Está sozinha a tanto tempo.
Precisa refazer sua vida. Sabe muito bem disso. --
bebeu mais um gole de café olhando fixamente para
uma Anny que ainda não tinha coragem de encarar nem
ela e nem a situação de frente. -- Vou ser sincera. -- Anny
a olhou pela primeira vez temendo o que fosse. -- Se você
não der pelo menos uma chance por mínima que for, Alfonso
se cansa e procura outra e você ficará chorando pelos
cantos. -- disse sentindo que fora rígida mas a preocupação
com a amiga era maior

ANNY: Queria ter dito algo na hora só que não sei. -- falou
inconformada com sigo mesma. -- Tenho medo da fantasia virar
conto de terror assim que eu dizer "Eu aceito" pro Padre. --
disse séria mas May deu uma risadinha

Cecy veio correndo com Henrique atrás de si e só não
derrubou a xícara que Anny segurava porque fora mais
rápida que a filha.

CECY: Mamãeeee !! A gente quer ver desenho. -- falava
ofegante pela corrida. estava descabelada e toda suada.

ANNY: Não filha. Outro dia, agora vamos para casa. Você
precisa de um banho minha sujinha. -- riu do bico da filha
a sentando em seu colo. Henrique foi abraçar Maite e
acabou sujando a blusa favorita dela com tinta devido as mãos
sujas.

MAITE: HENRIQUEEEEEEEE !!!! -- deu um pulo do sofá e no
momento seguinte um Henrique desapareceu de vista sendo
perseguido por uma May furiosa. Gabriel que estava chegando
na sala se escondeu temendo ser o culpado também. Anny e Cecy
só riam da cena

Maite se despedia de Anny e Cecília ainda com a blusa suja. Quis colocar Henrique
de castigo mas o menino foi defendido por Anny deixando May chateada sem
saber o que fazer. Gabriel quis rir mas preferiu ficar calado. No
final ninguém tomou bronca e Anny prometeu ir com eles ao cinema
na próxima vez.

Chegou em casa com uma Cecy adormecida em seu colo. Deixou
a mochila da menina e a própria bolsa na sala indo direto
dar um banho na filha que mal se mantia de olhos abertos. Anny
colocou Cecy deitada na caminha dela e a menina dormiu feito
anjo.

Anny tomou um banho indo em seguida, já vestida, ao quarto pegar
os remédios prescritos pelo Dr e por Poncho pois tinham horário certo. Pegou o
celular vendo 2 mensagens de Poncho. Sorriu enquanto as lia.

  "Saudade de você. Me perdoa ter te deixado zangada. Quero
   te ver amanhã. Liga pra mim"

   "Sei que nunca irá me ligar então eu irei te ligar. Por
   favor, me perdoa. Poncho"

Anny sorriu sentindo o coração aquecido. Sua insegurança
havia arruinado outra vez mais uma chance dela ser feliz. Pensou
que talvez Maite estivesse certa e ela teria que dar uma oportunidade,
afinal Poncho era diferente de Théo. Parecia realmente querer vê-la
feliz e já amava Cecy. Preferiu responder outro dia, porém na
hora do almoço enquanto comia vendo tv ao lado da filha a campahia
tocou. Mandou Cecy continuar comendo e foi atender.

Deu de cara com um buquê lindo de rosas brancas e amarelas. Atrás
um Poncho todo arrumado de terno e gravata, pois havia acabado
de sair do trabalho. Levou uns segundos entre pegar o buquê, sorrir
para ele e o convidar para entrar. Cecy ao ver Poncho pulou nele
o abraçando fazendo-o rir.

CECY: TIOOOOOOOOOOOOOOOOO !!

PONCHO: Oi minha princesa ! Como você cresceu. -- falou
medindo a menina que tinha só meia altura das pernas dele

CECY: Veio ver a gente ? Trouxe alguma coisa pra mim ? -- disse
empolgada e recebeu um olhar feio de Anny pelo último
comentário a fazendo se calar e voltar ao sofá.

ANNY: Desculpa por Cecy, Poncho. Amei as flores -- sorriu
indo colocar as rosas num vasinho de vidro na mesa da
sala

PONCHO: Não tem que me pedir desculpas e sim eu. Me perdoe
por ontem. -- estava sem graça mas iria até o fim para ter
o perdão dela. -- Precisamos conversar. Sei que disse que
ia te ligar mas não aguentei esperar. -- se sentia um adolescente
querendo impressionar alguma paquera da escola

ANNY: Vou mandar Cecy pro quarto para conversarmos. Filha vá
assistir DVD no seu quarto que mamãe precisa falar com o Alfonso. -- virou
para a filha que imediatamente obedeceu. -- Senta Alfonso. -- apontou o
sofá e se sentou ao lado dele.

PONCHO: Ainda não aprendeu a me chamar de Poncho ? -- se fez de ofendido
e Anny corou de vergonha. -- Vim pedir perdão por ter dito aquelas coisas. Te
garanto que só disse porque são sinceras mas não medi que poderia ser cedo. --
estava confuso e chateado por ter deixado Anny daquele jeito.

ANNY: Na verdade eu que agi mal. Devia ter explicado melhor, você não
teve culpa. -- abaixou a cabeça sem o encarar

PONCHO: Não fique assim por favor. -- disse pegando as mãos dela. como
amava segurar aquelas mãos tão macias. fizeram um tempo de silêncio e
Poncho apenas fazia leves carinhos nas mãos de Anny como se isso falasse
as coisas que ele não estava sabendo dizer. a queria para si e desejava
muito isso mas precisava mesmo ir com calma, uma calma que dentro dele
havia se transformado em furacão.

ANNY: Poncho eu já sofri muito. Agora meu foco é Cecília e minha
profissão.

PONCHO: Te entendo perfeitamente por isso estou sendo o mais
paciente possível, não quero te assustar. -- foi sincero e isso
a fez sorrir. como amava vê-la sorrir. aproximou a mão livre do
rosto dela fazendo carinho. sem perceber já estava ainda mais
próximo enquanto ela permanecia de olhos fechados.

Anny ao perceber a proximidade tentou dizer algo mas ele foi
rápido. A distância antes desapareceu e ela novamente se viu
mergulhada na onda de desejo que o beijo dele tinha mania de
a levar. Começou lento porém em segundos tomou proporções além
do esperado. Poncho devorava, assumia e tomava para si aqueles
lábios querendo atingir o coração dela. Era uma dança de entrega,
falas mudas sem pronunciar uma só palavra.
Logo estavam entregues. Ele a deitou no sofá ficando por cima enquanto
Anny passava as unhas nas costas dele como se com aquilo conseguisse
aliviar parte do desejo. Passaram um bom tempo assim até o celular
de Poncho apitar o avisando que se aproximava mais um compromisso do dia.

Se sentaram ofegantes mas abraçados um ao outro. Poncho não a soltou e
permanecia acariciando os longos e macios cabelos de Anny. Infelizmente
o celular de Poncho voltou a fazer barulho e decepcionado ele teve
de soltá-la.

PONCHO: Preciso mesmo ir -- falou meio sem graça

ANNY: Tudo bem então. Te levo na porta. -- se levantou sem
nem ao menos saber o que fazer ou pra onde ir, apenas sabia que
não queria o término daquele beijo

Poncho arrumou a camisa e vestiu o paletó. Levantou junto com Anny
e a mesma foi abrir a porta o esperando. Os olhares se cruzaram
assim que ele parou ao lado dela. A porta permaneceu aberta e
Poncho puxou Anny pra si a olhando nos olhos. Deu outro beijo, dessa
vez mais rápido e tranquilo e antes de sair falou.

PONCHO: Adorei te ver. Não vou pedir desculpas pelo beijo. -- a viu
sorrir e concordar e foi embora.

Ao virar no corredor sentiu um leve puxão e quando se virou Anny simplesmente
o beijou novamente de forma tão intensa que o pegou de surpresa. Ela o puxou
e se encostou na primeira parede com ele a sua frente. Queria guardar na
memória todas as sensações daquele beijo, do desejo que já tinha por Poncho
e o amor que crescia a cada dia sem ao menos saber a proporção. Apenas
queria ele pra si. Encerraram com alguns selinhos e antes de voltar para
casa, Anny repetiu as palavras dele.

ANNY: Também não vou pedir desculpas pelo beijo.

Saiu antes que o imã que os atraía a levasse de volta para os braços de
Alfonso.

O resto do dia passou e a lembrança do encontro não saía da cabeça
de ambos, os fazendo ter de tomar alguma atitude. Mas qual ?