Fanfic: Mi Mayor Error AyA | Tema: Los A - Ponny

Capítulo XXIII - História Escondida

Os dias foram passando e apesar da saúde
ainda frágil Dona Ruth estava otimista, pelo
menos na frente do filho, de Anny e Cecy, porque
quando Levy ou algum dos outros médicos iam avaliá-la
suas esperanças acabavam.

Ruth e Anny ficaram muito amigas. Sempre contava
a nova nora, como já a considerava, as histórias
da infância e adolescência de Poncho. Ainda não
tinha conhecido Cecy devido ao seu quadro estar muito
debilitado. Ficou feliz de saber que a menina amava
ficar na casa dos avós apesar de sentir falta da
mãe a quem estava vendo pouco devido ao trabalho e
estar acompanhando Poncho no Hospital.

O almoço havia acabado de ser servido e Ruth comeu
pouco como estava fazendo a alguns dias. Anny entrou
assim que a enfermeira saiu do quarto e olhou a senhora
com um sorriso simpático.

ANNY: Como estamos hoje sogrinha ? - falou a olhando. passou
a chamá-la assim por pedido da mesma que já considerava Anny
uma filha que não teve

RUTH: Muito bem querida. Bom que está aqui. Meu menino ainda
está correndo pra cima e pra baixo. - disse com sua voz calma
e um pouco fraca. andava se sentindo um pouco mal durante a semana

ANNY: Você anda comendo ? Está pálida igual a ontem. - olhou
desconfiada e Ruth desviou o olhar da nora

RUTH: Essa comida não deveria ser servida a ninguém. Se eu
estivesse na minha casa, aí sim teria comida de verdade. - estava
emburrada e Anny deu um risinho pela maneira que Dona Ruth se
orgulhava de saber cozinhar tão bem. - Mas me fala Anny, já falou
com Poncho hoje ? O viu por aí ? E sua menina, como está ? - perguntou
sentindo saudades do filho e ainda curiosa para conhecer Cecy

ANNY: Poncho me avisou que logo estará aqui. A cirurgia que
fez esses dias acabou complicando e apesar de Levy insistir para
ele descansar e ficar ao seu lado, o teimoso preferiu ir trabalhar. Anda
agitado. Cecy sempre pede para que você se cure e manda lembranças - sorriu
ao lembrar da filha que sempre se preocupava com todos.

RUTH: Prefiro que ele faça outras coisas. Eu estou bem melhor
e não preciso ficar sendo vigiada o tempo todo. - disse convencida
de que seu estado era de baixa gravidade. - Criança adorável sua menina.
Espero que ela esteja certa. - falou mesmo convencida de que não fosse
se recuperar

Ficaram conversando um bom tempo até no começo da noite
Poncho aparecer encontrando a mãe já dormindo e Anny
assistindo tv com uma expressão preocupada, aparentando
estar prestanto atenção mas com os pensamentos longe.

Se aproximou dela se sentando ao seu lado e mexeu
nos longos cabelos castanhos deixando uma parte do
pescoço a mostra dando um beijo no local. Demorou
alguns segundos até Anny notar a presença de alguém
e olhar pro lado vendo Poncho.

ANNY: Você demorou. - falou ainda desanimada

PONCHO: Porque você está assim ? - quis saber e lhe
deu um selinho

ANNY: Assim como ? Só estava esperando por você. - tentou
desconversar mas Poncho continou a olhando sério querendo
saber a verdade. Desistindo de o convencer de primeira
acabou falando. - Levy esteve aqui e disse que o estado
de Ruth é preocupante. Tentei convencê-la de se cuidar
melhor, levar a sério o tratamento mas parece não
surtir efeito. Sempre diz que o tiver de acontecer,
irá acontecer. - baixou os olhos sentindo novamente
a voz de Levy ecoando quando contou os fatos assim
que Ruth adormeceu devido aos remédios

PONCHO: Minha mãe está muito abalada apesar de
não parecer. Revi todo prontuário dela e os remédios
fazem efeito durante menos tempo que o esperado. Mas
vou tentar falar com ela da importância de se tratar
de forma adequada, embora ela teime em dizer essas
besteiras. Obrigado por seu apoio não sei o que
teria feito sem você. - a abraçou com todo cuidado
e sentiu que poderia enfrentar qualquer coisa

Decidiram sair um pouco do hosptial e comer
alguma coisa fora ali por perto. O dia havia
sido bem estressante e como Dona Ruth permaneceria
dormindo até o dia seguinte não havia muito a ser
feito, mas seriam avisados caso algo acontecesse.

Anny ligou para os pais a fim de saber de Cecy mas
a menina estava dormindo. Sua mãe disse que passaram
bem o dia mas a pequena custou a querer ir pra escola
e comeu menos do que de costume. Aproveitou e deixou
que eles passeassem com Cecy no dia seguinte para
distraí-la.

Conversaram banalidades e decidiram ir um pouco
para casa dele já que não adiantaria dormir
no hospital outra vez, pois além disso no
dia seguinte Poncho ganhou folga. Mesmo assim
ele ligou para Levy que o garantiu que qualquer
imprevisto ou alteração no quadro da mãe, o
próprio ligaria.

Chegaram na casa de Poncho indo direto tomar banho. Apesar
da insistência dele em querer que ela se juntasse a ele mas
Anny estava triste e cansada demais, então preferiu que
fossem separados. Ao sair do banheiro, viu Anny já deitada
olhando para o teto ainda acordada. Se juntou a ela a puxando
para si e a abraçando. Ficaram alguns minutos calados até
ele quebrar o silêncio.

PONCHO: O que você tem amor ? Está calada desde que
saímos do restaurante. Me diz o que aconteceu ? - fazia
carinho no rosto dela

ANNY: Gostei tanto de sua mãe que estou com
medo que algo aconteça. E também sinto falta
de Cecy. - disse tristinha fazendo o coração
dele apertar

PONCHO: Vai ficar tudo bem princesa. Desculpe
se estou passando tamanha preocupação para você
mas minha mãe tem dado trabalho mesmo. - falou
sentido pois a última coisa que queria era
envolver mais gente nos problemas ainda mais
Anny que estava sendo tão boa

ANNY: Posso perguntar uma coisa ? - falou colocando
a mão no rosto dele e fazendo leves carinhos o que
o fez fechar os olhos alguns instantes

PONCHO: O que você quiser. - a beijou na testa e
a encarou esperando ela dizer o que queria

ANNY: Desde que a Aurora morreu você nunca mais
se apaixonou outra vez ? - perguntou e viu o olhar
de Poncho passar de doce para assustado

PONCHO: Como você sabe o nome dela ? - se afastou
tão depressa de Anny que a mesma só percebeu
quando ele já estava de pé ao lado da cama

ANNY: Poncho... Eu.. - falou assustada tendando
se aproximar dele mas foi em vão. quanto mais
ela se aproximava mais ele se afastava.

PONCHO: Esta história está escondida para
sempre. - falou nervoso respirando fundo
várias vezes. - Minha mãe que te contou ? Ela
já foi longe demais. - se sentia furioso com
a audácia de sua mãe.

Anny novamente tentou chegar perto mas ele a
afastou e fechou com tudo a porta do quarto. Sem
reação alguma ela se pôs ao chão e lágrimas inundaram
seu rosto de tal forma que não podia controlar. Nunca
poderia imaginar que algo de um passado tão distante
o faria ficar assim, sendo que Ruth contou apenas por
seu pedido e também porque queria conhecer melhor
a vida de Alfonso.

Ficou tanto tempo chorando que acabou adormecendo
no chão mesmo. Poncho acabou dormindo na sala sem
voltar ao quarto.