Fanfic: Mi Mayor Error AyA | Tema: Los A - Ponny

Capítulo XXV - A História de Aurora

Poncho acordou no dia seguinte temeroso mas teria de fazer isso antes que as coisas
entre ele e Anny pudessem acabar para sempre.

Ficou olhando ela dormir e se encantou com isso. Parecia uma menina ao mesmo tempo que
tinha personalidade, era geniosa, um pouco teimosa de uma forma que o deixava sem ter para onde correr, porém era exatamente o que precisava para superar um antigo amor tão marcante em sua vida.

Tocou os cabelos que tanto amava e ficou fazendo carinho neles, até um par de olhos
azuis sonolentos e curiosos os olhasse acompanhado de um sorriso lindo.

PONCHO: Acordou anjo ? - lhe deu um selinho mais demorado e a ouviu balançar a cabeça
dizendo sim. - Vou fazer nosso café enquanto você toma banho

ANNY: Está bem mas - falou se levantando e olhando com um brilho malicioso nos olhos - Não quer vir comigo ? - se aproximou dele na cama chegando próxima a ele sem o beijar, saindo em seguida fazendo Poncho correr atrás dela mas a porta se fechou antes o deixando frustado.

PONCHO: Abre a porta Anahí ! - falou nervoso e a ouviu rir do outro lado

ANNY: Você demorou amorzinho - riu indo tomar banho

Poncho resolveu ir trocar de roupa e fazer o café, depois falaria com Anny que apesar do bom humor ele esperava que o entendesse com a mesma paciência.

Tinha acabado de colocar as xícaras com café quentinho em cima da mesa quando Anny chegou o abraçando por trás e lhe dando um beijinho no pescoço. Fingiu nem ligar se
sentando pegando uma torrada. Anny o olhou curiosa e quando foi pegar a xícara para tomar o café Poncho levantou indo buscar algo na geladeira. Foi a deixa para ela fechar a cara imaginando que a brincadeira dela o havia chateado.

ANNY: Hummmmm que torrada gostosa. - falou passando a língua pelos lábios apenas para provocá-lo.

Poncho sentou ao seu lado novamente pegando outra torrada e passando a geléia que havia buscado. Ao sujar a boca, de propósito, a viu olhar e chegar bem próximo a ele o fazendo rir.

PONCHO: O que você quer ? Pensei que estava me esnobando. - fez bico e ela deu uma risadinha travessa

ANNY: Quiero un besito. - disse fofa e ele deu um beijo rápido na bochecha dela a deixando emburrada. Virou o rosto assim que ele quis dar um beijo na boca dela.

PONCHO: Para amor

ANNY: Você que começou. - falou metida e Poncho a abraçou roubando a torrada dela.

PONCHO: Me dá um beijo direito ou fica sem sua torrada. - fingiu seriedade e foi obedecido porém mesmo assim ele deu uma mordida na torrada e levou uns tapinhas dela

Comeram num clima leve mas por dentro Poncho estava tenso pois saíram da cozinha direto para a sala onde teriam a tão temida conversa. Levou uns segundos até ele conseguir começar a falar e Anny já estava agoniada.

PONCHO: Como prometi, vou te contar sobre Aurora. É uma história difícil ao qual levei muito tempo para conseguir entender. Mas sinto que devo isso a você se realmente quiser passar a vida ao seu lado. - falou e ela juntou suas mãos as dela querendo passar força. - O que aconteceu foi assim :

Eu havia acabado de começar a trabalhar no hospital e as coisas eram muito novas ainda para mim. Meu pai havia falecido a pouco tempo e minha mãe fazia de tudo a fim de ajudar, mas eu sabia que ela precisava de mais ajuda. Um dia um amigo me chamou para sair, e depois de
muito relutar aceitei. Fomos a um bazinho novo recém inaugurado com outros colegas do hospital e foi ali que a vi pela primeira vez. Jamais imaginei que alguém como ela fosse gostar de um cara fechado, egoísta e muito mal humorado da forma como eu era. - olhou bem para Anny querendo tirar de vez aquelas lembranças de dentro de si até terminar de contar tudo.

ANNY: O que houve depois ? - perguntou o incentivando a continuar e ele
a abraçou forte antes de voltar a falar.

PONCHO: Começamos a conversar junto aos outros mas a medida que ia passando os minutos, as conversas foram se separando até ficarmos conversando entre nós.

Ela me perguntou algumas coisas além do meu nome e profissão e esquecemos dos outros. Era muito fácil falar com Aurora. Meu amigo percebeu o clima e fez os outros saírem um pouco nos deixando sozinhos. Foram dançar com as esposas e namoradas, que haviam ido junto com eles, então eu tive a ideia de chamar ela para dançar. Não tinha bebido muito mas me senti nas nuvens. Nos dias seguintes passamos a conversar, telefonar cada vez com mais
frequencia até que pedi ela em namoro no restaurante favorito dela. - sentiu lágrimas nos olhos e se controlou para afastá-las. Anny limpou e deu um selinho nele o que ajudou ele a continuar. - Passamos 2 anos namorando. No dia em que saí para comprar nosso anel de noivado, ao qual passei meses escolhendo e tentando esconder dela para fazer uma supresa, pois não conseguia em fazer festa surpresa sem que Aurora descobrisse, - deu um sorriso lembrando como era curiosa - acabei passando perto da onde ela trabalhava e então vi uma movimentação intensa na rua. Vários carros desviando de algo mas ao vê-la do outro lado
na esquina, ela me viu e quando quis vir até mim um motorista bêbado furou o bloqueio da polícia e a pegou de jeito. Não pude fazer nada. - sem perceber já chorava e Anny apenas o abraçou sentindo a dor que ele sentia. Querendo tomar para si aquele sentimento para Poncho não sofrer tanto.

ANNY: Sinto muito. - falou baixinho o apertando mais em seus braços. 

 Minutos se passaram até Poncho se acalmar e finalizar a história.

PONCHO: Não queria que você soubesse por isso. Minha mãe sabe o quanto me tranquei no trabalho e nunca mais passei pelo lugar durante algum tempo. Várias pessoas quiseram me ajudar a superar, inclusive antigas conhecidas que ao saberem da minha angústia se aproveitaram. Chegou uma hora em que não me envolvi com mais nada que não fosse o hospital.Até você aparecer trazendo consigo esse amor tão puro. Você e Cecy me salvaram. - abaixou a cabeça se calando e ao olhar Anny viu que ela também chorava.

ANNY: Você estava machucado e se culpando mas nada disse é culpa sua amor. Qualquer outro em seu lugar teria enlouquecido ainda mais porém foi forte pois sempre teve pessoas ao seu lado que te amam. Não apenas eu e Cecy te salvamos, mas você nos salvou. - o abraçou logo lhe beijando transmitindo todo amor que em pouco tempo descobriu poder sentir outra vez depois de tudo que passou com o quase marido.

Depois dessa longa conversa, passaram o resto do dia fazendo coisas juntos que antes pararam devido as relações passadas. Anny ligou para saber de Cecy e Poncho foi avisado por Levy que a saúde de Dona Ruth permanecia a mesma.