Fanfic: Mi Mayor Error AyA | Tema: Los A - Ponny

Capítulo IV - Arrepio

*Alfonso*

A imagem daquele dia não saía da sua cabeça. Mal conseguiu
passar o plantão sem que ela viesse a sua mente. Não sabia
se o ligaria e se por algum milagre iriam voltar a se
encontrar, mesmo tendo dado seu telefone a ela, com toda
certeza e isso o deixava feliz a pequena filha dela
iria recuperar a saúde. Era uma criança muito doce. Encantara-se
com a pequena desde o início. Pensou que se tivesse filha gostaria
que se parecesse com ela.

Os dias passaram correndo devido a muito trabalho e no final
de semana, Poncho queria apenas um pouco de sossego. Resolveu
caminhar num parque perto de sua casa, que além de uma vista
linda era tranquilo e podia pensar e ler um livro.

Comprou uma água de côco, se sentou num dos bancos abrindo seu
livro. Era uma história muito bonita que se passava na Roma
Medieval. Poncho era fascinado por contos ou história de povos
que fizeram do mundo o que conhecemos hoje, então sempre lia
livros nesse estilo sendo ficção ou não.

Estava bebendo sua água de côco quando sente uma bola bater
um pouco forte em suas pernas. Tomou um susto quase derrubando
o côco no chão. O livro caíra e ele ficou procurando quem
tinha jogado aquilo. Provavelmente uma criança distraída que a mãe
não se deu conta do quão longe o filho foi.

Pegou a bola do chão e ao levantar viu uma criança loirinha com
os cabelos cacheados, olhos muito azuis e trazia no lindo rosto uma
expressão de vergonha. Poncho pensou que conhecia a tal criança mas
seria impossível demais.

xXx: Desculpe moço. -- a criança falou baixo cheia de vergonha

ALFONSO: Não tem problema. Tome cuidado. -- sorriu entregando a bola
a criança que abriu um sorrisinho ainda envergonhada.

Segundos depois uma voz alta e alterada chamou a atenção dos dois e Poncho
teve certeza de que o mundo realmente é do tamanho de uma azeitona.

ANNY: Cecília Portillaaa !! Quantas vezes já falei para não fazer
isso ? -- falou esbaforida pela corrida que deu e brava olhando para
Cecy que abaixou os olhos.

Poncho quis sorrir mas preferiu se calar quando os olhos de Anny
olharam diretamente para ele. Ficaram se encarando como quem quer
descobrir algum segredo. Anny então se dando conta de quem ele era,
tratou logo de começar a pedir desculpas completamente atrapalhada
fazendo Poncho a achar ainda mais encantadora.

ANNY: Me perdoa Sr. Alfonso. Cecy não fez por mal. Machucou o senhor ? -- estava
nervosa e envergonhada pelo ocorrido.

ALFONSO: Não tem problema, Anahi. Sua filha já pediu desculpas. É apenas criança. Mas
que coicidência nos encontrarmos aqui. -- queria ter dito algo melhor porém sua
mente estava vazia

ANNY: Que bom. Moramos próximo daqui e adoramos vir aqui sempre. Cecy já
conhece muitos amigos. Mas não vou te incomodar. Vamos embora mocinha pois
estamos incomodando o Senhor Alfonso. -- disse se virando para Cecy que ainda
estava calada pois sabia que Anny ficara brava.

Poncho riu dessa mania que Anahí tinha de o achar velho trando-o por Senhor. Pensou
rápido a fim de aproveitar aquela oportunidade pois não saberia se a veria outra vez.

ALFONSO: Pare de me tratar por 'Senhor'. Sou muito novo ainda. -- achou
graça da forma como Anny corou sem graça. -- Por que não vamos tomar um café
aqui perto que tem um mini parquinho para crianças ? Assim podemos conversar. --
se arrependeu um pouco mas algo em Anny o fazia falar coisas que ele nunca
havia imaginado poder dizer. A alegria de Cecy com brilho nos olhinhos azuis
ao ouvir a palavra 'parquinho', fez os 3 caminharem até a saída do parque atravessando
a rua indo em direção ao Caffé Le France, famoso por servir cafés feito com grãos
vindos de vários lugares do mundo sendo que alguns preparados da mesma forma tradicional
do país que o grão havia vindo.

Chegaram logo sendo atendidos pelo garçom e se sentaram numa
mesa de frente para o parquinho que tanto alegrou Cecy. Antes
de ir brincar, Anny a fez beber um pouco de água mesmo a menina
relutando muito. Poncho pediu café para os dois e o garçom deixou
eles a sós.

Anny observava toda boba a filha se divertindo com mais 2 menininhas
que também estavam brincando no escorregador.

ALFONSO: Então, vocês já haviam vindo aqui antes ? -- queria
puxar assunto de alguma forma

ANNY: Nesse Café não. Tinha muita vontade de vir mas meu marido
nunca curtiu muito café. -- falou pegando Poncho de surpresa. Será
que ela era casada ? E agora ?

ALFONSO: Você é casada ? -- sua voz falhando um pouco e ele tossiu
tentando disfarçar

Anny o olhou sem graça pelo que havia dito. Afinal nunca mais se lembrou
do ex quase marido depois do mesmo ter ido embora antes dela escolher
o estilo do vestido.

ANNY: Sou divorciada. Apenas costumava tomar café em cafeterias
quando ainda era casada. Na verdade fui noiva, não chegamos de fato
a nos casar. -- falou desviando o olhar para o lado de fora onde
Cecy esperava sua vez de sentar no balanço.

Poncho soltou um suspiro de alívio e resolveu mudar logo o
assunto. Ficara feliz por Anahi ser solteira mas ela poderia
ter algum paquera ou algo assim e não queria estragar as coisas. Os
cafés chegaram e assim cada um foi bebendo aos poucos apreciando o
sabor suave e marcante que tinha. Volta e meia ele a olhava distraída
mexendo nos cabelos, mordendo os lábios ou rindo de alguma gracinha
feita por Cecy. Ficou imaginando como seria acordar e ver aquele azul
que era os olhos dela, ouvir sua risada, mexer e puxar aqueles cabelos
com aparência muito sedosa. Afastou tais pensamentos quando Cecy voltou a
mesa deles bem vermelhinha de tanto correr.

ANNY: Já está toda suja né dona Cecília ? -- falou pegando um
lenço umedecido de sua bolsa e limpando o rosto da menina que
fazia caretas tentando fugir da limpeza. -- Onde já se viu
menina toda suja feito um bichinho ? -- terminou de limpar as
mãos da menina e a mandou sentar na cadeira ao lado. Cecy colocou
os cotovelos na mesa fazendo um bico de brava. -- E não fique
assim. Desfaça logo essa cara senão vai ficar sem sorvete. --
tentou segurar o riso quando a menina a olhou com curiosidade.

ALFONSO: Você também ama sorvete ? É igual a mim. Vou pedir
um também. -- disse vendo a carinha feliz que Cecy fez.

Pediram dois sundues com calda de chocolate, granulado
e uma série de outras coisas e uma torta de chocolate com
amêndoas que Anny amava. Cecy não via a hora do sorvete
chegar mas se controlou observando a mãe e Poncho numa animação
rindo de algo dito por Poncho.

O sorvete chegou e ao começar a comer, Cecy viu sua nova
amiguinha na mesa perto da deles e convenceu Anny a deixá-la
ir ficar com a outra menina. Anny relutou pois não queria
incomodar ninguém mas a mãe da menina adorou Cecy e a mesma
foi tomar o sorvete junto a amiga.

Anny estava distraída comendo sua torta de chocolate
quando sujou quase a boca toda. Poncho olhou se segurando para
não fazer nada mas quando se deu conta estava avisando a ela
que sujara a boca.

ANNY: Aonde está sujo ? Aqui ? -- pôs um dedo no canto da
boca e Poncho negou com a cabeça.

ALFONSO: Está tudo sujo. -- quis rir quando a viu
envergonhada catando o guarnapado para tentar se
limpar porém passara a piorar pois Cecy havia limpado a
boca no guardanapo de Anny. Poncho começou a rir recebendo
um olhar fuzilador da mesma.

ANNY: Você quer parar ? Vou ao banheiro. -- saiu apressada
e Poncho resolveu ir atrás depois de verificar que Cecy ainda
estava conversando com a amiguinha nova

Anny chegou ao banheiro andando apressada mas antes que
pudusse entrar, sentiu alguém a puxando. Tomou um susto ao
ver que era Poncho na sua frente. Apenas o toque dele em
seu braço, sentiu um frio na barriga.

ANNY: Veio terminar de rir de mim ? -- falou brava tirando
o braço da mão dele.

ALFONSO: Negativo. Apenas vim te ajudar a se limpar. -- disse
puxando ela outra vez e prendendo na parede. Por mais que
tentasse, Anny não conseguia se mexer e estava perdendo a guerra.

ANNY: Sou grandinha e sei limpar minha boca sozinha. Sai
tarado ! -- tentou empurrá-lo com toda força mas Poncho acabou
jogando o corpo para frente colando ao dela. As bocas muito próximas.

Falando bem baixinho no ouvido dela, Poncho só teve tempo de dizer : "Agora
eu posso ajudar?". Anny sussurrou um 'Sim' antes de sentir os lábios dele
se apossarem dos seus de forma suave mas possessiva. Durou poucos minutos pois
Anny abriu os olhos se afastando dele.

Respirando fundo várias vezes para se recompor, ela o olhou
séria e Poncho pode ver o quanto os olhos antes azuis muito
claros, ficaram escuros de raiva. Tentou falar algo, mas ela
saiu apressada indo em direção a mesa onde Cecy estava. A tirou
de lá, agradeceu a mãe da menina, pegou sua bolsa deixando sua
parte da conta e saiu segurando a mão de Cecy. Poncho foi atrás
deixando o dinheiro na mesa saindo apressado atrás de Anahi.

ALFONSO: ANAHI !!!! ANAHIIII !!! Esperaaaaa !! -- correu atravessando
a rua chamando por ela que nem olhou para trás. foi andando ainda mais
rápido segurando as lágrimas.

Poncho tinha de a encontrar e pedir desculpas pelo impulso. Não
ia fazer aquilo mas a doçura dela, seu jeito independente, ás vezes
sério e outras tão alegre. Quase a alcançou por 2 vezes mas chegou tarde.

Para onde ela havia ido ? Descobriria nem que fosse sua última missão na
Terra.