Fanfic: Mi Mayor Error AyA | Tema: Los A - Ponny

Capítulo V - Sabor

*Anahi*

No dia seguinte ao ocorrido, Anny ainda estava
um pouco apreensiva. Cecy havia melhorado e voltou
a ser o anjo de criança que alegrava a vida de
quem a conhecia. Para não ficar entendiada, Anny
deixou a filha passar um dia na casa dos avós,
Ana Paula e Santiago. Foi uma
felicidade de ambos os lados, assim a menina teria
distração e Anny poderia terminar uns relatórios
pendentes. Maite se ofereceu para ajudar e as
duas tiraram o dia de folga a fim de deixar tudo
pronto.

ANNY: Bom dia amiga ! -- falou depois que abriu
a porta encontrando uma Maite um pouco sonolenta
que a olhou bocejando. -- Entra e vê se não dorme
no sofá. -- acrescentou rindo recebendo uma
careta de Maite

MAITE: Se você trabalhasse por duas como eu, entederia
minha situação. Liguei até para o Papa atrás dos dados
para a planilha mas consegui. -- disse se sentando no
sofá depois de deixar sua pasta em cima da grande mesa
da sala onde as duas iriam trabalhar. -- Posso pelo
menos tomar um café antes ? Por sua causa tive que
acordar 6h30 da manhã. -- fez bico e Anny riu do
drama da amiga

ANNY: Vamos na cozinha, senão seus pais vão me acusar
de tratar mal a preciosa filhinha deles. -- zombou de Maite
recebendo um tapa da mesma e foram juntas a cozinha.

Fizeram um café bem quentinho, pegaram pedaço do bolo que
Ana Paula deixou com Anny pois alegou que seria bom a filha
passar a comer melhor logo pela manhã. Levaram tudo para a sala,
sentaram de frente uma para outra bem no centro da mesa. Começaram
a abrir os envelopes, pastas e vários outros arquivos que iriam
precisar organizar. Os dados que Maite juntou também deveriam
estar no relatório de Anny e outros dados conseguidos por Anny,
era para Maite incluir nos arquivos.

Algum tempo depois resolveram dar uma pausa para o almoço. Pediram
massa num restaurante que ambas amavam e em quanto comiam conversavam
sobre todos os assuntos, até chegar no mais temido por Anny que foi
a febre tida por Cecy.

MAITE: Quer dizer que a minha pobre Cecy teve essa febre tão
alta ? Descobriu o porque ? -- sempre se preocupava com a sobrinha
postiça e até mimava de vez em quando mas Anny entendia que era o
jeito de Maite.

ANNY: Foi sim May. Fiquei desesperada. Minha sorte que lembrei
daquele hospital que papai esteve uma vez e levei a Cecy direto
para lá. O médico que nos atendeu foi muito solícito. Alfonso. --
sem perceber deu um pequeno suspiro ao dizer o nome que desde o
último encontro não saía mais de seus pensamentos.

Sempre muito discreta porém observadora, May apenas olhou
a amiga e sorriu de forma cúmplice entendendo tudo. Fazia
um tempo, desde a separação de Théo, que nem May e muito
menos os pais de Anny a viam falar de outros homens ou
que estivesse interessada em alguém. Isso gerava certa pena
e preocupação mas com o tempo viram que cuidar de Cecy e o
trabalho eram agora a vida de Anny sendo que ninguém conseguiria
mudar isso.

ANNY: Vamos voltar ao trabalho. Falta apenas o último parágrafo
do relatório e ficará completo. -- levantou da cadeira com os pratos
e May levou o restante das coisas.

Lavaram tudo rapidamente logo voltando as tarefas. Cerca de 40 minutos
depois, guardaram tudo e Anny deixou o relatório para Maite entregar
ao chefe delas no dia seguinte. Com isso Maite se foi e Anny ligou para
a mãe só para saber se estava tudo bem com Cecy. Fez mais algumas ligações
importantes e guardou as coisas para o dia seguinte, ainda teria que ir
buscar Cecy na casa dos avós e levá-la para a escola.

Em vários momentos ao longo do dia, Anny ficou lembrando do
"beijo" roubado de Poncho. O odiou diversas vezes e em outras
quis descobrir melhor sobre o sabor daquele momento. Pensou em
procurá-lo e lhe dizer umas boas verdades mas poderia ser
mal intrepretada agindo de modo tão impulsivo. Foi então que
aconteceu o inesperado. Seu telefone tocou e no visor
número desconhecido.

ANNY: Alô ? -- falou receosa temendo estar errada

xXx: Anahí Portilla ? Ou melhor fujona ? -- riu em tom
de deboche enfurecendo Anny

ANNY: Olha aqui ! Quem está falando e eu não sou nenhuma
fujona ouviu bem ? -- a ira já tomando conta de seu ser

De repente ela se deu conta quando percebu a palavra "fujona". "Tinha
que ser mentira" falou a si mesma porém arriscou por não ter nada a
perder.

ANNY: Alfonso Herrera ? Ou melhor conhecido como "homem que ataca
as mulheres na porta do banheiro para beijá-las ? COMO CONSEGUIU
MEU NÙMERO ? -- gritou com tanta raiva surpreendendo a si mesma
e a Poncho que até então queria apenas brincar

ALFONSO: Tudo bem eu me rendo mas também não precisa gritar. Me perdoe
por ter ligado, mas precisava ouvir sua voz e me desculpar. Quanto ao
número, estava precisando de advogado e acabei achando sua empresa na
internet. Como não tinha ninguém para marcar reunião na hora, me passaram
seu número. -- respirou fundo com a história muito mal contada que
fatalmente ela não iria acreditar.

ANNY: Vai precisar mesmo de advogado se não quiser ir preso. Te
perdoo por aquele dia. Ainda estou brava com você por isso. Melhor
eu desligar. -- disse já apertando o botão do celular quando ouviu
Poncho gritar a chamando do outro lado da linha. -- Que foi ? -- estava
tão impaciente que poderia atirar em alguém

ALFONSO: Me perdoa de verdade ! Foi impulso. Você foi uma das
únicas pessoas naquela semana que falou comigo sobre outras coisas
que não eram apenas cirurgia que iriam fazer. -- suspirou
cansado e se rendeu ao sabor amargo do desprezo dela. -- Não
te incomodarei mais. Adeus. -- desligou sem nem dar chance
ao inevitável que era, com razão, ela o xingar sem parar.

Anny ficou imóvel olhando o aparelho em sua mão tentando
entender quem nos dias atuais conta esse tipo de desculpa
quando se interessa por alguém. Teve de reconhencer que
a hitória dele seria aceitável se ela não tivesse em
vão tentado esquecer o ocorrido boa parte do dia. Sem
perceber sorriu e acabou rindo da atitude dele, parecia
um adolescente admitindo gostar da menina mais linda
da escola que tanto o esnobou. Pensou se ele ligaria
outra vez ou apareceria pessoalmente, afinal tinha de
admitir que Alfonso Herrera era imprevisível.