Fanfic: Sedução Fatal (Terminada)

Encostou-se à madeira fria e fechou
os olhos. O cora­ção batia freneticamente enquanto ela repassava os últi­mos
minutos.

Um sorriso lhe veio aos lábios.

Mas a satisfação que sentiu ao dizer
a verdade logo se desfez quando percebeu que havia acabado, em menos de um
minuto, com a própria reputação.

Sua mãe ia se tornar a mulher mais
feliz do mundo.

Já tia lzzie...

Anahí nem queria pensar no assunto
agora. Não podia. Estava ocupada demais tentando digerir as palavras de Winona.
Prestativa! Era isso que o pessoal da cidade achava que ela era?
Que ela estava desesperada? Carente de amor`?

Se
a carapuça serviu...

Andava carente de sexo, não de amor.

Tinha amor de sobra em sua vida.
Tinha amigos que gostavam dela. Era adorada pela mãe. Era o tesouro da tia-avó.

Apesar de não serem sentimentos vindos
de homens. Mas ela não queria homem nenhum em sua vida no momento. Razão pela
qual não ligou para o fato de Alfonso Herrera ter ido embora sem sequer deixar
um bilhete.

É lógico que ela iria começar a sair
com outros ho­mens e esperava encontrar o homem certo. Mas até então estava
feliz em ser solteira. Gostava de ter liberdade.

Adorava.

Sim,
isto explica por que está decepcionada.

Decepcionada?

Dificilmente. Sabia que era um caso
passageiro quan­do saiu com ele. Era uma forma de acabar com a frustra­ção que
a estava tirando completamente do sério.

Missão cumprida.

Anahí escutou passos do outro lado da
porta, e em se­guida o barulho das chaves e o ranger das dobradiças. Então veio
o silêncio.

Jogou água fria no rosto e secou.
Tirou o lençol e ves­tiu as roupas apressadamente. Poucos segundos depois
estava abrindo a porta do banheiro.

Deu uma olhada rápida no quarto. Não
havia nenhu­ma mala. Nem objetos pessoais espalhados pela pentea­deira. Nem
roupas no armário. E com certeza não havia bilhete nenhum.

E
qual ê o problema?

Não havia problema nenhum. Ficaram
juntos uma noite, e agora já era de manhã. Ou seja, acabou. Termi­nou. Fini.

Engoliu em seco, arrependida, pegou a
bolsa e foi até a porta.

Estava na hora de esquecer tudo que
houve na noite anterior e voltar ao trabalho.

Assim que pensou no trabalho sentiu
uma onda de an­siedade. Olhou para o relógio. Estava três horas atrasada.

Isso a fez se lembrar de uma
meníninha sentada no sofá a noite inteira, esperando a mãe chegar em casa.
Passou tanto tempo da vida esperando. E se decepcionando.

Não que tivesse mágoa. Jolene não era
nem metade tão irresponsável quanto já fora. Louca como sempre, talvez, mas ao
menos não fazia mais promessas que não podia cumprir. Ela amava Anahí, e Anahí
a amava, e o passado já estava resolvido.

Mesmo assim, Anahí gostava de chegar
na hora.

Portanto saiu do quarto, entrou na
caminhonete e li­gou o motor. Tinha de ir para casa, se trocar e, sobretudo, se
recompor.

Ou seja, tinha de esquecer Alfonso.

Uma imagem misteriosa, sexy e erótica
lhe veio â mente, fazendo-a corar. Os mamilos se encaram. As co­xas doeram.
Seus pés estavam lentos e ela se viu presa em um sinal vermelho.

Três horas e o tempo continuava
correndo.