Fanfic: Sedução Fatal (Terminada)
Ele deu uma espiada para além da bilheteria onde esperava
com Anahí e procurou em meio à multidão até achar o casal a vários metros de
si. Bem além do alcance dos ouvidos.
Dos ouvidos de qualquer um, menos de Alfonso.
Os sons foram diminuindo à medida que ele sintonizava
o casal que se aproximava. Ouviu a respiração suave da mulher e o som do
cascalho que o homem esmagava com suas caras botas de couro de cobra.
- São seis dólares, por favor. - Uma voz
atraiu a atenção de Alfonso e ele se voltou para a bilheteria.
Anahí pegou a carteira, mas Alfonso já estava pondo
uma nota de vinte sobre o balcão.
- Bonito e cavalheiro - disse a bilheteira ao pegar
o dinheiro e se virar para pegar o troco. - Estou impressionada. - Contou
algumas cédulas de um dólar e entregou a Alfonso. - Fico feliz por você, meu
bem - ela disse, piscando o olho para Anahí.
- Obrigada, Marie.
A mulher deu mais uma olhada para Alfonso e sorriu.
- Eu podia ter pago - Anahí disse a Alfonso quando
ele pôs a mão em suas costas e a conduziu ao portão de entrada. - Você queria
um namorado, e na minha terra, é o namorado quem paga.
- Mas isso não é de verdade. Você pode ter se comprometido
a fingir, mas não se comprometeu a gastar seu dinheiro. Você já está me fazendo
um enorme favor. Não quero ser um peso para você.
- Acredite, eu posso pagar. Além do mais, isso não
é um favor. - Ele a encarou e o lábio inferior de Anahí tremeu levemente. - Em
muito breve você vai me pagar.
- Mesmo assim - uma luz teimosa lhe inflamou os
olhos. - Não acho que...
- Vou colocar na conta e depois resolvemos isso.
- Certo. - Ela lambeu os lábios. - Então quando
você disse que podia pagar estava querendo dizer que é podre de rico ou que vai
ter de apertar o cinto depois? Não que faça diferença - ela se apressou em
dizer. - Mas não sei muita coisa sobre você, e como você concordou em bancar o
namorado zeloso, talvez eu devesse saber um pouco mais sobre você, como sua profissão.
- Eu projeto motocicletas sob encomenda. Eu
as construo, e meu sócio se encarrega do design.
- Qual o nome dele?
- Garret. Garret Sawyer.
- Temos alguns Sawyers aqui em Skull Creek. Mabel e
Earl. São gente muito boa.
- Não creio que sejam parentes de Garret.
- Nunca se sabe. E onde fica a sede?
- Não temos uma sede, na verdade. Temos trabalhado
em uma pequena loja em Houston nos últimos meses enquanto atendemos alguns
clientes nas redondezas Antes disso passamos um tempo na Geórgia. Antes, em
Miami. Nashville. Los Angeles.
- Então você realmente está de passagem. Ele
sorriu.
- Eu não minto, docinho. Mesmo que se trate de um
romance passageiro.
- Não quis dizer isso. É só que às vezes as pessoas
dizem o que as outras querem escutar...
- O nome disso é mentira. E eu
não faço isso.
Então me diga por que me beijou ontem à noite. Por
que eu?
A frase estava em sua cabeça, cintüando nas profundezas
de seus olhos, mas não chegaram a seus lábios rosados. Em vez disso, uma voz
de homem soou quando o casal que estava conversando sobre ela ser lésbica ou
não finalmente os alcançou.
- Ora, se não é a melhor cabeleireira deste lado do
Rio Grande - disse o homem.
Um sorriso se fez nos lábios de Anahí.
- Este é Charlie - Anahí disse a Alfonso. - Nós
trabalhamos juntos.
- Na verdade, quem trabalha sou eu. Ela
sempre chega atrasada. - Ele piscou. - E esta atrevida aqui é minha esposa,
Darlene. Diga olá, meu bem.
- Olá, meu bem. - A despeito das palavras sugestivas
era evidente que a mulher era louca pelo marido. Darlene bateu-lhe nas costelas
com expressão terna. - E não me chame de atrevida.
- Que tal sem-vergonha, então?
- Assim, sim. - Ela sorriu. - Sorte a sua. Alfonso
sorriu.
- Prazer em conhecê-los. - Apertou as mãos de ambos.
- Vocês já foram ao Master Blaster? Charlie e eu fomos
uns quinze minutos atrás e juro que meu estômago ainda não voltou ao normal.
- Na verdade acabamos de chegar. - Anahí olhou ao
redor. Apesar de haver algumas pessoas andando para lá e para cá, a maioria das
pessoas parecia se concentrar em uma tenda a poucos metros. - O que está acontecendo?
- Sherman Calhoun está quase perdendo o trono.
- Então é por isto que o pessoal está lá - disse
Anahí olhando para o grupo de pessoas. - Sherman é o rei da competição de quem come
mais costelas - ela disse a Alfonso.
- Quando o pessoal ouviu falar que ele estava competindo,
as vendas de ingressos triplicaram - Darlene acrescentou. -A cidade inteira
está querendo ver.
- E por quê? - Alfonso perguntou. Anahí sorriu.
- Cidades grandes têm competições esportivas profissionais,
e nós temos humilhação em público.
- Ele costuma chorar assim quando não consegue
vencer? - Alfonso perguntou dez minutos depois, enquanto assistiam ao
espetáculo no palco. O gorducho Sherman estava parado ao lado do prefeito da
cidade com lágrimas escorrendo pelo rosto ao ganhar o prêmio de segundo lugar.
- Normalmente ele dá socos - Anahí disse. - Ou joga
cadeiras. Ou garfos de churrasco. Uma vez ele chegou a sacar o revólver e
tentou matar Marvin Helmsley durante uma competição. Já o vi gritar palavrões e
cuspir, mas chorar é a primeira vez.
- Faz parte da terapia de controle da raiva - foi o
palpite de Darlene. - Lembra do último Dia da Independência, quando ele perdeu
a competição de quem come mais peito de vitela? Ele ficou tão furioso que
colocou um foguete nas calças de Jim Limpkin e acendeu.
-Ah, é. O pobre do Jim passou meses sem conseguir
sentar.
- Claro que agora ele tem o melhor traseiro da cidade,
então toda a dor valeu a pena - Darlene disse. Ao ver que Alfonso franziu o
cenho, acrescentou: -Antes o bumbum dele era bem achatado. Mas depois disso, o
plano de saúde teve de pagar pelos implantes de pele. Agora ele pode usar a
calça jeans do jeito que um homem deve usar. Foi sem dúvida o melhor dia de
sua vida, o que nos leva de volta a Sherman. Jim ficou tão agradecido que, em
vez de processá-lo, deu uma recompensa a Sherman, que queria comprar uma nova
churrasqueira, mas foi obrigado pela esposa a fazer uma terapia de controle da
raiva. De qualquer forma, agora ele chora para conseguir lidar com o estresse.
Alfonso observou o sujeito balançar a cabeça,
soltar um uivo e sair correndo do palco com uma caixa de lenço de papel nas
mãos.
- Parece que o espetáculo acabou - disse Charlie,
pondo um braço sobre o ombro de Darlene. - Que tal irmos embora e deixarmos os
dois pombinhos a sós?
Os dois trocaram olhares e ela assentiu.
- Sim, estou um pouquinho cansada.
- Mas não são nem dez horas - Anahí contestou, como
se a súbita idéia de ficar sozinha com Alfonso a deixasse nervosa.
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
E deixava. Ele podia sentir a emoção que fluía dela, junto com uma onda de excitação. Saber disso mexeu com o desejo de Alfonso, e foi preciso muito esforço para forçar um sorriso casual aos amigos de Anahí. As mãos dele estavam coçando. Sua boca se encheu de água. Ele queria beijá- ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 76
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jl Postado em 10/12/2010 - 16:39:25
AAAAAAAA
Acabei de ler *-*
Adorei a historia, apesar que não gostei do epilogo deverria ser AyA mais tudo bem *-* -
rss Postado em 08/04/2010 - 21:35:00
AAAAAAAAAAAAAAAAAAMEI O FINAL
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:34:59
AAAAAAAAAAAAAAAAAAMEI O FINAL
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:34:59
AAAAAAAAAAAAAAAAAAMEI O FINAL
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kikaherrera Postado em 08/04/2010 - 20:40:28
Ameiiiiiiiiiiiiiiii parabéns as suas webs são maravilhosas.
Não demora para postar mais webs por favor. -
kikaherrera Postado em 02/04/2010 - 22:51:00
Amandoooooooooooooooo a web.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:59:00
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:58:52
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:58:42
Como vc é mal parar logo nessa parte.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
kikaherrera Postado em 26/03/2010 - 00:59:18
Amei a sinceridade do Poncho com a Annie.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa