Fanfic: Sedução Fatal (Terminada)
- Veja-ela se apressou em dizer, ansiosa se desviar
daquele pensamento perigoso -, eu sei que você deve estar pensando que sou bem
louca depois da noite de ontem.
- E também por causa de sua prontidão em aceitar
minha condição esta noite - ele acrescentou com um sorriso.
A expressão em seu rosto diminuiu a ansiedade de
Anahí e ela mal pôde resistir à vontade de sorrir.
- Sei que parece isso, mas não sou assim de
verdade. - Abaixou a voz e apoiou os braços na mesa. - Não costumo dormir com
alguém com quem não tenho um relacionamento.
E não cairia na armadilha de gostar de Alfonso
Herrera. Sua mãe já tinha feito isso incontáveis vezes e nunca conseguira se
estabilizar na vida. Não que ela quisesse claro. Por isso sempre estava com
homens que não queriam nada parecido com um relacionamento. Eram sempre homens
belos, interessados apenas em sexo. E bem temporários mesmo.
Ou seja, exatamente como Alfonso Herrera.
O joelho dele roçou no dela por debaixo da mesa.
Ela ficou arrepiada. Ele não disse nada, apenas a encarou, e ela subitamente
sentiu vontade de falar.
- Na verdade não costumo dormir com ninguém em um
relacionamento. Quero dizer, já fiz isto, mas só depois de realmente conhecer
a pessoa. - Ela esperou que ele dissesse algo, qualquer coisa, mas ele se
limitou a olhar para ela, para dentro dela, como se estivesse vendo algo que
ela ainda fosse dizer. - Não que esperar adiantasse muito. Mesmo assim eles
sempre se mostravam os caras errados.
- Mesmo o último? Qual era o nome dele?
De repente ela se sentiu incapaz de pensar. Em sua
mente havia apenas o prateado dos olhos de Alfonso, seus lábios eram suaves, e
a vontade de senti-los de novo.
- É um fulano qualquer - ela disse antes que pudesse
pensar em sua súbita perda de memória. - No começo não achei que fosse, mas
esta é a história de minha vida. Conhecer um cara antes de ir para a cama com
ele. Não que ele e eu tenhamos ido para a cama. Quase. Mas quase não conta.
Então, como você pode ver, não sou mesmo desse tipo.
- De que tipo, docinho?
- Você sabe, do tipo menina má. Ele sorriu.
- Não há nada de errado em ser uma menina má de vez
em quando.
Ah, se fosse assim.
Ela reprimiu aquele pensamento traiçoeiro. Fazia
muito tempo que prometera a si mesma não seguir os passos da mãe, e para valer.
Não queria ficar pulando de um homem para outro. Não queria procurar amor nos
lugares errados. Nem enquanto isso ignorar a tudo e a todos.
Não queria chegar tarde ao trabalho, perder compromissos
e decepcionar clientes.
Sentiu uma repentina onda de culpa ao se lembrar daquela
manhã. Cometera um erro. Mas Anahí aprendera com seus erros e não ia deixar
isso acontecer de novo. Não iria esquecer de tudo por causa de um homem - menos
ainda pelo homem errado.
- Você constrói motocicletas, certo? - ela
disse, tentando preencher o silêncio. - Como começou a trabalhar nisso?
Ele hesitou, e ela não conseguiu deixar de pensar
que ele estava avaliando o que diria a ela.
- Sempre adorei dirigir, mas nunca achei uma moto
que gostasse - ele disse, enfim. - Então decidi construir a minha própria.
- E?
- Eu havia acabado de construir uma quando encontrei
o editor da revista Texas Chopper em uma revenda local onde fui comprar peças.
Ele viu a moto e quis fotografá-la. - Deu de ombros. - Deixei, sem pensar muito
nisso. Mas a revista recebeu vários pedidos e assim entrei no ramo.
- O que fazia antes disso?
- Coisas diferentes. - Ele encaixou o olhar no
dela. - Criava gado, pregava placas de reboco, consertava transmissões. Não
gosto de ficar preso a algo.
- Isto vale também para a vida pessoal?
- Especialmente para minha vida pessoal.
- Você tem medo de compromisso. - Ela sorriu,
apesar da súbita decepção que tomou conta de si.
- Prefiro usar o termo solteirão convicto. -
Sorriu. Ela ignorou a palpitação no coração e se concentrou em comer mais um
pouco.
- É a mesma coisa - ela disse após engolir. - A
maioria dos caras que tem medo de compromisso já sofreu antes e agora evita
qualquer tipo de compromisso, ou então traz por dentro alguma angústia que não
quer descobrir. Qual dos dois é o seu caso?
Ele bebericou do chá e a observou.
- Faz diferença?
- Só por curiosidade. Claro que se não
responder vou acabar presumindo que você tem alguma angústia reprimida, porque
esse é o tipo de cara que nunca quer expor suas mágoas. Por isso se reprimem.
-Achei que você era cabeleireira, não terapeuta.
- Em uma cidade pequena como Skull Creek, os dois
são sinônimos. O mesmo vale para os bartenders. - Ela deu de ombros. - Tudo bem
se você não se sente confortável em revelar tudo sobre si mesmo agora. - Assim
que ela disse isso, ele franziu a testa e ela não se conteve. - Nós realmente
não nos conhecemos há muito tempo. A maioria dos homens que conheci esperava
termos alguns encontros primeiro antes de começar a agir de maneira
esquisita...
- Eu já fui casado uma vez - ele cortou. - Muito
muito tempo atrás. Mas não deu certo.
- Por quê? - A pergunta saiu antes que ela pudesse
se conter.
Ele hesitou novamente, como se estivesse decidindo
o quanto iria admitir. Ou a si mesmo.
- Tive alguns problemas... - Ele balançou a cabeça.
- Ela não conseguiu lidar com eles e foi embora. É isso.
A súbita dor no rosto dele provocou um choque no
coração dela.
- Lamento muito.
- Não lamente. - Deu de ombros. - As coisas foram
difíceis. Eu fui difícil. Ela fez o que teve de fazer. Encontrou outro e foi
embora.
- Você batia nela?
Seus olhos se arregalaram de surpresa.
- Como é?
- Você bateu nela? Abusou fisicamente de alguma
forma?
- Diabo, não. Jamais machucaria uma mulher. Como se
ela já não soubesse.
Sabia. Apesar de Alfonso lhe provocar vários
sentimentos, medo não era um deles. A única coisa que Anahí temia era sua
reação a ele.
Intensa.
Esmagadora.
Viciante.
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Anahí tentava acalmar seu coração em disparada enquanto se acomodava no assento de vinil. Alfonso sentou-se ao lado dela e fechou a barra protetora. Ela virou a cabeça e tentou respirar fundo sem sentir o cheiro de couro e daquele homem sexy e sedutor. Captou o aroma de maçã-do-amor e pipoca de uma bar-raquinha pr&o ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 76
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jl Postado em 10/12/2010 - 16:39:25
AAAAAAAA
Acabei de ler *-*
Adorei a historia, apesar que não gostei do epilogo deverria ser AyA mais tudo bem *-* -
rss Postado em 08/04/2010 - 21:35:00
AAAAAAAAAAAAAAAAAAMEI O FINAL
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:34:59
AAAAAAAAAAAAAAAAAAMEI O FINAL
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:34:59
AAAAAAAAAAAAAAAAAAMEI O FINAL
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kikaherrera Postado em 08/04/2010 - 20:40:28
Ameiiiiiiiiiiiiiiii parabéns as suas webs são maravilhosas.
Não demora para postar mais webs por favor. -
kikaherrera Postado em 02/04/2010 - 22:51:00
Amandoooooooooooooooo a web.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:59:00
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
-
kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:58:52
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
-
kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:58:42
Como vc é mal parar logo nessa parte.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
kikaherrera Postado em 26/03/2010 - 00:59:18
Amei a sinceridade do Poncho com a Annie.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa