Fanfic: Sedução Fatal (Terminada)

Novos capitulos quentinhos dedicados a minhas primeiras leitoras, obrigado pelos comentários.

Anahí Puente não queria mais saber de homens nem de
relacionamentos.

Chega. Acabou. Acabou, pessoal!

Olhou para o monte de açúcar cor-de-rosa e sorriu.
Agora ia comer até ficar feliz.

Experimentou-o, sentindo a doçura, e se concentrou
na onda de felicidade que percorreu seu corpo. Estava precisando de açúcar.

Tentou se convencer disso enquanto pegava um pe­daço
do algodão-doce com os dedos e o levava à boca. Suas papilas gustativas
estalaram e a frustração dimi­nuiu. Temporariamente, é claro.

Mas por outro lado, aquela era a história de sua
vida.

Outro pedaço, outra onda de satisfação, e ela come­çou
a pensar que talvez, quem sabe, tivesse sido até bom receber aquele telefonema
de Bill duas semanas antes, com imagem bem explícita - embora acidental - de
seu celular.

Tudo bem, não foi muito legal da parte dele mandar
aquela foto de propósito para seus amigos do boliche, que por sua vez mostraram
para todo mundo, até para os cachorros. O que queria dizer que a cidade inteira
era testemunha de sua humilhação.

Mesmo assim, não era o fim do mundo. O que
importava ter sido traída por Bill, aquela cafa­jeste de segunda? E daí que ele
ainda estava em Vegas, atracado com duas siliconadas, entregue a uma autêntica
orgia, como disse Molly? Ótimo! Ele era um filhinho da  mamãe, com quem
ainda morava, e ela já havia perdi do sete meses jantando todas as sextas com a
mãe dele,  assistindo filmes aos sábados à noite com a mãe dele, fazendo
piqueniques nas manhãs de domingo junto com -- você sabe - a mãe dele.

Se por um lado sete meses não parecia muito, era
preciso acrescentar os 16 meses que perdeu com Roger Beeville (que tinha um
fraco por sapatos de mulher que o levou a atingir vários durante a semana de
torneios de boliche), treze meses com Stan Caufield (que tinha um fraco pela
secretária... e pela faxineira, e pela atendente da locadora de vídeo, e pela
moça de unhas de acrílico da Nancy`s Nails) e os dezoito meses anteriores com
Jerry Não-Sei-o-Quê (que tinha um fraco por Buck, seu velho companheiro do
futebol) o que no total era muito tempo jogado fora. Considerando-se que havia
pelo menos um semestre entre cada para manter um período decente de luto (e
para comer bastante chocolate para afogar as mágoas), era questão de anos.

Nada mais da otimista de vinte e dois anos que
fora, com seu diploma recém-conquistado de cosmetologia e sonhos de viver feliz
para sempre - com um homem bom e confiável, dois filhos, dois cachorros e uma
casa com um jardim enorme. Agora estava com trinta anos e era a estressada dona
do salão To Dyse. Fizera um em­préstimo bancário monstruoso e tinha uma
infinitude de relacionamentos ruins com homens problemáticos.

Além de uma hipoteca gigantesca.

Apesar de ter resolvido deixar a procura do homem
certo de lado por enquanto, não viu razão para ter que esperá-lo. Claro que não
estava preparada para cuidar de filhos e cachorros sozinha, mas era
perfeitamente capaz de comprar uma casa e dar ao menos um pequeno passo em
direção ao "felizes para sempre".