Fanfic: Sedução Fatal (Terminada)

Como se ele nunca tivesse tirado as mãos de lá. Não
tinha. Não podia ter tirado. Eles teriam batido na primei­ra árvore.

Mas quem sabe ele não havia instalado algum tipo de
piloto automático na moto?

Provavelmente.

Era isso ou... o quê? Ele tinha algum tipo de
poder, como um super-herói?

Não havia ou. Colocara um piloto automático. Ponto
final.

Espantou o pensamento e voltou a atenção para o que
realmente importava: respirar de novo. Respirou fundo enquanto Alfonso fazia a
volta para retornar à cidade.

O passeio fora longo e exaustivo, com Alfonso
envolvendo-a e a moto vibrando entre suas pernas. Quando pararam em frente aos
familiares bangalôs amarelos, ela estava mais do que pronta para mais. Mas não
ali.

Aquele lugar... era seu futuro. O primeiro passo em
direção ao final feliz.

- O motel - disse, pois aquela noite não era parte
do final feliz de Anahí, mesmo com a desconcertante visão de Alfonso
carregando-a nos braços para dentro. -Acabei de me mudar e estou no meio de uma
reforma. Está tudo uma bagunça. Você ainda tem um quarto no motel, não tem?

Ele retesou o corpo e Anahí pensou que ele fosse
sal­tar, tomá-la nos braços e caminhar até a entrada, a des­peito da hesitação
que ela sentiu. Seu coração bateu forte uma, duas vezes, e então ele disse.

- Reservei o quarto para a semana toda.

-  Ótimo. Vamos para lá. - Ela sentiu um
alívio quando ele ligou a moto e pegou o retorno.

Era tarde e o Skull Creek Inn estava escuro a não
ser pelo sinal de "há vagas" que piscava na frente. Alfonso sal­tou
da moto, puxou-a e juntos subiram as escadas.

Poucos segundos depois ele a levava para dentro do
quarto. Trancou a porta e a puxou para si. Sua boca co­briu a dela, seus lábios
roubando-lhe um beijo que a dei­xou incrivelmente excitada.

Ele a encostou contra a janela, colocando as mãos
so­bre o vidro, um braço de cada lado. Sua língua reivin­dicou a dela em um
beijo profundo e molhado. Então lambeu um lado do pescoço. O coração de Anahí
deu um pulo, e o sangue pulsou em suas veias.

Tum, tum, tum.

Seu pulso vibrava em um ritmo magnético que acirra­va
o apetite dele, captando-o ainda mais que o delicioso calor que pingava de seu
corpo.

Sexo, ele procurou lembrar. Alfonso havia se alimen­tado
a noite passada. Não era para estar com tamanha fome.

E não estava, pensou. Ainda não.

Ele foi mais para baixo, para o decote da blusa.
Seus dedos fizeram um trabalho rápido com os botões até abrir tudo,
desabotoando e tirando o sutiã. Então sua boca se fechou sobre um dos mamilos
rosados e um gemido saiu dos lábios entreabertos.

Ele brincou com o monte empinado, lambendo e pres­sionando.
E então ele sugou, sorvendo tão longa e pro­fundamente que ela estremeceu toda.
Ela estava quase chegando lá. De novo.

Alfonso logo percebeu isso, e ficou perplexo por
alguns momentos.

Não era possível. Não depois de um orgasmo tão in­tenso
e exaustivo.

A onda de energia no corpo de Alfonso foi total,
como uma explosão elétrica a partir do ponto de contato. Ele sentiu a força
preenchê-lo, e então ela desmoronou sobre ele. E mesmo assim, lá estava ela,
pronta para mais. Para ele.

Ele podia sentir o tremor de seu corpo, podia ver o
desespero que transformava seus olhos em ouro profun­do, rico e vibrante. Ele
ouviu na rispidez contida de sua respiração. E também sentiu o cheiro, o aroma
doce e estonteante daquela mulher sexy, excitada e gulosa.