Fanfic: Sedução Fatal (Terminada)
Havia esquecido a bolsa com tudo dentro na mesa da
cozinha de casa.
- Tome, querida. - Izzie entregou-lhe um saco de
papel marrom estufado. -- Tenha um bom dia.
Mas o dia de Anahí já estava estragado.
Ela havia esquecido.
Para piorar a situação, agora tinha de voltar em
casa e pegar a bolsa, o que significava que não podia parar na loja de
ferragens sem chegar atrasada ao asilo Golden Acres. Ou seja, ela deixou que
Alfonso Herrera atrapalhasse sua agenda.
De novo.
- Vamos ver o que você tem.
Alfonso olhou para os dois ases e três reis que
tinha nas mãos e abriu em leque com um sorriso no rosto enquanto olhava para o
homem sentado em frente a si.
- Vamos ver se você segura essa.
0 homem deu uma olhada, abaixou a mão e soltou um
palavrão.
- Que tal o dobro ou nada? - Alfonso empurrou
as moedas de ouro que ganhara para o centro da mesa. - Você pode até tirar mais
duas cartas.
- Já está tarde demais para mim - o homem murmurou.
- Além do que, pretendo sair daqui com minha calça, que no momento é tudo que tenho.
- E você? - Alfonso olhou para o outro homem.
Hopkins, que era dono da loja de departamentos do outro lado da rua, balançou a
cabeça e se afastou.
- Tem uma jovem esperando por mim lá em cima, e não
me passa pela cabeça contrariá-la.
- Willy? - Alfonso olhou para o dono do estábulo.
- Também estou fora dessa.
- É isso que dá jogar com amadores. - Alfonso havia
destruído uma mesa de profissionais na semana passada, e no final teve de
sacar a arma. Os homens não gostaram muito de perder para um sujeito do local
e não demonstraram espírito esportivo. E eram perigosos, os malditos.
- Está tarde. - Willy deu de ombros. - Prometi à
minha esposa que não chegaria tarde de novo. Já perdi o jantar duas vezes esta
semana. E è melhor você se apressar também. Ellen deve estar esperando.
Ainda não. O pai dela gostava de comer tarde, depois
da soneca noturna, de modo que ela ainda estava preparando o jantar a esta
altura. Fígado com cebolas. O prato favorito de seu pai. Mas Alfonso não era
pai dela e detestava fígado com cebolas. Assim como detestava aquele homem frio
e duro que o obrigara a casar com a filha por comprometer sua virtude.
Para dizer a verdade, a virtude de Ellen já estava
comprometida muito tempo antes de Alfonso se envolver com ela. Mas foi com ele
que ela foi flagrada. Era ele que o pai queria -precisava -para ajudar com os
cavalos. E ele era tão ingênuo que até acreditou que Ellen sentia alguma coisa
por ele.
Não sentia. Ele havia saído da cidade - livre pela
primeira vez na vida - e ela quis ir junto. Fez de tudo para que ele a levasse.
Mentiu para ele. Não estava nem um pouquinho apaixonada
por ele. Na verdade, ela queria sair. Sair da cidade. Sair de perto do pai
dominador.
Mas, pelo contrário, estava imobilizada.
Ambos estavam.
Ele recolheu o ouro, virou o resto do uísque e
pegou o chapéu. Já do lado de fora, parou para olhar para o estâbulo onde havia
deixado o cavalo.
A música vinha do outro lado da rua, e Alfonso
pensou na quantia que ganhara aquela noite. Suficiente para sumir de vez se ele
fosse do tipo que descumpria promessas.
Ou então poderia comprar para Ellen aquele vestido
daquele catálogo pomposo que ela estava querendo.
Ela gostaria disso. E talvez, quem sabe, ela
gostasse dele. Um pouquinho só que fosse.
Ele se virou em direção ao salão. Mais uns
joguinhos só, ele disse a si mesmo. Três no máximo, e então ele iria voltar
para casa.
Porque Alfonso Herrera cumpria suas promessas. Sempre
cumpria e sempre cumpriria.
Na hora que saiu do Matties já passava bastante da
meia-noite. Em seu terceiro round ele havia ganhado de lavada de um grupo de
ajudantes de uma das fazendas vizinhas, e nenhum deles ficara muito satisfeito.
Estava na hora de pular fora enquanto a maré estava boa. Saiu em direção ao
estâbulo. A lama respingava debaixo de suas botas. A rua se abria em frente a
ele, escura e quieta.
Quieta demais.
Mesmo assim, Alfonso não ouviu sequer um passo detrás
de si antes de sentir as mãos se fecharem em sua garganta.
Uma dor quente e branca lhe rasgou ajugular e o sangue
esguichou, escorrendo pela camisa abaixo. Um rosnado rompeu o silêncio. Alfonso
sentiu a boca em seu pescoço, sorvendo o corte profundo, sugando a vida de si.
- Não!
O aperto na garganta desapareceu e Alfonso tombou
no chão. O som de seu coração batendo em ritmo lento e moroso, cada tum se
espaçando mais do outro enquanto ele ficou deitado lá pelo que pareceu uma
eternidade Ele estava morrendo. Sabia disso, mas não havia droga nenhuma que
pudesse fazer.
post só se tiver muitos comentários
besos
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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Ele tentou manter os olhos abertos, pedir ajuda, oferecer o dinheiro que ganhara em troca de sua vida, mas a única coisa que ouviu foi um gorgolejo abafado. - Você não pode morrer, -A voz torturada ultrapassou a dor que trovejava na cabeça de Alfonso e ele sentiu seu corpo sendo levantado. Socorro. Alguém o estava socorren ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 76
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jl Postado em 10/12/2010 - 16:39:25
AAAAAAAA
Acabei de ler *-*
Adorei a historia, apesar que não gostei do epilogo deverria ser AyA mais tudo bem *-* -
rss Postado em 08/04/2010 - 21:35:00
AAAAAAAAAAAAAAAAAAMEI O FINAL
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:34:59
AAAAAAAAAAAAAAAAAAMEI O FINAL
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:34:59
AAAAAAAAAAAAAAAAAAMEI O FINAL
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kikaherrera Postado em 08/04/2010 - 20:40:28
Ameiiiiiiiiiiiiiiii parabéns as suas webs são maravilhosas.
Não demora para postar mais webs por favor. -
kikaherrera Postado em 02/04/2010 - 22:51:00
Amandoooooooooooooooo a web.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:59:00
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:58:52
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:58:42
Como vc é mal parar logo nessa parte.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
kikaherrera Postado em 26/03/2010 - 00:59:18
Amei a sinceridade do Poncho com a Annie.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa