Fanfic: Sedução Fatal (Terminada)
- Você joga às quartas também? - Alfonso perguntou enquanto abria a porta para Anahí. Ela passou e ele foi atrás.
- O que posso dizer? Tenho um fraco por balas de limão.
- Acho que seu fraco é pelas senhoras e não pelas balas. O pessoal é legal. Entendo por que você gosta de vir sempre.
- Você é o único que entende. Acredita que os parentes as abandonaram? Quer dizer, algumas têm filhos que visitam, mas são em sua maioria sozinhas.
Ele deu de ombros.
- Ser sozinho tem suas vantagens. Ninguém fica lhe dizendo o que fazer.
- Falou o rebelde.
Mas ele não era. Nunca fora. Sempre teve alguém para lhe dar ordens. Primeiro a mãe, depois o senhor Caskey, e depois aquela fome maldita.
- Ainda assim - ela continuou -, por mais que minha mãe e minha tia me enlouqueçam, jamais as trocaria por ninguém. - Sorriu. - Mas posso considerar um empréstimo se estiver interessado.
- Desculpe. Já tive minha quota de familiares malucos.
Ela arqueou a sobrancelha.
- Sua mãe?
Ele assentiu brevemente. Não era de falar muito. Nunca fora.
- Ela era alcoólatra - ele se ouviu dizer. - Não era companhia das mais agradáveis quando enchia a cara. Infelizmente ela estava por perto 24 horas por dia, a semana inteira, e por isso fui morar com o senhor Caskey. Ele era um fazendeiro que morava perto da cidade onde nasci. Minha mãe me entregou a ele quando eu tinha nove anos, e foi a última vez que a vi.
- Lamento. Acho.
Ele sentiu um sorriso se formar nos lábios. Por mais dolorosas que fossem as lembranças, havia algo de estranhamente reconfortante em caminhar ao lado de Anahí.
- Ficar na casa de Caskey foi bem diferente de ficar com ela. Nada de ficar acordado a noite toda. Nada de bebida. Eu tinha hora para dormir e acordar, e tinha de trabalhar. - Caskey era o oposto de sua mãe. Estava sempre sóbrio. Quieto. Frio. Ao mesmo tempo, era tão controlador quanto ela. Só que ele usava os punhos em vez de palavras.
- E a escola?
- A esposa de Caskey me ensinou tudo que sei. - Helen ensinou Alfonso a ler e escrever quando seu marido não estava vendo. Escondia livros no alojamento e lhe dava uma maçã a mais no almoço. Ela gostava dele. Gostava de todas as crianças, pois sempre tivera loucura para ter um filho.
Ela e o bebê morreram quando ela deu à luz. As mortes fizeram o temperamento de Caskey piorar ainda mais o que aumentou o sofrimento de Alfonso.
- Sei que deve ter sido duro deixar sua mãe, mas ao menos você teve uma vida melhor com gente que o queria.
- Caskey não me queria. - Alfonso não sabia bem por que estava contando isso a ela. Jamais revelava nada de si além do estritamente necessário. Mas de repente queria que ela soubesse a verdade. Ou ao menos parte dela. - Minha mãe roubou dinheiro dele. Em vez de processá-la, ele aceitou que eu trabalhasse para pagar a dívida.
- Mas você era uma criança. Isso é contra a lei.
- Só se alguém denunciar. - E só hoje em dia. Mas naquela época... - Caskey queria sua compensação e conseguiria de um jeito ou de outro. Precisava de ajuda na fazenda e não se importava com minha idade. - Na verdade, ele gostava. Alfonso era fácil de intimidar. - Ao menos eu conseguia comer regularmente.
Ele ouviu os pensamentos dela claramente. Porque tinham feito sexo, agora estavam conectados. Apesar de não ser uma conexão tão forte quanto se ele a tivesse mordido.
Ela entrelaçou seus dedos aos dele enquanto caminhavam.
- Quanto tempo ficou com Caskey?
- Tempo demais. - Alfonso tinha 25 anos ao terminar de pagar a dívida da mãe. Um homem feito.
- E eu que achava minha infância ruim.
- Negligência também é abuso.
- Pode ser, mas eu tinha minha tia Izzie para ajudar. Ela se desdobrava em atenções, o que compensa o que minha mãe deixava de fazer. Izzie estava sempre dando demais, e minha mãe de menos.
- E você ficava no meio.
- Ainda estou.
- Mas não precisa estar.
- Isso é o que você diz. Já tentei mudar isto, mas não dá certo.
- Você podia ir embora.
- É típico de você. - Ela tentou rebater as palavras de Alfonso, mas ele viu pelo brilho nos olhos dela que Anahí não era tão imune à dor quando gostaria de fazê-la acreditar. - Longe de mim querer entrar no seu caminho.
- Achei que sexo era típico de mim.
- Também. Você teve muito azar. - E o azar é meu.
Alfonso retesou o corpo ao ouvir o pensamento dela. Desligue-se dos pensamentos dela.
Mas não fez isso.
Não queria fazer. Assim como não queria ser mais um em uma lista infinita de azar em termos de homens. Ele queria ser diferente. Porque ela era diferente.
Ela tinha um coração ainda maior que o apetite sexual. Ela se importava com as pessoas. Tinha a mãe que a negligenciara. A tia que a sufocava. Os amigos. Os velhinhos do asilo. Ela estava vivendo uma farsa com ele para preservar a imagem da tia. Passava os domingos trabalhando quando podia ficar em casa aproveitando o tempo livre.
Mas aquela era Anahí. Abnegada. Cuidadosa. Diferente.
Jamais conhecera uma mulher como ela, e ela jamais conhecera um homem como ele.
Ela apenas ainda não percebera. - Vamos. - Ele pegou sua mão, entrelaçando os dedos enquanto caminhava até a motocicleta.
mais post só quando tiverem muitos comentarios
besos
Autor(a): annytha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 76
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jl Postado em 10/12/2010 - 16:39:25
AAAAAAAA
Acabei de ler *-*
Adorei a historia, apesar que não gostei do epilogo deverria ser AyA mais tudo bem *-* -
rss Postado em 08/04/2010 - 21:35:00
AAAAAAAAAAAAAAAAAAMEI O FINAL
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:34:59
AAAAAAAAAAAAAAAAAAMEI O FINAL
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:34:59
AAAAAAAAAAAAAAAAAAMEI O FINAL
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kikaherrera Postado em 08/04/2010 - 20:40:28
Ameiiiiiiiiiiiiiiii parabéns as suas webs são maravilhosas.
Não demora para postar mais webs por favor. -
kikaherrera Postado em 02/04/2010 - 22:51:00
Amandoooooooooooooooo a web.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:59:00
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:58:52
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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kikaherrera Postado em 29/03/2010 - 21:58:42
Como vc é mal parar logo nessa parte.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
kikaherrera Postado em 26/03/2010 - 00:59:18
Amei a sinceridade do Poncho com a Annie.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa