Fanfic: Sedução Fatal (Terminada)

Alfonso protegeu Anahí com os braços. Virou-se e
deu de cara com o vampiro que vinha por detrás dele.

Parecia que Garret Sawyer o havia salvado da fome
não apenas uma vez, mas duas, agora.

Só que desta vez Alfonso não estava tão agradecido
quan­to da primeira vez. Estava desesperado por sangue da outra vez, enquanto
que agora era só questão de sexo.

Ele a embalou nos braços e encarou o sócio.

- Você está bem longe de Houston. Garret levantou
as mãos.

-  Relaxe, cara. Não quis assustá-lo. - Ele
usava calça jeans desbotada, uma camiseta do Orange County Choppers e botas de
gastas de motoqueiro. Uma bandana vermelha, branca e azul cobria os cabelos
cortados bem rentes. Tinha uma pequena caveira de prata pendurada em uma
orelha. -Achei que podia ajudá-lo.

- Achei que isso era mais uma perseguição ao im­possível
para você.

O vampiro mais velho deu de ombros.

- E é. Mas se tudo der certo, você vai precisar da
minha ajuda. Sam não vai se render sem lutar. - Como Alfonso nada disse, Garret
acrescentou: - Escute, desculpe por desencorajá-lo, mas tenho procurado o homem
que me transformou faz tanto tempo que estou desiludido. - Ele deu de ombros. -
Ser vampiro tem suas vanta­gens. Podemos voar como super-heróis. Levantar car­ros
como se fôssemos o Incrível Hulk. Impressionar as garotas como se fôssemos o
Brad Pitt. É um charmoso após-vida, se pararmos para pensar.

- Nós não dominamos o poder, cara. É o poder que
nos domina.

- Podia ser pior. - Ele olhou para Anahí com ex­pressão
sombria. - Você está se alimentando. Ele deve estar perto.

- Posso senti-lo.

- Isso explica porque você ficou nervoso agora. Pen­sei
que você ia me rasgar a garganta.

- Quando senti você vindo por trás achei que fosse
ele.

- Não tenho tanta sorte, meu amigo. - Olhou nova­mente
para Anahí. - Ela não faz seu estilo, mas posso ver que ela o atrai. Sinto a
energia vindo dela.

Alfonso a abraçou com força. Garret riu.

- Não se preocupe, irmão. No momento você precisa
dela mais do que eu. - Olhou na direção do centro co­munitário. - Além do que
acabei de ver uma ruiva que parece estar pedindo por algo. - Deu um tapínha no
ombro de Alfonso. - Encontro você depois. - E desapare­ceu em um flash,
entrando no centro comunitário.

Alfonso voltou a atenção para a mulher em seus
braços.

O pânico e o medo se foram. Por enquanto.

Cristo, ela o vira.

Desta vez vira mesmo. Não havia como disfarçar a
verdade.

A não ser que...

Ele a faria esquecer. Podia fazer qualquer um esque­cer.
Já usara esse truque antes.

Ela havia se exposto demais ao cheiro de solução de
permanente.

Foi o que Anahí pensou ao abrir os olhos e se dar
con­ta da realidade.

Estava deitada em um saco de dormir. Uma pequena
lanterna iluminava o ambiente, afastando as sombras e permitindo que ela visse
que estava em uma grande ca­verna. Havia uma cascata por perto.

- Que bom que você despertou.

A voz de Alfonso a fez se levantar e ela o viu
sentado a poucos passos dela, encostado à parede da caverna.