Fanfic: Sedução Fatal (Terminada)

Quando Anahí acordou na manhã de domingo, Anahí
bocejou e se espreguiçou, ainda sentindo os efeitos da incrível noite de amor,
até que se deu conta da reali­dade.

Aquela noite era a noite.

Quando o relógio desse meia-noite, Alfonso estaria
cara a cara com Sam. E depois partiria de Skull Creek para sempre.

Ele ama você, sussurrou uma voz. Ele não vai
partir.

Anahí queria achar isso, mas não conseguia.

Alfonso precisava de sua liberdade. Lutara tanto
para simplesmente desistir agora por causa dela. Por causa de amor.

Até porque ele não usou essas palavras.

Mas e se ele não conseguisse derrotar Sam Black?

Anahí estava sozinha no salão depois de mais um dia
de trabalho. Quando ia abrir a porta para sair lhe veio a visão de Alfonso
caído em alguma parte com uma estaca fincada em seu coração.

Abriu a porta e deu de cara com Garret Sawyer. Ele
entrou.

- Em que posso ajudá-lo? - Ela fechou a porta.

- Primeiro de tudo, Alfonso precisa se alimentar.

- Ele se alimentou ontem à noite.

- Não basta. - Garret balançou a cabeça. - Quanto
mais se alimenta, mais forte ele fica. - Ele olhou para o pescoço dela. - Está
disposta a isso?

-  Claro. - Passou a mão no pescoço, tocando
as pequenas escoriações. Pequenos pontos que estavam fe­chando com rapidez
notável. No dia seguinte não have­ria mais nenhum traço da mordida. Que aliás,
não doera nada. - Farei tudo que puder.

- Eu a levarei até ele, então, e você poderá
alimentá-lo novamente.

Ela concordou.

- Estou pronta.

-  Eu também. - Ele estava tão perto que quase
a tocou. Mas não chegou a tocar.

Não com as mãos.

Mas seus olhos...

Foi quando Anahí percebeu que era isso que Alfonso
quis dizer ao mencionar que os vampiros tinham o poder de colocar os humanos em
estado de transe. Hipnotizá-los até ficarem fracos e...

Não!

Ela usou todas as forças para resistir àquele
olhar, mas era tarde demais.

O chão estremeceu e suas pernas ficaram bambas, e
então ela sentiu que estava desfalecendo. E a escuridão se fechou sobre si.

- Você o ama mesmo.

A voz soou nos ouvidos de Anahí no momento que ela
se forçou a abrir os olhos. Sua cabeça palpitava e as costas doíam. Estava com
gosto metálico na boca, a língua pesada. Piscou os olhos, procurando se adaptar
à  escuridão e enxergar a figura que se debruçava sobre ela bloqueando o
pouquinho de luar que penetrava o celeiro abandonado.

Seus tornozelos estavam feridos pelas cordas
ásperas que a apertavam, mas não tão forte assim. Ainda sentia os dedos dos
pés. Dedos ásperos rasparam a pele nua dos pés ao atá-los mais.

Ela tentou lembrar o que se passara, mas estava
escu­ro demais e sua cabeça doía muito.

- Tente manter os olhos abertos e a tontura
passará. - A sombra falou novamente, a voz vagamente fami­liar.

As memórias lhe vieram de supetão. A visita inespera­da
de Garret a seu salão. Ela o convidando a entrar. Sua discussão sobre Alfonso
e...

Garret.