Fanfic: Sedução Fatal (Terminada)

Sam estava com Anahí.

Alfonso sabia disso antes mesmo de ouvir a voz
deses­perada em sua mente apenas uma hora antes da meia-noite.

Era um truque. Uma manobra para fazê-lo sair de
onde estava. Suspeitava que Sam fosse usá-la desde que tivera o primeiro sonho,
e aquela voz era a prova disso.

Ela estava bem. Na noite passada a conexão entre
eles dois ficou dez vezes mais forte. O laço agora estava sóli­do.
Inquebrantável. Ele teria sentido sua dor. Mas o que estava sentindo era sua
agitação. Estava ansiosa por se libertar, mas não estava ferida.

Em breve, ele emitiu para ela a promessa
silenciosa. Em breve vou resgatá-la.

Lutou contra a ânsia de ir até ela e bloqueou suas
cha­madas desesperadas. O tempo agora era artigo raro e ele tinha muita estrada
pela frente para correr o risco de se atrasar em um segundo que fosse.

Seu futuro esperava por ele. Um futuro cheio de luz
solar com Anahí.

Ele agarrou a ponta das pedras e saiu com o corpo
pin­gando da fonte. Em minutos  estava seco, vestido e pron­to. Pegou a
estaca de seu alforje e enfiou na cintura da calça. Deu uma olhada no saco de
dormir vazio que es­tava perto. Garret prometera encontrá-lo na cidade. Alfonso
não tinha dúvida de que ele devia estar se alimentando, se fortalecendo para o
confronto. Mas nem precisava se dar ao trabalho. Alfonso não deixaria Garret
lutar do seu jeito. Ele ia localizar a área e manter os olhos abertos. Não
seria um alvo fácil.

Montou na moto, girou a chave e deu a partida.
Alfonso saiu com a moto rugindo da caverna e foi direto para a cidade.

Estava na hora.

SOU EU, DROGA. Anahí enviou o pensamento a Alfonso,
mas não adiantou. Ela não ouviu sua voz profunda e tranqüilizadora. Nada desde
que mandou a primeira mensagem. Por alguma razão ele estava desligando suas mensagens.

Ela procurou afastar uma sensação de contrariedade
e lutou contra as cordas. Mas elas não cederam. Procurou por algo para cortar
as cordas. Tirando um pouco de feno aqui e ali, não havia nada. O celeiro
estava obviamente abandonado fazia muito tempo.

Esforçou-se para alcançar a porta, rolou de costas
e fi­cou de joelhos. Estava quase chutando a porta com toda a força que podia
quando viu algo com o canto do olho.

Virou a cabeça e viu Derrick Cash espiando pela
janela. Ele a viu e Anahí se sentiu aliviada.

- Tudo bem - ele murmurou. - Vou lhe tirar daí.
Poucos segundos depois ela ouviu uma batida seca na porta, que se abriu.

- Acho que eu amo você - ela disse sem pensar
quando ele tirou a fita crepe de sua boca. Ao ver que ele corou, ela
acrescentou: - Não falo sério, Dill. Só estou realmente feliz de vê-lo. O que
está fazendo aqui?

- Estava trabalhando até mais tarde e vi as luzes
do seu salão acesas. - Ele ajeitou os óculos sobre o nariz e tirou um canivete
do bolso de sua calça cargo. Ele come­çou a cortar a corda que lhe prendia os
pulsos. - Pensei em lhe entregar o computador para que você já o tivesse amanhã
de manhã. Eu estava quase saindo de casa quan­do a vi com aquele cara. Você
parecia estranha. Quase drogada. Fiquei preocupado e a segui.

- Que horas são?

- Quase onze e meia.

- Mas saímos do salão pouco depois das nove. Por
que levou tanto tempo?

-  Eu estava seguindo-a, mas a perdi de vista.
Ele estava dirigindo a motocicleta bem rápido. De qualquer forma, não o vi
desviar até ele estar voltando para a ci­dade. Sozinho. Eu o vi pegar a estrada
principal, então desci a estrada da fazenda e retracei seus passos, ima­ginei
que ele a tivesse jogado em alguma vala, então vim dirigindo bem devagar. - Ele
terminou de cortar a corda e soltou-íhe as mãos. Começou a cortar a corda dos
tornozelos. - Temos de nos apressar para caso ele volte.

- Ele não vai voltar - Anahí disse quando ele lhe
soltou os tornozelos. Tentou se levantar.

Dill a ajudou a ficar de pé.

- Consegue caminhar?

- Não se preocupe comigo. - Ela já estava se diri­gindo
à porta. - Temos que voltar à cidade.

- Vou levá-la direto à delegacia.

- Não.

- Para o hospital?

- Para a praça. - Ela o seguiu até sua caminhonete
e sentou no banco do acompanhante. Olhou para o relógio e sentiu uma onda de
pânico. - Rápido!

- Vá para casa - ela disse a Dill quando chegaram à
rua principal.

- Mas temos que denunciar esse cara...

- Não. Escute, tem algo mais acontecendo. Você não
pode chamar a polícia. Não pode chamar ninguém. Ape­nas vá para casa e eu lhe
telefono amanhã. - Ao ver que ele hesitava, ela acrescentou: - Gostaria muito
que você fizesse isso. Por favor, Dill. Confie em mim. Ape­nas vá. - Ele
finalmente concordou.

Anahí bateu a porta e saiu correndo em direção à
praça.

Ela estava quase chegando quando alguém a agarrou
por trás.

posto só se tiver com muitos mais comentários.