Fanfic: Uma Vez Amantes (TERMINADA)

Os olhos verdes se arregalaram ao
fitá-lo. Em se tratando de paixão, ela sempre fora capaz de saber exatamente o
que se passava em sua cabeça. Ele se amaldiçoou por desejá-la, por achar que
precisava dela. Não precisava.

Não precisava de ninguém. Será que os
últimos sete anos não provaram isso - oito, contando com o ano final do
casamento dos dois?

- É melhor eu ir. Ela assentiu.

Nenhum dos dois se mexeu. Os lábios de
Anahí se entreabriram, como se ela fosse falar, mas ela não o fez. Alfonso
aproximou-se dela.

- Um dia - murmurou. - Apenas um dia e
já estou me perguntando como seria o seu gosto, como reagiria ao meu toque, se
eu a beijasse.

- Eu... Eu também.

A confissão dela o pegou de surpresa.
Esperava que ela fosse negar a atração. Mas, agora, a admissão pairava no ar,
como uma granada prestes a explodir a qualquer minuto.

Alfonso a puxou para si. Com um
suspiro, Anahí se acomodou nos braços do ex-marido. Parte de Alfonso se
perguntava o que diabos estava fazendo. Um experimento, decidiu. Era apenas um
experimento. Mas não tinha idéia do que estava tentando provar.

Seus lábios encostaram nos dela. O
beijo o incendiou, deixando-o repleto de desejo por ela. Um desejo alimentado
por oito anos de privação.

Ela mexia a cabeça de um lado para o
outro, como se estivesse tentando negar o beijo. Enfiando as mãos nos cabelos
dela, Alfonso ergueu sua cabeça. Ela parou de se mexer e o fitou.

- Você não deve - sussurrou.

- Não me diga não - rosnou ele.

Não era o que queria escutar vindo
dela.

Anahí estava a ponto de desmaiar.
Quando Alfonso lhe segurou o rosto com os dedos longos e sensuais, sentiu-os
tremer, e seu receio se estendeu a ele.

Estavam se metendo em algo que nenhum
dos dois tinha como controlar. Anahí sabia que devia empurrá-lo para longe, mas
ao espalmar-lhe o peito, sentiu o calor da pele sob a camisa espalhando-se
pelos seus dedos frios.

Parecia que há muito tempo ela só sabia
o que era sentir frio.

As mãos dele lhe puxaram a camiseta de
dentro do jeans. Depois deslizaram para baixo do tecido e lhe acariciaram as
costas. As mãos dele eram tão grandes, mas também suaves.

Desde o primeiro instante em que se
conheceram, sempre confiara no toque de Alfonso. E nada parecia ter mudado.

- Toque em mim - ele lhe sussurrou em
seu ouvido, enquanto lhe cobria o rosto de beijos.

Ela obedeceu sem pensar,
desabotoando-lhe a camisa e afastando-a para que pudesse alcançar a pele
exposta. Ela encostou o nariz nos pêlos macios do peito de Alfonso e inspirou
profundamente.

Alfonso gemeu. O toque dos lábios de Anahí
no seu peito pareceu ter o mesmo efeito de um ferro em brasa. Ele a envolveu
com os braços, levantando-a do chão e apertando-a de encontro ao seu corpo.

Ele a colocou sobre a bancada. Anahí
abriu as pernas, permitindo a aproximação de Alfonso. Por um segundo, ele se
perguntou o que diabos estava fazendo, mas a língua de Anahí tocou-lhe o
mamilo, incendiando-o e consumindo em chamas que tomaram conta de todo o seu
corpo, e dissiparam qualquer pensamento.

Percebendo o espasmo que percorreu o
corpo de Alfonso, Anahí sentiu-se triunfante. Ele ainda ficava enlouquecido nos
braços dela. Assim como ela nos dele.

Erguendo a camiseta e abrindo o sutiã
de Anahí, Alfonso cobriu os seios dela com a mão. Quando Anahí ergueu a cabeça,
ele buscou-lhe os lábios com os seus.

Com a virilidade de Alfonso pulsando
entre suas coxas, Anahí começou a sentir a própria intimidade latejar. Eles
entregaram-se, então, a um abraço cheio de desejo.

Um gemido, vindo do fundo de seu
coração, onde o vazio exigia ser preenchido, escapou de seus lábios.

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