Fanfic: Uma Vez Amantes (TERMINADA)
um pouco mais de mistérios e romances.
Ela olhou para trás. Alfonso
continuava parado no mesmo lugar, com uma expressão impassível no rosto. Anahí
e o líder tribal prosseguiram conversando sobre sua carreira, desde que ela
deixara a cidade, há muitos anos.
- Não se incomoda de lidar com todos
esses ossos velhos? - perguntou tio Frank, enquanto tomavam café.
- Não, acho fascinante tentar
descobrir como as pessoas do passado distante viveram. - Ela fez uma pausa. - E
como morreram.
Ele assentiu, e ficou em silêncio por
um longo instante.
- Derrick, abra a caixa - disse.
Anahí sentiu-se ligeiramente excitada.
Para ela, encontrar ossos antigos era como uma caçada ao tesouro. Adorava
estudar o passado.
Por que era mais seguro?
Ignorando a pergunta interior, ela
seguiu para a mesa. Derrick deslizou a caixa na direção dela. Ele a destrancou
e ergueu a tampa cuidadosamente. O recinto ficou em silêncio quando ela espiou
dentro da caixa.
A primeira coisa que chamou a atenção
de Anahí foi uma ranhura profunda em um dos ossos, que eram os restos de um
braço e parte de uma das mãos. Ela olhou para trás e viu Alfonso ainda apoiado
na parede. Ele esboçou um ligeiro sorriso. Já Derrick fez uma careta de
aborrecimento quando os três trocaram olhares que confirmavam o que os dois
homens já suspeitavam.
- Esses ossos não são antigos - disse
ela.
A caminhonete sacolejou na estrada que
ficava cada vez mais acidentada. Anahí agarrou-se ao apoio da porta e ao
próprio assento para não se balançar tanto.
Quando a estrada se transformou em uma
trilha de caminhada que atravessava as árvores, Alfonso reduziu a marcha.
Não era preciso ser uma especialista
forense para ver que ele estava de mau humor. Desde que deixaram a sede do
conselho, seguindo para o local onde os ossos haviam sido encontrados, ele não
dissera uma palavra.
A estrada terminou abruptamente perto
de uma encosta. Ignorando o estado de espírito de Alfonso e concentrando-se no
seu trabalho, Anahí tirou as sandálias e calçou um par de tênis.
O terreno era bem íngreme após o local
onde estacionaram e a vegetação bem mais densa. A floresta sagrada. Tio Frank
lhes dera permissão para explorá-la.
Ao lado da caminhonete de Alfonso,
estavam estacionados um carro da polícia tribal e uma caminhonete do
departamento do xerife. Anahí desceu do veículo antes que Alfonso pudesse dar a
volta para ajudá-la.
Pendurando a bolsa no ombro, seguiu na
direção da fita de isolamento amarela que a polícia prendera nas árvores. Alfonso
a segurou pelo cotovelo.
- Por aqui.
Ele a soltou e seguiu para uma das
extremidades da estrada. Passou por baixo da faixa e a segurou para ela
atravessar.
Irritada com a atitude e a presunção
de autoridade da parte dele, ela o seguiu.
- Eu pretendia examinar a área antes
de seguir para o local onde os ossos foram encontrados.
Era assim que se conduzia
investigações forenses - estabelecia-se um perímetro externo e, em padrão
espiral, seguia-se para o interno. Desse modo o investigador corria menos risco
de desconsiderar provas. Alfonso devia saber disso tão bem quanto ela.
- Pois é o que estamos fazendo - ele
retrucou, com rispidez.
Enquanto seguiam para a encosta, ela
examinou os tipos de vegetação e as formações rochosas pelo caminho. Após
subirem a encosta, seguiram para o centro da floresta. Lá encontraram um
policial tribal e um dos delegados do departamento de Alfonso.
Alfonso a apresentou aos dois homens. Anahí
falou brevemente com os dois, antes de voltar sua atenção para o pequeno
cercado de bandeirinhas amarelas no chão. Ela se inclinou para ver melhor os
ossos na terra.
- George Sweetwater pegou os ossos que
encontrou no local. Foram os que você viu na sede do conselho - explicou Alfonso
agachando-se do outro lado dos marcadores. - Quando chegamos aqui, encontramos
a polícia tribal vasculhando a área. Haviam descoberto o resto dos ossos da
mão...
- Como sabe que estes ossos completam
os que estão na caixa?
- Apenas presumimos - retrucou ele.
Anahí assentiu e continuou a estudar o
local. Ela podia perceber o quanto irritava Alfonso ter de disputar um bando de
ossos como duas matilhas de cães em oposição. Contudo, o homem que ela conhecia
jamais dava mostras do seu temperamento. Durante todos os anos que passaram
casados, raramente o vira permitir que as emoções o dominassem, nem mesmo no
enterro do filho. Esse também era o jeito dela.
Diante da impassibilidade do ex-marido,
Anahí interiorizara sua dor. Ela já se pegara imaginando se o casamento não
teria sobrevivido se os dois tivessem chorado nos braços um do outro.
Ela suspirou e ficou de pé, estudando
os arredores.
Alfonso a imitou.
- Há muitos arbustos e plantas por
aqui - disse, acompanhando o raciocínio da ex-mulher. - Os ossos não
apareceriam assim sem mais nem menos apenas devido à erosão.
- Provavelmente foram trazidos até
aqui por animais. A questão é: onde estavam, e há quanto tempo estes pedaços
estão na floresta?
- É.
- O local já foi fotografado?
- Foi. As fotos estão no escritório.
- Bem, vamos guardar as evidências e
ver o que mais conseguimos encontrar. A propósito, você tem uma sala em que eu
possa trabalhar? Prometi a tio Frank que os ossos ficariam em um lugar seguro.
Não sei se o chalé se encaixa nessa definição.
- Há uma pequena sala de reuniões ao
lado do meu escritório. Se quiser, pode usá-la. - Ele sorriu. - O departamento
cobrará do FBI o aluguel e a conta do telefone.
- Aluguel? - ela repetiu com
incredulidade. - Por uma sala que nem é usada?
- Eu não disse que ela nunca é usada.
Tudo bem, esquece o aluguel. Mas você vai pagar pelos seus interurbanos.
- De acordo.
Sentindo-se aliviada, ela sorriu.
Haviam estabelecido um relacionamento de trabalho. Isso era bom. Se
conseguissem manter a relação em um nível puramente profissional, tudo ficaria
bem.
Mas, e se não conseguissem?
Autor(a): annytha
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Preferiu ignorar a pergunta. Enquanto Alfonso supervisionava o trabalho de embalar e lacrar as evidências, ela voltou a examinar a área. Amanhã, decidiu, ampliaria a busca até achar o restante do esqueleto ou ser obrigada a desistir. Reservara apenas duas semanas para este caso. - Terminou? Estou encerrando o expediente. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 87
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kikaherrera Postado em 15/04/2010 - 00:44:25
Amei a reação do Poncho.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:56
++++++++++++++++++++++++++
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:56
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:56
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:55
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kikaherrera Postado em 08/04/2010 - 20:51:35
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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kikaherrera Postado em 08/04/2010 - 20:51:27
AYA se casaram novamente que lindo.Estou curiosa para saber a reação do Poncho.
POstaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
kikaherrera Postado em 05/04/2010 - 22:31:15
Que pedido lindo o que o Poncho fez para a Annie.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
rss Postado em 05/04/2010 - 12:25:37
posta maissssssssssssss
pena q/ já tá no final -
rss Postado em 05/04/2010 - 12:25:37
posta maissssssssssssss
pena q/ já tá no final