Fanfic: Uma Vez Amantes (TERMINADA)
Os raios de sol atingindo o seu
travesseiro acordaram Anahí. Ela não dormira bem na noite anterior. Muito
depois de chegar em casa e ir para a cama, ainda estava acordada, pensando no
passado e no futuro que esperara ter com Alfonso.
Aborrecida com os próprios
pensamentos, saiu de baixo das cobertas e se preparou para encarar o dia.
Depois de trocar de roupa e arrumar a cama, comeu uma tigela de cereal e seguiu
com uma xícara de café para a varanda, a fim de planejar seu dia.
Assim que a loja de ferragens abrisse,
compraria uma carrapeta nova para consertar a pia. Em seguida, limparia a casa
e iria à mercearia fazer compras. Mais tarde, talvez desse um pulo na feira
para ver os animais. Desde criança gostava de fazer isso. Depois, ficaria
esperando Winona para irem conhecer a pizzaria nova.
Satisfeita com os planos que fizera, Anahí
permaneceu sentada, terminando o seu café, enquanto o sol subia ainda mais no
céu. O dia estava prometendo ser quente.
Seguindo para a cozinha, removeu a
carrapeta e a colocou no bolso. Prendendo a pochete ao redor da cintura, Anahí
decidiu caminhar até o centro da cidade.
Na loja de ferragens, comprou um
pacote de carrapetas do mesmo modelo da antiga. Quando estava indo embora, um
homem se aproximou dela.
- Oi, Anahí. Lembra de mim?
Ela fitou o rosto conhecido. Olhos
escuros. Cabelos escuros e compridos. Jeans. Uma camisa azul desabotoada até a
cintura.
- Menino Lobo -
disse, sem pensar.
Um breve sorriso apareceu no belo
rosto do jovem que viera cumprimentá-la.
- Você sempre sorria ao me chamar
assim - disse. Anahí abriu um sorriso.
- Rafe, como está?
As lembranças lhe vieram à cabeça.
O pai entrevistara o clã dos Rawlings
sobre a vida deles em Montana, de modo que Anahí estava familiarizada com a
história da família. Rafe fora adotado.
Anahí estava com cerca de 8 anos no
verão em que uma criança abandonada fora encontrada na floresta ao norte do
rancho dos Rawlings. A criança era Rafe.
Os jornais e as estações de TV fizeram
a festa com a descoberta, chamando-o de "Menino Lobo" - um apelido do
qual ele jamais conseguiu se livrar - e escrevendo histórias fantásticas sobre
ele crescer com animais selvagens. Rafe não passava de um bebê na ocasião, e
jamais encontraram pistas de seus pais verdadeiros.
- Há quanto tempo - disse ele. - Soube
que estava na cidade.
- Não por muito tempo. Está
trabalhando em algum rancho?
- Não exatamente. Sou um detetive aqui
em Whitehorn.
- Não sabia disso.
- Sua conversa com Lily Mae não chegou
a englobar o pessoal que mora na parte oeste do condado, quando jantaram
juntas?
O sorriso dele era irônico. O menino
sempre fora alvo de especulações e acabara se tornando um jovem calado e
reservado. O homem não parecia ser diferente.
- Acho que não
chegamos a sair dos limites da cidade.
- E como anda a história dos ossos?
- Na mesma. Quero encontrar o restante
do esqueleto.
- Vai fazer exames de DNA?
- Não sei. O FBI não gosta de se valer
de seus recursos sem bons motivos.
- O que quer dizer é que seu orçamento
é pequeno e que tem de controlar os gastos?
- Acertou em cheio. O departamento de
polícia local deve operar como o governo federal.
- As coisas estão difíceis para todo
mundo. - Ele olhou para a embalagem na mão dela. - Vai entrar para o ramo dos
consertos?
- É só uma pia com a carrapeta gasta.
Eles deixaram a loja e se despediram.
Ela começou a caminhar rua abaixo
- Você está a pé? - Rafe gritou para
ela.
- Estou.
- Entre. Eu lhe dou uma carona. Se
tiver tempo, quero lhe fazer algumas perguntas.
- Tudo bem.
Anahí subiu na caminhonete. Rafe
fechou a porta para ela, deu a volta e subiu do lado do motorista. Deu a
partida no motor e arrancou.
No caminho, conversaram sobre as
mudanças na vizinhança. Apenas quando ele estacionou diante da casa dela, Anahí
se deu conta de que não havia lhe dito onde morava.
- A cidade é pequena - foi o
comentário de Rafe quando ela mencionou o fato. - Além do mais, é o meu
trabalho saber da vida de todo mundo.
- Hum, acho que Lily Mae perdeu sua
vocação. Talvez, da próxima vez que encontrar com ela, eu deva mencionar o
departamento de polícia.
Rafe ergueu ambas as mãos.
- Deus me livre. Antes do final do
ano, Lily Mae já teria transformado o departamento em um clube dos corações
solitários. Sempre está tentando bancar a casamenteira.
- É mesmo? E quem ela escolheu para
você?
Ela foi a primeira a entrar na casa,
seguindo para a cozinha.
Rafe soltou uma risada.
- No que diz respeito a mulheres,
prefiro não me expor.
Anahí fitou o jovem. Pressentia uma
solidão equivalente à sua própria.
- Por quê? É bonitão. As moças do
condado ficariam magoadas se você nunca lhes desse bola.
- Eu nunca disse que não lhes dava
bola. - Seus olhos não refletiam o sorriso. - Casamento parece nunca dar certo.
Já é bem difícil quando se conhece uma pessoa, mas alguém como eu... Quem sabe
de onde eu venho? Posso até ser filho de um assassino.
- Mas você não é um assassino - ela
afirmou, séria. - Não existe essa coisa de sangue ruim. Você é quem determina
que tipo de pessoa vai ser.
- Deixa para lá. Não vale a pena falar
sobre meu passado, ou a falta dele. Conte-me como acabou trabalhando com
investigação forense.
- Acho que filha de peixe, peixinho é.
Passei a minha juventude ao lado de meu pai colecionando velhas histórias. Acho
que me interesso mais por eras passadas do que pelos dias de hoje. Também gosto
de quebra-cabeças. Basta juntar os dois. Investigação forense é como montar
quebra-cabeças. Basta mover as peças até encontrar a imagem que está
procurando.
- Soube que os ossos da reserva não
são muito antigos. Irritada com o disse-que-disse que circulava pela região, Anahí
revirou os olhos.
- Quer um pouco de café? - perguntou.
- Tem um pouco de chá gelado? Hoje
está muito quente.
Ela abriu a geladeira e serviu dois
copos.
- Os ossos são antigos? - perguntou
ele.
- Não. Acho que estão enterrados há
vinte ou trinta anos. No máximo.
- Como sabe?
- A penetração das manchas na
superfície. Também posso concluir que eles estavam em algum lugar protegido.
Estão em muito bom estado para terem ficado este tempo todo ao ar livre.
- Os animais os teriam devorado -
sugeriu ele.
- Isso mesmo. Encontrei algumas marcas
frescas de dentes, mas nenhum estrago significativo. Os ossos são velhos demais
para serem apetitosos.
Ela retirou o pacote das carrapetas da
bolsa e o colocou sobre a bancada.
- Deixe que eu cuido disso para você -
Rafe se ofereceu. - É melhor trocar a carrapeta de ambas as torneiras. Tem uma
chave de fenda?
- Encontrei uma caixa de ferramentas
sob a pia. - Ela se curvou e pegou o estojo. - Mas não precisa se preocupar. Eu
sei me virar.
- A mulher independente, não é? - Ele
a avaliou com o olhar. - Ora, vamos. Permita que eu me sinta um pouco útil.
Ela riu e, após se certificar de que a
água estava desligada, Rafe trocou a carrapeta de ambas as torneiras com
rapidez e eficiência.
- Prontinho - disse, ao terminar. - E
foi bem na hora. Ele disse que a carrapeta da segunda torneira também já estava
bem desgastada, e que logo começaria a vazar.
- Quanto lhe devo pelo serviço?
Ele apontou para o armário de
mantimentos.
- Que tal dois daqueles biscoitos de
chocolate que eu vi quando você pegou os copos?
- Nossa, você é observador. É melhor
eu tomar cuidado.
Eles riram enquanto ela pegava os
biscoitos. Rafe pegou os copos e ambos seguiram juntos para a mesa. Mas foram
interrompidos pela chegada do xerife na porta dos fundos.
- Alfonso! - exclamou Anahí,
derramando um pouco de chá gelado.
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Rafe apressou-se em abrir a porta. - Entre, xerife. - Obrigado - disse Alfonso, sorrindo com frieza. Anahí se perguntou se era imaginação sua o lampejo de fúria nos olhos de Alfonso. - Estávamos comendo biscoitos de chocolate. Quer nos fazer companhia? - perguntou. - Não, obrigado. Já sou grandinho demais para ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 87
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kikaherrera Postado em 15/04/2010 - 00:44:25
Amei a reação do Poncho.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:56
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:56
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:56
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:55
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kikaherrera Postado em 08/04/2010 - 20:51:35
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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kikaherrera Postado em 08/04/2010 - 20:51:27
AYA se casaram novamente que lindo.Estou curiosa para saber a reação do Poncho.
POstaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
kikaherrera Postado em 05/04/2010 - 22:31:15
Que pedido lindo o que o Poncho fez para a Annie.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
rss Postado em 05/04/2010 - 12:25:37
posta maissssssssssssss
pena q/ já tá no final -
rss Postado em 05/04/2010 - 12:25:37
posta maissssssssssssss
pena q/ já tá no final