Fanfics Brasil - Uma Vez Amantes (TERMINADA)

Fanfic: Uma Vez Amantes (TERMINADA)


Capítulo: 31? Capítulo

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Ele a olhou de esguelha e sorriu,
daquela maneira que costumava lhe derreter o coração.


- São todos seus - disse, e recuou
alguns passos. Flashes de máquinas fotográficas dispararam diante dela, vários
microfones foram empurrados na sua direção.


Durante meia hora, ela respondeu perguntas
a respeito do vaqueiro e sua morte misteriosa. Ao término das entrevistas,
sorriu, assentiu graciosamente e seguiu para a porta da delegacia, que Alfonso
abriu para ela.


Na sala de reuniões, largou a bolsa
sobre a mesa e afundou em uma poltrona.


- Agora sei como celebridades devem se
sentir. Foi como enfrentar uma matilha de hienas famintas.


Com um sorriso nos lábios, Alfonso lhe
trouxe uma xícara de café.


- É o preço da fama.


Ela fez uma careta enquanto ele ria.


- E qual é o próximo passo na sua
agenda lotada?


- Os arquivos de pessoas
desaparecidas. Ele assentiu.


- Designei um policial para trabalhar
com você nisso. - Ele se interrompeu e lançou-lhe um olhar sarcástico. -
Adivinhe quem a prefeitura designou para a tarefa?


- Rafe Rawlings.


- Na mosca.


- E quem eu procuro? - perguntou ela.


- Vou apresentá-la para o encarregado
dos arquivos.


Ela passou o restante do dia revendo
os arquivos de pessoas desaparecidas em um período de dez anos, começando vinte
anos atrás. Ficou surpresa com o número de pessoas que simplesmente
desapareciam, mesmo em um condado pequeno como Whitehorn.


Para onde será que iam? Será que
repousavam em covas anônimas, como o jovem vaqueiro que haviam encontrado?


Ela sacudiu a cabeça diante da
injustiça da vida. Pensou nas pessoas deixadas para trás, sempre tentando
imaginar o que acontecera com os entes queridos, sem jamais descobrir.
Certamente um acontecimento como esse devia exercer um profundo efeito sobre
suas vidas.


- Anahí? -A cabeça de Alfonso apareceu
no vão da porta. - Está na hora de encerrar o expediente.


Ela fechou a última página do arquivo.


- Alguma possibilidade?


- Acho que não. Parecem ser, em sua
maioria, adolescentes ou homens em crise de meia-idade que desapareceram no
mundo.


- Alguma mulher?


- Hum, havia uma que parecia ser
interessante. Uma adolescente chamada Lexine Baxter. Ela estaria agora com a
sua idade. Não a conheci, mas me lembro do velho rancho dos Baxter. Os Kincaids
o compraram quando o sr. Baxter morreu. A filha tinha uma reputação meio
barra-pesada. A queixa do desaparecimento foi feita por uma tia. E não acho que
ela estivesse muito interessada que encontrassem a menina...


Ela se interrompeu quando Alfonso
sorriu do seu costumeiro jeito lento e sensual.


- O que foi? - perguntou ela.


- Você devia escrever um livro. Sua
infância lhe forneceu uma perspectiva única sobre todas as famílias do condado,
incluindo os cheyennes.


- Tem razão.
Conheço alguém de todas as famílias que já tiveram um papel importante na
história de Whitehorn. Por exemplo, você sabia que o primeiro Baxter foi um
minerador à procura de safiras?


- Não. Mas, isso não me surpreende.
Montana ganhou fama por suas safiras, não é?


Ela assentiu.


- Preciso voltar
ao local da escavação amanhã. Quero verificar bem o solo sob a saliência, antes
que chova.


- Por quê?


- Quero ver se encontro sangue, cabelo
ou algum vestígio de roupas. Estava ficando tarde, e Derrick achou melhor irmos
embora, de modo que não tive chance de fazer isso ontem.


- Talvez ele tivesse receio de que os
fantasmas dos antepassados pudessem se enfurecer com a sua presença - Alfonso
sugeriu.


- Talvez - Anahí retrucou, com o mesmo
tom cético.


- Bem, eu vou indo.


- Boa noite - Alfonso desejou, quando
ela passou por ele.


Anahí murmurou uma resposta e deixou
rapidamente a sala. Do lado de fora da delegacia olhou ao redor para a cidade
que conhecia tão bem quanto Missoula, onde morara durante os primeiros 19 anos
de sua vida.


Sentiu-se à deriva. Como se não
pertencesse a lugar algum. Era assustador ter 36 anos e sentir como se houvesse
realizado tão pouco, não pertencesse a lugar nenhum e não tivesse nenhum
vínculo com o futuro. Outrora tivera tantas expectativas para a sua vida.


Incapaz de encarar o chalé vazio,
seguiu para a lanchonete. Como já era de se esperar, Lily Mae estava lá.


- Anahí, venha se juntar a nós -
gritou a viúva do outro lado do salão, assim que Anahí entrou. A dona do
restaurante estava sentada na mesma mesa, ambas bebendo chá gelado.


Anahí as cumprimentou e perguntou:


- Vocês já comeram?


- Já, mas eu lhe faço companhia
enquanto come - ofereceu-se Lily Mae. - Soubemos do vaqueiro. Apareceu na TV,
hoje. Conte-nos, já tem alguma pista da identidade dele?


- Não. Estamos examinando os arquivos
de pessoas desaparecidas, mas ainda não achei ninguém que se encaixe no perfil.


Ela repetiu algumas das informações
que dera a Alfonso ainda há pouco.


- Que terrível! - exclamou Melissa.


- É mesmo - concordou Anahí, pensando
no jovem vaqueiro que morrera sozinho daquele jeito.


- Por que será que, em geral, são os
homens que não conseguem assumir suas responsabilidades? - prosseguiu a
garçonete. Eles fogem e abandonam as esposas e filhos sozinhos. - Ela se
interrompeu abruptamente. - Se me dão licença, tenho de cuidar da máquina
registradora.


Quando ela deixou a mesa, Lily Mae
inclinou-se na direção de Anahí.


- O pai dela abandonou a família, anos
atrás.


Anahí ficou curiosa.


- Há quanto tempo?


- Vejamos, acho que eu ainda estava
casada com o meu primeiro marido.


Era assim que Lily Mae registrava a
passagem do tempo. Época do primeiro marido, época do segundo e época do
terceiro. Será que Samuel Thaddeus Portilla se tornaria o quarto marido?


- Melissa deve estar na casa dos 30 -
continuou Lily Mae. - Ela não passava de um bebê quando tudo aconteceu.


- Cerca de trinta anos atrás? Quantos anos
tinha o pai dela quando foi embora?


Compreendendo o que estava se passando
pela cabeça de Anahí, Lily Mae sacudiu a cabeça.


- Os ossos não pertencem a Charles
Avery. Ele deixou a cidade com aquela menina dos Baxter.


- Lexine?


Anahí foi incapaz de ocultar sua
surpresa.


- Essa mesmo. A menina sempre foi
causadora de encrencas, sempre desejou mais do que tinha, e era metida a besta.


Anahí não estava interessada no
passado sórdido de Lexine.


- Não encontrei nenhuma queixa sobre o
desaparecimento de Charles Avery.


- Suponho que a esposa dele tenha
ficado envergonhada demais. Todo mundo sabia que ele andava de caso com Lexine
Baxter. Um dia, ele subiu na caminhonete e desapareceu. Lexine foi vista
dirigindo a caminhonete dele no mesmo dia. O condado todo se deu conta de que
os dois haviam fugido juntos. A esposa passou por maus bocados, foi humilhada e
teve que criar dois filhos sozinha...


Ela se calou quando Melissa se juntou
novamente a elas, e a conversa girou em torno de generalidades. Depois de
comer, Anahí aproveitou o ar fresco da noite para caminhar um pouco.


A história do pai de Melissa a
entristecia. As pessoas faziam escolhas tão tolas, cometiam erros tão imbecis.
Como ela fizera ao pedir o divórcio para Alfonso? Preferia não pensar no
assunto.


Havia caminhado meio quarteirão,
quando se deu conta da direção que estava seguindo. Continuou andando até
chegar à casa.


Pela primeira vez, avistou luzes
acesas na sala de estar e pode vislumbrar o seu interior. Deteve-se do outro
lado da rua, escondendo-se nas sombras. Queria ver a criança que morava ali, se
era menino ou menina.


Um menino de cerca de 10 anos saiu
correndo da casa ao lado e vasculhou o quintal com uma lanterna. Como não
encontrou o que estava procurando, seguiu para a porta da frente da casa que
ela e Alfonso haviam construído e tocou a campainha.


A porta se abriu e, de lá de dentro,
saiu Alfonso.


 


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Autor(a): annytha

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O coração de Anahí quase parou. Ela se viu com dificuldades de respirar. - Oi, xerife, viu minha bola de futebol hoje? Não consigo achá-la em lugar nenhum - disse o menino. Estava claro que ele e o vizinho se conheciam muito bem. - Oi, Jimmy. Não, não vejo sua bola desde o dia em que a encontrei nos degraus da va ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 87



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  • kikaherrera Postado em 15/04/2010 - 00:44:25

    Amei a reação do Poncho.
    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:56

    ++++++++++++++++++++++++++

  • rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:56

    ++++++++++++++++++++++++++

  • rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:56

    ++++++++++++++++++++++++++

  • rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:55

    ++++++++++++++++++++++++++

  • kikaherrera Postado em 08/04/2010 - 20:51:35

    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • kikaherrera Postado em 08/04/2010 - 20:51:27

    AYA se casaram novamente que lindo.Estou curiosa para saber a reação do Poncho.
    POstaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • kikaherrera Postado em 05/04/2010 - 22:31:15

    Que pedido lindo o que o Poncho fez para a Annie.
    Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • rss Postado em 05/04/2010 - 12:25:37

    posta maissssssssssssss
    pena q/ já tá no final

  • rss Postado em 05/04/2010 - 12:25:37

    posta maissssssssssssss
    pena q/ já tá no final


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