Fanfic: Uma Vez Amantes (TERMINADA)
Após deixar Alfonso bem acomodado no
escritório dele, Anahí seguiu apressadamente para a sala de reuniões, fechando
a porta aberta atrás de si.
A caixa de registros dentários estava
sobre a mesa, ao lado do crânio. Sentando-se, ela examinou as obturações nos
dentes e pegou a primeira ficha. Pertencia a Lexine Baxter. Ao estudar o
documento, Anahí não pôde deixar de pensar na menina que desaparecera.
Aparentemente, ninguém dera a mínima
para o seu sumiço. Anahí achou isso tão triste. Ela olhou para o crânio,
perguntando-se se alguém se preocupara com ele.
A próxima ficha pertencia a um homem
da idade aproximada do crânio. O último nome era Thomas. Obviamente, as fichas
não estavam em ordem alfabética.
Ela suspirou. Ia ser um longo dia.
Por volta do meio-dia, Rafe Rawlings
apareceu trazendo três sacolas de comida do Hip Hop Café. Ele entregou
uma delas a Alfonso e se juntou a Anahí na sala de reuniões.
- Como está indo?
Notou a pilha de fichas já examinadas
por ela.
- Até agora nada.
- Está parecendo desanimada. Ela
sorriu.
- Não estou, mas esta é a nossa última
esperança. E eu quero muito solucionar este caso.
- Eu sei.
- Está procurando pistas que o leve a
seus pais?
Ele deu de ombros.
- Seria bom saber de onde eu vim -
admitiu.
- Uma jovem grávida e desamparada - Anahí
disse, gentilmente. - Quase sempre é assim nos casos de bebês abandonados. O
pai geralmente não sabe da existência do filho.
- Ou, se sabe, não dá a mínima -
completou Rafe, dando uma mordida no seu sanduíche.
Anahí sentiu que ele escondia muita
coisa atrás daquela aparência tranqüila.
- Acha que pode haver uma conexão
entre você e os ossos? - perguntou Alfonso de sua mesa.
Rafe deu de ombros.
- Fui encontrado na mata. Não a mesma,
mas bem próximo dali. Achei que podia haver uma possibilidade, até Anahí me
contar sobre o tipo sangüíneo. Sou negativo. Os ossos são positivos.
- Isso não quer dizer nada - disse Anahí.
- Não é necessário que ambos os pais
sejam negativos para que o filho também o seja?
- Não. Dois pais positivos podem ter
um filho negativo, desde que possuam o gene recessivo.
- Mas as chances são muito poucas. Ela
assentiu.
Depois que Rafe foi embora, Alfonso
chamou Anahí até o escritório. Ela estava sentada na mesa dele, quando a
secretária de Alfonso abriu a porta.
- Desculpe interromper, chefe, mas...
Christopher entrou logo atrás dela,
mostrando o distintivo.
- Delegacia de Costumes. Estou
investigando uma queixa sobre a proliferação de beijos e... - ele fez uma pausa
dramática - ...outras atividades em repartições públicas.
Alfonso jogou uma borracha no seu
melhor detetive.
- Dê o fora daqui, ou vou escalá-lo
para a patrulha noturna das montanhas durante todo o inverno.
- Ei, não precisa levar para o lado
pessoal - protestou Christopher, dirigindo-se para a porta.
- A propósito, quer ser o meu padrinho
de casamento na terça? - Alfonso perguntou, antes que ele saísse.
Christopher deteve-se na mesma hora.
- Se quero...
Diabos, é claro que quero - disse. - Espere só até eu contar para Dulce.
Ela e Maite fizeram uma aposta quanto
à data do casamento. Dulce apostou que seria antes do final do mês. Parece que
ela ganhou.
Depois que Christopher e a secretária
foram embora, Alfonso virou-se para Anahí.
- Até a hora do jantar, a cidade
inteira já vai estar sabendo. Quem vai ser a sua madrinha?
- Winona. Ou você acha que devo chamar
Lily Mae, para o caso de ela acabar se tomando minha madrasta?
- Winona. Embora eu ache que vamos ver
Lily Mae um bocado daqui para frente. Deus, nunca pensei nela como minha
possível sogra.
- Bem, ela ainda não fisgou o meu pai.
Até o final do dia, Anahí havia
examinado metade da caixa. No caminho de casa, se perguntou como era possível
ser tão feliz... e, no entanto, tão triste. Alfonso a pedira em casamento, mas,
da mesma forma que ela, ainda resguardava o seu coração.
Na terça-feira seguinte, em um vestido
de seda da sua cor favorita, amarelo-ouro, comprado às pressas na nova boutique
da cidade, Anahí se viu diante do prédio do tribunal, ao lado de Alfonso.
O prefeito posicionou-se entre os
dois, sorrindo para a mídia, que comparecera para testemunhar a união da nova
heroína da cidade com o seu xerife.
- É tão romântico - Anahí escutou uma
das repórteres dizer.
De pé atrás de Anahí, Winona
inclinou-se para ela.
- Eu disse que você ia ficar.
- Ninguém gosta
de pessoas que insistem em repetir "eu avisei" - Anahí sussurrou. -
Mas eu amo você assim mesmo.
Depois da cerimônia, a cidade inteira
se dirigiu para a recepção, no estacionamento do outro lado da rua.
Quando foram deixados em casa, Alfonso
decidiu que tinha de atravessar o vão da porta carregando Anahí no colo. Ele
conseguiu, mas, após entrarem, acertou a própria canela com uma das muletas.
Soltou um sonoro palavrão.
- Isso lá é jeito de falar? - censurou
Anahí. - O que vão dizer os seus netos quando souberem que o avô falou desse
jeito ao carregar a noiva para dentro de casa no dia do casamento deles?
Ele parou de esfregar a perna.
- Que netos?
- Os que o nosso filho provavelmente
vai nos dar.
Ela sorriu de modo ligeiramente
trêmulo para ele, aguardando sua reação.
Alfonso fitou Anahí nos olhos e
percebeu que ela não estava brincando. Outro filho. A imagem de Thadd, imóvel e
sem vida, lhe veio à cabeça. Ele passou a mão pelo rosto, tentando ignorar a
dor causada por aquele pesadelo.
Outro filho. Não contara com isso.
Pensara que... Se fossem apenas ele e Annie, sem nenhuma outra complicação,
poderia lidar com a situação. Mas começar tudo de novo... passar por tudo de
novo...
- Alfonso?
Ela tocou de leve no braço dele. O
apelo era evidente no seu olhar.
Meu Deus, será que ela fazia idéia do
que estava pedindo dele?
- Tem certeza de que está grávida?
Ela assentiu, e visivelmente engoliu
em seco. Sem olhar para ele, permaneceu sentada, fitando a porta aberta.
- Como...? Quando? Há quanto tempo
sabe?
Ele estava tentando ganhar tempo, para
chegar a uma conclusão de como lidar com tudo isso.
- Quando estava no hospital, fiquei
enjoada. Pedi a Kane para fazer o teste.
- Pensei que... Depois de Thadd...
- É. Os médicos disseram que seria
difícil, talvez impossível, que eu engravidasse novamente. Ah, Alfonso, é como
se fosse um milagre. Seremos uma família novamente, como costumávamos ser...
Anahí interrompeu-se diante da
expressão de dor no rosto do marido. Jamais pensou que ele poderia ter tanta
dificuldade em aceitar a idéia de uma outra família. Era cedo demais. Ele ainda
não estava pronto para ser pai novamente.
- Por favor, diga alguma coisa -
suplicou, receosa. - Por favor, diga que quer o nosso filho... Preciso que diga
que quer...
comentem!!!!
posto assim que tiver muitos comentários.
Autor(a): annytha
Este autor(a) escreve mais 30 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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obrigado pelos "comentários ok" Seu mundo estava à beira do colapso. Ele a puxou para si, afundando o rosto no seu cabelo. Ao envolvê-lo com os braços, Anahí o sentiu estremecer. - Tudo vai dar certo, Alfonso - sussurrou. - Você vai ver. - Eu sei que vai - disse ele, por fim. Segurou o rosto dela entre as mãos ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 87
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kikaherrera Postado em 15/04/2010 - 00:44:25
Amei a reação do Poncho.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:56
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:56
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:56
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rss Postado em 08/04/2010 - 21:21:55
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kikaherrera Postado em 08/04/2010 - 20:51:35
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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kikaherrera Postado em 08/04/2010 - 20:51:27
AYA se casaram novamente que lindo.Estou curiosa para saber a reação do Poncho.
POstaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
kikaherrera Postado em 05/04/2010 - 22:31:15
Que pedido lindo o que o Poncho fez para a Annie.
Postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
rss Postado em 05/04/2010 - 12:25:37
posta maissssssssssssss
pena q/ já tá no final -
rss Postado em 05/04/2010 - 12:25:37
posta maissssssssssssss
pena q/ já tá no final