Fanfic: Uma Vez Amantes (TERMINADA)

gracias pelo comentários galera.

- Ela se casou com um andarilho que
passou pela cidade, um peão de rodeios que nem o vagabundo do falecido marido.
O homem apareceu do nada, alegando que Ray lhe devia dinheiro. O que
provavelmente era verdade.

-Então... Maris está casada com...
este outro homem?

Para o alívio de Anahí, Lily Mae
assentiu.

- Ela teve bebê há poucos meses. O
nome dele é Clay. Sempre pensei que Maris tivesse a cabeça no lugar, mas você
sabe o que a paixão é capaz de fazer com as pessoas.

Anahí sentiu-se enrubescer. Ela notou
que Lily Mae a estava estudando com curiosidade.

- Ela e Alfonso saíram juntos algumas
vezes, mas não deu em nada. Às vezes as pessoas não conseguem superar o
primeiro amor. Seu pai me parece ser desse tipo.

Compreensiva, Anahí colocou a mão sobre
a de Lily Mae. Apesar da aparência espalhafatosa, a viúva parecia ter uma
profundidade surpreendente.

Durante o restante da refeição,
conversaram sobre a cidade e seus vários problemas. Já estava tarde quando Anahí
se despediu de Lily Mae e seguiu para casa.

Ao passar pela casa do prefeito,
escutou uma voz grave e conhecida.

- Anahí.

Ela parou e se virou. Alfonso estava
de pé, sozinho, diante da casa. Estava usando terno e gravata. O coração de Anahí
bateu mais forte.

- Olá - disse ela, esforçando-se para
aparentar casualidade.

- O que está fazendo por aqui tão
tarde?

Ela se ressentiu com o tom da
pergunta.

- Por acaso existe algum toque de
recolher do qual não fui informada?

- E claro que não - disse ele, de modo
mais razoável. - É só que... Já passa das 21h. Em cidades pequenas, não é comum
ver alguém na rua a essa hora.

- Fui jantar na lanchonete - explicou
ela. - Lily Mae Wheeler estava lá...

- Não precisa dizer mais nada. Ela
ficou umas três horas falando sem parar.

- Na verdade, foram duas.

- Venha. Eu lhe dou uma carona.

Ele gesticulou na direção de um carro
esporte estacionado diante da casa.

- É seu?

- É.

Ele a fitou nos olhos, desafiando-a a
falar alguma coisa. Durante o casamento, nunca tinham tido dinheiro para
comprar um carro novo, muito menos um tão luxuoso quanto aquele, mas haviam
conversado muito sobre o que comprariam quando tivessem chance.

Haviam feito tantos planos... Tinham
tantos sonhos e aspirações... Tantas promessas de um futuro melhor...

- Annie? - ele a chamou de um jeito
carinhoso, como sempre costumava fazer.

Ele abriu a porta do carro para ela. Anahí
entrou, duvidando se aquela era uma boa idéia.

Em menos de cinco minutos, estavam na
casa dela. Ele desligou o motor, e permaneceu no banco do motorista.

- Você não
acendeu a luz da varanda.

- Não esperava demorar tanto. Só saí
para dar uma volta. Sequer estava pensando em jantar fora.

Ela interrompeu a sucessão de frases
quase incoerentes.

Por algum motivo, era mais difícil
falar com ele sabendo que não estava envolvido com Maris.

O que não significava que não
estivesse envolvido com outra pessoa.

Não que fosse de sua conta.

- Olhe - disse ele, subitamente. - Se
você vai desconfiar de minhas intenções cada vez que eu lhe dirigir a palavra,
não sei se vamos conseguir trabalhar juntos.

- Não sei do que está falando.

- Não sabe? - Ele a fitou. - Admita
que não queria que eu viesse até a sua casa, hoje de manhã. Admita que não
queria almoçar comigo. Diabos, você não queria vir ao meu escritório rever o
caso.

- Alfonso...

- Você me odeia tanto assim?

A pergunta a pegou de surpresa.

- Eu não o odeio. De forma alguma.

Alfonso virou o rosto, fitando a
escuridão atrás do chalé. Como ele ficou em silêncio, Anahí arriscou:

- Admito que estava relutante em
reencontrá-lo. Considerando o nosso passado, não vejo nada de estranho nisso.
Este primeiro encontro certamente seria constrangedor. Ele nos trouxe
recordações.

- E como - Alfonso concordou.

O silêncio que se seguiu contribuiu
para o desconforto de Anahí.

- E melhor você entrar - disse Alfonso.

Ela não queria entrar na casa, não
sozinha. Não conseguiria suportar o silêncio.

Além do mais, achava que estavam perto
de uma descoberta importante sobre o relacionamento deles. Talvez, de fato, estivesse
na hora de encarar o passado.

- Quer tomar um café?

comentem e mais tarde tem mais.