Fanfic: Aquele Olhar - VONDY | Tema: RBD - Vondy

Me despedi de Christian e pedi para que não comentasse nada com Annie e que agisse normalmente e que desse espaço para ela contar tudo a ele, porque apesar de sermos todos amigos, nem eu e nem Dulce podemos nos meter no relacionamento deles e no que um divide com o outro.

Quando estava a caminho de casa vejo 1 mensagem perdida de Anahí respondendo a mensagem que eu havia enviado logo mais cedo.

Anahí: “Eu estou ótima Christopher! Que papo estranho é esse agora?”

Percebo que Annie não quer dividir com ninguém que está passando por alguma situação difícil. Eu quero muito que ela me conte logo para que eu possa ajuda-la no que eu puder enquanto ainda há tempo. Não quero perde-la.

Christopher: “Nada loira! Só quero saber como você está. Um amigo não pode se preocupar mais não?”

Respondo sua mensagem e sei que ela agora só irá me responder quando sair do banco, então guardo o celular no bolso e sigo o caminho de minha casa para me arrumar para o trabalho.

Assim quando são umas 16h20, estou saindo do banho. Enrolo minha toalha em minha cintura e sento-me em minha cama e pego meu celular, vejo que recebi a resposta de Annie.

Anahí: “Christopher, não há nada de errado, o que você tem?”

Christopher: “Não tenho nada. Não pergunto mais também!”

Anahí: “Calma bundudo! Eu tô bem, só acho estranha essa sua preocupação.”

Christopher: “Não posso mais me preocupar com a minha loira?”

Anahí: “Você tem que se preocupar com a sua ruiva!”

Christopher: “Eu me preocupo com as duas.”

Anahí: “Temos sorte de ter você!”

Sou interrompido por uma ligação de Dulce, então paro de responder Annie e dou atenção a minha ruiva.

– Amor? – Ouço sua doce voz.

– Oi amor. Já acabou o expediente? – Pergunto

– Sim. Vem cá o Christian está com celular na prisão? – Ela pergunta e eu estranho.

– Não que eu saiba. Por quê?

– Desde que acabou o nosso horário ela não para de trocar mensagem com alguém e não me deixa saber por nada. Além de ficar toda sorridente quando olha para a tela do celular. Será que ela está conhecendo outro cara? – Dulce pergunta.

– Ué não sei. Quer que eu pergunte a ela? – Pergunto.

– Não né Christopher!

– Ah não acredito que ela vá trair o Christian. Se ela fizer isso eu vou ficar péssimo por ele. Meu brother não merece isso.

– Claro que não! Annie nunca foi disso, mas espero que ela não esteja com ninguém mais além do Christian. E não fala nada para ela!

– Ok amor. Bico calado! Mas fica de olho nela. Não quero que ela traia meu irmão.

– Pode deixar. Amo você! Beijos. – Ela diz se despedindo.

– Também amo você. – Desligo.

**********

Assim que chego no trabalho o meu patrão assim que me vê já faz sinal para que eu chegue mais depressa até ele.

– Christopher, hoje você vai trabalhar lá na entrada. Vai ficar recebendo as pessoas ok?

– Ué, mas por quê? – Pergunto.

– Rodriguez vai faltar de novo. Acabou de avisar por mensagem. Esse cara é muito irresponsável mesmo. – Ele diz revoltado.

– Ok. Vou me trocar. – Digo indo em direção a sala dos funcionários.

Quando estou pronto, olho-me no espelho e tenho que confessar que estou um gato com um blazer preto e o cabelo penteado, estava com a barba por fazer ainda porque não sabia que ficaria no lugar de Rodriguez, mas não estava tão grande. Estava, posso dizer, que tentador a qualquer mulher. Dulce perderia a linha se me visse assim hoje. Solto um sorriso malicioso para mim mesmo em frente ao espelho quando tento formar em minha mente a imagem de Dulce tirando esse blazer de mim com seus olhos ardendo em desejo. Balanço a cabeça afastando esses pensamentos e saio do banheiro dos funcionários e vou para o lugar que vou trabalhar está noite. Recebendo os clientes e os acompanhando até a mesa. 
Junto comigo ficará Melissa que trabalha na recepção com Rodriguez. Ela é branquinha, alta e magra. É uma perfeita boneca, mas não temos muita intimidade. Na verdade, não tenho intimidade com ninguém do meu trabalho, exceto meu patrão.

– Olá Melissa! – Digo tocando o ombro de Melissa que estava sentada na recepção.

– Christopher... – Vejo que ela me avalia de cima a baixo com os olhos – Nossa!

– O que foi? – Solto um sorriso de lado para ela e ao mesmo tempo sem graça. – Algo errado comigo? Com minha roupa?

Vejo que ela coloca as mãos na testa e abaixa a cabeça e começa rir e eu confesso que fico um pouco incomodado com isso. Do que será que ela está rindo?

– Desculpa, Christopher. É que as vezes até eu tenho que rir dos meus pensamentos. – Ela diz.

– O que você pensou? – Arqueio uma de minhas sobrancelhas curiosamente.

– Acredite, você não vai querer saber.

– Estou tão ridículo assim? – Digo olhando para mim mesmo – E olha que eu pensei que estava um gato.

– Christopher você perguntou “Algo errado comigo? Com minha roupa?” a resposta que eu pensei foi: Sim, há algo de errado. Por que você ainda está de roupa? – Ela diz sem pudor algum me deixando completamente constrangido. Cadê a bonequinha que estava aqui na minha frente ainda pouco?

– Nossa! – É a única palavra que consigo dizer.

– Eu disse que não iria querer saber.

– Me lembre de não insistir da próxima vez. – Eu disse sorrindo para quebrar o gelo.

– Como sabe que terão outras vezes? – Ela pergunta fazendo cara de surpresa, mas logo depois solta uma risada adorável.

– Você não é nada do que eu imaginava ser desde que comecei a trabalhar aqui. O máximo que trocamos foi um “boa noite” e um “até mais”.

– É. Eu não costumo dar muita ideia para os caras daqui porque são todos muito abusados. Exceto você. Nunca deu em cima de mim. A única mulher desse estabelecimento, mas entendo né? Da fruta que eu gosto você chupa até o caroço, não é?

– Quê? Tá dizendo que eu sou gay? – perguntei perplexo.

– Ué, você não é?

– Não! Meu Deus é essa roupa? Me deixa com cara de...?

– Não! – Ela solta outra risada – É que eu pensei que ou você era gay, ou era casado, ou tem namorada, sei lá. Deduzi ser gay, porque o que já teve de cara casado dando em cima de mim aqui, não cabe numa lista. E como você nunca me deu nem uma olhada eu imaginei isso.

– Não! Eu tenho namorada e eu a amo muito.

– Sério? Poxa, então foi por isso que você nem me olhou – Ela sorri.

– E olha que eu nem estava com ela hein! Eu não me via com mais ninguém a não ser ela, então não tinha e não tenho olhos pra mais ninguém.

– Ok! Entendi o recado. – Ela disse levantando os braços.

– Não... Eu não quis... – Eu tentei falar, mas ela me cortou.

– Para de bobeira Christopher! Eu tô brincando!

– Olha lá hein! – Eu disse.

– Sua namorada é uma mulher de sorte.

– Eu concordo. – Digo e nós dois rimos.

Ficamos batendo papo até que o primeiro cliente chegasse e nós dois déssemos início ao nosso trabalho. É bem divertido e prazeroso trabalhar com Melissa. Ela é simpática, brincalhona, e tem um senso de humor sensacional. Fiquei sozinho para que Mel fosse ao banheiro e... Sim já trocamos apelidos. Melissa vai me chamar de Ucker e eu a chamarei de Mel.

Enquanto eu estava na recepção sozinho chegaram duas mulheres, duas clientes, as duas aparentavam ter por volta dos 34, 35 anos. Elas eram bastante elegantes. Uma tinha os cabelos vermelhos, porém não mais bonitos do que de Dulce, e a outra era morena. A dona dos cabelos ruivos estava me comendo com os olhos e eu estava começando a ficar constrangido. Pedi para que elas aguardassem que a recepcionista voltasse para que eu pudesse acompanha-las até suas mesas.

Um minutinho depois Melissa voltou e eu acompanhei as duas mulheres até seus lugares. Quando eu disse que chamaria o garçom para que elas pudessem fazer seus pedidos a ruiva apenas perguntou: “Você faz parte do cardápio?”. Eu fiquei sem ação, sem graça e não sabia o que fazer. Em outras épocas, eu teria transado com essa mulher em um piscar de olhos, porque apesar de mais velha, ela é muito bonita e eu também já fiquei com várias mulheres mais velhas. Já tive várias e sempre soube reagir a cantadas, mas agora eu estou com Dulce, não quero e não vou traí-la.

– Está sem graça meu bem? – Ela pergunta – Estou apenas brincando.

“Essa noite está um tanto brincalhona demais.” Penso.

– Vou buscar o garçom, com licença. – Digo saindo de perto delas, avisando ao garçom e voltando para o meu lugar perto de Mel.