Fanfic: Aquele Olhar - VONDY | Tema: RBD - Vondy

Por Christopher

Agora Dulce está com essa de “amigo novo”? Confesso que não gostei muito de saber disso, mas o que eu argumentaria na hora? Além de não termos terminado a nossa conversa ontem e termos deixado o assunto flutuando. Preciso deixar Dulce a par do meu relacionamento com Melissa que não é nada mais e nada menos do que somente amizade.

Enquanto estou caminhando para o ponto de ônibus meu celular toca. E vejo que é um número desconhecido e temo ser Amanda, mas mesmo assim atendo a ligação.

– Alô? – Digo assim que atendo.

– E aí Uckermann? – Reconheço a voz de Fabrício.

– Fala Fabrício! Tudo numa boa? – Pergunto.

– Tudo cara! E aí o que está fazendo? Está bem quente. Topa tomar uma bebida?

Olho para o céu e vejo que está realmente quente e que o sol está tilintando. Dulce mais tarde vai sair para se divertir enquanto eu vou estar ralando e provavelmente estressado e ansioso para saber como estão as coisas com ela e seu suposto amigo. Decido ir. Só não posso encher a cara porque ainda vou trabalhar.

– Ah Fabrício vamos! Só não posso beber muito porque a noite eu trabalho e hoje por ser sábado o restaurante bomba.

– Tudo bem, dois copos pelo menos?

– Beleza! Onde te encontro?

– Sabe onde fica o El Camino Bar?

– Claro quem não?

– Te encontro lá em 20 minutos.

– Perfeito!

Pego o ônibus e vou direto para o bar que é bastante conhecido. Estou realmente precisando esfriar a cabeça, conversar sobre qualquer coisa com alguém que não seja sobre os meus problemas. 
Chego antes de Fabrício ao bar e procuro uma mesa logo na entrada pra que ele tenha facilidade em me encontrar. Passado uns 10 minutos ele chega e passamos a tarde juntos conversando sobre algumas coisas do passado e sobre o presente e claro, bebendo.

(...)

Não bebi muito, mas bebi o suficiente para ficar um pouco tonto já que bebemos mais do que apenas dois copos. Apesar disso a tarde foi bem agradável e acho que ganhei mais uma amizade além da amizade de Christian. Acho que agradará muito mais a Dulce que eu tenha amizade com outro homem do que com mulher.

Já em casa tomo um banho rápido para seguir o destino de meu trabalho. Chego lá um pouco antes do horário e Melissa também já está lá.

– E aí gata? – Brinco com ela.

– Ih, que isso? Bebeu é? – Ela pergunta.

– Sim, mas não estou bêbado.

– Ah dá pra perceber. Está me chamando de “gata”.

– Normal.

– Brigou com a ruiva? – Ela hesita por um momento – Me refiro a SUA ruiva.

– Só existe uma ruiva na minha vida. E não. Não brigamos. Só que... – Hesito e Melissa me encara – Ela está tentando se vingar de mim.

– Como assim?

– Já que nós fomos para o bar beber aquele dia ela hoje vai para uma balada com o novo amigo que conheceu. – Digo um tanto sem graça e vejo Melissa começar a rir.

– Não acredito! Ela sabe jogar! – Ela diz rindo da situação.

– Isso é infantil! Mas ela vai com uma amiga também... É por isso que eu não estou ligando tanto.

– Duvido! Você deve estar se mordendo de raiva porque sabe que você errou e ela está certa. Ela ainda é boazinha de levar a amiga.

– Eu não estou nada Mel! – Reviro os olhos – Mas acho que quero ir a balada dar uma olhada só por precaução né? – Arqueio uma sobrancelha.

– Sabia! – Ela balança a cabeça negativamente olhando para cima – Sabe em qual balada ela vai estar?

– Não... Mas nós vamos a essa balada hoje.

– O que? Eu tô fora! Já arrumei problemas demais.

– Ah para! Vamos! E eu só vou para vigiar a Dulce mesmo, nada mais.

– Tá! – Ela sorri – Mas eu vou pra curtir. Ai de mim entrar numa balada e não me divertir.

As horas demoram mais que tudo para passar e sem falar que é sábado e o restaurante fecha mais tarde que o normal. Hoje literalmente a movimentação bombou. Parece que o tempo estava conspirando contra mim. 
Finalmente chega a hora de fechamento e eu e Melissa corremos para sair do restaurante. Ligo para Annie que também está na balada com Dulce e não vai contar a ela que estou indo vigiá-la...

– Oi Annie? – Grito assim que atendo porque imagino que ela só vá me escutar na balada gritando ao telefone.

– Você me acordou Ucker! – Ela diz com a voz sonolenta.

– Desculpa, Annie é que... – Até que eu me toco – Espera! Dulce está dormindo também? Está aí com você?

– Não Ucker! Ela foi para a balada. Ela disse que tinha falado com você! – Ela diz em meio aos bocejos.

– Anahí em qual balada ela está? – Já digo sério e Melissa me encara com os olhos arregalados vendo minha reação.

– Ai Ucker eu não sei! – Ela diz – Eu tô com sono...

– Anahí se você vacilar comigo, sabe que eu...

– Ain Ucker!!

– Annie, fala!! – Eu insisto e ela bufa.

– No Polanco.

– QUE? – Pergunto atônico. É a balada que beijei Dulce pela primeira vez. Não aceito que ela esteja lá sozinha com outro homem. Aquele lugar faz parte da nossa história.

– O que foi Uckermann?? – Pergunta Melissa.

– Bundudo, não faz nada... A Dulce não vai... – Desligo o celular e ligo imediatamente para Dulce que logo dá desligado o que me faz ficar mais nervoso ainda.

– Vamos! – Puxo Melissa pelo braço já parando um táxi.

– Ei ei ei! Calma! – Ela se solta de mim – O que houve? Você está muito nervoso.

– A Dulce está sozinha com o tal amigo dela na balada em que demos o nosso primeiro beijo.

– Opa... – É somente o que Melissa diz antes de entrarmos no táxi e seguirmos a caminho da balada.