Fanfic: Aquele Olhar - VONDY | Tema: RBD - Vondy

– Eu sofri muito, Christopher. Poncho era como você é pra mim hoje. Já não me imagino sem você.

– Você não me respondeu. – Ele diz.

– Responder o que Christopher? – Pergunto.

– Você perdoaria à ele?

– Jamais – Respondo – Queria vê-lo apodrecer na cadeia, a morte seria muito fácil pra ele. Ele precisa sofrer.

– Nossa Dulce!

– O que? Você me fez uma pergunta e eu respondi.

– Certo. – Ele diz, assentindo em sinal de concordância.

Christopher Uckermann

Fico angustiado pelas palavras de Dulce. Percebo o quão difícil vai ser contar a ela sobre quem realmente sou. Dizer a ela que sou o assaltante que matou seu melhor amigo e que sou a pessoa a quem ela mais odeia nessa vida. Maldita hora que comecei a roubar o sacolão da rua 18 com Christian quando fomos pra as ruas.

Vou contar um pouco de minha história. Quando eu e minha família fomos para as ruas, meu pai começou a roubar e logo eu e Christian também. Eu e Christian roubávamos coisas pequenas como o sacolão e depois mercearias. Meu pai entrou para uma gangue e começou a roubar lugares grandes e assim foi expandindo. Meu pai se tornou um ótimo assaltante e nunca foi pego e conseguiu comprar uma casa grande para gente e fomos ficando ricos de um dia para o outro. Quando eu estava nas ruas eu não tinha nada e depois meu pai apareceu com uma casa enorme com muitas coisas e eu e minha mãe, Christian e meus tios ficamos encantados. Nossos pais eram como Christian e eu somos hoje.

Meu pai ensinou tudo o que eu sei sobre assaltos e por isso me tornei um expert. Ele é o cara. Agora ele mora na Alemanha. Ele diz que se aposentou dessa vida de assaltante porque ele está podre de rico com o dinheiro dos outros. Eu fiquei e assumi o seu lugar na gangue a qual eu estava até o último assalto. Não tenho a mesma quantia de dinheiro que o meu pai. Acho que ainda estou longe disso, mas isso não me importa mais. Agora quero ter as coisas com o meu esforço assim como Dulce.

Minha mãe. Eu não sei onde ela se encontra. No início minha mãe aceitava os assaltos do meu pai para poder me alimentar, mas depois ela disse que já estava passando dos limites e meus pais brigavam muito, até que um dia ela decidiu ir embora. Eu já tinha 17 anos e com todo o luxo que tinha e já assaltava também, decidi ficar com o meu pai. E depois que ela foi embora eu nunca mais tive notícia.

– Amor? – Dulce chama minha atenção.

– Oi... Desculpa, estava distraído. – Respondo.

– Porque você estava perguntando essas coisas? Se eu perdoaria o assaltante?

– Ah, eu não sei.

– Porque você conhece que assaltou não é? – Ela brinca e sorri.

Meu coração acelera, e se tenho uma única certeza de uma coisa que Dulce nunca vai saber é que eu tanto conheço o assaltante como sou ele. Nunca vou contar, nunca.

– Claro que não Dulce, não diga bobeira. – Respondo.

– Eu sei amor... Ah! – Ela diz lembrando-se de algo – O banco vai receber novamente uma quantia muito alta. Novamente como no dia do assalto e...

– Você não vai. – Digo.

– O que?

– Você não vai Dulce. Não vou deixar.

– Christopher, é meu trabalho. Eu também não queria ir, mas preciso. E... – a corto.

– Dulce, por favor. Você não vai. Não quero que te aconteça nada.

– Credo amor. Não vai acontecer e... – a corto novamente.

– Estou falando sério. – Christopher diz.

– Amor, me deixa falar! – Ela exclama – Eu acho que isso é uma armadilha.

– O que? – Pergunto surpreso.

– Sim! Eu não sei, posso estar errada, mas você não acha muito estranho eles enviarem uma quantia tão alta para o banco em tão pouco tempo?

Franzo o cenho, e fico tentando entendê-la. Ela continua...

– Amor, faz um mês e algumas semanas desde o ultimo assalto. Então eles jamais mandariam uma grande quantia novamente para o banco em tão pouco espaço de tempo. Principalmente pela segurança. E assim que desligamos a ligação depois que eu falava contigo, no meio tempo em que eu não tinha clientes para atender eu pesquisei sobre os assaltos e percebi que essa gangue a policia nunca conseguiu descobrir quem são ou prender nenhum deles. Então...

– Só pode ser uma armadilha. – Eu concluo a frase de Dulce.