Fanfic: Aquele Olhar - VONDY | Tema: RBD - Vondy

– Amor! – Chamo a atenção de Dulce – Que tal bebermos um pouquinho de vinho? – Pergunto indo a geladeira pegar uma garrafa que deixei em seu AP outro dia.

– Não, amor. Amanhã tenho que estar cedo no banco e... – a interrompo.

– Amorzinho... Só um pouquinho. – Digo abraçando a Dulce.

– Christopher é sério. – Dulce responde.

– Dulce, eu também estou falando sério. Vamos brindar rapidinho por termos sido os cupidos de hoje.

– Cupidos?

– Sim. Juntamos a Annie, sua amiga, e o Christian.

– Mas a intenção era outra. Era pra May...

– Mas foi o que deu e temos que comemorar.

– Nada a ver, Christopher. – Diz Dulce balançando a cabeça negativamente.

– Por favor? – Dou uma piscada para Dulce e logo em seguida faço um biquinho.

– Ok, amor, mas não vou beber muito. – Ela revira os olhos e dou aquele sorriso de campeão.

Corro para colocar o vinho nas taças e começamos a beber e conversar. De pouquinho em pouquinho vou enchendo o copo de Dulce sem que ela perceba. Quando percebemos já terminamos, na verdade ela terminou uma garrafa de vinho praticamente sozinha. Dulce está zonza e eu me levanto eu vou a sua cozinha para procurar por mais uma garrafa de vinho. Assim que encontro a garrafa voltamos a papear e beber. Sei que amanhã quando Dulce acordar ela vai estar com muita dor de cabeça e com muita raiva de mim, mas não posso deixa-la passar por um assalto novamente.

Quando vejo que Dulce já está praticamente bêbada, sinto-me mal por fazer isso com ela. Mas ou era isso ou ela iria passar novamente por aquele pesadelo que a fiz passar da primeira vez. Agora Dulce quer continuar bebendo, mas insisto em não deixar e a levo para a cama. Deito-me ao seu lado e logo Dulce pega no sono. Fico admirando sua beleza e pensando no que eu faria sem ela ao meu lado. Já não me imagino sem Dulce, sem seus beijos, seus toques. Não sei o que faria.

Quando amanhece Dulce me acorda desesperada. Olho para o lado e vejo as horas no relógio de mesa. São exatamente 11h15. Dulce está furiosa comigo e me acorda aos tapas.

– CHRISTOPHER!! Eu não acredito que você fez isso comigo! – Ela diz jogando um travesseiro com força em mim.

– Dulce eu não podia arriscar. – Digo tentando me proteger.

– Arriscar o que Christopher? Tá louco? Eu só ia trabalhar. – Ela diz.

– Mas amor, você já passou por um assalto antes e não quero que passe por outro. – Digo e logo depois me toco que ela pode desconfiar.

– Christopher não é assim. Não tem outro assalto. Foi uma única vez e só! Aí que dor de cabeça...  – Ela põe a mãe na cabeça.

– Amor, lembra do que você disse? – Pergunto. 

– Sobre a armadilha da polícia? – Ela responde com outra pergunta.

– É. Deve ser isso. Eles devem ter feito.

– Christopher, eu só pensei. Não disse que iria ser. – Ela responde ainda tacando travesseiros em mim.

– Amor, mas eu fiz pra te proteger.

Dulce para de tacar os travesseiros para cima de mim respira fundo e vai para a sala. Senta-se no sofá e eu vou atrás dela. Ela liga a TV e fica procurando algo de interessante para assistir ou talvez não tenha o que dizer e esteja tentando me evitar.

– Dulce... – Digo – Não fica assim.

– Christopher, eu não quero falar agora. – Diz ainda com o controle da televisão na mão.

– Me desculpe. – Sento ao seu lado.

Ela para de trocar os canais, vira-se para mim e diz...

– Christopher, tem 40 mensagens da Maite no meu celular. 15 chamadas perdidas. E meu celular estava no silencioso.

– Amor desculpe. Eu... – Não sei como terminar a frase.

– Christopher é meu emprego. Você é rico, mas eu não.

– Dulce, na verdade eu não tenho nada. Eu só tenho você.

– Christopher, você trabalha em casa como disse. Seu pai é dono de uma empresa estrangeira. É só estalar os dedos que você tem o que quiser. Já eu não. E se a Maite tiver me demitido?

– Eu falo com ela.

– Não. Você não conhece a Maite. Ela não mistura amizade com trabalho – Diz Dulce com os olhos cheios de lágrimas.

– Eu digo que foi minha culpa. Porque na verdade foi, não é?

– Melhor deixar como está.

– Ela te enviou alguma mensagem que pareça que te demitiu? – Pergunto.

– Não. Nem tive coragem de olhar as mensagens ainda. – Ela abaixa a cabeça e vejo uma lágrima cair em sua coxa.

– Dulce, amor, não fica assim. – Tento consolá-la.

– Christopher eu batalhei muito por esse emprego e... – Dulce é interrompida pela televisão quando ouvimos o noticiário urgente e a Jornalista diz...

“O Banco assaltado 1 mês atrás acaba de ser assaltado novamente. Muita tensão aqui em frente ao banco. Pessoas chorando desesperadas, muita confusão, mas a polícia diz que já está sobre controle de tudo...”