Fanfic: Aquele Olhar - VONDY | Tema: RBD - Vondy

O guarda diz para andarmos mais rápido com nossa conversa e eu pergunto se ele sabe quem é a visita para ver se pode deixá-la entrar também, porque se for a minha mãe não tem problema algum ela entrar com Annie presente. O guarda confere o nome da visita inesperada e por incrível que pareça é a Maite, e quando ele diz seu nome eu logo me surpreendo. Então peço ao guarda que a permita que ela entre mesmo com Annie ali.

 Assim que Maite entra ela fica surpresa por ver Annie ali com os olhos vermelhos de tanto chorar assim como eu e já chega perguntando para Annie...

– Annie, já contou a ele? 

– Sim. – Diz Annie, enxugando algumas lágrimas que escorriam pelo seu rosto.

– Não imaginei jamais que você viesse aqui. – Digo para Maite ainda com os olhos vermelhos, mas sem lágrimas.

– Só vim porque a culpa é toda sua de tudo isso estar acontecendo. – Ela responde totalmente séria.

– Eu sei... –  Hesito –  Desculpa, eu jama... – Ela me corta.

– Você jamais o que? Desculpas não adiantam seu idiota! Você não viu a Dul chegar da forma que ela chegou no domingo, mas a gente viu. Ela tá muito mal. E a culpa toda é sua!

As palavras de Maite me machucam como facas afiadas em meu coração. Eu jamais quis fazer mal para Dulce, e eu nunca quis que ela estragasse sua vida por minha causa. Essa nunca foi minha intenção.

– Para Maite! Para! – Diz Annie talvez um pouco alto demais – Ele já está sofrendo bastante, você não acha?

– Todo sofrimento é pouco pra ele. – Maite diz olhando diretamente para mim e posso ver o desprezo em seus olhos.

– Maite, me perdoa. – Imploro.

– Eu só vou te perdoar se você trazer minha amiga de volta. – Maite diz.

– Mas eu não posso sair daqui! Bem que eu queria, mas não posso. Eu sou a pessoa que mais quer o bem da Dulce nesse mundo, vocês podem acreditar.  – Digo quase atropelando as palavras.

– Maite, ele já está se sentindo culpado o bastante. Pega leve. – Diz Anahí.

– Dentro de um mês ou um mês e meio você vai sair desse inferno – Uma primeira lágrima desce sobre o olhar de Maite, enquanto fala comigo apontando o dedo indicador para mim, porém continua com seu olhar sério  – E nesse meio tempo você vai pensar em como trazer a Dulce de volta, e eu acho bom você conseguir, porque se você não fazer ela voltar ao normal, você vai estar com seus dias contados.

– O que isso Maite? – Annie pergunta perplexa assim como eu – Você está ameaçando o Christopher?

– Como você vai me tirar daqui? – Pergunto pouco me importando com a ameaça de Maite.

– Estou ameaçando sim! – Maite responde a Annie e se volta para mim – Tenho um primo que é um dos melhores advogados que já pode existir, e ele consegue te tirar daqui fácil. Te dei o prazo de um mês e pouco porque tem a papelada que vai rolar, e outros ajustes. – Maite diz seriamente.

– Ok. Pode deixar eu vou conseguir trazer a Dulce de volta.

– Acho bom mesmo você conseguir.

– Bom, antes de vir para cá eu liguei para o meu primo e ele disse que pega o seu caso só por minha causa, porque seu caso é delicado principalmente por você ter sido o chefe da gangue e ter cometido muitos delitos, mas ele disse que consegue resolver seu caso tranquilamente. O trabalho dele é caríssimo e vai sair de graça pra gente. Acho bom você valorizar isso e fazer o que você deve fazer.

– Tá bom. Mas e o Christian?

– Se você quiser tirar o Christian daqui, você paga ao meu primo que ele também sai.

– Ok. Depois vemos a situação do Chris. – Respondo.

– Você acha que consegue se resolver com a Dulce, Christopher? – Pergunta Annie.

– Não tenho certeza, mas não custa tentar. – Respondo.

– Só pra te lembrar, isso te vale a vida. – Maite diz se apoiando na mesa.

– Fechado.

O Guarda me chama dizendo que o tempo de visita acabou e antes de eu sair da sala Maite diz...

– Meu primo deve vir te encontrar ainda essa semana, ok?

Somente confirmo com a cabeça, me despeço de Annie com um abraço sem palavras e o guarda me leva para minha cela novamente. Quando chego em minha cela penso "As vezes a vida nos dá oportunidade de onde menos esperamos, agora cabe a nós saber aproveitá-las, e por você Dulce, nem que tenha que valer a minha vida, eu vou tentar!"