Fanfic: O Meu Namorado É Um Fantasma [ Conto ] | Tema: Charlie Puth
Acontecia todo ano na cidade de Nazaré, uma festa Santa. Onde Vitória, uma jovem escritora de cabelos longos, magra, bonita e apaixonada pela vida gostava de participar. Ela e sua mãe Mônica, iam todo ano. A jovem estava composta de um vestido branco rendado e um salto bege. No momento estavam a prestigiar a Missa em celebração da padroeira daquele município. Esse era para ser o dia mais feliz da vida dela. Na verdade foi. Mas algo aconteceu que fez tudo mudar. Não mudar totalmente, mais ver a vida de outra forma.
-Mãe, a gente vai acompanhar a procissão? –perguntou ela ansiosa.
-Vamos sim filha.
Enquanto se preparavam para acompanhar a Procissão ,um jovem rapaz, de cabelos negros, pele branca e olhos verdes chamou a atenção da garota. Ele apareceu de forma surreal entre a multidão.
Em uma festa desse tipo, é comum as pessoas irem com roupas brancas ou azuis. Mas só ele estava com roupa de cor diferente. Quando passavam por ele, achavam também um tanto estranho. Era como se ele não existisse. Mas existindo ou não, estava deixando as meninas completamente loucas por ele. Mas ele sumiu.
Os sinos da igreja começaram a tocar e anunciar a Procissão. Durante a caminhada, Vitória percebeu que o mesmo jovem que havia visto antes tinha aparecido novamente. Mas dessa vez ele não estava sozinho. O mesmo estava acompanhado de algumas meninas.
A partir daquele momento seus pés começaram a doer de tanto andar, mas fazia questão de continuar.
-Ai minha cabeça!
Não resistiu e acabou caindo . Mas não caiu no chão e sim nos braços do jovem misterioso. As pessoas não perceberam o acontecido e continuaram a acompanhar o cortejo da Santa.
Vitória lutava para ficar com os olhos abertos mais não adiantava. Imediatamente ele a tomou nos braços e a levou para o hospital mais próximo. Chegando lá, falou com as enfermeiras que a encaminharam para a sala. Ao lado da garota, ele ficou encantando com tamanha beleza. Começou a acariciá-la até que finalmente ela acordou.
-Ai que dor! –reclamava de fortes dores.
-Calma, vai passar.
De repente percebe que era ele. Aquele jovem misterioso.
-Quem é você? E o que eu estou fazendo aqui? Quem me trouxe para cá?
-Relaxa. Você passou mal e eu quem te trouxe para cá.
-E quem é você? –perguntou com medo.
-Meu nome é Henrique. E você, como se chama?
- Meu nome é Vitória. Nunca te vi por aqui.
-Que nome bonito. É que eu não sou daqui.
No momento em que conversavam, a enfermeira entrou no quarto para ver como ela estava.
-Como ela está enfermeira?
-Vamos ver isso agora. –disse a enfermeira sorridente.
Ela começou a examiná-la e percebeu que estava tudo bem.
-E aí? –perguntou Henrique preocupado.
-Ela está bem. Só precisa se alimentar um pouco melhor. A tontura que ela teve, não foi nada mais nada menos que uma crise de anemia.
-Mais eu me alimento bem, ora! –disse ela um tanto indignada.
-Então porque desmaiou? –pergunta.
A jovem permaneceu quieta.
-Espero que quando sair daqui, a senhorita se alimente bem,ok?
–disse a enfermeira.
-Pode deixar enfermeira. Eu vou ficar no pé dela.
-Ok rapaz.-disse a enfermeira saindo em seguida.
-E a minha mãe?
-Consegui entrar em contato com ela que acabou indo para casa e amanhã vem te buscar. –disse o jovem calmamente.
-Certo.
No outro dia, a D. Mônica veio buscar a Vitória e o Henrique.
-Obrigada por ter ficado com a minha filha.
-Não foi nada senhora. –disse o rapaz.
-Obrigada. –disse Vitória.
A partir daquele dia, se tornaram amigos inseparáveis. Saíam, se divertiam, comemoravam datas especiais juntos e tudo mais. Mais com o passar do tempo, essa amizade entre eles iam ficando cada vez mais forte. Até que se transformou em AMOR.
Em uma praça daquela cidade, os dois estavam a passear. Se sentaram num banquinho ali e começaram a comer algodão doce.
-Esse algodão parece nuvem de tão branquinha e macia.- disse Vitória brincando com o algodão.
-Como você sabe que a nuvem é assim?
-Não sei. Apenas imagino.
-Ah sim.
Ficaram conversando coisas aleatórias, até que passou um homem vendendo balões com formato de coração. Sem perder tempo, João comprou um desses para ela que ficou surpresa com a atitude dele.
-Obrigada. –disse sorridente.
-Não foi nada.
Ficaram um tempo se olhando.
-O que foi? –perguntou ela constrangida.
-Você é tão linda.
-Obrigada.
-Olha, desde aquele dia que te vi, que te conheci, e nos tornamos amigos, posso te dizer que foi o dia mais feliz da minha vida. A sua amizade me restaurou. Você me tirou das cinzas. Mas eu não consigo mais esconder que eu amo você, que eu quero você. Eu te amo como nunca amei ninguém.
A garota ficou emocionada com as palavras dele. Sem hesitar, ele retirou uma caixinha do bolso e se ajoelhou em frente a ela.
-Você aceita ser a minha namorada? –perguntou ele com receio da resposta.
-É claro que eu aceito.
Lágrimas escorriam dos olhos do rapaz, que no mesmo instante colocou a aliança de compromisso em seu dedo. Depois disso, se abraçaram e começaram um beijo caloroso e cheio de paixão. Nem ligavam para quem estavam olhando ou não. Apenas queriam curtir um momento só deles. Dias se passaram. E ela agradecia todas a noites a Deus por ter um namorado incrível.
No momento estava em seu quarto com ele lendo alguns livros. Leu tantos que até adormeceu. E esqueceu o pobre rapaz ali presente.
E naquela noite, a jovem teve um pesadelo, no qual mostrava um túmulo com a foto do seu amado. E logo ao acordar, estranhou o sumiço dele.
-Nossa! Só pode ser coisa de louco esse sonho. –disse um tanto preocupada.
Ela então se levantou da cama e resolveu ir conversar com a sua mãe sobre o tal sonho. Ao chegar no quarto, ela abriu a porta.
-Mãe, posso entrar?
-Claro meu amor. O que aconteceu? –percebeu a filha um pouco desnorteada.
-Eu tive um sonho horrível. –dizia já com lágrimas nos olhos.
-Esse sonho tem algo haver com o seu namorado?
-Infelizmente sim. Eu sonhei que estava dentro de um cemitério e que via de longe um túmulo, e nesse túmulo estava a foto dele. Do Henrique. –disse desesperada.
-Meu Deus! -falou assustada.
-É assustador não é?
-E como é minha filha. Vá rápido a esse cemitério e depois vá a igreja e acenda uma vela.
-Mas eu estou com medo. Não quer vir comigo?
-Não precisa ter medo. Os mortos não vão fazer nada com você.
-Como tem tanta certeza disso?
-Porque você é uma pessoa boa e tem bom coração. Tenha fé de que nada vai acontecer.
-Ok. Mas antes de ir me dê a sua benção.
-Que Deus te abençoe.
A jovem pegou a vela e saiu.
Ao entrar no cemitério, ela caminhou em direção ao túmulo, chegou em frente a ele e levou um susto ao ver a mesma foto que havia visto no sonho.
-Nããããããããão. –disse caindo no chão em seguida.
De repente todas as lembranças, todos os momentos bons passavam em sua cabeça.
-Mas como isso aconteceu? Estávamos tão felizes. –perguntava ela indignada com a situação.
-Só quero que descanse em paz meu amor. Obrigada por me fazer feliz durante esse pouco tempo.
Rezou um Pai-Nosso para ele e saiu em seguida.
Ao entrar na igreja, viu que também havia várias pessoas rezando para os seus entes queridos.
-Padre?
-Pois não minha filha.
-Preciso acender essa vela para o meu namorado.
-Meus pêsames querida. –disse a abraçando.
-Obrigada padre.
-Fique a vontade.
Ao chegar no altar, se ajoelhou em frente a ele e pediu bênçãos a Deus. Acendeu a vela e rezou para a alma de Henrique.
Chegando em casa, entrou no seu quarto e acabou adormecendo.
No dia seguinte, uma amiga dela ficou sabendo do acontecido. E acabou revelando que tinha visto o que aconteceu no dia da festa. Ela afirmou que o jovem rapaz que Vitória namorava, havia morrido há um ano atrás no dia da festa da padroeira. E que a sua alma não tinha descansado. E que para isso acontecesse, ele tinha que antes ter um AMOR VERDADEIRO. Quando a amiga terminou de falar, ela se lembrou que foi através dela que a alma dele descansou. Que ela foi o AMOR VERDADEIRO dele.
Autor(a): vitoria_toadmincer
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