Fanfic: Noiva Por Correspondência *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

De forma não intencional, Anahí adormeceu sem desfazer suas malas. Quando acordou, já era de tarde.

Ela saiu para a sala e encontrou Rosa brincando sozinha. Logo depois, ela ouviu Alfonso na cozinha. Ao bisbilhotar, ela podia ver que ele já estava ocupado preparando o jantar.

Ele a viu olhando para ele.

- Olá. Fico feliz em ver que você conseguiu descansar um pouco. - ele a cumprimentou com um sorriso. - O jantar está quase pronto. Eu espero que esteja com fome.

- Estou, obrigada. Perdoe-me, eu não queria dormir por tanto tempo. Eu deveria ter sido acordada para preparar o jantar.

- Ah, não se preocupe com isso. Você terá tempo suficiente para se ajustar a nossa rotina. Hoje, você precisava descansar.

Todos sentaram-se para jantar juntos. A conversa foi um pouco desconfortável entre eles. Havia tanta coisa para dizer e perguntar, entretanto nenhuma delas parecia ser a coisa certa a falar.

Enquanto isso, qualquer tentativa de falar com Rosa a fazia se calar ainda mais, mas isso não desanimou Anahí. Ela estava determinada a deixar Rosa se abrir com ela em seu próprio ritmo.

Depois do jantar, Alfonso mandou Rosa colocar suas roupas de dormir. Ela retornou logo depois em seus pijamas e esperou por seu pai. Ele se retirou e a seguiu até seu quarto.

Anahí podia ouvi-lo falar com ela. Ao se aproximar silenciosamente da porta, ela descobriu que ele não estava apenas falando, ele estava lendo para ela.

Que coisa mais encantadora, pensou Anahí, feliz em saber que Rosa havia sido criada carinhosamente.

Anahí lhes deu sua privacidade e voltou para a sala de estar.

Quando Alfonso voltou, após colocar Rosa para dormir, Anahí estava sentada perto da lareira, olhando para as suas chamas dançantes.

Alfonso pigarreou, de modo a informar sua presença.

- Você se importaria de ficar e tomar um pouco de chá?

- Sim, obrigada. É uma ideia adorável. - disse ela, com um sorriso.

Ele voltou com duas xícaras e uma chaleira com água para aquecer sobre o fogo.

- Essa longa viagem deve ter sido cansativa. - ele disse enquanto colocava a água sobre o fogo.

- Sim, mas também foi emocionante. Eu estava ansiosa para conhecer Rosa. - Anahí fez uma pausa antes de continuar. - Sr. Herrera, espero não estar sendo muito direta, mas creio que Rosa irá se apegar a mim. Existe algum assunto delicado para se tratar perto dela, como coisas que podem lembrá-la de sua mãe?

- Isso é muito gentil de sua parte - ele disse, sorrindo. -, mas você não precisa se preocupar com isso. Lamento dizer que Rosa nunca conheceu sua mãe. Ela me abandonou quando Rosa tinha apenas algumas semanas de vida.

- Ah, compreendo. Lamento por isso.

- Tudo bem. - ele disse, hesitando enquanto decidia se continuava ou não. - Veja só, eu era muito jovem na época e eu fiz uma coisa da qual não me orgulho. Eu havia acabado de mudar para cá e fui bastante solitário. Uma noite eu visitei um bordel e havia muita bebida. Nós dois somos adultos, acho que não será preciso explicar como isso termina. - ele disse calmamente.

Anahí assentiu compreensivamente.

- Logo descobri que eu havia engravidado a moça. Nós nunca tivemos realmente o que chamam de relacionamento. Ela apenas ficou por perto para garantir que eu iria cuidar de minhas responsabilidades. Pouco depois que Rosa nasceu, sua mãe decidiu que ela não queria se prender aos cuidados de uma família. Uma noite ela desapareceu, deixou um bilhete ao lado do berço de Rosa e nunca mais voltou.

- Eu sinto muito. - disse Anahí gentilmente.

- Obrigado. Mas as vezes com os erros vêm as bênçãos, como Rosa, que se tornou a maior bênção da minha vida. Eu a amo muito e acho que fiz um bom trabalho em cria-la até agora. Mas eu sei que para muitas coisas na vida uma menina precisa de sua mãe. É aí que você entra, eu espero.

- Eu espero que ela permita-me entrar em sua vida. Eu sempre quis ter filhos, queria saber como era ouvir uma vozinha doce me chamar de "mãe". Eu temia nunca ter essa oportunidade.

- Sinto muito por isso. - disse ele.

- Obrigada. - ela fez uma pausa antes de continuar.

- Há algo que quero lhe perguntar e espero que não seja inapropriado. Supondo que Rosa me aprove, a minha infertilidade será um problema para você? - ela prendeu a respiração, esperando a resposta.

Frequentemente a infertilidade era uma sentença imediata à vida de solteira.

- Não, claro que não. Eu não consigo imaginar por que isso seria um problema para qualquer homem. Sinto muito que esse tenha sido o seu caso.

Ela suspirou de alívio. Com isso fora do caminho, ela poderia focar em Rosa sem o medo de perder tudo de vez.

Eles terminaram o chá e se conheceram um pouco mais antes de trocarem palavras de boa noite.

No dia seguinte, Alfonso acordou Rosa e a ajudou a se arrumar, como sempre fazia. Ele escovou seus longos cabelos, mas os deixou simples.

Assim que Anahí e Rosa se desse bem, isso provavelmente seria um dos deveres de Anahí e talvez ela poderia trançar o cabelo de Rosa. Mas, por agora, ele iria continuar a cuidar de sua filha, ele não queria apressar as coisas entre elas.

Logo em seguida, Anahí preparou e serviu o café da manhã sobre a mesa. Com Rosa à mesa, a conversa não fluiu tão livremente quanto havia na noite anterior.

Isso, entretanto, era bom, já que Alfonso esperava que a situação desse a Anahí um pouco de espaço para conhecer Rosa. Afinal, se Rosa não a aceitasse em sua vida, estaria sendo tudo em vão de qualquer maneira.

Maryangel: Maaaaaaaary :o Quanto tempo... *--* , Fico feliz que esteja gostando :3 , Veremos... Ele tá beeem mexido sim *--*

Ponnyforever10: Simmmm *--* , Vamos ver...

PS: Reta Final... Sim gente :o Esse livro é bem curtinho mas é muito lindo *--*