Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

— O que você acha que está errado com ele? — ela sussurra.

Viro-me, colocando um pedaço de cenoura em minha boca. Carlos 

não está aqui; ele está fora com Poncho pescando para o jantar. 

Compramos alguns bifes por via das dúvidas.

— Eu não sei. — eu digo, permitindo que meus olhos estudem 

Brody, que está sentado, assistindo a televisão distraidamente. Seus 

olhos estão focados em algo além dela, seus os punhos cerrados.

— Meninas. — sussurra minha mãe. — Parem de falar sobre ele. 

Eu a olho. — Você não pode dizer que você não está curiosa, mãe. 

Carlos disse alguma coisa? 

Ela franze a testa. — Não, ele não disse nada, mas você está 

certa, não há dúvidas que está acontecendo alguma coisa. Seja o que 

for, eu não acho que Carlos saiba. 

— Não. — eu digo, mastigando o mais silenciosamente possível. 

— Eu também acho que ele não sabe.

— Pare de falar com a boca cheia. — mamãe me repreende.

Maite ri e pega meu braço. — Ajude-me a montar a mesa do 

lado de fora. 

Ela me puxa para o lado de fora e nós pegamos a toalha de mesa 

e talheres. — Então... — pergunta ela, sacudindo a toalha da mesa. —

O que aconteceu mais cedo, com Poncho? 

Eu gemo. — Eu sabia que havia uma razão para você me trazer

aqui fora. 

— Vamos, desembucha. 

Eu a ajudei a colocar a toalha da mesa, e tentei escolher 

cuidadosamente minhas palavras. Ah, dane-se; ela é minha melhor 

amiga, é mais fácil apenas fazer o que ela quer. — Basicamente, ele me 

disse que nos divertimos, que eu nunca pedi por mais e que ele fica 

enojado em saber que agora sou sua irmã adotiva.

Maite  torce o nariz. — Que idiota. Não é como se vocês 

soubessem disso antes.

— Não. — eu bufo. — Isso é o que eu disse. 

— Então, como você vai lidar com isso pelo próximo mês? 

Coloco algumas facas na mesa. — Eu não tenho ideia, 

sinceramente. 

— E ele vai morar na mesma cidade...

Eu gemo. — Não me lembre. 

Ela suspira. — Ele está bem, você tem que admitir. 

Concordo com a cabeça, deixando minha boca virar para baixo. —

Eu nunca neguei isso, mas agora isso só parece... Errado. 

— Você nunca me contou a história completa sobre aquele fim de 

semana com ele. 

Eu sorrio, voltando a uma época em que as coisas não eram...

Proibidas. Yeesh, eu odeio essa palavra. Quero dizer, eu entendo se é 

um caso com um homem casado, ou uma relação sexual com o seu 

professor, mas Poncho não tem nenhuma relação comigo. Absolutamente 

nenhuma. Ele só é proibido porque a palavra ―irmão‖ está sendo usada. 

Estou começando a odiar essa palavra e tudo o que ela representa.

— Não, não contei. 

— Conte. 

Eu balancei minha cabeça. — De jeito nenhum. Vai levar a noite 

toda. 

Ela cruza os braços. — Você vai me dizer, antes de irmos embora.

Eu sorrio para ela. — Sim, chefe. 

Ela sorri e depois olha para o lago. — Nós definitivamente vamos 

escapulir qualquer noite dessas. Vamos acender uma fogueira ou fazer 

qualquer outra coisa rebelde.

Eu ri baixinho. — Meu Deus, nunca faríamos isso.

Nós faríamos isso.

O som de uma caminhonete estacionando chama a minha

atenção e me viro para ver Carlos e Poncho saindo com um isopor que 

parecia cheio, pois ambos estão carregando. Eu acho que foi uma 

viagem de pesca bem sucedida. Eles caminham para a varanda, e os

olhos de Poncho encontram os meus. Meu coração pula uma batida, mas 

eu dirijo o olhar para Carlos. — Foi bem, Carlos? 

— Sim, querida. — ele sorri. — Tenho uma porrada de peixe. 

— Maneiro.

Ripley sai correndo da casa com uma cerveja na mão, bem, três 

cervejas. Ele passa uma para mim e Maite, em seguida, anuncia: —

Eu não estou aqui para agir como uma mocinha. Vamos começar a 

festa. 

— Você é jovem demais para beber. — Poncho diz, olhando para seu 

filho.

— Então ela é também. — diz Ripley, sacudindo um dedo para 

mim.

Poncho aperta os olhos. — Ela está indo para a faculdade. Você está 

no colegial.

— Ah-ah, papai, não funciona assim. — Ripley sorri, balançando

o dedo para seu pai.

Poncho balança a cabeça com um suspiro e vai para dentro da casa. 

Ripley joga-se em uma cadeira e coloca os pés em cima da mesa, e, em 

seguida, ele passa a estudar Maite e Eu.

— Cara. — eu digo, batendo em seus pés sem pensar. — Nós 

vamos comer aí. 

Ele sorri. Bem, acho que o gelo foi quebrado. — Nós vamos 

conviver muito bem, você e eu

Eu giro meus olhos.

— Eu sempre quis uma irmã mais velha. 

Eu estremeço. — Eu não sou sua irmã, Ripley. 

Ele ri alto. — Claro que você é, lide com isso irmãzinha. 

Queria que todos parassem de dizer isso. Eu olho para ele, que

continua rindo.

— Chame-me disso de novo, e eu vou colocar você no chão. 

O sorriso dele é tão grande, não posso deixar de sorrir de volta.

— Sim. — diz ele. — Nós vamos ficar bem.

Droga. Eu meio que gosto dele.