Fanfic:  Step-Lover-Ponny/Adp | Tema: AyA

*AGORA

Estou sentada no balanço ao ar livre mais tarde naquela noite. 

Maite foi dormir e os caras estão assistindo televisão na sala. A porta 

de tela range ao ser aberta e eu levanto a cabeça para ver Jack saindo, 

cerveja na mão. — Se importa se eu sentar? — pergunta ele.

Eu dou de ombros e ele caminha, sentando-se ao meu lado. A 

presença de Carlos é acolhedora sem ser intimidante. Ele é forte, o tipo 

de homem que você desejaria que fosse seu pai, para que ele a envolva

em seus braços e a proteja para sempre. Eu adoro Carlos, mas ele não é 

meu pai, e por mais que eu esteja feliz por minha mãe, eu não posso 

substituir o que perdi. Isso não significa que eu não goste dele, porque 

eu realmente gosto.

— Sua mãe está preocupada. 

— Sinto muito. — eu digo baixinho. — Eu não queria sair desse 

jeito. 

— É compreensível. — diz ele, inclinando-se para trás e cruzando 

os braços grandes. — Mas há algo que você precisa entender. Eu não 

estou tentando substituir o seu pai, e os meninos não estão tentando 

substituir sua irmã. Nós estamos apenas tentando fazer o melhor que 

pudermos com a família que temos agora. Eu amo a sua mãe, você sabe 

disso, mas eu sei que o que foi perdido nunca poderá ser substituído.

— Ela está feliz, Jack. Eu quero isso para ela. 

Ele se vira e me estuda com aqueles olhos intensos. — Mas não 

para si mesma? 

Eu estremeço. — Carlos, — eu sussurro.

Ele me prende com seu olhar. — Você perdeu algo que ninguém 

deveria perder, mas você não está fazendo nada de errado em ser feliz e 

deixar as pessoas se aproximarem. 

— Eles eram a minha família. — eu digo, com minha voz 

falhando. — Como eu posso simplesmente substituí-los e ser feliz com isso? Como posso sentar aqui, rindo e brincando com todos vocês e não 

sentir culpa por que eles não estão aqui? Eles não tiveram uma escolha. 

Ele chega mais perto, segurando meu queixo e inclinando-se para 

mais perto. — Você não está fazendo nada de errado. Você acha que seu 

pai gostaria que você fosse infeliz, querida? Você acha que sua irmã 

gostaria de te ver triste? Ninguém vai substituí-los, Anahi. Estamos 

apenas tentando criar algo nosso. 

Meu lábio inferior treme e eu desvio os olhos, incapaz de olhar 

para ele.

— Você não precisa de outro pai. Você não precisa de irmãos. 

Mas, querida, todo mundo precisa de uma família. Você nos deixou 

entrar e nós podemos ser essa família. Não é como a anterior, nunca 

será a mesma coisa, mas ainda assim é uma família.

Com isso, ele se levanta e volta para dentro. Eu abaixo minha 

cabeça e respiro fundo. Ele não entende; não é só sobre o meu pai e 

irmã. É sobre mim. Eu não posso continuar com isso, então eu não vou 

deixar que Blade traga de volta uma parte de mim que eu passei um 

ano escondendo. Ele mudou algo em mim; não posso arriscar que isso

estrague tudo para a minha mãe.

Eu me levanto e passo pela porta da varanda. Os caras todos 

olham para mim, mas eu foco meus olhos em minha mãe, que está 

lavando pratos na cozinha. Eu entro, e ela olha para cima no momento 

em que me viro. Seus olhos são suaves e ela deixa a toalha de lado, 

esticando as mãos para mim. — Querida. 

Eu entro em seus braços, deixando-a me abraçar. — Sinto muito 

por ser uma chata, mamãe. 

Ela ri. — Você nunca poderia ser chata. É uma responsabilidade 

muito grande. Dê-lhes uma chance, Anahi.. Nós não estamos tentando 

trazer de volta algo que se foi. Eles são os filhos de Carlos; nós temos que 

fazer o nosso melhor para fazê-los se sentir da maneira que ele fez você

se sentir. 

Ela está certa sobre isso. Caramba.

— Ok. 

Ela se afasta, sorrindo para mim.

— Eu estou indo para a cama. — eu digo. — Vejo você amanhã?

— Absolutamente. 

Eu ando para fora da cozinha e através do lounge. — Noite, caras.

— eu chamo.

Há um silêncio, em seguida, uma série de ‗noites‘. 

Talvez a mãe esteja certa. Talvez não seja tão ruim